I'm stay undercover, lay low

Need some time

No one to save, to save

These sick cycles over babe…

Samantha P.O. V

Aqui estou eu, no aeroporto de Heathrow, Londres esperando a chamada do meu voo para o Canadá... Bom, eu não queria sair de Londres, mas acho que preciso de um tempo de tudo o que aconteceu. Isso não significa que eu realmente queira voltar para Stratford, ainda mais depois de tudo o que passei na infância, mas também não quero ficar aqui e ter que ver David todo dia. Afinal, voltar para o Canadá depois de 5 anos teria suas vantagens, como por exemplo reencontrar minha família e meus antigos amigos, principalmente Justin.

– Sam! Samantha! – disse minha mãe me despertando de um pequeno devaneio.

– Desculpe mãe... O que você disse?

– Você não prestou atenção em uma palavra do que eu disse, uh? – Assenti enquanto ela me puxava apressadamente para o portão de embarque. – Vamos logo, está na hora de embarcar!

– Mas já? Cadê o papai?

– Provavelmente já está no avião... Vamos antes que eles nos deixem aqui! – Ri pelo nariz e continuamos indo em direção ao embarque.

Embarcamos e logo já estávamos em nossos lugares esperando para decolar. Peguei meu iPod e os fones de ouvido pra passar o tempo, assim que o avião decolou acabei adormecendo.

(...)

– Samantha acorde! Já chegamos. – Acordei com meu pai me sacudindo. Olhei em volta e só restava eu, meus pais e algumas aeromoças no avião.

– Me chama de Sam. – O encarei enquanto ele ria provavelmente da minha voz que estava totalmente embargada por causa do sono. – Para de rir e vamos logo! – disse enquanto me levantava e ria junto com ele.

Seguimos em direção ao desembarque enquanto falávamos da saudade que estávamos de Stratford. Pegamos nossas malas e logo já estávamos no táxi indo em direção a minha antiga casa. Encostei a cabeça na janela e comecei a reconhecer as ruas da minha cidade... Como eu senti falta disso!

Logo o carro parou e desci do mesmo olhando em volta e logo avistando a casa de Justin, parece que nada mudou em todos esses anos. Peguei duas de minhas malas enquanto eu e minha mãe ríamos do meu pai todo desajeitado com algumas malas. Entramos na casa e fui direto para onde costumava ser meu quarto. Não havia mudado em nada, apenas tinha alguns novos móveis da mudança e ainda se via algumas de minhas bonecas espalhadas nos cantos. Sorri com isso. E logo comecei a arrumar as malas.

(...)

Depois de horas ajudando meus pais com toda a mudança decidi subir para o quarto e tomar um banho, ainda era a tarde então tinha tempo de dar uma volta pelas ruas pra ver se encontrava alguém. Saí do banho e em menos de meia hora já estava pronta. Desci as escadas e encontrei meus pais na sala assistindo a algum filme. Peguei as chaves e fui em direção à porta.

– Onde você pensa que vai? – Disse meu pai me arqueando a sobrancelha esquerda.

– Dar uma volta por aí pai, não vou demorar... – Disse e sorri gentilmente.

– Assim espero – Disse e voltou a fitar a televisão. Ri pelo nariz e saí de lá. Olhei para o outro lado da rua encarando a casa de Justin, pensei em ir lá, mas não sabia o que lhe dizer... Iria ser tipo “Hey Justin, lembra-se de mim? Fui embora a 5 anos atrás e nunca mais falei com você”, mas o medo de que ele tivesse me esquecido foi maior, então deixei isso pra depois, além disso a casa parecia estar vazia.

Andei em direção à casa de Victória, ela costumava ser uma de minhas amigas e foi uma das poucas pessoas que manti contato desde que fui embora, e também era a única que sabia que eu voltaria hoje. Andei uns 5 minutos até sua casa, e toquei a campainha, logo a porta se abriu com uma garota me olhando um tanto confusa.

– Olá... – ela disse por fim me fitando como se não soubesse quem eu era. Encarei surpresa a garota ruiva a minha frente.

– Não acredito que você não se lembra de mim Victória Morgan! – disse enquanto a encarava de braços cruzados. – Se lembra de uma garota baixinha usando aparelho?!

Ela arregalou os olhos e logo me abraçou enquanto gritava coisas que não entendi muito bem. Depois de quase me enforcar ela se afastou me olhando de cima a baixo.

– Sam, você está tão diferente. – Disse e eu sorri de lado. – Senti sua falta! – Completou dando espaço para que eu entrasse em sua casa.

– Também senti sua falta! – disse sorrindo enquanto subíamos para onde deveria ser seu quarto. Logo entramos no mesmo e ela se jogou na cama enquanto eu sentava no divã a sua frente.

– E aí?! Você vai mesmo terminar os estudos aqui? – Assenti e ela deu alguns gritinhos enquanto eu gargalhava. – Aquela escola não é a mesma desde que você foi embora, lá é extremamente tedioso. – disse fazendo careta e eu gargalhei.

– Quais são os planos para nós nos divertimos muito por aqui? – Disse sorrindo e ela logo abriu um grande sorriso.

– Como amanhã é sábado você vai comigo a uma festa de um amigo meu não tem maneira melhor de comemorar sua chegada!

– Adorei a ideia! – disse e sorri.

Era ótimo ficar na companhia da Vicky... Ela era simplesmente muito divertida e engraçada. Passei à tarde na casa dela e logo fui pra casa descansar. Tomei um banho, vesti meu pijama e logo já estava deitada... A viagem foi longa e eu só pensava em dormir. Amanhã seria a festa e até que eu estava animada. Fiquei pensando em como seria a festa e logo adormeci.