The Ruler And The Killer escrita por Marbells


Capítulo 25
The beginning of the end


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos os que me ajudaram com o desafio. Infelizmente, eu não ganhei mas vou promover os blogs de todos os que "votaram".
Obrigada e boa leitura!
P.S - Lamento que o capítulo seja tão pequeno. Não tenho tido muito tempo no pc, porque os meus primos estão cá - metade deles, porque os outros já foram embora - e eu não tenho tido muito tempo livre. O próximo capítulo vai ser maior e melhor, eu prometo.



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Depois de ir buscar alguma água e de a tratar de forma a que a pudessemos beber, lembrei Cato de que estávamos sem comida. Ofereci-me para ir caçar, embora ainda me sentisse um pouco tonta e fraca – o que Cato afirmou ser um efeito secundário dos medicamentos que o Brutos, com a ajuda de patricionadores, enviou – e, obviamente, ele negou e obrigou-me a ficar ali, á sua espera. Senti-me mal por causa disso. Foi ele quem cuidou de mim quando estive quase a morrer e é ele cuida de mim agora que já estou melhor, mas e quem cuida dele? Eu até o faria, se ele me deixasse. Bufei e sentei-me num canto da gruta, preparando-me para as longas horas que se seguiriam.

Algum tempo depois, não tanto como eu estava á espera, Cato voltou á gruta. E ele não trazia nada nas mãos. Nem comida, nem sangue de tributos mortos.

-Você não ia caçar? – perguntei e franzi o sobrolho em sinal de confusão. Cato assentiu. Fiquei ainda mais confusa quando ele soltou uma pequena gargalhada e, sem seguida, estendeu a mão na minha direção.

-Venha comigo, Clove. – ainda confusa, encolhi os ombros e agarrei a mão dele. Cato ajudou-me a levantar e levou-me ppara fora da gruta. A claridade repentina fez-me fechar os olhos e Cato rodeou a minha cintura com o seu braço – Você está bem?

-Sim. – forçei um sorriso e Cato sorriu também, mas o sorriso dele era genuíno – Para onde vamos?

-Você já vai ver. – ele respondeu, entusiasmado.

Durante aproximadamente vinte minutos, andámos pela área da arena que era mais evitada pelos tributos. Havia uma brisa suave e fresca e a grama era tão alta que me chegava aos joelhos. Ainda haviam vestígios da chuva torrencial de há alguns dias, como poças de água enlameada e alguns ramos partidos trazidos do outro lado da arena com a ajuda do vento. Por mais interessante que aquilo fosse, eu estava ainda cansada e o meu estômago reclamava da fome. Pensei em parar e voltar para trás e foi quando eu me preparava para dizer isso a Cato que vi algo a poucos metros de nós. Era uma tenda, grande e abandonada, mas não era a tenda que chamava a minha atenção. Era o que estava a seu redor. Ao lado da tenda estavam duas mochilas grandes e escuras. Em ambas as mochilas estava um quadrado de tecido com um número. Numa delas o número era o 2 e no outro era o 11. Eram as mochilas do banquete.

-Oh.

-Vamos, Clove! – Cato largou a minha cintura e pegou na minha mão, puxando-me em direção á tenda – Eu vi o que está nas mochilas e você vai adorar! O Thresh deve ter tido imensos patricionadores, porque ele tinha muita comida na tenda e alguns medicamentos também. – e isso faz todo o sentido, visto que aquele garoto tinha quase dois metros de altura e a maior parte do peso dele devia ser dos músculos.

Fomos até onde estava a tenda e Cato largou a minha mão rapidamente, correndo até á tenda e entrando nela.

-Entre, Clove! – ele gritou. Encolhi os ombros e fiz o que ele disse. Desde que estivesse comida ali dentro estaria tudo bem.

A tenda era do mesmo tamanho daquelas que tinhamos usado no acampamento dos carreiristas. Também estava ali um saco cama e, ao lado de mesmo, estava uma mochila idêntica áquelas que se encontravam na cornucópia no primeiro dia.

-Ele tem aqui comida. Montes dela. – Cato informou, ajoelhando-se á frente da mochila e abrindo-a. Abri a boca de espanto quando ele tirou de lá uma mão cheia de saquinhos de carne e dois pães grandes e apetitosos. Cato riu quando viu a minha expressão.

-Ele tinha de ter os melhores patricionadores da Capital. – murmurei e depois bufei, irritada – Porque é que o Brutus não nos arranjou patricionadores assim?

-Ele arranjou, Clove, mas foi para outras coisas. – o meu namorado sussurrou e eu olhei para os meus pés, sem saber o que dizer.

Claro que Cato não ia esquecer que eu quase tinha morrido e é claro também que não as coisas não iam ser mais como eram antes do banquete. Mas a razão que me fez desviar o olhar foi o brilho de dor nos olhos de Cato, como se ele estivesse a reviver aquele momento.

-Então, - começei, passado pouco tempo – o que mais está aí?

-Hum… - Cato pôs as saquetas com carne e os pães no chão e voltou a vasculhar o interior da mochila – Água, mas isso também nós temos, maçãs e alguns biscoitos.

-Vamos comer, então? – perguntei, num tom mais animado, na tentativa de aliviar a tensão que se instalara.

-Claro. – Cato olhou para mim aquele sorriso torto que eu tanto gostava e estendeu-me uma saqueta com biscoitos – E depois eu mostro a você o que está nas outras mochilas. – assenti, mas na verdade eu já me tinha esquecido disso.

Cato sentou-se ao meu lado e eu começei a comer, enquanto o meu namorado se decidia entre uma maçã ou um biscoito. Comi tudo o que pude, tentando sempre dexar alguma comida para depois, mas os aliemntos na mochila de Thresh eram tantos que nem eu nem Cato precisámos de nos conter muito. No fim, eu tinha comido uma saqueta inteira de tiras de carne, metade de um pão, uma maçã e metade de uma saqueta de biscoitos. Cato comeu praticamente o mesmo que eu, deixando na mochila o suficiente para termos comida até ao dia seguinte.

-Não consigo comer mais nada. – murmurei, deitando-me no chão da tenda. Estava sonolenta devido á quantidade de comida ingerida e mesmo depois de passar tanto tempo incosciente os meus olhos até pesavam com a vontade de dormir – Acho que vou dormir um pouco. Você se importa?

-Claro que não, pequena. – Cato deitou-se também – Apenas tente não ressonar.

-Eu não ressono! – exclamei com indignação. Cato gargalhou.

-Oh, sim. Você ressona e muito! – bufei e dei-lhe um soco no ombro. Não usei muita força, mas foi o suficiente para Cato parar de rir e grunhir de dor, levando a mão ao local – Merda!

-Você está bem? – perguntei preocupada. “Claro que ele não está bem, Clove. Você não podia fazer nenhuma mais cuja resposta é mais óbvia?” – Fui eu que magoei você? – Cato abanou a cabeça.

-Não, foi o Thresh, mas só quando você tocou é que doeu.

-Me desculpa. Eu não queria magoar você. – ele sentou-se e eu fiz o mesmo – Me deixa ver isso.

-Não. Não é preciso. – rolei os olhos.

-Eu quero ver, me deixa.

-Clove… - cruzei os braços sobre o peito e bufei, olhando diretamente nos seus olhos frustrados pela minha insistência.

-Você cuidou de mim enquanto eu estive mal, Cato. O minímo que eu posso fazer agora é tentar retribuir. Por favor. – as últimas palavras saíram num tom mais suave, quase calmo.

-Tudo bem. – Cato encolhe os ombros e eu aproximo-me mais dele, beijando-o rapidamente.

-Obrigada.

Continuei a amaldiçoar o Thresh durante o resto do dia. Além de me ter jogado uma pedra na cabeça, o desgraçado também tinha feito um corte profundo no braço do Cato. Nem sei como ele não se queixou antes, mas tenho a certeza de que ele mentiu quando disse que só sentiu dor quando eu lhe bati. Felizmente, pude utilizar alguns medicamentos que estavam na tenda para ajudar o Cato. Limpei e cobri a ferida com o máximo cuidado possível. Cato não se queixou uma única vez, mas eu sabia que lhe estava a doer. Quando acabei, Cato agradeceu-me, mas sempre teimando que não era necessário eu ter feito aquilo. Adormecemos quase que imediatamente e apenas acordámos algumas horas depois, quando já estava a anoitecer.

Cato ainda voltou á gruta para ir buscar as coisas que lá tinhamos deixado. Quando ele voltou, arrumámos tudo, misturando o que antes já era nosso com as coisas de Thresh. Depois, Cato decidiu que estava na hora de me revelar o que estava nas duas mochilas do banquete.

-Você vai adorar isto. – ele repetiu, entusiasmado – Pronta?

-Sempre estive pronta, Cato, você é que quis deixar isto para o fim. – reclamei e ele rolou os olhos.

-Chata.

-Esteja calado ou eu lhe bato outra vez. – Cato gargalhou, mas não disse mais nada.

Quando ele me mostrou o que estava nas mochilas eu fiquei chocada. No Centro de Treinamneto do Distrito 2, a Enobaria me obrigava a assistir às gravações de todos os Jogos Vorazes. Até agora, o Finnick Odair mantinha o recorde de tributo com o patrocinio mais alto, tendo recebido um tridente que usou para matar as suas vítimas. No entanto, isto era ainda melhor. Na mochila dirigida a nós, estavam duas armaduras feitas de um material resistente que eu já sabia servir para nos defender das setas de Katniss. Também vinham dois capacetes feitos do mesmo material, para o caso da Katniss disparar na direção da nossa cabeça. Aquelas armaduras devem ter sido exorbitantemente caras e nos davam uma grande vantagem em relação á Katniss. Na outra mochila – aquela que era para ter pertencido ao Thresh – estavam várias armas.

-Então foi por isso que ele usou uma pedra, porque não tinha nenhuma arma.

Estavam ali várias facas, uma lança montável e algumas cordas para fazer armadilhas. Satisfeitos com o que tinhamos encontrado, Cato e eu fomos montar algumas armadilhas naquela área, onde já tinhamos visto alguns animais. As cordas foram-nos bastante vantajosas e eu já tinha uma boa experiência com armadilhas, pois essa é uma das primeiras coisas que nos ensinam no Centro de Treinamento.

Enquanto voltávamos para a tenda, ouvimos um canhão. Olhei repentinamnete para o meu lado, certificando-me que Cato continuava ali. Ele fez o mesmo. Suspirei de alívio e entrelaçei a mão dele na minha.

-Quem você acha que morreu? – perguntei.

-Não sei. Hum… Talvez a garota do Distrito 5, aquela com os cabelos ruivos.

-Ah, sim. A Foxface. – Cato balançou concordou:

-Exatamente. Ela é, ou era, a mais inteligente, mas a Katniss teve a melhor nota e o Peeta já tem o remédio para a perna.

-É, você tem razão. Mas mesmo assim eu preferia que fosse o canhão fosse da Katniss ou do Peeta. – Cato gargalhou.

-Claro que você preferia.

Naquela noite, enquanto Cato dormia ao meu lado, não consegui deixar de pensar numa coisa. A garota do Distrito 5 estava fora do Jogo. Eramos só quatro agora. Os dois casais de amantes desafortunados a lutarem entre si pela sobrevivência. A Capital devia estar ao rubro com isto. E eu também estava. Porque, agora mais do que nunca, eu ansiava por vingança.


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Notas finais do capítulo

Comentem e recomendem! Oh, já agora, obrigada ás duas pessoas maravilhosas que recomendaram, o próximo capítulo vai ser dedicado a vocês.