Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 12
Heaven


Notas iniciais do capítulo

Bom dia amores! Tudo bem com vocês? Então, eu resolvi postar hoje, um pouco mais cedo, porque provavelmente amanhã não terei tempo, por causa das provas. E também porque fiquei contente com os reviews que me deixaram, mas, é claro, que mais gente poderia aparecer, afinal, apenas 8 leitores comentando, sendo que vocês já são mais de 40 lindões? Podem aparecer, gente, eu não mordo não! AHAHA Ai, tá, vou parar de mendigar review e deixar vocês lerem esse capítulo porque ele ficou bem legal. Pelo menos, eu gostei...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/240739/chapter/12

Mahara Carter POV

Acordamos cedo e fomos andar na continuação da trilha, que andava ao lado do paredão de pedras até uma colina mais baixa e segura, até o topo do paredão. Andávamos em dois em dois, e Andie ia ao meu lado.

– O que aconteceu ontem à noite? – Perguntou ela baixinho, para que apenas eu ouvisse. Dan estava mais a frente, caminhando ao lado de Luke. – Depois que eu fui para a barraca?

– Nada, Andie.

– Pelo jeito que você entrou ontem, algo havia acontecido. Você estava calada, corada e constrangida. Agora me diga, o que houve?

– Nada, Andie! Que coisa! – Exclamei. Ela deu de ombros.

– Tudo bem então. Mas me diga...

– O quê? – Perguntei já meio irritadiça.

– John está solteiro, não está?

– Está. Por quê?

– Por que eu não me importaria em esquentá-lo nestas noites frias que tem dado, dentro da nossa barraca fria...

– Andie! – Repreendi-a, e baixei mais a voz. – Você sabe que não podemos nos relacionar com ninguém que tenha a ver com o trabalho.

– E quem disse que alguém tem que ficar sabendo? Ah, qual é, você acha mesmo que eu não iria reparar nele? Que eu não ia me interessar? E nem você por ninguém? Me poupe, Flor do Campo.

– Não me chama assim.

– Seu nome é este. – Ela riu.

– Não é, não, meu nome é Mahara...

– Que significa Flor do Campo em havaiano. Eu sei, eu sei.

Revirei os olhos e continuamos caminhando colina acima. O caminho era ladeado, de um lado, pelo paredão de pedras, e pelo outro, pelas árvores altas e cheias de folhas bem verdes e flores, que faziam sombra no chão. Os passarinhos cantavam incessantemente, e ás vezes uma borboleta aparecia e cruzava nosso caminho. Eu acreditava que borboletas eram uma espécie de presságio: quando uma branca aparecia, era sinal de paz; quando uma vermelha aparecia, era sinal de amor; e quando uma preta aparecia, era sinal de desgraças a caminho.

Subimos a colina por mais uns quinze minutos, até que chegamos ao topo. Era lindo. Dali, tínhamos vista para a reserva inteira, e bem ao longe, podíamos ver os contornos dos prédios da cidade. A cachoeira caía abaixo de nós, com seu som estrondoso; e ali haviam mais e árvores fazendo sombra nas margens do rio, e nos cantos da pequena “clareira” – pois ali tinha um intervalo de árvores – haviam arbustos floridos. Cansados, nos sentamos abaixo de uma das árvores, na sombra.

Encostei-me ao tronco da árvore e fiquei olhando para o céu, bem parada. Os outros também não falaram nada, só ficaram parados, respirando, tentando recuperar o fôlego. Eu estava distraída, olhando para um bando de aves voando ao longe, quando notei algo tocar minha mão. Olhei para baixo e vi uma borboleta vermelha pousada nas costas de minha mão direita. Lentamente, ergui a mão e trouxe a borboleta até a linha de meus olhos, e sorri.

– Que fofa. – Ouvi Eleanor dizer. Olhei para ela e notei que todos estavam me olhando com a borboleta, que imediatamente levantou voo. Acompanhei-a com o olhar, sorrindo.

– Bati uma foto sua com a borboleta, achei fofa demais a cena. – Disse Dan. Apenas sorri em concordância. Começamos a conversar, e Dan e eu agíamos como se nada tivesse acontecido. Bem, não aconteceu mesmo. Quase aconteceu. Ou era fruto da minha imaginação fértil.

Fizemos um piquenique ali em cima, almoçando feito vegetarianos fazendo dieta, e meia hora após o almoço, resolvemos retornar. Descendo a colina, notei que vinham nuvens escuras em direção onde estávamos.

– Acho que irá chover hoje a noite. – Comentei.

– Não pode chover... Pode estragar com nossos planos! – Disse Perrie.

– Talvez sejam apenas nuvens escuras, mesmo. – Disse Sean.

– Andie, só para garantir, nossa barraca é impermeável, não é?

– Pode ficar tranquila, é sim.

Continuamos caminhando até retornarmos ao acampamento, e resolvemos cair na piscina natural novamente.

– Mahara, você tem duas tatuagens, mas não consegui entender o que elas dizem... O que são? – Perguntou Dan, aproximando-se e sentando-se ao meu lado, acima da pedra submersa.

– Esta aqui – Apontei para minha lateral esquerda, logo abaixo da linha do tecido do biquíni, onde estava escrito “famiglia sono angeli senza ali” – Significa “família são anjos sem asas”.

– Bonito significado.

Sorri, corando levemente. Que raiva de mim, corando fácil com qualquer coisa que Dan me diga! Apontei para a tatuagem na minha lateral direita, também abaixo da linha do tecido do biquíni.

– E esta significa “ao infinito e além” em havaiano nativo.

– São bonitas. Eu gostei. – Disse ele, me olhando sorrindo. – Você nunca disse que tinha tatuagens.

– Você nunca perguntou se eu tinha...

Ele riu e assentiu. Ficamos conversando e brincando na água até escurecer, quando fizemos reacendemos a fogueira e fizemos algo melhor para comermos. O céu estava muito, muito escuro – parecia que a minha previsão do tempo iria se realizar. Mas já que Andie disse que a barraca era impermeável, eu estava tranquila.

Algumas horas depois.

Um trovão ribombou no céu e eu acordei com a chuva molhando nossa barraca inteira, e consequentemente, a gente.

– ANDIE! – Gritei, para ser ouvida através do barulho da chuva e da ventania. – VOCÊ DISSE QUE A BARRACA ERA IMPERMEÁVEL!

– MAS ERA! EU PEGUEI A BARRACA DO MEU IRMÃO ENGANADA!

– DROGA, VOU SAIR DAQUI!

Abri a barraca e saí correndo, sem pensar duas vezes. A barraca mais próxima era a de Dan, e foi para lá que fui, inconscientemente.

– DAN! DAN! ABRE! ACORDA! ABRE! – Gritei desesperada, sacudindo a barraca mais do que o vento a sacudia. Uma luz se acendeu ali dentro e a portinha da barraca foi aberta, e sem pensar me joguei dentro dela, atropelando um Dan que, assustado, caiu, mas rapidamente levantou e fechou a porta antes que a chuva molhasse tudo ali dentro.

– Mahara! O que houve? – Perguntou ele. – Você está encharcada!

– A b-barraca não e-era impermeável coisa alguma. – Eu disse, gaguejando devido ao meu queixo que tremia.

– Meu Deus, você está tremendo de frio... Coloca uma roupa minha para te esquentar... – Ele disse, preocupado, pegando sua mochila e tirando uma camisa azul marinho e uma... Cueca boxer preta de lá de dentro. – Veste.

– Vestir a sua cueca?! – Perguntei incrédula.

– Está limpa, ok? E é melhor do que você ficar com esse seu short curto e ensopado.

Suspirei.

– Tudo bem... Vire-se, não vou me trocar na sua frente.

Ele riu e se virou, ficando de costas para mim. Olhando para ele, tirei minha blusa e coloquei a dele, que tinha seu perfume. Fiz um esforço e uma espécie de contorcionismo e consegui colocar sua cueca e tirar meu short e lingerie molhados. Quando terminei, fiquei olhando para ele. Seus cabelos estavam bagunçados – ele devia estar dormindo; sua nuca de pele clara, com uma pintinha marrom; seus ombros largos... Até de costas ele era bonito.

– Pronta? – Perguntou ele.

– Pronta. – Respondi suavemente. Ele se virou e me olhou. Sorriu.

– Ficou linda com a minha roupa.

Corei absurdamente. Ele riu, constrangido.

– E Andie... Será que ela conseguiu entrar na barraca de alguém...? – Perguntei.

– Pelo “silêncio”, sim. Mas se ela entrou na barraca onde eu acho que entrou, pode ser que esse “silêncio” não dure tanto assim. – Disse Dan, rindo malicioso.

– O que você quer dizer com isso?

– John está afim dela. – Disse ele. – E se ela foi até a barraca dele, ele iria recebê-la bem feliz.

Rimos juntos.

– Acho que mesmo que ela entrasse lá e acontecesse isso, não iríamos ouvir por causa da chuva. – Comentei.

– Tem razão. Por isso eles devem estar aproveitando a situação. Mas não quero saber disso, não!

– Nem eu!

Rimos mais uma vez. Dan se deitou e fez sinal para que eu me deitasse ao seu lado, e foi o que eu fiz. Ele passou o cobertor por cima de nós dois, e apagou a luz. Ainda sim, eu conseguia vê-lo nitidamente.

– Boa noite, Mahara.

– Boa noite, Dan.

Sorrimos um para o outro e ele fechou os olhos, em seguida, fechei os meus. Por um bom tempo, tudo o que eu ouvia era a chuva lá fora, o vento e a respiração de Dan. Eu não conseguia pegar no sono, mas fiquei na mesma posição, sem nada dizer, esperando o sono chegar. Parecia que depois do susto, e de ter parado ali junto de Dan, usando as roupas dele, o meu sono fora completamente embora.

– Tão linda... – Ouvi a voz de Dan dizer, baixinho. Fingi que dormia, e fiquei quieta. Senti sua mão tocar minha bochecha e acariciá-la levemente. – I must be in heaven, cause I'm looking at na angel...

Whose staring back at me, his eyes so heavenly… - Continuei a cantarolar a música, abrindo os olhos e olhando-o. Dan arregalou os olhos, e mesmo com a escuridão, vi que ele corou. Nenhum de nós disse nada, só ficamos nos olhando. Dan foi aproximando nossos rostos devagar, e eu nada fiz contra isso. Parte de mim – grande parte, e assustadora parte – queria que ele se aproximasse mais, e fizesse o que queria fazer.

Fechei meus olhos por antecipação, esperando o toque dos lábios dele. Meu coração devia estar batendo a milhares de batimentos por segundo, tão rápido e tão alto que jurava que ele poderia escutar mesmo com o barulho da chuva – mas nem isso eu conseguia escutar mais.

Os lábios dele encontraram os meus.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que me dizem a respeito?