Ele realmente queria me matar, fazer-me ir à loucura, ele estava todo molhado (N/a: Na verdade, estava me deixando também, aiai) com gotículas de água escorrendo de seus sedosos cabelos negros, descendo pelo seu rosto perfeito, pescoço, peitoral e tanquinho definido e por fim, perdendo-se no caminho da felicidade, aonde eu gostaria muito, mas muito mesmo, de me perder.

Estava quase salivando de tanto desejo que estava por aquele homem, ele deixava-me louca. Eu estava a ponto de pular em cima dele.

_ Elena? _ chamou Damon, pisquei os olhos, desviando o olhar das gotículas de água e fitando seu rosto. _ Você saiu do ar. _ disse, rindo descontraído.

_ Er... _ tentei dizer algo coerente, mas minha mente estava embaralhada, olhei para Bonnie e ela estava tão embasbacada quanto eu. _ Ah... _ exclamei. _ É que me lembrei de que esqueci algo em algum lugar. _ disse embolada, enrolando não só a mim, mas a ele também, que me olhou confuso com minha explicação. _ Estava tentando lembrar. _ sorri amarelo. _ Ah... Essa é Bonnie Bennett e essa acho que você já conhece ela e nossa vizinha Caroline Forbes. _ apresentei rapidamente Bom e Car, tentando desviar sua atenção de minhas palavras desconexas.

_ Olá, Bonnie e Caroline _ cumprimentou, sorrindo torto, todo galanteador, como de costume. _ Damon Salvatore _ apresentou-se.

_ Prazer. _ Bonnie respondeu baixinho, sem graça. Aposto que ela não esperava que ele fosse tão bonito, e que tivéssemos tal recepção.

_ Olá _ disse Caroline o olhando com desejo.

_ Nós podemos entrar? _ indaguei na maior cara de pau. Eu não era assim, pelo menos, não quando estava perto dele, geralmente não conseguia nem dizer mais que “oi, tudo bem?”. Mas o simples fato de saber que aquela carta estava nas mãos da última pessoa que eu queria que a Lê-se fazia isso comigo, deixava-me um tanto insana.

_ Claro! _ exclamou Damon, sorrindo torto dando-nos passagem para entrarmos em seu apartamento, que não era muito diferente do meu, tirando que os móveis eram mais escuros e masculinos, típicos de um rapaz solteiro. _ Bom, eu vou... Er... _ começou a dizer, totalmente encabulado, passando a mão nos cabelos negros e desgrenhados, sinal de nervosismo.

_ A vontade. _ disse, sorrindo de leve. Ele retribuiu o sorriso e dirigiu-se rapidamente para o corredor, que eu acreditava levar aos quartos.

_ Elena de Deus! _ exclamou Bon. _ Que homem é esse? _ perguntou abismada. _ E ainda tivemos recepção privilegiada, será que ele não tem um irmão? Gêmeo de preferência? _ perguntou maliciosa. _ Ele está super aprovado! _ disse alegre, fazendo um joinha com as mãos.

_ Ta, mas precisamos achar a carta! _ articulei nervosa, começando a andar de um lado para o outro.

_ Olha! _ exclamou a doida da Caroline _ Cartas.

Caroline, animada pela descoberta, correu em direção à pilha de cartas jogadas em cima da mesinha de centro, rapidamente as pegou e começou a verificar se alguma era a minha. Mas cabisbaixa, apenas balançou a cabeça negativamente, largando as cartas onde estavam.

_ Meninas, vocês querem alguma coisa? _ indagou Damon, vestido, voltando para a sala e assustando nós três.

_ Não, obrigada. _ respondi educada, virando-me de frente para ele, e sorrindo timidamente, quase fora pega mexendo em suas correspondências. _ Bom... Você deve estar se perguntando o que nós três estamos fazendo aqui. _ disse, rindo descontraída, sentindo minhas bochechas corarem assim que olhei diretamente em seus belos olhos azuis.

_ Na verdade, estou super curioso. _ respondeu sorrindo torto e olhando-me intensamente, fazendo-me corar mais um pouco.

_ Er... Que. _ ponderei um pouco, não sabendo ao certo o que dizer. _ É que somos vizinhos e nunca ficamos juntos mais do que alguns minutos no elevador. _ respondi rapidamente, gostando de minha resposta. _ E como somos vizinhos há tanto tempo, acho que devemos ter um relacionamento melhor, mais íntimo... _ parei assim que vejo onde estou indo e tento contornar. __... Tentarmos serem bons vizinhos amigos. _ respondo rapidamente, nervosa, tentando ser simpática.

_ Concordo plenamente. _ respondeu, sorrindo sedutoramente, em seguida, olhando-me intensamente, fazendo com que fosse impossível para mim, desviar de seu olhar.

Ficamos nos encarando por um tempo, sem nada a dizer, eu o encarava, admirada com sua beleza, simpatia e gentileza, se fosse outro já teria expulsado nós três, alegando que éramos loucas.

_ Desculpe atrapalhar o contato visual dos dois, mas esse é um novo jeito de se comunicar? _ perguntou Caroline, descontraída, fazendo Damon soltar uma gargalhada agradável e gostosa pelo comentário de minha amiga, olhando-me sugestivamente. Eu com certeza ainda mato essa lora.

_ Não tenho nada contra olhá-la o dia todo. _ disse sedutor, lançando-me em seguida um de seus sorrisos de matar.

Nem preciso comentar que me derreti toda com seu comentário. Porém apenas, sorri encabulada, desviando meu olhar dos dele e sentindo-me extasiada pelo que ele disse.

_ Bom, é uma pena, contudo, tenho que voltar para o hospital. _ disse, parecendo-me realmente triste, talvez fosse só impressão minha, ou delírio de uma mulher apaixonada, que quer a todo custo que o homem a quem ama retribua esse sentimento. _ Podemos marcar algo. _ sugeriu, fazendo-me morder os lábios, não querendo precipitar-me, apenas assenti e ele sorriu torto continuando. _ Que tal, Amanha de noite? _ sugeriu.

_ Claro, eu iria adorar. _ disse feliz, sorrindo abertamente para ele, que retribuiu o sorriso. Não conseguia acreditar. Eu iria sair com Damon Salvatore, o amor da minha vida, isso podia ficar melhor?

Sim, podia. Você podia estar com a carta agora e tudo estaria resolvido.

Ele apenas sorriu.

_ Vou pegar meu jaleco, já volto. _ disse, caminhando apressado para seu quarto, enquanto eu ainda estava parada na mesma posição, pensando em seu convite. _ Vamos? _ indagou, estendendo-me o braço para que eu o seguisse. Aceitei, é claro, extasiada por estar em contato com sua pele. Era um sonho tornando-se realidade. Sorri encabulada e caminhamos para o corredor.

_ Eu vou dar uma passadinha no meu apartamento. _ disse sorrindo e, com muita relutância, separando-me de seu braço.

_ Tudo bem, te ligo mais tarde para dizer-lhe o local. _ disse ele, sorrindo. _ Até mais tarde. _ dito isso, ele inclinou-se em minha direção e depositou um leve, mas demorado beijo em minha bochecha.

_ Até. _ disse fracamente, vendo-o entrar no elevador que acabara de chegar, apertou o botão do térreo e apenas vislumbrei um sorriso torto nascer naquela boca gostosa, enquanto a porta do elevador fechava.

_ Elena, você viu aquilo? _ exclamou Bonnie ao meu lado, havia até esquecido dela aqui.

_ Vi o quê? _ perguntei confusa. _ O quão perfeito ele é? Sim, eu vi, vejo isso sempre. _ respondi sonhadora.

_ Não é isso. _ respondeu cansada. _ Mas ele é um gato e viu como ele foi atencioso com você? _ falou animada, soltando gritinhos histéricos, esquecendo o que estava tentando dizer-me antes.

_ Volta para terra mulher e me fala o que você viu? _ pedi.

_ É Bom o que você viu? _ disse Car, curiosa como sempre.

_ Ah, a carta estava no jaleco dele! _ disse ela alarmada.

_ AHHHHHHHHHHHHHH _  gritamos eu e Caroline desesperadas

_ E agora, o que faremos? _ perguntou-me Caroline aturdida.

_ Eu não sei. _ disse chorosa, abrindo a porta de meu apartamento.

(...)

Eu andava de um lado para o outro, tentando bolar algum plano para recuperar a carta, antes que ele lesse. Enquanto eu andava, Bonnie ficava sentada, seguindo-me com os olhos. E Caroline encarava suas unhas vermelhas.

_ Ah, Elena! _ exclamou. _ Assim você deixa-me tonta. _ reclamou, levantando-se e segurando-me no lugar pelos ombros, fazendo-me sentar em seguida.

 _ Eu sei que você está nervosa, mas não vale à pena fazer um buraco no meio de seu apartamento. _ ralhou Bonnie

_ Eu não vou ao encontro com ele. _ disse decidida. _ Com certeza ele já vai ter lido a carta, não quero nem olhar para a cara dele. _ disse desgostosa.

_ Para de drama! _ exclamou Bonnie séria. _ Talvez ele nem se lembre da carta em seu bolso. _ disse ela tentando dar-me um pouco de esperança.

_ Não há mais esperança, amiga. _ choraminguei.

_ Oh, morena. _ Caroline puxou-me para um abraço para consolar-me. Deitei minha cabeça em seu colo, enquanto ela acariciava meus cabelos.

_ JÁ SEI! _ Gritou Bonnie, assustando-me.

_ O que você sabe? _ indaguei confusa.

_ O que vamos fazer para pegar a carta de volta. _ disse determinada. _ Elena, você está com o tornozelo doendo? _ perguntou falsamente preocupada_ Preciso levá-la há um hospital, urgente. _ disse fingindo estar alarmada.

Essas minhas amigas viu. Em vez de me ajudar só fazem eu me ferrar. Cada planos que me dão medo. E cada um mais louco do que o outro.

Continua...