Pov. Narradora

Nico a levou até os campos de morango, mas ao chegar lá não sabia o que dizer. As roupas de Thalia haviam voltado ao normal, ela já estava com seu short jeans. As coroas da mesma forma que apareceram sumiram. Ou os olimpianos tinham ido embora ou eles apenas tinham desfeito as magias.

Pov. Nico

Eu me movi pelo impulso queria falar com ela... a sós. Falar o que sinto, queria dizer que a amo. Mas eu estava envergonhado demais, eu não conseguia encara-la, eu olhei pro céu e procurando o que eu olhava, ela também olhou e sorriu. Ela estava linda. Ela disse:

- Bonito não? Eu a olhei, ela riu e disse:

- A constelação da Zoe. Eu a encarei, ela chegou perto de mim e mostrou:

- Uma das tenentes de Ártemis. Eu olhei Thalia, eu não estava nem ai pra constelação, eu queria a Thalia. Eu disse:

- Thalia... Ela me olhou e sorriu e disse:

- Algum problema? Eu disse:

- Thalia eu... Eu não terminei a frase, ela me beijou e eu correspondi. Minhas mãos foram pra sua cintura a trazendo pra mim. Uma de suas mãos estava no meu cabelo a ela passava a ponta dos dedos na minha nuca me fazendo arrepiar, apenas como toque. O ar faltou e nós nos separamos, ela disse com uma voz doce, ela disse num fio de voz, mas com altura suficiente para eu ouvir:

- Eu te amo Nico, eu te amo. Depois me deu um selinho e saiu correndo. Eu queria correr atrás dela, mas eu não conseguia, minhas pernas não se mexiam. Eu estava paralisado. Ela me amava, ela disse que me ama e eu não falei nada.

Pov. Thalia

Eu corri pro meu chalé, e me tranquei lá dentro. Minhas costas escorregaram pela porta assim como as lágrimas escoriam pelos meus olhos. Abracei minhas pernas, Nico deve me odiar agora, eu simplesmente o beijei, sem aviso prévio. Ele deve nunca mais querer falar comigo. Alguém bateu na porta, eu enxuguei as lágrimas e destranquei a porta. Abri a porta e dei de cara com Annabeth, eu disse:

- Entre. Ela sorriu e entrou. Annabeth entrou e eu a levei para o meu canto no chalé. Suas roupas tinham voltado ao normal e as minhas também. Nós nos sentamos e ela disse:

- Pra onde vocês foram? Eu corei um pouco e disse:

- Pros campos de morango... eu... eu disse que o amava e ele não disse nada. Annabeth sorriu e disse:

- Você lhe deu espaço pra falar? Eu pensei um pouco e disse:

- Não exatamente... Annabeth disse me interrompendo e disse:

- Isso que dizer que não deu tempo suficiente pra ele responder, como pode ficar deprimida? Eu não respondi, estava envergonhada, depois disso Annabeth se levantou e disse:

- Se precisar vou estar no meu chalé. Ela se saiu do chalé e eu deitei no colchão. Eu estava envergonhada, eu tinha dito que o amava e se... Eu suspirei. E me virei, depois de algum tempo consegui dormir, pensando em Nico.

Pov. Narradora

Ela não saiu do quarto durante três dias. Ela estava envergonhada. Mayara e Annabeth levavam comida pra ela e tentavam porque tentavam a tirar de lá, mas ela não saia. Hoje era o último dia a última chance de não voltar pra casada, mas ela se recusava a sair. Mas quem disse que ela precisava sair pra se surpreender.

Pov. Thalia

As meninas estavam começando a ficar preocupadas principalmente a Mayara, porque a Annie contou pra ela a minha conversa com Ártemis, agora ela estava quase me puxando pra sai do chalé. Quiron também veio aqui e eu expliquei pra ele que daqui algum tempo eu ia voltar pra casada, que ele não precisava se preocupar, mas eu acho que isso só o fez ficar mais preocupado. Era hora do almoço, eu estava esperando, Annie ou Mayara baterem na porta, mas o silêncio naquele chalé era assustador, só se ouvia a minha respiração. Então alguém bateu na porta, tomei u susto e abrindo a porta disse:

- Não faça mais isso Annie, eu... Minhas palavras morreram no ar, não era a Annie e nem a Mayara. Era o Percy. Ele sorriu e disse:

- Me desculpe, mas a Annie e a Mayara estão aprontando alguma, Jack e Nico estão treinando, então me pediram pra te trazer o almoço. Eu assenti e dei espaço pra ele passar. Nós sentamos e eu comecei a comer a comida que ele me trouxe. Ele apenas me olhava o que me incomodava um pouco, olhar nos olhos deles era como olhar o mar... Onda arrebentando na praia... Forte... Audaciosa... Misteriosa. Eu terminei e disse:

- Acabei já pode...

- Ele te ama. Eu fui pega de surpresa e não liguei os pensamentos, eu disse:

- O que? Ele sorriu, mostrando os dentes perfeitamente brancos... eu tenho que admitir... Percy Jackson é bonito. Ele disse:

- Vou esclarecer pra você pinheirinho. Fiz careta, odeio que me chamem assim, mas isso apenas fez o sorriso dele aumentar. Ele disse:

- Nico Di Angeli, filho de Hades, o bafo de caveira, Te ama. Eu não conseguia pronunciar uma palavra a minha voz tinha sumido e Percy continuava ali, sentado sorrindo me olhando o que não me ajudava nada. Eu ia dizer algo, mas Percy me interrompeu dizendo:

- 11 horas, nos campos de morangos, onde você disse que o amava, esteja lá essa noite, por favor, por mim, pelo seu priminho. Eu o encarei, ele estava implorando, eu suspirei e disse sorrindo:

- Tudo bem. Percy sorriu e disse:

- Segundo as meninas, tudo vai se resolver. Ele se levantou, limpou as calças e saiu dando tchau. Eu sorri olhando o chão onde Percy tinha sentado, então... eu vi um envelope branco, eu o peguei e li o que tinha escrito por fora.

Daquele que tem medo

Praquela que não sabe

Do invisível

Pra sua sombra

De um simples menino

Pra seu ar, seu sono, sua alma, sua vida.

Eu reconheci a letra, era do Nico. Eu abri o envelope, tirei a carta e a desdobrei lentamente e comecei a ler...