Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 28
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Notas iniciais do capítulo

Boa tarde amores! Consegui terminar esse capítulo antes de fazer o Enem, e ainda consegui revisá-lo ontem a noite. Acho que ficou bom, não sei... Vocês que vão me dizer. Aliás, quem fez Enem? Foram bem? Eu, no segundo ano, sem estudar, acertei pelo menos (eu não lembrei do gabarito todo) 94 questões... Enfim, vamos ler o capítulo que é mais legal.



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Mahara Carter POV

– Você pode explicar estas aqui também. – Major Walker jogou mais fotos em cima da mesa. Eram fotos minhas e de Dan no apartamento dele, abraçados; uma foto nossa em meu apartamento, em uma situação um pouco mais quente no meu sofá; e assim em diante. Todas fotos nossas. Todas fotos provando nosso namoro.

– Major... Eu posso explicar...

– É o que eu lhe pedi para fazer, Carter. – Disse ríspida. – Não sei se você se lembra, mas é terminantemente proibido que um agente tenha algum relacionamento amoroso com uma testemunha ou qualquer envolvido no caso. Permitimos relacionamento entre agentes, mas não é aconselhável. Agora... Um relacionamento entre uma agente e uma testemunha? É inaceitável, Carter. Inaceitável.

Eu baixei a cabeça, completamente envergonhada e culpada. Tudo o que me era possível fazer era escutar.

– Eu estou decepcionada com você, Carter. – Major Walker disse, com o tom de voz deixando mais do que evidente tal decepção. Isso me doeu. – Eu confiava em você. Achava que você tinha potencial suficiente para cumprir essa missão. Eu devia ter mandado outra pessoa.

– Me desculpe Major, eu... Não pude evitar. Estou apaixonada por ele.

– Eu realmente devia ter mandado outra pessoa. O que eu vou fazer com você, Mahara? Não quero despedi-la, pois tens muito potencial, mas logo em seu primeiro grande caso, você comete esse erro! Como explicarei aos superiores? Para eles não importa o quanto de potencial que você possa ter, se você for fraca emocionalmente!

– Eu não sou fraca, senhora. Você sabe disso. – Levantei a cabeça e deixei que meu olhar cruzasse com o dela. E permanecesse lá.

– Sim! Você é! – Major praticamente gritou. Eu quis desviar os olhos, mas estava determinada a não fazê-lo. – Caso contrário teria resistido e fingido não sentir nada! Ou teria pedido para se afastar do caso! Você é fraca, Mahara Carter!

Humilhação. Era o que tudo se resumia. Eu sendo humilhada pela Major.

– Posso provar que eu não sou. Você está terrivelmente enganada sobre mim, Major.

– Você não poderá me provar nada por enquanto, Carter. Você será afastada do caso de Evans, e esperará uma decisão dos superiores. Você me entendeu bem? Afastada do caso de Evans. Afastada DO Evans. Seu namoro terá que ter um fim.

Fiquei sem reação. Apenas encarava, estupefata, Major Walker. Eu sabia que isso poderia acontecer, mas eu, no fundo, não esperava que acontecesse. Apenas pisquei, enquanto tentava falar alguma coisa. No fim, tudo o que saiu foi:

– Entendido, senhora. – Minha voz estava trêmula. Major Walker assentiu em concordância, séria.

– Deixe seu distintivo. Você não poderá mais atuar em nenhum caso até segunda ordem.

Assenti séria, e tirei o distintivo da bolsa e o joguei em cima da mesa. Exatamente acima das fotos. Virei-me, indo em direção a saída da sala.

– Eu ficarei de olho em você, Mahara. Mais um pequeno erro, e eu não poderei mais interceder por você aqui dentro. – Ela me olhou profundamente nos olhos. Depois de toda aquela humilhação, ela voltara a me chamar pelo nome, com aquele tom quase que carinhoso de antes, mas ainda profundamente decepcionado.

Saí da sala e senti que precisava extravasar tudo o que eu estava sentindo. Fui praticamente correndo para a academia, aproveitando que vestia roupas confortáveis e elásticas, peguei apenas o par de luvas de boxe e fui até o saco de pancadas vago mais próximo e comecei a socá-lo, sem olhar quem estava ao redor.

Um soco. “Sua idiota”, pensei. Outro soco, agora de esquerda. “Você é realmente fraca, Mahara”. Sequência de direita, esquerda, gancho. “Imbecil, agora vai perder tudo o que conquistou”. Esquerda, direita, esquerda, gancho. “E principalmente, vai perder Dan”. Direita, esquerda, direita, mais rápido. “Não posso perder o único a quem realmente amo”.

Sem perceber, lágrimas vieram aos meus olhos e escorriam pela minha face, enquanto eu socava initerruptamente o saco de pancadas vermelho. Quem teria me entregado? Com certeza, seria o traidor a mando de Ian Hawking. Sabia que se eu me afastasse de Dan, poderia ser um pouco mais fácil para ele. Sabia que eu não tentaria mais nada.

E é aí que ele se engana. Posso estar afastada, mas continuo sendo Mahara Carter.

E Mahara Carter nunca desiste.

Direita, esquerda, direita, gancho. Fraco demais. Eu já estava exaurida. Segurei o saco de pancadas e apoiei minha testa nele, tentando parar de chorar. Não poderia mais demonstrar minha fraqueza. Eu devia parar de chorar.

– Você está bem? – Ouvi uma voz me perguntar ao meu lado. Levantei a cabeça e vi Collins me olhando preocupado.

– Estou. – Respondi ríspida. Talvez ríspida demais. Eu não me importo. Não estou em condições de ser gentil e amigável com todo mundo.

– Não, você não está.

– Se sabia, porque perguntou? – Olhei-o furiosa.

– Calma, Mahara. Não desconte sua raiva em mim. Eu estava apenas sendo amigo.

– Me desculpe. Não estou em boas condições agora.

– Quer conversar? Pago um frapuccino de doce de leite gelado para você.

– Não, Frank, obrigada. Não quero conversar.

– Tudo bem. Se precisar de mim, sabe onde me encontrar.

Ele sorriu amigável para mim e saiu. Frank conseguia ficar bonito mesmo naquela roupa de academia, todo suado. Por que razão eu não me apaixonei por ele? Por que razão eu não saíra com ele outro dia? Por que o deixei de lado?

A resposta é simples, tem um nome, endereço e telefone. Dan Evans.

Senti meu celular vibrar em meu bolso, e o peguei. Olhei o relógio, e constatei que estava há quase uma hora e meia na academia. Haviam dezessete mensagens de Dan. Não abri nenhuma. Coloquei o celular no bolso e voltei minha concentração raivosa para o saco de pancadas.

Dan Evans POV

Há duas horas e meia Mahara não me dá um sinal de vida. Ela entrou no escritório de Major Walker, que aparentava estar furiosa, e não retornou mais. Se houvesse partido em uma missão de emergência, ela teria me dado um aviso. Ela teria dado um jeito de me avisar que demoraria a retornar. Mas não avisou.

Abri a porta e encontrei o agente Collins no corredor. Chamei-o.

– Você viu Mahara? – Perguntei a ele.

– Sim, ela estava lá na academia. Por que, Evans?

– Nada não. Onde fica essa academia?

– Você não tem permissão para ir lá, Evans, desculpe. Você vai ter que esperá-la aparecer. Se eu a ver, aviso que você está procurando por ela.

– Tudo bem, obrigado.

Collins sorriu para mim e saiu andando. Voltei para o meu quarto, ou gaiola, e liguei a televisão. Tentei me distrair, mas continuava preocupado com Mahara. Um tempo depois, aproximadamente meia hora, alguém bateu na porta e após eu dizer “entra!” Mahara entrou. Seu semblante estava arrasado. Triste. Meu coração doeu ao vê-la dessa forma.

– O que houve, Mahara?

– Descobriram que estamos juntos. Estou afastada do caso.

Fiquei em silêncio por um minuto, absorvendo a informação.

– Isso é... Terrível. Mas pelo menos poderemos ficar juntos em público, não?

– Você não entendeu, Dan. Eu fui afastada do caso. Consequentemente, de você.

– O que você quer dizer?

– Que estou terminando com você.



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Notas finais do capítulo

AMORES! Eu sou moderadora de um FC, agora, cujo twitter é @NossosGarotos1D e o tumblr é http://nossosgarotos.tumblr.com ... Sigam? Eu uso mais o twitter, faço Imagines e outros joguinhos e tal.



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