Eu e a Lissa estávamos na “Springfield” quando um grupo de cinco rapazes entrou. Demorei um tempo para os reconhecer, mas acabei por perceber que eram os One Direction. A Lissa ficou logo histérica e puxou-me para perto deles, pois queria um autógrafo.

Lissa: Olá! Meu Deus, são os One Direction! Podem dar-me um autógrafo?

Eles disseram que sim e ela abriu a mala e de lá tirou o CD “Up All Night” e deu-lhes para eles assinarem. Eu fiquei estupefacta e comecei a olhar para ela que nem uma parvinha.

Lissa: O que foi?

Eu: Tu andas com o CD na mala?

Lissa: Claro! Quando se tem duas irmãs mais novas que também são doidas pelos One Direction, há que tomar medidas preventivas!

Ela começou a falar com eles, entretanto, já um pequeno grupo de raparigas se tinha aproximado e estavam a tirar fotografias. Eu fitei um deles: ele tinha o cabelo um pouco encaracolado e olhos verdes brilhantes. A sua expressão não me era desconhecida, mas eu não me conseguia lembrar de onde é que eu o conhecia.

Lissa: Oh, desculpem-me, mas a minha amiga não vos conhece muito bem. Ela não é lá grande fã.

Eu: Para dizer a verdade, eu só vos conheço porque a Lissa está sempre a falar-me de vocês.

Reparei que o rapaz louro não parava de olhar para a Lissa. Ela começou a apontar para cada um, enquanto dizia os seus nomes.

Lissa: Bem, Sophie, estes são o Zayn, o Niall, o Liam, o Louis e o Harry. Esclarecida?

Eu acenei e ela continuou a conversa. Estava pronta para me ir embora quando o Louis falou.

Louis: Ei, tu e o Harry têm pulseiras iguais!

E apontou para a minha pulseira de amizade que o meu melhor amigo me tinha dado há muito tempo. Era impossível alguém ter uma igual.

Eu: A minha foi um amigo meu de há muito tempo que ma deu. Era para nós não nos esquecermos um do outro…

As palavras morreram-me na boca.

E aí eu percebi.

Seria possível que fosse ele, o meu melhor amigo, o Harry, que eu já não via há cinco anos?

Parecia bom demais para ser verdade.

Eu: Não acredito. Não pode ser verdade.

Lissa: O que é que não pode ser verdade?

Ela fitou-me, não estava a perceber nada do que se estava a passar. Nem ela nem ninguém.

Eu: Harry? Harry Edward Styles?

Lissa: Sim, eu disse-te que é o Harry…espera aí. Eu nunca te disse o nome completo. Como é que tu sabes o nome completo dele?

Ele olhou-me, estudou-me como se estivesse a olhar para a minha alma.

Depois fez aquele movimento com o cabelo e eu soube que era ele.

Harry: Desculpa, eu conheço-te?

Eu: Não te lembras de mim…

Lissa: Sophie, o que raio se passa aqui? Sophie? Sophie!

Uma lágrima escorreu-me e eu limpei-a com a mão direita; era nesse braço que eu tinha a pulseira do Harry. Ele olhou para a pulseira, depois para mim, depois outra vez para a pulseira. E entendeu.

Harry: Sophie? Sophie Roth?

Lissa: Sim, é ela. Mas que raios...

O Harry abraçou-me e todos nos olharam.

Eu: Harry, tinha tantas saudades tuas! *disse entre soluços*

Harry: Eu também tinha saudades tuas, Sophie.

A Lissa olhava-me com uma expressão “mas que raios se passa aqui” mas ao mesmo tempo “iupi, a minha melhor amigo conhece o bonzão do Harry Styles!”. Permaneceu no mesmo sítio, tal como o resto da banda.

Quando finalmente nos separamos, eles olharam-nos, sem conseguir dizer nada.

Louis: Harry, queres explicar-nos o que acabou de acontecer aqui?

Lissa: Sim, gostaria de saber porque abraçaste a minha melhor amiga, que nem sequer é vossa fã, e a mim não, que sou a vossa maior fã à face da Terra.

Eu: Lissa, lembras-te de eu te ter falado de um grande amigo que eu deixei em Londres?

Lissa: Sim, lembro *fez uma expressão de quem finalmente percebeu* Meu Deus, não acredito! Esse grande amigo é o Harry Styles?

Louis: Pelos vistos. Harry, porque nunca nos falaste desta tua amiga?

Harry: Porque já não a via há muito tempo. E tinha muitas saudades dela. Era difícil falar sobre isso.

Niall: Pessoal, porque não vamos até ao café? Sentamo-nos e conversamos um bocado.

Liam: Pode ser, Paul? *perguntou ao grande segurança que os acompanhava*

Paul: Está bem.

Fomos para um café que havia ali perto.

E foi aí que começou a confusão.