A Lua e as Trevas escrita por Lara


Capítulo 1
Capítulo 01 - Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Meu primeiro fic!
Sempre gostei muito do anime Darker than BLACK, mas o final.. aquele final sempre me pertubou. Como podem ter feito um final como aquele! Por isso resolvi fazer essa fic. Para dar o merecido final para um dos casais mais fofos que existe. Força! Hei e Yin são demais!
Espero que vocês gostem!
Deixem as suas opiniões!
Os autores sempre tem que saber o que se passa na cabeça dos leitores.



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Estranhamente sentia que o cansaço dos últimos dias havia desaparecido. Não entendia como isso era possível já que estava sentado olhando pela janela, prestando atenção em qualquer movimento lá de fora. Já era de noite, então a rua se encontrava deserta e encoberta pela escuridão, pois nenhum dos postes funcionava. Escolheu uma casa abandonada perto do “Hell’s Gate” (Portão do Inferno) com a intenção de manter os seus perseguidores distantes, mesmo sabendo que nunca era bom ficar perto daquele estranho muro. Não tinha outra escolha. Até que Yin descansasse o suficiente, não poderiam ir a lugar nenhum. Virou a cabeça para poder olha-la dormindo na cama. Seus cabelos prata estavam soltos sobre a almofada com estampas de ursinho. Provavelmente aquele quarto deveria ter sido de alguma criança. Voltou a prestar atenção no que acontecia do lado de fora, forçando-se a pensar no futuro próximo e não no passado. Não adiantava nada se lembrar do que já havia acontecido mesmo que quisesse muda-lo. Bai havia desaparecido e não voltaria. Âmbar estava morta, assim como Huang. Provavelmente Mao também. Tudo o que poderia fazer agora era arranjar um jeito de sair dai junto com Yin sem serem mortos pelos Contratantes da organização.

O som distante do piano o acordou, fazendo-o perceber que havia caído no sono sem querer. Ao se endireitar na cadeira sentiu que algo o cobria e ao olhar para baixo se deparou com um cobertor. Virou-se em direção a cama vazia. Perguntou-se por que ela não o tinha acordado na hora que ele havia dito que teriam que ir embora. Levantou-se indo na direção de onde o som do piano vinha. Assim que a viu, abriu a boca para pedir que parasse de tocar porque chamaria a atenção das pessoas das quais estavam fugindo, mas não conseguiu falar nada. Yin ainda estava com os cabelos soltos, vestia seu vestido roxo e estava com os olhos fechados enquanto seus dedos passavam pelas teclas brancas do piano. O dia estava amanhecendo e por isso as frestas da luz do sol entravam pela janela pousando sobre a garota, dando-lhe um brilho único. A música apenas parecia deixa-la mais deslumbrante do que já parecia estar. Hei pensou que se pudesse escolher entre a luz do sol e da lua, preferiria a da lua para cair sobre aquela jovem mulher. De alguma forma sabia que as duas se combinavam da mesma forma que se sentia completo e feliz ao olhar para as estrelas.

– Hei. – a voz calma e baixa dela interrompeu os seus pensamentos. Seus olhos se encontraram e ficaram assim durante um tempo. Palavras não precisavam ser ditas. Eles se entendiam como se suas mentes estivessem ligadas na mesma frequência. O rapaz se aproximou em passos um pouco apresados. Segurou gentilmente o pulso dela e a puxou para os seus braços os quais a envolveram em um abraço quente e aconchegante. – O que foi? – ele apertou um pouco mais o abraço, talvez por causa do medo que começou a sentir ao pensar na possibilidade de perdê-la.

– Eu... – fez uma pausa. – Eu vou protegê-la. – abriu os olhos sentindo nitidamente o perfume dela. Parecia ser de algum tipo de flor. – Por isso... não me deixe sozinho. – foi neste momento que sentiu os abraços dela o envolverem. Ficaram daquele jeito durante vários minutos os quais nenhum dos dois pareceu perceber. – Por que você não me acordou?

– Você parecia estar muito cansado. – respondeu com a cabeça apoiada no ombro dele. – Achei que deveria deixa-lo descansar depois de todo o trabalho que teve para me proteger. – segurou a parte de trás do casaco preto dele. – Hei. Até quando nós vamos fugir? – ele a afastou um pouco para poder encostar a testa na dela.

– Até quando for preciso. – se afastou, deixando de segura-la. – Já esta pronta para ir? – Yin apenas balançou a cabeça afirmativamente. – Vamos. – segurou a mão dela e começou a se encaminhar para a porta dos fundos da casa. A garota se deixava guiar mantendo os olhos na mão a qual estava sendo segurada. Enquanto fazia isso, desejava que aqueles dedos quentes nunca deixassem de entrelaçar com os seus.

Antes de conseguirem finalmente sair da cidade, encontraram com vários Contratantes e Hei lutou contra todos eles independente de quais fossem os seus poderes ou habilidades paranormais. Ninguém parecia ser capaz de fazer a estrela do BK201 cair do céu negro. Assim que o último Contratante caiu no chão imóvel e sem vida devido a eletricidade que tinha recebido, os dois começaram a se afastar da cidade dentro de um carro roubado.

– Hei.

– Já sei. – falou sério olhando pelo retrovisor. Estavam sendo seguidos por um carro esporte azul claro de duas portas com uma sirene vermelha em cima. Parecia que a policial não ia desistir tão fácil. Não tinha nenhuma intenção de machuca-la depois de tudo o que passaram, até sentia uma pequena afeição por ela, porém não podia se dar o luxo de ser seguido por ninguém. Acelerou já executando o plano de despista-la sem precisar fazê-la sofrer um acidente grave. Raramente dirigia justamente por preferir ter pleno controle com relação aos seus movimentos, contudo sabia o necessário para fazer o carro da forma que desejava. Depois de passar por vários sinaleiros sem bater em nenhum outro automóvel, escutou o barulho da batida. Não precisou olhar para trás para saber exatamente o que tinha ocorrido. – Ela esta viva?

– Esta. – a garota virou o rosto para encara-lo. – Não vai se despedir?

– Não preciso. – mudou a marcha e continuou acelerando.

Ao abrir os olhos sentiu as lágrimas ainda saindo dos seus olhos com íris cor rosa. Por que estava chorando? Havia sonhado com várias coisas, no entanto não se lembrava exatamente de que coisas eram. Sentou-se afastando o cobertor. Ao virar o rosto para a direita se deparou com Hei dormindo sentado na cadeira. Ele estava tão tranquilo e calmo. Era a primeira vez que ela o via desse jeito. Desceu da cama, pegou o coberto e o colocou sobre o corpo dele. Agora se lembrava exatamente porque as lágrimas tinham saído de seus olhos. Mais lágrimas queriam sair, mas ela passou os dedos limpando-as sem demostrar qualquer emoção na sua feição. Aproximou-se do rapaz e beijou o rosto dele tomando o cuidado de não acordá-lo. Poderia ser errado para uma doll como ela querer tanto permanecer ao lado daquela pessoa, porém não se importava. Permaneceria ali até o momento em que ele não precisasse mais dela. É verdade que não queria nunca mais ficar sozinha, o único problema era que ela só se sentia feliz ao lado daquele rapaz. De uma certa forma, ele era o único que a fazia se sentir quase humana, quase como se pudesse ter sentimentos. As lágrimas que haviam caído pelo seu rosto eram apenas a prova deste fato.

De repente sentiu uma imensa vontade de tocar nas teclas de um piano como fazia antigamente, muito antes de conhecer Hei ou se quer de se tornar uma doll. Lembrou-se em ter visto um piano abandonado na sala daquela casa enquanto analisavam se o lugar era ou não seguro. Ficou com receio de poder acorda-lo, então decidiu caminhar pela casa tomando o cuidado de não fazer nenhum barulho. Era uma bela construção, chegava até a lembrar a casa de seus pais tirando apenas o fato de que esta era um pouco menor. Depois de vários minutos olhando cada detalhe da casa sem presa, acabou encontrando com o piano. Ele estava bem conservado se pensar nos anos que deveria fazer desde que a última pessoa o utilizou. Sentou-se no banquinho e levantou a parte que protegia e cobria as teclas. Ao passar os dedos sobre as teclas, a vontade de tocar a dominou por completo não podendo mais impedir as suas mãos de deslizar por aquele teclado. Acabou fechando os olhos para sentir melhor a som da melodia. Não tinha ideia de que música estava tocando, apenas sabia que tinha que tocar para conseguir responder a pergunta que lhe incomodava dentro da sua mente. Quando terminou e abriu os olhos, sentia cada batida do seu coração. “Acho que já sabia disso.”, foi o que pensou. Não demorou muito para notar a presença dele.

– Hei. – depois que o chamou, seus olhos se encontraram e de alguma forma ela sabia exatamente o que ele estava pensando, assim como ele. Palavras não precisavam ser ditas. Quando o rapaz se aproximou dela e a puxou para os seus abraços, Yin se sentiu mais que segura, sentiu-se querida. Ela o amava. Amava mais do que qualquer outra coisa. E continuaria a amar mesmo que ele não sentisse a mesma coisa por ela. Era por isso que ela acordou chorando, era por isso que precisava tanto tocar piano e era por isso que desejava que ele nunca a soltasse. – O que foi? – sentiu que o abraçou ficou mais forte, porém não conseguiu entender o porquê.

– Eu... Eu vou protegê-la. Por isso... não me deixe sozinho. – teve vontade de dizer que aquilo não era verdade. Que quem deveria dizer aquelas palavras era ela e não ele. Ao em vez de fazer isso, Yin correspondeu ao abraço vendo que aquela era a única maneira de responder as palavras dele. – Por que você não me acordou?

– Você parecia estar muito cansado. – apoiou a cabeça no ombro dele. Ele estava tão quentinho que não sentia nenhuma vontade de se afastar. – Achei que deveria deixa-lo descansar depois de todo o trabalho que teve para me proteger. – segurou a parte de trás do casaco preto dele. – Hei. Até quando nós vamos fugir? – ele a afastou um pouco para poder encostar a testa na dela.

– Até quando for preciso. – se sentiu um pouco triste quando ele se afastou e deixou de segura-la. – Já esta pronta para ir? – balançou a cabeça afirmativamente. – Vamos. – segurou a mão dela e começou a se encaminhar para a porta dos fundos da casa. A garota se deixava guiar mantendo os olhos na mão a qual estava sendo segurada. Enquanto fazia isso, desejava que aqueles dedos quentes nunca deixassem de entrelaçar com os seus.

– Hei. O que eu represento para você? – as palavras dela o fizeram parar. Hei olhou para ela tentando ler o que se passava na mente dela através de suas feições, mas como sempre a garota continuava sem demostrar qualquer tipo de emoção. – Se eu acabar me tornando um peso para você não se importe em me aban... – não conseguiu terminar de falar porque ele havia colocado um dedo sobre os lábios dela.

– Você nunca será um peso para mim, por isso nunca diga isso novamente. – afastou o dedo da boca dela e sorriu. Sabia que ele não havia respondido a sua pergunta, porém não se importou. As palavras ditas eram mais que o suficiente. Quando o via sorrindo, tinha a sensação de tudo ficaria bem. – A música...

– O que foi?

– Não é nada. – abriu a porta. – Tem algum lugar em especial que deseja ir? – ela olhou para o sol e uma ideia lhe veio a mente.

– Algum lugar quente. – disse enquanto amarava o seu cabelo com uma fita longa roxa.

Continua...


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