Shadow Touch escrita por Lady TMS


Capítulo 6
A lei do lado errado




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– O que fazem aqui? – gritou um homem na multidão.

–Recebemos queixa de associação criminosa e que armavam contra o Governador. Vocês estão presos até que haja uma audiência pela manhã. Não tentem escapar, não queremos que haja violência, ou, feridos – disse o policial que aparentemente estava no comando rindo de uma piada que era só dele.

Houve mais agitação depois disso e Johana sentiu que acabaria ferida.

Os homens pisavam em seu pé, recebia cotoveladas no rosto e nas costelas.

Deus! Como doía.

Estavam todos presos em uma sala, como ratos encurralados pelo gato, e aparentemente os ratos não gostavam disso.

Como haviam descoberto tão rápido o local?

Não fazia nenhum minuto que tinham falado de rebelião. Não havia dúvidas que alguém tinha os delatado e de que os oficiais já estavam por perto antes de começar a reunião. Só esperando o momento certo...

Chocou-se contra a parede ao ser empurrada, quando um gemido surgia de sua garganta viu que um monte de cavalheiros se jogavam e socavam os policias parados na porta, e que uma grande massa começava a fugir pelas escadas correndo.

A única saída!

Era evidente que estavam em maior número, mas o outro lado tinham armas! Sentiu-se aterrorizada, mas se era o único jeito de escapar...

Seguiu o fluxo e foi empurrada para fora, conseguindo respirar ar fresco antes de quase perder o equilíbrio sendo empurrada novamente e novamente. Precisava correr. E precisava fazer isso agora!

Suas pernas a obedeceram sem que tivesse tempo de se situar onde estava.

O pouco ar que entrava em seu corpo queimava em seus pulmões. Suas pernas e braços, pareciam estar fatigados e rígidos, mas não podia parar. Estava longe de estar segura. A garganta seca pedia água, e todo seu corpo doía.

Respirava cortadamente. Precisava parar, mas quando olhou para trás viu que muitos ainda corriam e que havia policiais atrás.

Para quem não estava acostumada a esse tipo de exercício ela estava quase em uma maratona.

Também havia muitos homens a sua frente e muitos ao seu lado. Fazendo-a perceber que estava em uma grande turba. Precisava sair antes que os policiais pensassem em atirar. Sentiu que seu cabelo caía pela face.

Deus! Tinha perdido a boina.

Alguém puxou seu cabelo e percebeu que havia sido alcançada. O puxão forte fez com ela parasse, mas não por vontade própria. Na verdade quase tinha caído no chão lamacento.

–Temos uma garota então – disse o policial, o mesmo que havia se dirigido ao grupo quando acharam a multidão. Sentiu vontade de chorar. – Ó, e é uma garota bonita – passou o dedo pela sua mandíbula e desceu pelo pescoço, enquanto que com a outra mão continuava segurando forte seu cabelo – Talvez eu possa te livrar dessa. O que me diz? – sorriu e antes que pudesse responder estava sendo levada pelo beco.

Não havia ninguém atrás deles para que pudesse pedir ajuda. Tinham sido deixados para trás.

Como alguém consegue um posto tão importante como oficial e sai estuprando garotas a esmo?

Ela havia sido arrastada para um beco por um homem com necessidades e sem escrúpulos!

Quis gritar, chutar, morder! Mas se chocou ao ouvir uma voz chorosa sair de sua boca:

– Não! Não, por favor! - Pensou que não era hora de ficar desesperada. Que precisava escapar. Mas todos os seus pensamentos úteis fugiram quando havia sido jogada no chão, e caído em cima da sua bolsa. Não tinha como escapar. Ele era muito mais forte.

Tentou dar-se uma série de ordens. Não fique assustada! Pense em como fugir! Fique calma!

Desejava morrer antes de permitir que esse cara fizesse o que bem entendesse dela. Não era ingênua para pensar que continuaria viva depois. Mataria-a.

Não sabia como, mas o jeito que ele a segurava, dizia que ele tinha um objetivo e que iria cumprir.

No momento seus olhos eram frios e maliciosos, escuros e beirando a desejo, davam a ela a consciência que o homem não mediria esforços para conseguir o que desejava, e menos esforço ainda para apagar os rastros.

Respirou, respirou ciente do peso em cima do seu corpo.

Olhou para a face do policial, ele era bonito demais para conseguir garotas só tendo que estrupar.

O que estava acontecendo?

Absolutamente haveria garotas que iriam querer ser tombadas por ele. Porque justo ela?

Ele tinha um sorriso forçado que marcava seu rosto. Odiava aquele sorriso e tinha certeza que não o esqueceria. Era um sorriso de alguém que tinha ganhado o mundo. Sarcástico, falso e orgulhoso.

Fechou os olhos apertados. Negava-se a ver algo mais. Sentiu ele se mexendo em cima dela. Abriu os olhos assustada.

Em algum momento ele já tinha as calças desabotoadas e beijava seu pescoço. Precisava ficar calma, mas não sabia como.

Nunca tinha sentindo tanto medo em sua vida. Tanta impotência, raiva e desespero. Tão impregnadas uma na outra que não conseguia analisar qual a dominava mais.

Mas, não iria chorar. Se chorasse iria perder o controle.

A raiva que passava por Johana podia ser sentida por todo o seu corpo rígido, mas não podia ser descrita com palavras.

Ela tremia de raiva, com respirações curtas e audíveis. Não soube como, mas quando ele começou a subir a mão da sua cintura, ela explodiu de raiva chutando-o no meio das pernas e no momento em que ele tombou de lado com um gemido gutural ela se pôs a correr, levando, a arma dele com ela.


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