Dream World - Fic Interativa escrita por Price of Reality


Capítulo 6
Tori Kazuya - 5º Convidado


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, demorou mas eu consegui! Bem como sempre boa leitura.



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Tic tac, tic tac... Aquele barulho... Onde já o havia escutado? Bem, não era de importância alguma. Então para que se preocupar? Na verdade o que lhe preocupava mesmo era o lugar onde estava. Era escuro e parecia pequeno de mais para manter uma pessoa confortável Sentia uma parede nas costas, outra bem ao lado de seu braço esquerdo e com apenas um leve esticar do braço direito conseguia sentir outra, apenas não sentia a quarta parede que deveria estar na sua frente.

-Está quente aqui... - disse enquanto tentava se levantar.

Havia pouco espaço ali e chegava a ser desesperador. Tentava encontrar alguma saída mas não achava de jeito nenhum. Sua respiração começava acelerar junto das batidas do coração, cada vez mais sentia que o ar ali estava esgotando e a garganta se secava a cada segundo.

Procurava pela outra parede mas mesmo que andasse não conseguia alcançá-la como se não existisse um fim mas continuava a dar impressão que era minúsculo, deixando o jovem desesperado. Aquilo poderia ser um corredor estreito?

-Ahhh... Onde está o fim disso?... - ele disse parando de seguir em frente e se apoiando em uma das paredes.

Ouviu um ruído, parecia que vinha das paredes e então as próprias cederam, caindo no chão libertando o 5° convidado de sua prisão.

Quando as paredes cairam ficou impressionado, as paredes na verdade eram as faces de uma caixa de presente. Um enorme laço que provavelmente estava em cima da caixa, agora se encontrava no chão. E aquelas falsas paredes na verdade escondiam uma sala repleta de relógios.

-É só isso?... - disse desapontado.

Relógios, bem aquilo nem chamava-lhe a atenção, uma perda de tempo.

Tori Kazuya, o 5º convidado. Um jovem de boa aparência, charmoso, divertido e despreocupado, poderia se dizer que qualquer garota comum se apaixonaria por ele.

Poderia ser apenas uma sala sem graça mas não, naquela sala havia algo que havia chamado sua atenção. Uma lata de tinta sobre a pequena mesa redonda encostada na parede havia mudado sua opinião sobre a sala.

Não pensou duas vezes, pegou a lata com a mão direita e retirou a tampa já pensando onde iria usar. Uma parede vazia na rua seria ótima, aliás o mundo precisava conhecer aquela arte.

-O que faz aqui? - ouviu uma voz calma mas ao mesmo tempo séria.

-Uhm? Quando chegou aqui? - perguntou ao ver o garoto.

Parecia jovem, tinha cabelos castanhos curtos meio bagunçados, olhos verdes escondidos pelos óculos de armação negra, não era muito alto o que lhe dava um ar de juventude além do rosto de uma criança, vestia um uma camiseta branca por baixo de um grosso suéter verde claro, uma calça preta e sapatos da mesma cor. Poderia ser facilmente ser confundido com uma criança exceto pela sua voz que não era tão aguda como uma criança e nem tão grave como de um adulto.

O garoto tinha entre as mãos uma caneca de café provavelmente puro por causa da cor. O cheiro rapidamente se espalhou pelo local chegando facilmente até Tori.

-Primeiro responda minha pergunta. - disse em tom autoritário.

Tori se aproximou do garoto e cutucou a testa dele com o dedo indicador.

-Por que está tão estressado? Crianças da sua idade deveriam estar brincando com seus amigos.

Sabia que o garoto a sua frente não era uma criança mas não podia deixar escapar aquela oportunidade.

O garoto afastou a mão de Tori, parecia tentar se controlar. Estava com raiva daquele intruso, primeiro entrava em sua sala sem autorização, depois quer respostas e por fim, o pior, o chama de criança.

-É um convidado, não? E ingênuo por sinal.

-Percebi que é muito confiante, quero dizer, para uma criança.

Por um momento os olhos do garoto começaram a brilhar adquirindo uma cor dourada intensa, Tori percebeu a mudança mas manteve-se em silêncio, talvez aquele garoto não fosse tão comum e indefeso.

Ficaram ambos em silêncio após a rápida mudança dos olhos do garoto. O mesmo agora tinha um pequeno sorriso nos lábios que transmitiam superioridade.

-O que aconteceu? Não me diga que se assustou comigo?

-Obviamente não, apenas vamos dizer que fiquei sem palavras. De qualquer forma eu já estou indo.

-Mas já? Não está curioso para saber porque está aqui ou porque não se lembra de nada?

Agora que estava sob comando o garoto estava mais a vontade, sabia que aquele a sua frente logo iria parar de fazer graça e passar a escutar o que tinha a dizer.

-Você sabe de algo?

Tori rapidamente se interessou pela conversa, aquilo sim era algo que lhe interessava. Sabia que não se lembrava de nada mas pensava que era como nos filmes, que havia sofrido algum tipo de acidente, perdera a memória e logo alguém iria vir para procurá-lo se já não estivesse esperando do lado de fora daquele lugar.

-Como um dos fiéis servos da Rainha tenho a obrigação de lhe informá-lo, mesmo que minha vontade seja diferente.

-Então fala logo.

-Como eu já havia dito, você é um convidado portanto não é desse mundo.

-E esse mundo seria?...

-O Mundo dos Sonhos, a Rainha é quem mantem tudo em ordem como também é ela que mantem esse mundo existindo. Qualquer ordem vinda de vossa magestade é uma obrigação, não importa o que ela peça quem receber a ordem deverá cumprí-la.

-Bem, eu não ligo então já vou voltar de onde vim.

-Faça como quiser mas no final sempre acabamos fazendo o que ela deseja, por isso entreguei minha lealdade à ela.

-Você é algum tipo de apaixonado ou cão?

-Não, eu não sou o fiel cão de guarda da Rainha. Apenas Ace possui este posto, afinal foi ele quem cuidou dela desde que a jovem nasceu. - o garoto se sentou na poltrona perto de uma mesinha vazia deixando o café sobre a mesma.

-Já posso ir? - disse entediado.

-Já disse que pode fazer o que quiser.

-Então estou saindo. Tchau garotinho. - disse o provocando pela última vez.

Tori abriu a porta e simplesmente quando deu o primeiro passo caiu em um buraco sem fundo. Enquanto caia, depois de um tempo percebeu que não iria chegar ao fim daquilo e passou a prestar atenção no que estava caindo junto com ele. Haviam vários brinquedos, a maioria quebrada e provavelmente sem chance de conserto. Era uma imagem triste mas não podia fazer nada, nem mesmo se salvar.

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-Idiota...

Disse o jovem com a caneca de café nas mãos.


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Notas finais do capítulo

Já estamos no 5º convidado, ou seja faltam apenas 2 e essa fic irá finalmente começar, vivaaaa!