Entre Mãe E Filha escrita por nikas


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um



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POV BELLA



Estava de volta a Forks há duas semanas.



A minha matrícula estava congelada, na esperança de que para o ano eu retomasse.



Os meus dias passavam de forma incrivelmente lenta.



Depois do primeiro dia de volta, em que todos tentavam saber o que se passara para que eu voltasse tao depressa de Nova Iorque, as coisas acalmaram e eu voltei à rotina que tinha antes de viajar.



De manhã levantava-me cedo e dava um passeio, depois preparava o almoço de Charlie e à tarde encontrava-me com Tanya, Jacob e Mike que me tentavam animar.



Quando me viu depois do meu regresso Mike parecia procurar um buraco onde se enfiar. Tive vontade de lhe bater, quando muito envergonhado, ele me contava que agora namorava a Jéssica, que sempre andara atrás dele. Quis  bater-lhe porque ele parecia ter medo que eu lhe batesse.



Muito pelo contrário, fiquei feliz por ele ter dado uma chance a Jéssica, que realmente gostava dele.



A biblioteca de Forks podia agradecer-me pela quantidade de dinheiro que vendia.



Na tentativa de manter a cabeça ocupada eu devorava um livro a seguir ao outro, tentando acompanhar à distancia o curso que já começara. Eu sabia quais eram os livros obrigatórios, por isso estudava por conta própria.



Falei com Alice alguma vezes, com James outras tantas, com Renee uma vez, em que numa longa conversa ela me tentou convencer a voltar e com ele nunca mais falei.



Agora apenas uma menção ao seu nome levava-me às lágrimas.
Na minha ultima conversa com Alice deixei-a assustada, porque quando ela tocou no nome dele por engano eu desabei num choro incontrolável e demorou uns bons 10 minutos para que me conseguisse controlar.



Alice e Tanya eram agora amigas, tendo-se falado ao telemóvel algumas vez e, graças a isso, ninguém mais tocava no nome de Edward.



Eu lutava contra mim mesma todos os dias. Uma parte de mim, que se tornava maior e mais barulhenta a cada dia, exigia que eu pegasse o primeiro avião e fosse até ele, implorando para que me recebesse.



Mas eu tentava resistir.



Sabia que as suas palavras naquele dia tinham como objectivo acalmar-me e fazer com que eu voltasse para casa e por isso tentava esquecê-las e não as repetir mentalmente a cada instante do dia.



Eu esperava que, agora que eu estava longe, Renee conseguisse ser feliz com Edward e apesar de eu o amar e saber que nada iria superar o que sentia por ele, eu recusava-me a ser a responsável pelo  sofrimento de Renee.



Abri os olhos fixando o mar à minha frente.



Este foi um hábito que eu ganhei quando voltei.



Um dia, ao pensar num bom sitio para ir e ficar sozinha lembrei-me da praia de la push e a partir daí comecei a frequentá-la, sem ninguém saber, já que este era o sitio em que eu podia estar sozinha.

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Era um sitio que me acalmava, o barulho das ondas, o cheiro a mar…

Fechei novamente os olhos e imediatamente os olhos verdes apareceram à minha frente, fazendo-me arrepiar.

As saudades deles quase me faziam sufocar de angustia.

Em determinados momentos ao longo do dia, e principalmente à noite, era quase impossível suportar a saudade que sentia.



Mas longo a seguir sentia um aperto no peito, quando me lembrava que tirando as quatro mensagens que recebi no dia em que cheguei a Forks, ele não fizera mais nenhum esforço para falar comigo.



E aí eu tentava resignar-me.

Tudo fora dito e feito no calor do momento e não demorou muito para que ele me esquecesse. Eu só queria que fosse fácil para mim esquecê-lo, mas não era.



Senti o telemóvel a vibrar-me no bolso e rapidamente o tirei, vendo o nome de Charlie a piscar-me no visor.

Estranhei que ele me estivesse a ligar, já que isso não era muito normal.

- Pai?

- Olá, querida. Como estás?

- Estou bem. Aconteceu alguma coisa?

- Não, porquê?

- Não é normal ligares-me.

- Sim, eu sei. Queria só perguntar se não te importas de fazer o jantar para mais uma pessoa.

- Claro que não. Mas é para quem?

- Desculpa querida, mas tenho de desliguei.

Franzi o sobrolho.

Charlie não costumava ser ligado a mistérios.

- Tudo bem, mas queres que faça alguma coisa especial?

- Não, o que tu preferires. Tens dinheiro para as compras?

- Sim, vou agora.

- Está bem, querida. Chego à hora do costume. Até logo.

- Até logo.

Desliguei e depois de olhar uma ultima vez para o mar levantei-me, sacudindo a areia e sai da praia, indo até ao minimercado de Forks.

Pelo caminho pensava nas várias possibilidades que tinha para fazer e decidi-me por uma lasanha que Ele me ensinara.

Comprei todos os ingredientes necessários e quando já tinha tudo voltei para casa.

Quando olhei o relógio vi que eram quatro da tarde, por isso decidi começar a adiantar tudo, para que estivesse pronto quando Charlie e o convidado misterioso chegassem.

Eu esperava que fosse Sue, porque sabia que os dois sempre gostaram muito um do outro e, provavelmente começaram a encontrar-se durante o tempo que estive em Nova Iorque. Senti-me culpada por atrapalhar a vida social de Charlie.

Assim que os ingredientes estavam separados comecei fazer a lasanha, lembrando-me do jeitinho com que ele me ensinara a fazê-la e das gargalhadas que dei ao vê-lo cozinhar tao concentrado.

A testa costumava franzir-se, os lábios faziam um adorável biquinho e os olhos estreitavam-se, para que tudo saísse perfeito.

Sem perceber, sorri, pelas memórias que me passavam pela mente.

Quando a lasanha ficou pronta, pu-la no forno e programei-o para que começasse a funcionar quando chegasse a altura certa.

Arrumei a cozinha e em seguida pus a mesa para três, demorando-me um pouco mais e dando uma atenção especial aos pormenores.

Depois do carinho com que Charlie me tratara nestas duas semanas o mínimo que eu poderia fazer era preparar um bom jantar.

Quando a refeição terminasse eu sairia de casa e deixaria os pombinhos sozinhos.

Sorri com este pensamento e subi as escadas, indo tomar um bom banho, para tirar a areia da praia.

Quando sai do banho, enrolei-me na toalha e fui para o quarto, para escolher a roupa que iria usar neste jantar.

Escolhi umas calças de ganga e uma camisola branca e calcei umas sapatilhas brancas.

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Olhei-me ao espelho e fiz uma careta à minha própria imagem.

Nestas duas semanas tinha emagrecido de forma bem evidente e isso notava-se quando vestia qualquer coisa que não fosse uma camisola larga.

Balancei a cabeça para o meu corpo e em seguida olhei a cara, tentando decidir a melhor forma de esconder as olheiras profundas com que estava e a falta de brilho nos olhos.

Suspirei e peguei na escova, escovando o cabelo até que ele ganhasse um pouco de brilho.

Antes que eu pudesse fazer qualquer outra coisa o alarme do forno tocou e precipitei-me pelas escadas, tendo que me segurar no corrimão para evitar uma queda. Quando recuperei o equilíbrio reduzi a velocidade, conseguindo chegar à cozinha em segurança.

Olhei para o relógio do forno que marcava 19:30h.

Charlie já não deveria demorar, já que chegava sempre por volta desta hora.

Abri minimamente a porta do forno para que a lasanha não queimasse e sentei-me na mesa da cozinha.

Eram estes os momentos que eu não gostava.

Quando estava sozinha e não tinha nada para fazer.

Decidi ligar para Tanya, para ver se ela podia sair esta noite.

Não demorou muito para que a sua voz animada soasse do outro lado da linha.

- Bellita, como estás?

- Olá, Tanya. – tentei empregar um pouco de alegria na voz, lembrando-me da conversa que escutara entre ela e Charlie

“Nem a sua voz tem mais aquela alegria de antes, Charlie. Estou realmente preocupada.

Eu também estou, querida. A minha filha está afundada na tristeza”.

Aquelas palavras magoaram-me, porque me fizeram perceber que apesar de tentar disfarçar eles percebiam a forma como eu estava e, por mais que eu quisesse não conseguia espantar esta tristeza.

- Então porque me estás a ligar a esta hora? – a sua voz trouxe-me ao presente.

- Não posso ligar à minha melhor amiga só porque me apetece? – brinquei.

- Ah claro. Mas normalmente tens um motivo – picou.

Ri.

- Sim, por acaso tenho – ouvi o seu riso do outro lado da linha – o Charlie pediu-me para fazer o jantar para mais uma pessoa. Acho que é a Sue. Estou a pensar em sair depois do jantar para deixá-los sozinhos. Estás disponível?

Fez-se silêncio do outro lado da linha, o que me fez franzir a testa em confusão.

- Tanya?

- Sim, desculpa. Se quiseres mesmo sair liga. A qualquer hora.

Estranhei as suas palavras. Não bastava um “Tudo bem, depois diz qualquer coisa?”.

 - Certo – Ouvi o carro de Charlie – Tanya, o meu pai está a chegar, depois falamos sim?

- Sim. E Bella?

- Sim?

- Agarra a oportunidade de ser feliz – disse, e desligou, deixando-me a olhar atónita para o telemóvel.

Não tive muito tempo para pensar nas suas palavras porque logo a seguir ouvi a porta a abrir.

Espreitei mais uma vez a lasanha e sorri ao ver que tinha bom aspecto. Era só esperar que o sabor também estivesse bom.

- Bells?

- Estou a ir pai.

Ajeitei a roupa e ao passar pelo espelho do corredor fiz uma careta para a minha cara abatida.

Cheguei à entrada encontrando Charlie parado à porta de casa.

- Pai? Porque não deixas a Sue entrar?

Ele olhou-me confuso.

- A Sue?

- Sim, não é ela que vem jantar connosco?

- Não. Não é a Sue.

- Não? – Tentei espreitar para trás do seu corpo para ver quem era e no mesmo momento ele entrou em casa, desbloqueando a minha visão.

Automaticamente dei um passo atrás, encostando-me à parede.

- Pai? – perguntei ainda com os olhos fixos na figura parada à porta.

- Acho que vocês precisam de falar, querida.

Ouvi a voz de Charlie ao longe.

- Olá Bella – ouvi a voz aveludada, que me fez tremer.

Enquanto olhava os olhos verdes as palavras de Tanya vieram-me à cabeça: “Agarra a oportunidade de ser feliz”.

Ela sabia?


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Notas finais do capítulo

Entao o que acharan? Este ressentiemento da Bella tem razão de ser?
Acham que o Edward já nao quer saber dela?
Quero deixar um beijinho especial à patriciapt pelo maravilhoso comentário. Amei linda. de onde és?
Capitulo dedicado a todos os que comentaram o anterior. Um beijinho a:
-> Anna Hathaway
-> sipansera
-> ingrid barbosa grawn
-> Lu Cullen
-> Amanda B Salvatore
-> patriciapt
-> carolina cullen guedes
-> michaelamarce
-> ana sara
-> veronia nuno
-> marlene
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-> Rita Santos
-> patricia ribeiro
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