Lana-uma Linda Família Eum Novo Cão (II) escrita por ro_dollores


Capítulo 2
Capítulo 2




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Grissom levantou seu corpo e a olhou de uma maneira profunda. Como fazia quando queria dizer “eu quero você” !

E ela sabia ler de trás para frente aquela mensagem. Conhecia todos os seus códigos secretos entre quatro paredes.

_Está com sono ?

_Nenhum pouco. - Ela conseguiu dizer colada à sua boca.

Eles se levantaram e foram para o quarto.

Completamente envolvidos em beijos profundos e calientes acabaram se assustando quando um clarão invadiu o quarto.

_Mamãe !

Uma voz fininha e chorosa os desarmou.

_Lana … o que foi ?

Ela se separou rapidamente dele e correu até a filha, a pegando no colo, enquanto ele puxava os lençóis para esconder que estava apenas de cuecas.

_Meu quarto … tá escuro !

_Não chore querida, estamos aqui.

Uma crise de choro mais forte, e ela escondeu seu pequeno rostinho no pescoço de sua mãe.

Grissom resolveu se levantar, enrolando os lençóis em sua cintura.

_Não precisa ter medo do escuro, querida. Não há nada de errado lá.

_Eu não quero voltar para o meu quarto eu … - Ela não conseguiu terminar sua frase e logo recomeçou a chorar.

Ele ficou batendo em suas costinhas, enquanto encarava sua mulher desolado.

_Vamos deixar ela dormir aqui, amanhã você troca a luz do abajur, amor !

_Está bem.

Enquanto Sara a acalentava ele vestiu seu pijama de volta.

Eles se ajeitaram e ela se virou para seu pai o abraçando com força no pescoço, ainda fungando.

Sara beijou seus cabelinhos e depois a testa de seu marido.

_Boa noite, querido !

….......

_Hei … que susto ! Achei que estivesse dormindo.

Ele a abraçou debaixo do chuveiro e beijou seus ombros molhados.

_Queria te fazer uma proposta.

Ela se virou e agarrou seu pescoço.

_Qual ?

_Quer namorar comigo ? Agora ?

_A Lana está dormindo ?

_Profundamente.

Ela brincou com os dedos em seu peito e o olhou por baixo.

_O que tem para me oferecer que possa me convencer ?

Grissom se apertou a ela, fazendo com que sentisse o efeito dela sobre ele.

_Hum … acho que este é um argumento bastante poderoso.

Suas bocas se encontraram e ela se deixou levar para as profundezas de emoções que ele lhe despertava a cada toque.

Com jeito e muitas peripécias, para manterem um equilíbrio perfeito ele a possuiu, a agraciando com seus movimentos, enquanto segurava uma de suas pernas em torno de seu quadril.

Ao final, com a água caindo e suas bocas unidas chegaram ao êxtase.

….......

_Vamos papai …

Lana desceu do carro sozinha e ficou pulando ao lado dele.

Muitos carros no estacionamento e o vai e vem de pessoas que também vieram para a reunião.

Um segurança explicou a sala para ele, que já sabia e eles entraram de mãos dadas.

_Enquanto você vai para a sala de atividades o papai vai para a reunião, está bem ? Olha lá seus amiguinhos.

_Boa tarde dr. Grissom !

_Boa tarde Elizabeth.

Ele entregou sua filha a ela depois de lhe erguer em seus braços e dar um beijo estalado.

_Tá cheiroso.

_Você também !

Elizabeth sorriu para ele, sempre encantada com seus olhos azuis.

_Vamos pequena princesa.

Ele gostava daquela escolinha, ela era bem tratada e tinham um alto conceito no sistema

Logo encontrou a sala e se sentou.

Poucos pais como sempre e muitas mães. Alguns ele já conhecia até de nome, pois mesmo que Sara pudesse vir, ele também gostava de acompanhá – la. Era praxe. A não ser que fosse mesmo impossível sua presença.

O pai de Alex, Justin, um advogado bastante conceituado resolveu se sentar ao lado dele.

_Olá Grissom … o Alex me disse que adotou o Smoo.

Ele apertou sua mão com força, em um típico gesto masculino.

_Sim … ele é bem divertido, mas bastante teimoso.

O homem de cabelos claros sorriu e logo fez o que mais costumava fazer, olhar no relógio.

_Será que isto vai demorar ?

Logo Janet, a coordenadora lhe entregou a ficha dele, o que lhe valeu um sorriso de orelha a orelha. Seu pequeno gênio tinha conceitos ótimos mas havia alguma coisa no final daquela ficha que fez seu sorriso morrer.

Os pais aguardavam em uma sala mas eram atendidos um a um em particular. Não havia informações compartilhadas, respeitando a individualidade de cada criança.

Justin foi o primeiro a ser chamado enquanto Grissom analisava a ficha de sua filha.

Raciocínio rápido, mente imaginativa em seu limite normal, excelente visão de compartilhamento, propensa a liderança, personalidade abrangente para disputas em grupo e por fim, o que coroou seu coração de pai bobo, um pouco preocupante mas imensamente compreensível. Auto poder de convencimento através da palavra ! Ponto a ser melhorado : a hiperatividade. Ponto alto : excelente relacionamento em grupo.

Aquela ficha rosa em suas mãos a descrevia melhor ainda que até eles mesmo pudessem notar.

_Minha menininha !

Estava estampado em sua expressão o orgulho de sua pequena “terremoto” e ainda sorrindo ele olhou para o lado, reconhecendo imediatamente a mãe de Dimitri.

Ela o encarava como se quisesse lhe dizer alguma coisa, imediatamente se sentou ao lado dele.

_Boas notícias ?

_Excelentes !

_A Lana é extraordinária, não há um dia sem que meu filho inclua o nome dela em suas conversas. Algumas são tão impressionantes que é impossível não se apaixonar por ela. Parabéns !

_Muito obrigado, sra Tunner !

_Apenas Cameron, acabei de me divorciar !

_Desculpe … Cameron !

Os olhos dela percorreram seu rosto tão detalhadamente que o fez corar.

Ele desviu os olhos para a ficha como se ainda não tivesse a lido. Ela tinha uma maneira estranha de encarar que o deixava bastante sem graça.

_Sua mulher não pôde vir ?

_Está no trabalho.

_Hum … o Dimitri me disse que queria chamar a Lana para um sorvete.

_Nós temos compromisso ! - Ele mentiu.

Sara o mataria de verdade se ele fosse passear com outra mulher, ela era ciumenta e ele procurava não lhe dar motivos. Não gostava de brigar com ela, nunca vencia !

_Que pena, fica para a próxima !

Ele respondeu um ok em um tom tão baixo que talvez ela nem tivesse ouvido.

_Dr. Grissom !

Ele se levantou imediatamente agradecendo aos céus pela providência.

_Sente -se … vamos ver o que sua pequena tem aprontado.

A coordenadora era acompanhada pela professora e lia com atenção os dados disponíveis.

_Muito bem ! Você tem uma liderzinha aqui !

_Acho que sim. - Ele sorriu.

_E então sra Dawson, vamos à criança, além das informações o que poderia nos dizer ?

_Ela é bastante ativa, ás vezes hiperativa ! Mas nada como trabalhar com sua imaginação. Eles costumam pendurar seus desenhos e há alguns dias me pediu o dela de volta. Achei estranho porque ela parecia preocupada. Mas quando me devolveu havia colado um novo cão, que deve  ser o Smoo ! Ele tinha pelos demais no rosto e parecia um pequeno ouriço.

_Nos o adotamos !

_Que imaginação !

_Ah … isso ela tem demais.

_Mas não chega ser motivo de preocupação. O que gostaria de dizer é que não há como coibir uma criança de ser diferente, faz parte de sua natureza. Ela fala demais ! Cria coisas mirabolantes que até mesmo nós, adultos, ficamos boquiabertos.

Ele levantou uma de suas sobrancelhas e as encarou.

_Como por exemplo ?

_Um dia desses ela trouxe luvas de látex e um pequeno porco de borracha. Chamou seus coleguinhas para “analisar” o paciente !

_Ela fez isso ? Adora animais.

_Usou um lápis colorido para dar uma injeção para a dor. Ela diagnosticou o bichinho com febre alta !

Ele deu uma gargalhada que fez com que as duas o olhassem com doçura, foi uma reação imediata. Sara sempre dizia a ele o quanto ficava irresistível quando sorria. Mas ela era suspeita, era sua mulher e o amava !

_Nós procuramos incentivar as crianças a usarem a imaginação e com toda certeza ela é a que mais se destaca, não deixa ninguém parado, faz as coisas dela e fica olhando para saber se alguém vai precisar de ajuda ! Isso é atípico para a idade dela, geralmente são mais egoístas.

_Ela puxou à mãe ! Está sempre à disposição.

_Isso é interessante, mesmo que ela tenha essa tendência, ainda assim é muito pequena para ter se manifestado. Estou impressionada dr. Grissom. A sra Dawson está com uma turminha bastante agitada.

_Com toda certeza.

Elas ainda falaram com ele por mais um tempo. Sobre as festas mensais de aniversário, e a reforma do parquinho. Um valor ia ser agregado ás mensalidades, nada que pudesse ser exorbitante, depois assinou alguns termos e saiu, querendo pegar sua pequena e a beijar por horas.

Ele foi até o pátio e ficou a observando, coma s mãos nos bolsos encostado em um pilar.

_Alex … você vai ficar desse lado e você, Tim do lado da Diana.

_Por que eu ?

_Um grande e um pequeno, assim não tem briga, oras !

Ele começou a rir, ela era a coisa mais impressionante que poderia ter acontecido em sua vida. A amava tanto !

Lana o avistou de longe e acenou para ele.

_Pode esperar um pouco, papai ?

Ele balançou a cabeça e se sentou em um banco debaixo de uma tenda.

Logo ganhou companhia.

_Uma pena mesmo não poder nos acompanhar, Dimitri me disse que ela adorou a ideia.

Ele arqueou suas sobrancelhas, e teve a ideia de se levantar e pegar sua filha.

Mas ia parecer indelicado.

_Pois é !

Ela havia se sentado tão perto dele que suas coxas estavam quase se tocando.

_Meu filho faz aniversário semana que vem, vamos fazer uma festa de arromba em nossa casa. Gostaria que levasse Lana.

_Vou falar com minha mulher.

_Ele já deu o convite a ela. Ficaria arrasado se ela não fosse. Foi a primeira que me fez escrever em sua lista.

Cameron tocou em sua perna, depois em seu braço.

_O convite se estende aos pais, contratei alguns profissionais para cuidarem deles.

_Interessante. - Ele se levantou, não se sentia muito confortável perto dela. _Temos que ir !

Ela se levantou também e sem que ele esperasse beijou seu rosto em cumprimento de despedida.

_Espero nos encontrar em breve.

Ele apenas acenou e foi em direção a sua filha, mas a viu correndo para dentro do prédio.

_Lana !

Ela continuou correndo e ele foi atrás dela. O que ela estava fazendo ?

Ele viu quando ela entrou no corredor de acesso aos banheiros e parecia chorar.

_Lana … querida !

Ela entrou e ele ouviu a porta sendo batida.

_O que ouve com ela ?

_Eu não sei. Estava brincando e do nada saiu correndo, chorando. - Elizabeth declarou ofegante.

Ele parecia desesperado.

_Eu vou entrar lá, um instante.

Ele esperou na porta com uma vontade imensa de entrar.

Alguns minutos depois, ela surgiu com as mãozinhas escondendo o rosto e sendo guiada pela professora.

_O que foi, querida ?

Ele se agachou e a abraçou !

_Nada !

Sua voz saiu sufocada em seu pescoço.

_Mas ninguém chora por nada, filha !

Ela continuou com seu choro fininho e seu desespero aumentou.

_Ela disse alguma coisa ?

_Apenas que você não podia fazer aquilo !

_O que o papai fez ? Eu não estou entendendo.

Ele afastou seu rostinho e ajeitou o cabelinho que atrapalhava seus olhos tão azuis quanto os dele.

_Beijou a mãe do Dimitri !


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