Um alto gemido pode ser ouvido saindo da boca do albino, depois deitou na cama e dormiu. Quando acordou estava sozinho olhou para a bagunça do quarto e as marcas em seu corpo, soltou um longo suspiro já fazia um tempo que sua vida estava àquela bagunça, mas já não agüentava mais aquilo, era sempre assim. Talvez o moreno só quisesse mesmo o corpo dele, talvez Xanxus estivesse rindo da cara dele o tempo todo, apenas se aproveitando dele. Resolveu se levantar não podia ficar o dia inteiro ali tinhas coisas para fazer e se ficasse ali ia ficar pensando no moreno, é isso e que ele não queria. Levantou-se devagar e começou a se vestir, quando estava pronto se olhou no espelho, Squalo vestia uma camisa branca e uma calça preta, quando se olhou no espelho ficou emburrado por causa de seu cabelo curto e desarrumado isso lhe estressava, resolveu ir vê a cidade, havia nascido na Itália, mas era a primeira vez que estava na capital.

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Era bem bonita mesmo sendo de manhã havia muitas pessoas andando na rua, casais apaixonados, empresários, estudantes, Squalo se divertia ao vê todas aquelas pessoas, parou e entrou num mercado, tinha que levar comida para casa. Quando chegou a casa colocou as sacolas de compra em cima da mesa e começou a guardá-las. Já havia um tempo que ele estava com o braço amputado, então já estava acostumado a fazer as coisas sem precisar de ajuda de terceiros.

– Onde você foi? – indignou o moreno de olhos de rubi que estava parado na porta.

– No mercado – respondeu o albino, mas não olhou para o moreno.

O moreno vestia uma camisa de mangas longas preta e uma calça também preta, olhou para mesa e viu que o albino havia comprado carne, macarrão, frutas e verduras, junto também havia uma porção de coisas que ele nem queria saber. O moreno ficou lá fitando o albino por algum tempo, o vendoele guardar as compras.

– O que você quer Xanxus? – indignou Squalo, que pelo visto estava de mau humor.

O moreno não respondeu saiu dali e foi para a sala vê TV, Squalo terminou de guardar algumas coisas e começou a fazer o almoço, estava estressado, “Desde quando estou assim? Desde quando me importo tanto? Seria demais pedir um pouco de compaixão?” Era verdade, havia se apaixonado pelo moreno, mas o outro parecia nem se importar com ele, tudo bem eles viviam um relacionamento bem diferente do normal, mas Squalo começava a se perguntar por quanto tempo aquilo ia durar afinal Xanxus não parecia está disposto a demonstrar sentimentos e ele já estava se sentido um verdadeiro “lixo”, parou de cortar os legumes soltou um suspiro e coloco-os numa panela para fazer a sopa.

Quando a comida ficou pronta comeram em silêncio, Xanxus reparou que havia algo de estranho com o albino.

– Qual é seu problema? – disse Xanxus – você não grita mais, porque não está fazendo o que sempre faz?

Squalo parou de comer olhou para o moreno e disse: - Você sabe muito bem qual será resposta, Xanxus.

Por um momento eles ficaram assim sem se falar apenas se olhando, Squalo se levanta pega seu prato e o leva para a cozinha, Xanxus vai atrás dele.

– Não entendo – Xanxus segura o braço do Squalo.

– Esse é o problema: você nunca endente.

Xanxus realmente não entendia o que estava havendo com seu pequeno lixo, Squalo se solta e sai para a rua fechando a porta com força.

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Squalo andava sem rumo já era tarde ele teria que voltar afinal aquela era sua única casa, no caminho de volta esbarra com Dino.

– Squalo! – diz o amigo com saudade – o que faz na capital Squalo?

Squalo hesita em responder, corado fala: - Estou passeando.

– Que legal – o loiro parecia extremamente feliz – eu também estou passeando, quer ir bebe alguma coisa?

– Não – Squalo não estava a fim de conversa, principalmente com Dino.

– Ta bem então nós vemos por ai – disse se despedindo e indo para o outro lado da rua sendo seguido por seus subordinados.

Squalo ficou olhando até o loiro sumir na virada da esquina, depois disso resolveu andar mais um pouco.

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Xanxus não estava de bom humor naquele dia e para piora seu pai, o nono Vongola, havia aparecido em seu apartamento com todos os seus guardiões.

– Então Xanxus você aceita ser o chefe da Varia? – perguntou o velho – Quero que fique com o cargo, não á ninguém melhor para ocupar tal cargo.

Xanxus continuava em silêncio.

– A CEDEF já está de acordo com minha decisão – o velho falava, mas o moreno só olhava – então você só tem que decidir quem serão os seis principais guardiões e o vice-comandante.

Xanxus olhou para os anéis que estavam depositados na mesa, não lhe interessava muito isso.

– Mas a um pequeno problema – disse o velho – como foi o Squalo que venceu o antigo líder acha que vocês terão que se entender e também eu queria falar com ele sobre isso.

Xanxus pareceu imutável, não se abalava com as palavras do pai, afinal Squalo só venceu o antigo chefe da Varia porque havia aceitado aquela pequena aposta, para o albino pouco lhe importava ser o líder da Varia, é o nono sabia muito bem disso, Squalo nunca se importou com isso, Xanxus se lembrava muito bem no dia que tocaram no assunto.

Lembranças on:

Squalo e Xanxus estavam sentados num bar.

– Você é realmente bom com as espadas – disse Xanxus quebrando o silêncio.

Squalo corou, havia achado que aquilo era um elogio.

– Um dia eu serei o melhor – disse sorrindo e esperançoso.

– Como se um lixo como você pudesse ser o melhor em algo – debochou Xanxus.

Squalo se irritou com as palavras do maior bateu na mesa é disse: - Eu serei sim!

Xanxus olhou para ele e como resposta disse: - Então tão vença o melhor – fez uma pausa – vença o chefe da varia!

Squalo parou por um momento, aquilo era um desafio, sorriu no canto da boca e disse: - então tá, eu irei vencê-lo e me tornarei o imperador da espada.

Lembranças off.

Nono continuava a encarar Xanxus como se quisesse saber o verdadeiro motivo de Squalo ter feito aquilo, afinal foi uma batalha sangrenta e Squalo perdeu a mão, nono tinha certeza que seu filho havia feito algo para que Squalo lutasse. De repente a porta se abre todos se viram para ver quem está entrando, Squalo olha e estranha à situação, não era costume terem visitas em casa e era mais anormal ainda receberem o nono vongola, pai de Xanxus.

Sem dizer nada o albino rumou para o quarto, era meio que constrangedor a sua situação.

– Fique Squalo – disse o nono Vongola – quero falar com você também.

Squalo parou de andar, ele estava desconta para Xanxus, que estava sentado no sofá, e também para nono, que estava sentado numa cadeira em frete a do Xanxus.

– Vá – disse Xanxus para Squalo.

Agora a situação estava se complicando, se ficasse ia ouvir coisas desagradáveis e se fosse ia mostrar que Xanxus tinha total poder sobre ele, coisa que relutava admitir.

– Sabe Squalo – começou a falar o velho – sempre me perguntei o porquê um garoto como você conseguiu ficar amigo de Xanxus por tanto tempo.

Squalo continuava lá parado, não se mexia, parecia está congelado.

– Não sei qual é o tipo de relação de vocês – continuou a falar – mas pelo jeito que Xanxus é, posso lhe garantir que isso não ira durar muito.

Squalo tremeu aquilo era tudo o que ele odiaria ouvir, sabia que talvez isso ocorresse, mas não precisava ouvir isso de outra pessoa.

– Squalo eu não vim aqui apenas para te avisar sobre o jeito de Xanxus – o nono falava com calma – eu vim aqui avisar que Xanxus terá que parti para realizar sua função dentro da família, é isso não inclui você.

Squalo se virou, o nono estava mesmo falando aquilo? Medo podia ser visto no rosto do Squalo, não sabia como podia reagir, havia bastante gente que era contra esse tipo de relacionamento e também havia gente que lutava para ficar junto, mas ninguém havia lhe tido que poderia sofrer por isso, ninguém nunca havia lhe falado o quando doía, Squalo abaixou a cabeça para não vê a cara de deboche dos guardiões vongolas.

– Idiota – disse Xanxus pela primeira vez – ele venceu o antigo líder isso prova que ele é capaz de integrar na Varia.

– Xanxus você sabe o que acho... – o nono Vongola começou a falar.

– E desde quando me importo com o que você acha? – Xanxus não gostava de quando mexia com o que era dele – eu não pedi sua opinião e mesmo que precisasse eu não pedira.

– Xanxus... - falou o nono – deixe-me terminar de falar e você verá que eu estou certo.

– Eu não quero saber – disse Xanxus – agora saião da minha casa!

Nono e seus guardiões foram para a porta, mas antes de ir nono olhou para trás e disse: - Não sei por quanto tempo vocês iram durar, mas quando pararem de brincar me avisem, quero que Xanxus se case com uma boa moça.

– Já foi? – disse Xanxus.

Nono saiu, Xanxus foi até a porta e bateu ela com força olhou para Squalo que continuava com cabeça baixa.

– Quando eu disser para ir – disse andando até ele – é para você ir, entendeu lixo? – Xanxus pegou o rosto do albino e fez Squalo olhar para ele – não ouse me desobedecer novamente.

Squalo ainda estava abalado com as palavras do nono vongola, soltou um baixo “ta” e abaixou novamente a cabeça encostando-a no peito do moreno. Xanxus suspirou pegou novamente o rosto do Squalo e o beijou, um beijo cheio de luxuria e desejo, não demorou muito para Squalo corresponder envolvendo os braços no pescoço do maior, ele precisava daquilo, precisava saber que era desejado, mesmo que talvez Xanxus não queria como Squalo o queria, mas não ligava, apenas queria está ali com a pessoa que amava.

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Squalo acordou, mas não quis se levantar, pois sabia que estava sozinho naquela cama, sempre assim depois de uma noite ele era deixado sozinho na cama, quando se sentou olhou em volta percebeu algo que lhe chamou atenção 'De Xanxus para Squalo' era isso que dizia o cartão, abriu a pequena caixa e quando notou o que havia lá seus olhos encheram de lágrimas não estava acreditando naquilo, dentro da caixa havia um anel. A porta foi aberta mostrando um moreno de olhos vermelhos.

– Você ainda está assim, lixo – disse com sua voz séria.

Squalo ainda estava com seus olhos cheios de lágrimas e havia um sorriso abobalhado no rosto. O moreno andou até o outro lado do quarto abrindo a janela.

– Se você não quiser é só me dizer – disse olhando para fora.

Será que aquilo significava o que Squalo achava? Xanxus estava mesmo fazendo aquilo? Não parava de olhar o moreno, estava tão feliz que nem conseguia ser mexer, Xanxus se aproximava devagar da cama onde estava o albino, se sentou e olhou para Squalo.

– Então qual será sua resposta? – perguntou, mas quando disse isso evitou olhar para o albino – você aceita?

Squalo tinha um sorriso de orelha a orelha, abraçou, ou melhor, pulou em cima do moreno.

– Sim! Sim! Sim! Sim! – dizia sem para – direi sim quantas vezes forem necessárias.

Xanxus não disse mais nada, apenas deixou se abraçado pelo albino, um sorriso se formou em seus lábios enquanto sentia o cheiro do outro.