Com Amor, Giulia escrita por vitorialondero


Capítulo 9
Nas terras gaúchas (CONTADO PELO BILL)


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO CONTADO PELO BILL ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/25752/chapter/9

 

O show durou exatamente uma hora e meia. Quando chegamos ao hotel, eu estava extremamente cansado. Tomei um banho, e depois todos nós comemos hambúrgueres. Naquele fim de tarde de terça-feira, uma multidão de fãs se encontrava na frente do nosso hotel. Decidi aparecer na sacada. Vocês já devem imaginar como foi: gritos, choradeira, fotos... Tudo isso fazia parte de uma simples saída na sacada. Mas eu amava demais todas aquelas garotas, afinal: era por causa delas que eu estava ali. Mas e Giulia? Onde estaria ela agora?

Os dias em São Paulo demoravam a passar, pelo menos para mim. Na quarta-feira os garotos saíram para “dar umas voltas” na cidade. Eu decidi ficar no hotel. Podia até ser egoísmo da minha parte, mas eu não estava com paciência para o assédio das fãs. Entrei na internet. Vi uma manchete de um jornal gaúcho.

 

"SHOW DE ÚLTIMA HORA DA BANDA TOKIO HOTEL PROMETE ESTREMECER GIGANTINHO"

 

"A banda alemã Tokio Hotel, liderada por Bill Kaulitz (voz), seguido de Tom Kaulitz (guitarra), Georg Listing (baixo) e Gustav Schäfer (bateria), que está passando pelo Brasil, decidiu fazer um show de última hora neste sábado em Porto Alegre, às 9:00 da noite, no estádio Gigantinho. Uma legião de fãs já está esperando os portões serem abertos. Os ingressos já estão se esgotando, portanto corra e adquira o seu!"

 

Estive pensando em alguma coisa para o show em Porto Alegre. Então tive uma idéia. Decidi compor uma música “extra”, para ser cantada no final. Uma música para Giulia. Sentei em minha cama e então comecei a escrever. Quando os garotos chegaram, ela já estava pronta. Fui para a nossa sala particular.

 

- E então, o que fizeram por aí? – perguntei.

 

- Bom, fomos a alguns shoppings, conhecemos alguns lugares... Nada de mais. – respondeu Tom.

 

Nada de mais? Estranhei ouvir Tom dizendo aquilo.

 

- Bom, eu estive pensando hoje em alguma coisa especial para o show em Porto Alegre... Então escrevi uma música, que nós podíamos apresentá-la no final. O que acham? – perguntei ansioso.

 

- Eu acho legal, mas por que você não escreveu antes? Podíamos ter apresentado ela nos shows anteriores também. – disse Georg.

 

- É que Porto Alegre é um lugar especial para ele. – disse meu querido irmão, intrometendo-se.

 

Nesse momento, eu senti ódio de Tom. Como ele podia ser tão linguarudo? Então tive que contar tudo sobre Giulia.

 

- Eu sabia que tinha alguma garota nessa história! Bill, você é muito previsível e mente mal. – falou Georg rindo-se.

 

- Acho que deu de gozação não é? – eu estava ficando zangado – Quero falar sobre a música... Vamos ensaiá-la, por favor?

 

- Como quiser senhor apaixonado. – disse Tom segurando o riso.

 

Tentei manter a calma. Mas quando começamos a ensaiar, me senti melhor. As fãs iriam gostar dela... Principalmente Giulia. Depois pensei em um nome para a canção. Poderia ser um daqueles nomes melosos, mas decidi chamá-la de “Uma canção”. Era como meu sentimento por ela. Não havia denominação. Não era amor. Era uma coisa muito mais forte que isso.

 

Porto Alegre, 3 de fevereiro, sábado. Nove horas da manhã.

 

Enfim em Porto Alegre! O povo gaúcho foi muito carinhoso. Quando chegamos ao hotel, muitas garotas já estavam a nossa espera. Tiramos fotos, distribuímos autógrafos, e depois entramos. Nós ainda tínhamos que ensaiar muito. Antes disso, peguei meu celular. Era hora de uma mensagem.

 

Giulia, Giulia, Giulia!

 

Acabamos de chegar a Porto Alegre... O povo daqui é muito carinhoso. Onde você está garota? Sinto muitas saudades de você. Quando eu te encontrar, vou te esmagar com um abraço. Ah, preparamos uma surpresa para hoje à noite. E ela é diretamente voltada a você.

 

Beijos, Bill.

 

Quando terminei de digitar, logo apertei o botão enviar. “Tomara que ela leia rápido”, pensei. Esperei alguns minutos, mas nada de resposta. Depois Tom veio me chamar para o ensaio. Quando eu ia saindo do quarto, o celular vibrou.

 

Meu Bill,

 

Que bom que já chegaram! Eu estava tão ansiosa... Onde eu estou? Adivinhe. Em frente ao portão do estádio Gigantinho. Eu e a Thalita. Os portões abrem as 14:00 hrs, temos que estar na frente lembra? E nossa, uma surpresa? Pra mim? To ficando curiosa. E pode crer que eu também vou te esmagar.

 

Até de noite. Com amor, Giulia.

 

Fiquei menos nervoso quando li a mensagem, pensei que ela não fosse responder. Agora eu podia ir ensaiar.

 

Horas mais tarde, no porta do quarto de Tom.

 

- Tom! Já são sete horas, precisamos ir. Não podemos nos atrasar. – eu disse.

 

Eu estava tão ansioso para ver Giulia que acaba apressando as pessoas.

 

- Já estou indo! – gritou Tom.

 

Alguns minutos depois, Tom apareceu. Nós dois descemos para a portaria. Georg e Gustav estavam lá a nossa espera, prontos para sair. Obviamente já não havia nenhuma fã na porta do hotel, então nós pudemos sair sem muitos seguranças.

Entramos no carro e seguimos para o estádio.

Do camarim, dava para se ouvir os gritos enlouquecidos das fãs. Aquilo era muito emocionante. Continuamos nos preparando, e ensaiando a música nova. Apenas uma fã sabia da surpresa.

Então, estava na hora. Terminei de me arrumar, e nós quatro fomos em direção a entrada do palco. Quando as fãs enxergaram nossa silhueta, os gritos aumentaram ainda mais. O primeiro lugar que olhei foi para a primeira fileira. Logo enxerguei aquela garota magra, alta, e de cabelo longos, que eu reconheceria de longe, até em outro planeta.

 

CONTINUA...

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews, por favor! s2