Always At Your Side escrita por Ágatha Geum
Notas iniciais do capítulo
espero que gostem...
Já passava da meia-noite, quando Damon resolvera voltar para casa. Depois de ter sido deixado por Elena no meio de uma rua que ele não recordava qual seria o garoto dera voltas e voltas terminando em um pub que não estava tão agitado quanto o barzinho que estivera com os amigos. Não olhou para o relógio e não havia se atrevido a dar atenção a quem não merecia. Parecia avoado, ao ser visto de longe, mas nada que negasse que a garota de longos cabelos castanhos estivesse presente em seus pensamentos.
O tipo de atitude que Elena Gilbert demonstrara àquela noite, não era da garota que ele conviveu praticamente a vida toda. Ao vê-la no bar sem lhe dizer uma palavra, sentiu-se seguro por acreditar que Elena continuava a mesma. Damon sentiu-se desnorteado como fora tratado na saída, pois normalmente ambos sairiam às tapas e berros. Internamente o garoto queria que permanecesse tudo daquela maneira, assim, seria muito mais fácil ignorá-la.
Era como se Elena o tivesse invadido de um jeito nunca feito antes. Ao sair de NY, Damon envolveu-se com algumas mulheres firmando alguns relacionamentos aparentemente sérios, mas nenhum que pudesse apagar a imagem daquela menina-mulher que estava enraizada em sua mente e em sua alma. Ele não poderia negar que ficara feliz com a oportunidade de ficar a sós com ela, mas a suposta invasão na sua vida particular o havia deixado totalmente balançado.
Depois de um tempo razoável no pub, Damon resolvera ir para casa. Fizera o percurso que sempre fazia quando ia para a escola e uma onda de sensações estranhas começou a possuí-lo. O problema maior, não era identificar esses sentimentos. Era se convencer de que aquelas lembranças faziam faltas e que dificilmente voltariam. Estava tão distraído que sentira sua visão ficar turva por alguns segundos...
Ao estacionar e dirigir-se à casa que dividia com Matt, Tyler e Stefan, notara que havia uma luz acessa e supôs que era da sala. Provavelmente, Stefan – que era um fofoqueiro - teria contado a Tyler que ele fora incumbido a deixar Elena em casa e resolveram aguardar pela sua chegada para saber com grandes detalhes como a missão havia ido. Mal sabiam eles que não fora nada do que, provavelmente, eles estariam imaginando.
Quando entrara na sala, a imagem que fazia na sua mente tornou-se realidade muito rapidamente. Stefan, Matt e Tyler estavam dividindo o mesmo sofá e, ao virarem-se na sua direção, brandiram grandes sorrisos maliciosos. Damon tentou falar em primeira instância, mas Stefan deixou que sua voz ecoasse pela sala completamente bagunçada.
– Conte tudo! - exclamou Stefan virando-se na direção do amigo. Seus olhos brilhavam de malícia.
– Não tenho muito que dizer. - disse Damon, largando as chaves em cima da mesinha de centro.
– Como não? - Matt encolhera os ombros, indignado. - Você estava com a mulher dos seus sonhos e não tem nada a dizer?
Damon tentou procurar algum tipo de apoio em Tyler, mas fora completamente em vão. Ele parecia estar tão interessado no assunto quanto Matt e Stefan.
– Stefan resumiu os fatos. Acho que você tem realmente o que nos contar. - disse Tyler, cruzando os braços e reconstando-se no sofá.
– Bom... Elena saiu do carro e resolveu ir embora sozinha. Felizes? - Damon olhou de um amigo para o outro, torcendo que a resposta fosse afirmativa.
– Vocês brigaram? - perguntou Matt enrugando a testa.
– Caramba! Vocês dois esqueceram-se de crescer, é? - Stefan enrugou a testa também, enquanto estudava Damon com os olhos estreitados. - Vire macho, Damon e resolva a palhaçada.
Damon revirou os olhos e jogou-se no sofá. Estava começando a sentir sua cabeça latejar e suas pernas pareciam extremamente bambas. Sentia-se particularmente cansado e não via a hora de dormir.
– Digamos que tivemos uma conversa madura. - respondeu Damon.
– Há! E você pensa que iremos cair nessa? - Stefan indagou com certa ironia.
– Se serve de consolo, ela deixou que eu ligasse para ela.- Damon vasculhou os bolsos e erguera o celular na direção do amigo.
– E você vai ligar certo? - perguntou Tyler, vislumbrado. Era realmente fantástico ver como tudo havia funcionado entre Elena e Damon. Jurava que o melhor amigo iria voltar para casa com um dos olhos extremamente roxo e ficou extremamente aliviado em saber que ele estava completamente inteiro e, aparentemente, bem emocionalmente.
– Não sei ainda! Isso é algo que realmente devo decidir. - disse Damon, dando um longo suspiro.
– Cara, Elena lhe deu espaço. Deixe de ser um pamonha e ligue. - apoiou Stefan, super empolgado.
– Preciso descansar e colocar as ideias no lugar antes de pensar em discar o número dela.
– Para ligar para ela não precisa pensar muito. Basta ligar. - disse Matt apontando para o aparelho que ainda pendia na mão de Damon.
– E levar um fora? - questionou Damon com o cenho enrugado. - Não, obrigado! Acho que já levei muito tapa na cara da Srta. Gilbert. - e colocou-se de pé sem demora.
– Acho que você deveria levar isso em consideração. - disse Stefan, coçando a nuca. - Seria uma chance para vocês se conhecerem melhor.
– Já nos conhecemos, Stefan.
– Não como Katherine e eu, percebe?
Damon, Matt e Tyler caíram na gargalhada ao ouvirem o comentário descabido de Stefan. Na verdade, o moreno temia ligar para Elena como todas as vezes que temeu trocar poucas palavras com a garota durante o colegial. Sentiu-se um pouco frustrado por notar que estava reagindo à moda antiga.
– O que eu conheço sobre Elena Gilbert é totalmente diferente do que você conhece sobre Katherine Pierce. - retrucou Damon, parando de rir.
– Vai que um dia acontece? - Matt sorrira, dando uma piscadela na direção do amigo.
– Que tal você dormir e parar de ter sonhos eróticos com a Rebekah? - perguntou Damon, passando por ele e rumando até as escadas.
– Sonhos eróticos? Isso é coisa do Tyler.
– Hey! - exclamou Tyler, indignado.
– Tendo sonhos eróticos com a minha prima, Tyler? - perguntou Damon em um tom brincalhão.
– Relaxe! - Matt estendera uma das mãos como se estivesse pedindo uma pausa. - Pelo menos você não o vê chamando pela sua prima quando ele está enlaçado com o ursinho de pelúcia.
O moreno caíra na gargalhada enquanto presenciava Tyler corar de vergonha.
– Bom... Acho que depois dessa, posso garantir que já estamos bem soltinhos, certo?
– Sim, Damon! - concordou Tyler, meio emburrado. - Vocês voltaram ao lar e espero que faxinem o canto de vocês. Tem até teia de aranha.
– Caramba, Tyler, você também não presta para nada, hein! - resmungou Stefan, balançando a cabeça negativamente.
– Presto! - respondeu Tyler enrugando a testa. - Mas não está sob meus cuidados trocar suas fraldas, Stefan. A única pessoa que fazia isso era a Katherine, mas até ela cansou de gastar dinheiro à toa.
Damon dera um assovio. Matt gargalhou. O rosto risonho de Stefan sumira instantaneamente.
– Vou encarar isso como uma brincadeira.
– Mas é uma brincadeira! Só não vale jogar para a Lexi agora.
– Pelo menos eu sou o único macho daqui. - Stefan disse firmemente. - Enquanto um tem sonhos eróticos, o outro chora na fralda de pano por não ter a morena dos seus sonhos. E o outro sonha com a Rebekah.
– Stefan, se eu não estivesse quase capotando, juro que acertaria um soco na sua cara.
Stefan gargalhou com gosto enquanto Tyler observava o amigo por alguns instantes. Realmente, Damon precisava de descanso e não seria ele quem o seguraria.
– Você está acabado, Damon. - disse Stefan, tirando as palavras da boca de Tyler. - O desgraçado só comeu besteira durante a temporada fora daqui. Era raro vê-lo comendo algo decente.
– Estou de volta e confesso que as comidas de NY são as melhores. - explicou Damon, simplesmente.
– Só espero que essa greve de fome não tenha nome. - disse Tyler, meio pensativo.
– Ah! Tem sim! - disse Damon meneando a cabeça positivamente. - Amanhã irei diretamente para a casa da Sra. Fiorella comer tudo o que tenho direito.
– E arrume suas cuecas antes de ir. - devolveu Tyler, sorrindo.
– Pode deixar capitão! - disse Damon, batendo continência. - Boa noite, malas-sem-alça.
– Noite! - disseram Stefan e Tyler em uníssono.
Os passos ecoaram surdamente pela escadaria. O moreno agradecia intimamente por estar de volta a NY. A única coisa que perturbava sua cabeça era saber o que faria Dalí para frente. O Natal estava próximo e ele com certeza não estava disposto a gastar energias velhas em projetos novos. A única coisa que restava era ajudar seu pai na empresa enquanto decidia se voltava à faculdade ou não. Cambaleando de sono, Damon nem se dera ao trabalho de se trocar. Caíra na cama, pensativo, e lá adormeceu.
A primeira coisa que Elena ouvira, assim que chegara em casa, fora o barulho de seu celular. Estava quase caindo no sono quando vira o nome de Bonnie piscar furiosamente no visor. A morena parecia não desistir, pois insistira quatro vezes seguidas até ser atendida. Por um momento, a morena pensou que fosse uma ligação de Damon e sentiu-se tola por pensar de tal forma.
– Como foi?
Elena não se surpreendeu com o fato da melhor amiga ter sido tão direta. Essa era a Bonnie que ela conhecia. Essa era a única pessoa que não mudara absolutamente nada. Nem seu estado de humor que vivia constantemente deslumbrante.
– Não aguentei ficar perto dele, Bonnie.
– Como assim?
Depois de uma longa explicação vinda da morena, Bonnie demorara um pouco para responder. Sentira uma ponta de aflição na voz da amiga e esperava que aquilo fosse temporário. Sabia que Elena havia alimentado algum sentimento por Damon. Na época da escola, encarava todos os momentos de raiva de Elena quando o via conversando com outras garotas como um infortúnio mais conhecido como TPM.
– Aí! Amiga! - Bonnie dera um suspiro rasgante. - Eu sinceramente não sei o que dizer. Primeiro por que Damon e você nunca conversaram direito e ficar perguntando nunca é uma boa coisa. Ainda mais quando se trata do nosso querido Salvatore.
– Eu sei Bonnie, mas eu fiquei preocupada. É ruim se preocupar?
– Com Damon Salvatore, sim!
Elena dera um risinho abafado.
– Por que sempre se refere a Damon como uma ameaça?
– Porque eu sei que tipo de estrago ele pode fazer em você.
– Tem algum exemplo?
– Prometer demais e não cumprir absolutamente nada. É isso o que ele sempre faz.
– Mas, Bonnie, ele está diferente. Eu senti isso.
– Amiga, vai querer mesmo se arriscar?
– Não estou me referindo a isso como uma batalha. Eu...
Era difícil dizer aquilo, mas Elena tinha certeza o que almejava.
– Eu só queria ser amiga dele. É pedir demais?
Bonnie fizera uma pausa reflexiva. Elena queria ajudar Damon, mas ela não estava entendendo por quais razões. Sabia das consequências, mas o que realmente importava é que sempre estaria ao lado dela para apoiá-la.
– Podemos dizer que é pedir um milagre, mas, se precisar de mim, estarei contigo. - disse Bonnie o mais tranquilizadora possível.
– É tão bom ouvir isso! - disse Elena respirando aliviada.
– Já tem algo em mente?
– Na verdade, vou deixar a semana rolar. Nosso encontro traumatizante ainda está meio recente e...
– Quer fazer com que ele sinta saudades, né?
Elena riu.
– Claro que não, besta! Precisamos de espaço. Eu estou em um emprego novo e ele acabou de voltar. Não quero esquentar a cabeça tão cedo. E, pelo visto, nem ele.
– Então, quando estiver pronta, ligue para ele.
– Eu? Ah! Ele que me ligue. - Elena disse, simplesmente.
– Assim que se fala morena! - apoiou Bonnie caindo na risada.
– Estou errada?
– Está certíssima!
– Bom... Estou com sono, amiga. Posso dormir?
– Opa! - exclamou Bonnie, ainda rindo. - Desculpe ter te ligado, mas estava me remoendo de curiosidade.
– Imagina Bonnie! Eu sabia que você ia me ligar. Só acho que demorou demais.
– E, outra coisa, Lexi e a April vão passar o Natal aqui conosco. Acabei esquecendo-se de te dizer devido ao grande papo que estávamos tendo no barzinho.
– Ai! Que legal! Estou morrendo de saudades da April e da Lexi.
– Estamos preparando algo para o Natal, mas depois conversamos sobre isso. Boa noite, Elena.
– Boa noite, Bonnie.
Elena depositou o celular embaixo do travesseiro e desligara a TV. Agora, só bastava esperar as surpresas que viriam até ela com Damon Salvatore de volta a cidade.
Já passava da meia-noite, quando Damon resolvera voltar para casa. Depois de ter sido deixado por Elena no meio de uma rua que ele não recordava qual seria o garoto dera voltas e voltas terminando em um pub que não estava tão agitado quanto o barzinho que estivera com os amigos. Não olhou para o relógio e não havia se atrevido a dar atenção a quem não merecia. Parecia avoado, ao ser visto de longe, mas nada que negasse que a garota de longos cabelos castanhos estivesse presente em seus pensamentos.
O tipo de atitude que Elena Gilbert demonstrara àquela noite, não era da garota que ele conviveu praticamente a vida toda. Ao vê-la no bar sem lhe dizer uma palavra, sentiu-se seguro por acreditar que Elena continuava a mesma. Damon sentiu-se desnorteado como fora tratado na saída, pois normalmente ambos sairiam às tapas e berros. Internamente o garoto queria que permanecesse tudo daquela maneira, assim, seria muito mais fácil ignorá-la.
Era como se Elena o tivesse invadido de um jeito nunca feito antes. Ao sair de NY, Damon envolveu-se com algumas mulheres firmando alguns relacionamentos aparentemente sérios, mas nenhum que pudesse apagar a imagem daquela menina-mulher que estava enraizada em sua mente e em sua alma. Ele não poderia negar que ficara feliz com a oportunidade de ficar a sós com ela, mas a suposta invasão na sua vida particular o havia deixado totalmente balançado.
Depois de um tempo razoável no pub, Damon resolvera ir para casa. Fizera o percurso que sempre fazia quando ia para a escola e uma onda de sensações estranhas começou a possuí-lo. O problema maior, não era identificar esses sentimentos. Era se convencer de que aquelas lembranças faziam faltas e que dificilmente voltariam. Estava tão distraído que sentira sua visão ficar turva por alguns segundos...
Ao estacionar e dirigir-se à casa que dividia com Matt, Tyler e Stefan, notara que havia uma luz acessa e supôs que era da sala. Provavelmente, Stefan – que era um fofoqueiro - teria contado a Tyler que ele fora incumbido a deixar Elena em casa e resolveram aguardar pela sua chegada para saber com grandes detalhes como a missão havia ido. Mal sabiam eles que não fora nada do que, provavelmente, eles estariam imaginando.
Quando entrara na sala, a imagem que fazia na sua mente tornou-se realidade muito rapidamente. Stefan, Matt e Tyler estavam dividindo o mesmo sofá e, ao virarem-se na sua direção, brandiram grandes sorrisos maliciosos. Damon tentou falar em primeira instância, mas Stefan deixou que sua voz ecoasse pela sala completamente bagunçada.
– Conte tudo! - exclamou Stefan virando-se na direção do amigo. Seus olhos brilhavam de malícia.
– Não tenho muito que dizer. - disse Damon, largando as chaves em cima da mesinha de centro.
– Como não? - Matt encolhera os ombros, indignado. - Você estava com a mulher dos seus sonhos e não tem nada a dizer?
Damon tentou procurar algum tipo de apoio em Tyler, mas fora completamente em vão. Ele parecia estar tão interessado no assunto quanto Matt e Stefan.
– Stefan resumiu os fatos. Acho que você tem realmente o que nos contar. - disse Tyler, cruzando os braços e reconstando-se no sofá.
– Bom... Elena saiu do carro e resolveu ir embora sozinha. Felizes? - Damon olhou de um amigo para o outro, torcendo que a resposta fosse afirmativa.
– Vocês brigaram? - perguntou Matt enrugando a testa.
– Caramba! Vocês dois esqueceram-se de crescer, é? - Stefan enrugou a testa também, enquanto estudava Damon com os olhos estreitados. - Vire macho, Damon e resolva a palhaçada.
Damon revirou os olhos e jogou-se no sofá. Estava começando a sentir sua cabeça latejar e suas pernas pareciam extremamente bambas. Sentia-se particularmente cansado e não via a hora de dormir.
– Digamos que tivemos uma conversa madura. - respondeu Damon.
– Há! E você pensa que iremos cair nessa? - Stefan indagou com certa ironia.
– Se serve de consolo, ela deixou que eu ligasse para ela.- Damon vasculhou os bolsos e erguera o celular na direção do amigo.
– E você vai ligar certo? - perguntou Tyler, vislumbrado. Era realmente fantástico ver como tudo havia funcionado entre Elena e Damon. Jurava que o melhor amigo iria voltar para casa com um dos olhos extremamente roxo e ficou extremamente aliviado em saber que ele estava completamente inteiro e, aparentemente, bem emocionalmente.
– Não sei ainda! Isso é algo que realmente devo decidir. - disse Damon, dando um longo suspiro.
– Cara, Elena lhe deu espaço. Deixe de ser um pamonha e ligue. - apoiou Stefan, super empolgado.
– Preciso descansar e colocar as ideias no lugar antes de pensar em discar o número dela.
– Para ligar para ela não precisa pensar muito. Basta ligar. - disse Matt apontando para o aparelho que ainda pendia na mão de Damon.
– E levar um fora? - questionou Damon com o cenho enrugado. - Não, obrigado! Acho que já levei muito tapa na cara da Srta. Gilbert. - e colocou-se de pé sem demora.
– Acho que você deveria levar isso em consideração. - disse Stefan, coçando a nuca. - Seria uma chance para vocês se conhecerem melhor.
– Já nos conhecemos, Stefan.
– Não como Katherine e eu, percebe?
Damon, Matt e Tyler caíram na gargalhada ao ouvirem o comentário descabido de Stefan. Na verdade, o moreno temia ligar para Elena como todas as vezes que temeu trocar poucas palavras com a garota durante o colegial. Sentiu-se um pouco frustrado por notar que estava reagindo à moda antiga.
– O que eu conheço sobre Elena Gilbert é totalmente diferente do que você conhece sobre Katherine Pierce. - retrucou Damon, parando de rir.
– Vai que um dia acontece? - Matt sorrira, dando uma piscadela na direção do amigo.
– Que tal você dormir e parar de ter sonhos eróticos com a Rebekah? - perguntou Damon, passando por ele e rumando até as escadas.
– Sonhos eróticos? Isso é coisa do Tyler.
– Hey! - exclamou Tyler, indignado.
– Tendo sonhos eróticos com a minha prima, Tyler? - perguntou Damon em um tom brincalhão.
– Relaxe! - Matt estendera uma das mãos como se estivesse pedindo uma pausa. - Pelo menos você não o vê chamando pela sua prima quando ele está enlaçado com o ursinho de pelúcia.
O moreno caíra na gargalhada enquanto presenciava Tyler corar de vergonha.
– Bom... Acho que depois dessa, posso garantir que já estamos bem soltinhos, certo?
– Sim, Damon! - concordou Tyler, meio emburrado. - Vocês voltaram ao lar e espero que faxinem o canto de vocês. Tem até teia de aranha.
– Caramba, Tyler, você também não presta para nada, hein! - resmungou Stefan, balançando a cabeça negativamente.
– Presto! - respondeu Tyler enrugando a testa. - Mas não está sob meus cuidados trocar suas fraldas, Stefan. A única pessoa que fazia isso era a Katherine, mas até ela cansou de gastar dinheiro à toa.
Damon dera um assovio. Matt gargalhou. O rosto risonho de Stefan sumira instantaneamente.
– Vou encarar isso como uma brincadeira.
– Mas é uma brincadeira! Só não vale jogar para a Lexi agora.
– Pelo menos eu sou o único macho daqui. - Stefan disse firmemente. - Enquanto um tem sonhos eróticos, o outro chora na fralda de pano por não ter a morena dos seus sonhos. E o outro sonha com a Rebekah.
– Stefan, se eu não estivesse quase capotando, juro que acertaria um soco na sua cara.
Stefan gargalhou com gosto enquanto Tyler observava o amigo por alguns instantes. Realmente, Damon precisava de descanso e não seria ele quem o seguraria.
– Você está acabado, Damon. - disse Stefan, tirando as palavras da boca de Tyler. - O desgraçado só comeu besteira durante a temporada fora daqui. Era raro vê-lo comendo algo decente.
– Estou de volta e confesso que as comidas de NY são as melhores. - explicou Damon, simplesmente.
– Só espero que essa greve de fome não tenha nome. - disse Tyler, meio pensativo.
– Ah! Tem sim! - disse Damon meneando a cabeça positivamente. - Amanhã irei diretamente para a casa da Sra. Fiorella comer tudo o que tenho direito.
– E arrume suas cuecas antes de ir. - devolveu Tyler, sorrindo.
– Pode deixar capitão! - disse Damon, batendo continência. - Boa noite, malas-sem-alça.
– Noite! - disseram Stefan e Tyler em uníssono.
Os passos ecoaram surdamente pela escadaria. O moreno agradecia intimamente por estar de volta a NY. A única coisa que perturbava sua cabeça era saber o que faria Dalí para frente. O Natal estava próximo e ele com certeza não estava disposto a gastar energias velhas em projetos novos. A única coisa que restava era ajudar seu pai na empresa enquanto decidia se voltava à faculdade ou não. Cambaleando de sono, Damon nem se dera ao trabalho de se trocar. Caíra na cama, pensativo, e lá adormeceu.
A primeira coisa que Elena ouvira, assim que chegara em casa, fora o barulho de seu celular. Estava quase caindo no sono quando vira o nome de Bonnie piscar furiosamente no visor. A morena parecia não desistir, pois insistira quatro vezes seguidas até ser atendida. Por um momento, a morena pensou que fosse uma ligação de Damon e sentiu-se tola por pensar de tal forma.
– Como foi?
Elena não se surpreendeu com o fato da melhor amiga ter sido tão direta. Essa era a Bonnie que ela conhecia. Essa era a única pessoa que não mudara absolutamente nada. Nem seu estado de humor que vivia constantemente deslumbrante.
– Não aguentei ficar perto dele, Bonnie.
– Como assim?
Depois de uma longa explicação vinda da morena, Bonnie demorara um pouco para responder. Sentira uma ponta de aflição na voz da amiga e esperava que aquilo fosse temporário. Sabia que Elena havia alimentado algum sentimento por Damon. Na época da escola, encarava todos os momentos de raiva de Elena quando o via conversando com outras garotas como um infortúnio mais conhecido como TPM.
– Aí! Amiga! - Bonnie dera um suspiro rasgante. - Eu sinceramente não sei o que dizer. Primeiro por que Damon e você nunca conversaram direito e ficar perguntando nunca é uma boa coisa. Ainda mais quando se trata do nosso querido Salvatore.
– Eu sei Bonnie, mas eu fiquei preocupada. É ruim se preocupar?
– Com Damon Salvatore, sim!
Elena dera um risinho abafado.
– Por que sempre se refere a Damon como uma ameaça?
– Porque eu sei que tipo de estrago ele pode fazer em você.
– Tem algum exemplo?
– Prometer demais e não cumprir absolutamente nada. É isso o que ele sempre faz.
– Mas, Bonnie, ele está diferente. Eu senti isso.
– Amiga, vai querer mesmo se arriscar?
– Não estou me referindo a isso como uma batalha. Eu...
Era difícil dizer aquilo, mas Elena tinha certeza o que almejava.
– Eu só queria ser amiga dele. É pedir demais?
Bonnie fizera uma pausa reflexiva. Elena queria ajudar Damon, mas ela não estava entendendo por quais razões. Sabia das consequências, mas o que realmente importava é que sempre estaria ao lado dela para apoiá-la.
– Podemos dizer que é pedir um milagre, mas, se precisar de mim, estarei contigo. - disse Bonnie o mais tranquilizadora possível.
– É tão bom ouvir isso! - disse Elena respirando aliviada.
– Já tem algo em mente?
– Na verdade, vou deixar a semana rolar. Nosso encontro traumatizante ainda está meio recente e...
– Quer fazer com que ele sinta saudades, né?
Elena riu.
– Claro que não, besta! Precisamos de espaço. Eu estou em um emprego novo e ele acabou de voltar. Não quero esquentar a cabeça tão cedo. E, pelo visto, nem ele.
– Então, quando estiver pronta, ligue para ele.
– Eu? Ah! Ele que me ligue. - Elena disse, simplesmente.
– Assim que se fala morena! - apoiou Bonnie caindo na risada.
– Estou errada?
– Está certíssima!
– Bom... Estou com sono, amiga. Posso dormir?
– Opa! - exclamou Bonnie, ainda rindo. - Desculpe ter te ligado, mas estava me remoendo de curiosidade.
– Imagina Bonnie! Eu sabia que você ia me ligar. Só acho que demorou demais.
– E, outra coisa, Lexi e a April vão passar o Natal aqui conosco. Acabei esquecendo-se de te dizer devido ao grande papo que estávamos tendo no barzinho.
– Ai! Que legal! Estou morrendo de saudades da April e da Lexi.
– Estamos preparando algo para o Natal, mas depois conversamos sobre isso. Boa noite, Elena.
– Boa noite, Bonnie.
Elena depositou o celular embaixo do travesseiro e desligara a TV. Agora, só bastava esperar as surpresas que viriam até ela com Damon Salvatore de volta a cidade.
Continua...
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Posto o próximo ainda hoje...