O Primeiro Dia Do Resto Da Minha Vida escrita por Mimia R


Capítulo 25
Do Começo ao Fim


Notas iniciais do capítulo

Mais complicado que esse capítulo, não teve nenhum outro. Sofram com os personagens. ;DD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/248382/chapter/25

O domingo já tinha começado agitado. Gabriel, Camila, Jéssica e o namorado saíram logo cedo para caminhar na praia. Queriam ver o nascer do sol. Victor e Brenda não quiseram ir. E nenhum deles chamou Tuana e Felipe porque a porta do quarto estava trancada, então resolveram não atrapalhar o que quer que estivesse acontecendo lá dentro. Mas Tuana e Felipe apenas dormiam. E mesmo que estivessem acordados, não teriam ido à praia.

 Quando Tuana finalmente acordou, percebeu que Felipe não estava na cama. A porta do quarto estava só encostada, indicando que ele tinha saído. Ela se espreguiçou, foi ao banheiro, tomou um banho, trocou de roupa e ficou pronta para mais um dia. Ela saiu do quarto e procurou Felipe, mas ele não estava em vista. Então saiu do pequeno chalé para procura-lo fora.

 Encontrou-o na portaria. E quando foi chegando mais perto viu que o pai de Gabriel estava lá também. Tuana se aproximou um pouco preocupada. Será que tinha acontecido alguma coisa?, ela se perguntou. Os dois homens ali a viram.

- Tudo bem? – Tuana perguntou quando parou ao lado do namorado.

- Sim, amor, tudo bem. – Felipe disse. – O pai de Gabriel veio deixar o carro aqui porque ele não vai poder nos buscar mais tarde.

 Tuana franziu a testa.

- É verdade. – O pai de Gabriel disse. – Eu vou ter que fazer uma viagem de urgência daqui a 2h.

- Ah. – Foi só o que Tuana disse balançando a cabeça.

- Pois é. Como Gabriel não está no chalé, eu vim. – Felipe disse.

- Mas então, Felipe. – O pai de Gabriel falou. – Eu já vou indo. Ainda tenho muita coisa para fazer. Aqui estão as chaves.

 Felipe pegou as chaves e colocou-as no bolso de sua bermuda.

- Dirija com segurança, ok. E voltem cedo. Até breve.

 Assim, o pai de Gabriel entrou em outro carro, onde uma mulher dirigia e foi embora. Felipe e Tuana voltaram para o chalé. Ele guardou as chaves num chaveiro.

- Ei, onde Gabriel está? – Tuana perguntou.

- Ele saiu com o pessoal. Não encontrei ninguém nos quartos. Só Victor e Brenda. Não sei pra onde eles foram.

 Tuana não falou nada.

- Ei, vamos pra piscina? – Felipe perguntou.

- Vai indo, eu vou comer qualquer coisa aqui e vou em seguida. – Tuana falou.

 Felipe ficou na dúvida um minuto, mas acabou indo. Tuana foi até a cozinha e começou a pegar algumas coisas para fazer seu café. Sentou-se num banquinho e passou a comer. Ali estava um silêncio grande. Isso estava deixando a menina agoniada. Queria barulho para não conseguir ficar pensando que Brenda e Victor estavam sozinhos no quarto ali perto.

 Quando ela menos esperava, ouviu risadas se aproximando. Eram os dois saindo do quarto. Ela ficou tensa, mas não dava mais tempo de sair correndo ou se esconder. Continuou comendo normalmente.

- Quando a gente voltar pra casa vai ser divertido. – Brenda dizia com um sorriso na voz.

- Pode apostar que vai. – Victor falou.

- EI, que tal a gente ir dar um volt... – Brenda falava quando viu Tuana.

 Victor também parou ao ver a garota sentada ali. Tuana nem olhou para os dois. O casal trocou olhares.

- Eu vou tomar um banho e já venho. – Victor falou para Brenda.

 Tuana olhou para os dois no momento em que Victor deu um leve beijo em Brenda. Raiva ferveu dentro dela. Brenda passou para a cozinha sem nada falar com Tuana. Sabia que não valia mais a pena tentar se entender com ela. Quando ela quisesse aceitar a situação, Brenda estaria ali.

 A menina começou a preparar algo para comer. Como só tinha outro banquinho ao lado de Tuana, Brenda sentou-se lá mesmo. Tuana estava irritada. Brenda passou o braço pela frente de Tuana para poder pegar a margarina. Sem querer bateu num pacotinho de biscoito que caiu e se espalhou todo no colo de Tuana. A garota se levantou rapidamente, mais irritada do que já estava e se sacudiu para se limpar.

- Me desculpa. – Brenda disse um pouco preocupada. – Foi sem querer.

 Tuana não falou nada. Ela respirou fundo e sabia que o que ia fazer em seguida, era a coisa mais infantil do mundo. Mas não conseguiu se segurar. Ela pegou o copo de suco que estava bebendo e jogou todo em cima de Brenda. A menina se assustou e quase caiu da cadeira. Ficou de pé olhando para a roupa toda molhada, de boca aberta sem acreditar naquilo.

- Desculpa, foi sem querer. – Tuana disse irônica.

 Brenda ainda estava chocada.

- Você fez de proposito. – Ela disse alto.

- Eu já disse que foi sem querer. – Tuana tinha um leve sorriso no rosto.

- Tuana, você está sendo infantil! – Brenda gritou.

- Infantil? Mas eu só derrubei um copo de suco em você. – Tuana ria agora.

 Brenda estava bem chateada.

- Eu não estou falando disso! – Ela gritou. – Essa situação toda, já era pra você ter parado de agir como uma babaca!

 Tuana ficou surpresa. E muito mais irritada.

- Babaca? – Ela indagou.

- Sim, uma babaca egoísta e estúpida!

- Eu posso ser egoísta, mas você é uma fura-olho!

- Fura-olho é o caralho! O Victor é uma cara livre pra ficar com quem ele quiser!

- Isso não dava o direito de você correr pros braços dele. Você é pobre coitada mesmo. Sempre teve inveja de mim.

- Inveja de você?! Do que você está falando, Tuana? Você está completamente louca! É você que está com ciúmes!

- Ciúmes do caralho! E é melhor ser louca, do que ser uma vadia!

 Brenda não conseguiu aguentar mais essa. Ela pegou o copo de suco que estava tomando, e fez o mesmo que Tuana fez com ela. Só que jogou na cara da garota.

 Tuana soltou um ruído abafado de indignação. Agora Brenda ia ver toda a raiva que Tuana vinha sentindo.

- Sua piranha! – Tuana gritou e pulou em cima de Brenda.

- Me larga, sua louca!

 As duas garotas agarravam os cabelos uma da outra. Tuana queria arrancar fio-a-fio do cabelo de Brenda. Brenda usava suas unhas para arranhar Tuana, mas parecia que a garota não sentia nada. Tuana também começou a arranhar Brenda. Os braços das duas já estavam bem vermelhos. Brenda começou a chutar Tuana, e a garota começou a fazer o mesmo. Parecia uma briga entre garotas de filme.

- Você é uma vadia, Brenda! – Tuana gritava no meio da confusão. – Uma vadia que só está se aproveitando dele.

- Eu estou me divertindo sim! – Brenda gritou de volta. – Mas ele também está! Pelo menos eu não faço ele sofrer!

- Você quer saber?! – Tuana gritou. – Ele gosta de sofrer! Ele gosta! E você sabe o motivo disso?

- Cala a boca! – Brenda gritava ainda agarrando os cabelos de Tuana.

- Ele ainda me ama! – Tuana gritou. – Ele me ama! E você é uma só uma vadiazinha com quem ele quer brincar!

- Você tá pensando o que? Que eu estou iludida, pensando que um dia ele vai me amar?! Pois se engana querida! Eu não o amo! Quantas vezes eu tenho que repetir? Nós só estamos ficando! E você não suporta isso!

- Cala sua boca, Brenda! E admita que você está agindo com uma piranha!

- Você tem que se decidir, Tuana! – Brenda gritou. – Você está se enganando e enganando seu namorado também! Esqueceu que tem um namorado? E o nome dele é Felipe, não Victor!

- Ei, o que está acontecendo aqui? – A voz de Gabriel surgiu na porta.

 O pessoal que tinha saído voltou. E se depararam com uma confusão daquelas. Ninguém estava entendo nada. E nem sabiam o que fazer. Todos estavam de boca aberta.

- É, até porque ele é seu namorado, não é?! – Tuana gritou.

- E se for? – Brenda disse. – Você não tem nada a ver com isso!

- Ah, é?!. – Tuana disse. – O Victor é como um cachorrinho. Se a dona chamar, ele larga qualquer coisa e vem correndo no mesmo instante. E sabe de uma coisa, querida? Eu sou a dona dele! Ele vai se rastejar pra mim sempre que eu quiser!

 As duas meninas tinham parado de se agarrar. Agora um silêncio rodava o lugar. Brenda tinha ficado indignada com o que Tuana tinha acabado de dizer. Victor estava parado ali agora, e tinha ouvido tudo. Assim com Felipe também. E todo o grupo. Brenda encarava Tuana, mas não mais com raiva, só com pena.

- Você perdeu sua cabeça, Tuana. – Brenda disse, sua voz agora baixa. – Totalmente.

 E depois saiu do chalé. Tuana soltou um suspiro pesado. Quando volto a si, foi que viu todos ali parados sem saber o que dizer. O coração dela apertou quando viu Victor a encarando, seus olhos mostrando mágoa. Ela queria dizer alguma, falar que nada daquilo que tinha dito era sério, mas o garoto saiu do chalé também. Ela seguiu com o olhar o menino saindo. E foi quando viu Felipe a encarando também. O coração dela se apertou muito mais. Ele tinha visto tudo. E a expressão dele além de mágoa, era de raiva; Muita raiva. Tuana começou a tremer. Uma lágrima desceu pelo seu rosto.

 Gabriel, Jéssica e o namorado, sem entender nada foram saindo do chalé. Camila era a única que não conseguia se mexer, porque entendia toda a situação. Ela também estava chocada com o que Tuana tinha feito. Mas olhava também com pena para a amiga. Agora ali só estavam, elas duas e Felipe, que não parava de olhar para Tuana.

- Era esse o ciúme que você estava falando, não era? – Felipe perguntou. Ainda olhava para Tuana, mas a pergunta era para Camila.

 Camila estava congelada em seu lugar. Nem se ela quisesse ela conseguiria falar alguma coisa. Felipe também não se mexia, e seu olhar sempre em Tuana, que não conseguia olhar para nenhum deles. Gabriel apareceu lá e pegou no braço de Camila.

- Deixa eles conversarem. – Gabriel disse e tirou Camila dali.

(Música de Cena: Again – Bruno Mars)

 Se a tensão tiver cor, seria preta. Era como estava a situação naquele momento. Tuana não conseguia deixar de encarar o chão. Ela não tinha coragem de olhar para Felipe. Para ninguém na verdade. Mas principalmente para ele. Felipe continuava parado no lugar onde estava, distante de Tuana. Mas o olhar dele sempre preso nela. Ele respirava rápido, a respiração estava pesada. Ele tentava se controlar, mas parecia que dessa vez a raiva que ele estava era incontrolável.

 Os dois ficaram minutos e mais minutos em silêncio. Tuana sabia que estava errada, tinha que falar alguma coisa. Mas ela tinha medo de abrir a boca. Sabia que tudo o que tinha falado, não tinha mais como voltar atrás. Ela tinha magoado muitas pessoas só com palavras. E Felipe tinha sido provavelmente o mais atingido de todos. Mais uma lágrima desceu pelo rosto dela. Mais um de muitas outras que viria, ela sabia.

- O que foi isso aqui? – Felipe finalmente perguntou. Sua voz estava rouca.

 Tuana nada disse. Ela estava com vergonha e com medo.

- Você estava brigando com Brenda por causa do Victor. – Felipe disse.

 Tuana continuou calada.

- O que isso quer dizer? – Felipe perguntou. Sua voz começou a se elevar. – Fala Tuana!

 Silêncio. Sem perceber, Felipe já estava na frente de Tuana e agarrando o braço dela. Com muita força. Dessa vez ela olhou pra ele, assustada.

- Fala Tuana! – Ele gritou.

 O rosto dele estava muito perto do dela, e quando ele gritou, Tuana piscou várias vezes.

- Abre a sua boca e fala tudo! – Felipe gritava.

 Tuana estava com medo. Mais lágrimas escorriam por seu rosto.

- Felipe... – Ela ia começar a dizer, mas ele interrompeu.

- Não! Fala a verdade! Não venha se lamentar agora! Eu quero a verdade, Tuana! A verdade! Pelo menos uma vez na sua vida fala a verdade pra mim!

 Tuana chorava muito agora. O aperto em seu braço doía muito. Mas ela nada disse sobre.

- Nosso relacionamento sempre foi tão complicado. – Felipe falou. Sua voz estava um pouco mais baixa. – Eu sempre soube que não era nenhum pouco saudável. Mas eu não me importava. Eu só queria ficar com você, de qualquer jeito! Eu sempre disse para mim mesmo que minha vida só tinha começado quando eu te beijei pela primeira vez. Eu acreditava nisso com todas as minhas forças! Por mais que a gente só brigasse e brigasse, por mais que sempre aparecesse alguma coisa para atrapalhar nossa felicidade, eu tinha certeza que minha vida só tinha ganhado sentindo quando nós ficamos juntos.

 Ele fez uma pausa. Tuana continuava chorando. Cada palavra que ele dizia a fazia desmoronar mais ainda. Ela sabia que aquilo não iria terminar bem.

- Mas agora eu descobri uma outra verdade. – Felipe continuou. – Sim, aquele dia realmente foi o começo da minha vida. Mas foi também o fim.

- Felipe... – Tuana ia falar, sua voz em desespero, mas não conseguiu.

- Cala a boca! – Ele gritou. – Foi o fim sim. Porque minha vida a partir dali dependia totalmente de você. Eu fiquei com medo quando percebi o poder que você tinha sobre mim. No momento que eu decidi que queria estar com você, eu sabia que eu não seria mais dono da minha vida, da minha alma, do meu coração. Eu seria completamente seu e eu não me importava com isso, desde que você ficasse comigo. E agora aqui estamos nós.

- Felipe me perdoa... – Tuana falou e colocou uma mão no rosto dele.

 Felipe agarrou o pulso dela e afastou a mão dela do rosto dele. Ele ficou apertando o pulso dela e a olhou fundo nos olhos. Tuana tinha o rosto molhado e seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar.

- Você foi acabando com minha vida aos poucos. – Felipe disse num sussurro. – Mas o fim chegou mais rápido do que eu pensava que chegaria, se chegasse.

- Fim? – Tuana se desesperou. – Não! Felipe, não tem que ter fim. Nós não podemos ter fim! Eu te amo!

- Não! – Felipe voltou a gritar. – Não dá pra amar duas pessoas!

- Mas eu amo você! Só você! – Tuana agora gritava também!

- Mentiras! Tuana para de mentir! Admita a verdade que está na sua frente. Eu não suporto mais mentiras! Isso também estragou tudo!

- Felipe, eu estava confundindo as coisas. Eu fiquei confusa, eu não sabia o que estava fazendo, eu...

 Tuana não terminou o que dizia porque Felipe deu um tapa na cara dela. Ela ficou atordoada por um minuto. O tapa ardia, mas ela não se importava com isso. Só conseguia pensar que Felipe tinha batido nela. E quando ela olhou pra ele novamente, viu um rosto em fúria com lágrimas descendo. Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, Felipe agarrou o queixo dela com força.

- Acabou. – Ele disse num sussurro. – E eu vou morrer porque eu não posso viver sem você. E a culpa é toda sua! – Ele disse esse último em um grito e jogou Tuana no chão.

 A garota estava com medo e atordoada. Chorava desesperadamente. Ela olhava para Felipe em pé na frente dela. Ele ainda estava com muita raiva e olhava pra ela. Tuana parecia um bichinho indefeso aos pés do predador. Ela desejou poder morrer o mais rápido possível.

- Felipe! – Gabriel chamou atrás dele.

 Felipe nem Tuana olharam na direção do garoto. Os dois se encaravam. Passou alguns minutos assim, até que Felipe desviou o olhar de Tuana. Ele foi até o chaveiro e pegou a chave do carro do pai de Gabriel. E saiu pela porta. Tuana olhou para o chão, ainda perdida. Gabriel foi atrás de Felipe.

- Ei, esse é o carro do meu pai? – Ele indagou quando viu Felipe entrando no automóvel.

 Todos apareceram ao lado de Gabriel para ver Felipe.

- Ele não pode sair assim. Ele está totalmente alterado. – Jéssica falou.

 Victor correu até a frente do carro.

- Felipe, desce desse carro. – Ele disse. – Você não pode sair dirigindo assim.

 Felipe olhou para Victor. Ele estava com raiva e não sabia o que poderia fazer se continuasse ali. Ele ligou o carro.

- Felipe! – Gabriel gritou de onde estava.

 Victor continuava parado em frente ao carro, mas viu que não podia fazer nada. Todos viram enquanto Felipe dava ré e saía em disparada pelo portão do chalé. Inclusive Tuana também tinha visto. Gabriel praguejou. O pai dele ia matá-lo. 

 Todos ficaram um tempo parados lá. Quando viraram para voltar par dentro, viram Tuana um pouco atrás deles. Ninguém falou nada. Não sabiam como reagir ainda na frente da garota. Camila deu um passo em direção a Tuana, mas ela correu para dentro e se trancou num quarto.

 Tuana chorou e chorou o tempo todo. Ela sabia que tinha sido uma verdadeira egoísta, não tinha pensando nos sentimentos de ninguém. Ela sabia que tinha ferrado com tudo. Tinha estragado sua vida. Passou o resto do dia trancada no quarto. Camila e Jéssica tentaram conversar com ela, mas ela não abriu a porta de jeito nenhum. Seus olhos estavam vermelhos e inchados. Seu rosto todo molhado, e ela suava muito. Ela queria morrer sufocada no calor se fosse possível.

 Anoiteceu e foram bater na porta do quarto novamente. Era Gabriel dizendo para Tuana sair porque eles já estavam indo embora. Nesse momento Tuana estava deitada na cama, ainda chorando. Ela demorou um tempo ainda deitada e calada. Mas sabia que tinha que ir embora. Levantou-se lentamente e abriu a porta. Gabriel a olhou, mas não falou nada. Apenas entrou no quarto e pegou as coisas dela e de Felipe. Tuana deu uma olhada ao redor para ver se faltava alguma coisa e depois foi embora. Entrou no carro junto com Camila, Gabriel e Jéssica e seguiram para casa. O caminho inteiro em silêncio.

 Quando finalmente chegaram, Camila ajudou Tuana a levar suas coisas para dentro de casa. Ela queria falar alguma coisa com a amiga, mas não sabia o que dizer. Via como Tuana estava arrasada, mas também sabia que o que ela tinha feito tinha sido completamente errado. Então ficou calada só levando as coisas dela.

 Entraram no apartamento e pararam na porta surpresas. O pai de Felipe conversava com o pai de Tuana e uma Dona Ana muito assustada. Tuana ficou alerta na mesma hora. Todos olharam para ela e Camila na entrada. A mãe de Tuana se abraçou ao pai, que também tinha uma expressão cautelosa. O pai de Felipe parecia agoniado.

- O que aconteceu? – Tuana perguntou. Sua voz já com receio.

 Ninguém falou pro um instante. Até que o pai de Felipe disse:

- O Felipe. – Ele pausou. – Ele sofreu um acidente de carro. E está em coma.

 Tuana sentiu uma dor aguda e horrível em seu peito. E logo em seguida tudo ficou preto e ela perdeu a consciência.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Triste, mas a história inteira já caminhava para isso, não é verdade? ://



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Primeiro Dia Do Resto Da Minha Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.