Um Nobre Apaixonado escrita por Mary


Capítulo 17
Capitulo 17 - Estar Aqui Para Sempre.


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo, oie oie
Não ia postar tão rápido, mas to sem fazer nada no carnaval mesmo e ando muito inspirada para essa fic, sem or.
Enfim, bom cap. e desculpem (?) uma lembrança/sonho tão longa.
Boa leitura e até lá embaixo.



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POV Carlisle

Subi para o meu quarto. As imagens da ultima hora estavam rodando em minha mente. Coloquei minha espada no baú em frente à cama. Tirei o blazer e guardei as medalhas em seus devidos lugares. Joguei a camisa na poltrona próxima a janela e tirei os sapatos. Parei em frente ao espelho e lavei meu rosto.

Não consigo acreditar que tudo isso está acontecendo. Fui até a cama e me deitei, fechando os olhos esperei que minha cabeça parasse de girar, que a ficha caísse. E então, acho que dormi.

~ lembrança on ~

– Majestade! – um guarda correu em minha direção. Eu estava sentando na sala do trono.

– O que foi? – olhei-o me levantando.

– É a Rainha, o bebê está nascendo! – disse.

Em poucos instantes eu já estava correndo às escadas do salão a cima. Entrei nos aposentos reais. Vi Elizabeth deitada, seu rosto estava suado e ela se agarrava aos lençóis. Uma enfermeira passou por mim com uma bandeja com uma bacia d’água e outras coisas que não prestei atenção. Corri para o lado de Liz e me abaixei. Ela segurou minha mão. Pus a outra mão em sua testa, e afaguei os seus cabelos, enquanto ela arfava e gritada de dor. E então ouvimos o primeiro choro. Relaxei um pouco minha postura rígida, nervosa. E então Liz gritou de novo.

– Aguente, alteza. – o médico disse. – Temos mais um.

– Calma, querida. Você é forte, vamos. – murmurei.

Liz me olhou trincando os dentes para reprimir outro grito. Ela apertou mais forte minha mão e fez força novamente. E então veio o segundo choro. Elizabeth relaxou a cabeça contra os travesseiros, ofegava muito e seus lábios estavam secos, percebi sua palidez.

– É um casal, Majestade. – o médico disse.

Olhei dele para Elizabeth, que ainda segurava firme minha mão. Ela me deu um pequeno sorriso e olhou para o canto onde nossos filhos estavam. Ela voltou a me olhar, uma lágrima desceu pelo canto do seu rosto.

– Eles são lindos. – disse com a voz fraca.

– Sim querida, eles são. – limpei a lagrima em seu rosto, que se misturava com gotas de suor.

– Carlisle... – tossiu. – Me prometa... – tomou ar.

– Shh... Falamos depois, você não pode se esforçar. – falei. Ela colocou a mão em meu rosto.

– Me prometa que vai proteger nosso pequeno tesouro... Prometa que vai proteger nossos filhos. – disse.

– Eu... – comprimi os lábios.

– Carl... Prometa.

– Eu prometo, Liz. – engoli seco.

Ela deu um pequeno sorriso que se fechou aos poucos. Sua mão caiu do meu rosto, sobre o colo, e sua outra mão relaxou os dedos em volta da mim.

– Liz?! – chamei-a. – Elizabeth, fale comigo! Liz!

Coloquei minha mão em seu peito, eu não podia sentir seu coração.

– Faça alguma coisa! – gritei para o médico, me levantando. Ele correu para o lado dela. - Você não pode deixa-la morrer!

Senti que alguém me tirava do quarto e vi a porta se fechando em minha frente. Eleazar vinha correndo pelo corredor, ele me olhou com questionamento. Engoli seco e limpei a lagrima que descia pelo meu rosto. A porta se abriu e o médico saiu, nos olhando. Ele apenas negou com a cabeça e saiu caminhando para o lado oposto. “Prometa que vai proteger nossos filhos.” A voz de Liz ecoou. Olhei para dentro do quarto, nem sinal deles. Só vi Eleazar, abaixado ao lado da irmã.

– Onde estão meus filhos? – olhei para a criada parada na porta, de cabeça baixa.

– No quarto, Majestade. – disse.

Passei até o fundo do corredor e entrei no quarto das crianças. O menino estava dormindo tranquilamente no berço. Ao lado, vi a menina acordada. Liz e eu não tínhamos combinado os nomes. Aproximei-me do berço da menina. Os pequenos olhinhos estavam analisando o quarto, olhando para cima, com a mão na boca.

– Oi pequena. – senti duas lagrimas descerem. – Como vai minha florzinha, hmm? Está com fome? – tirei a mãozinha dela da boca dela. Uma flor, uma pequena Rosa... Rosalie. – Acho que o papai já sabe como vai chamar você. O que acha de Rosalie, hmm? – fui até o berço do menino, agora acordado. – E você garotão? Como quer se chamar? – lembrei do jeito que Elizabeth falava do avô, tanto orgulho, admiração. – O que acha de Jasper? Sua mãe ia gostar disso.

Senti um aperto no peito. Liz se fora. Nosso sonho de criar os pequeno para serem bons e justos. De apenas ver eles crescerem. Ela se foi. Mas uma parte dela ficou comigo. E vou cuidar deles com minha vida.

(...)

– Papai! – Rosalie disse puxando minha roupa.

– Só um momento querida. – falei lendo um relatório.

– Papai! – disse impaciente.

– O que foi Rose? – abaixei os papeis e a olhei.

Ela e Jazz deviam ter uns 4 anos.

– Está sentando ai a tanto tempo que nem consegue mais me pegar. – disse em tom de provocação.

– Acha mesmo? – ri largando os papeis. – Então porque não tenta fugir? – em levantei.

Ela segurou a ponta do vestido e saiu correndo para os jardins. Corri atrás dela, devagar, claro. Assim que ela saiu para a saiu acabou topando em Jasper. Ele caiu sentando na grama e ela caiu nos pedregulhos. Ela olhou as mãozinhas e ameaçou chorar.

– Ei pequena. – falei colocando ela sentada no banco. – Calma, ok? –limpei a mão dela. - O papai está aqui, sempre vai estar, tudo bem?

– Aham. – ela disse. Jazz sento ao lado dela.

Acariciei o rosto dos dois. Vou estar aqui sempre, pensei, vou cuidar de vocês.

~ lembrança of ~

Acordei em um sobressalto. Sentei na cama. Faziam anos que eu não sonhava com a noite que Liz morreu. Levantei e pus o roupão, ainda estava no meio da noite. Sai do meu quarto e andei pelo o corredor. Passei diante do quarto de Jazz, Edward e cheguei diante do de Rosalie. Ouvi múrmuros sem nexo vindo de dentro do quarto. Peguei uma vela no corredor e entrei. Ela estava se mexendo, a expressão pesada em seu rosto. Coloquei a vela no criado mudo e me sentei na beira da cama.

– Rose, querida. – chamei, colocando a mão em sua testa.

Ela abriu os olhos, a expressão de quem despertava de um pesadelo horrível.

– Papai? – ela murmuro sentando um pouco.

– Sim, querida. O que houve? Hmm? – respondi no mesmo tom.

– Eu tive um pesadelo... – disse chorando, soluçando em silencio. – Foi horrível... – abracei-a.

– Tudo bem, pequena. – falei afagando os cabelos dela. Rose escondeu o rosto em meu peito. – Foi só um sonho ruim, tudo bem agora, estou aqui.

– Eu estava com saudades de abraçar você. – sussurrou.

– Eu também estava, agora pare de chorar, ok? – olhei-a.

Me ajeitei ao lado dela , escorando as costas na guarda da cama, deixando os pés no chão. Ela se escorou em mim e fechou os olhos.

– Pode ficar aqui até eu dormir? – disse.

– Claro. Agora descanse. – afaguei seus ombros.

Ela se ajeitou melhor e eu inclinei minha cabeça para trás e fechei os olhos. Acordei com um barulho na porta. Minhas costas estavam doendo. Me mexi um pouco e olhei para Rose. Eu estava na mesma posição em que peguei no sono, já Rose estava deitada de lado, segurando minha mão. Mexi um pouco em Rose, ela abriu os olhos aos poucos e deu um pequeno sorriso.

– O senhor ficou a noite aqui? – disse.

– Prometi que ficaria até você pegar no sono, mas acho que acabei dormindo antes. – franzi o cenho. Ela riu.

– Obrigado. – disse.

– Estão chamando para o café. – me levantei passando a mão no meu pescoço.

Ela se levantou.

– O senhor deve estar todo dolorido, pa... – engoliu seco. – Majestade.

– Não me importaria se me chamasse de pai. – falei. Ela deu um pequeno sorriso. – Vou deixar você se arrumar. Avise Jazz e Edward que tenho um comunicado importante para fazer.

– Tudo bem.

Sai do quarto e segui para o meu. Troquei de roupa. Eu tinha saída. É uma Rainha que Volterra precisa, é o que vou dar para Volterra. Desci para mesa do café uma meia hora depois. Todos já estavam sentados, Eleazar ainda estava aqui. Sentei em meu lugar.

– Rosalie disse que o senhor tinha um comunicado a fazer. – Jasper disse.

– Sim, vou ser rápido. Tenho que sair para resolver algo. – falei.

– Está nos deixando curiosos... – Edward disse.

–Bom, vou direto ao ponto. – falei. – Vi o quão absurda foi à ideia de casamento forçado. Mas, Volterra ainda precisa de alguém para governar comigo. – suspirei. – Vou me casar.

Rosalie largou os talheres e os meninos se entre olharam. Carmem deu um pequeno sorriso, mas Eleazar se mantinha sem expressão.

– Será que... Ouvimos direito? – Edward disse. – O senhor vai casar?

– Sim, vou. – falei. – Agora, se me derem licença. Tenho coisas a resolver. Aproveitem o café.

Levantei da mesa e andei até próximo a porta de saída da sala de jantar. Parei e me virei para a eles de novo.

– Conde? Pode, por favor, convocar a corte e avisar que aos mensageiros que após o almoço vou fazer um comunicado para o reino?

– Claro, Majestade. – falou.

Sai do palácio em direção a casa de Esme, agora sem capa ou qualquer outro disfarce. As ruas estavam vazias, era cedo ainda, as poucas pessoas que apareciam vez que outra, apenas faziam uma pequena reverencia e continuava.

Parei na frente da porta e me balancei nos calcanhares, tomando coragem para bater. E então, bati. Alguns segundos se passaram e Alice abriu a porta. Ela deu um pequeno sorriso, retribui.

– Mamãe! Visita para a senhora. – disse me dando passagem, entrei. Bella me olhou, confusa. – Fique a vontade Majestade, já estávamos de saída. – ela disse puxando Bella para fora e fechando a porta.

Suspirei e fiquei esperando Esme vir. Alguns poucos minutos depois ela veio do quarto, prendendo os cabelos.

– Carlisle. – sorriu.

– Sua filha me deixou entrar. – falei.

– Alice... – murmurou para si, rindo fraco. – Emmett acabou de sair, foi ao palácio falar com você.

– Depois trato de meus assuntos com Emmett. Vim aqui porque preciso da sua ajuda. – falei.

– Minha ajuda? – ela se aproximou.

– Sim. – falei. – Mesmo depois de tudo que aconteceu ontem, preciso arrumar alguém para governar comigo. Mas não vou tentar casar meus filhos de novo. Quem vai casar sou eu. – analisei sua expressão por alguns segundos. Ela prendeu a respiração. – Não sei como falar com a dama que vou desposar.

– Precisa da minha ajuda... Para... Pedi-la em casamento? – ela disse, com os olhos marejados.

– Exatamente. Ela é uma boa mulher, talvez melhor do que posso imaginar. Não sei como fazer as honras.

– Ah... Diga... Diga para ela... Como... Como se sente... Em relação a tudo. – gaguejou.

– Tudo bem. – fiz menção de ir em direção a porta.

Virei de novo em direção a ela e tomei ar.

– Senti que a única ajuda que posso buscar é em você. Sei que vai ser meu porto seguro para sempre, que vai estar comigo quando eu precisar, como esteve sendo nos últimos dias. – falei. – Quero que saiba que não consigo tirar meu pensamento de você a um certo tempo, e que não vejo a hora de toma-la como minha mulher. – completei dando um passo em sua direção. Sua expressão enrijeceu. – O que achou?

– Ficou... Ficou ótimo. – disse baixo.

– Ah, não. – coloquei a mão no bolso. – Faltou uma coisa. – tirei uma caixinha do bolso e me ajoelhei diante dela. – Esme, minha vida, aceita se casar comigo? – abri a caixinha.

Ela deu um sorriso aliviado, deixando uma lágrima cair.

– E então, o que me diz? Aceita se casar comigo?


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Notas finais do capítulo

E ai? Sim, o Carl gostava da Liz, mas era como se fossem melhores amigos, ou uma paixão de adolescência, nada como o que ele sente pela Es, ok?
Bom, o que acham que a Esme vai responder?
Ah, e não adianta pensar "eles vão casar, já deve estar acabando" NÃO NÃO.
Vocês não vão se livrar tão fácil de mim e da fic, mozões. Ainda tem muita agua para passar por essa ponte.
Okay, vou indo e de novo vou responder a todos os coments, beleza? Perguntei, me xinguem, deem opiniões, digam se querem outro Quiz valendo personagem, me digam o que acham que vai acontecer nos próximos caps, com Felix e Aro e por ai.
Beijos e tchauzinho. Amocês



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