Unknown I escrita por KahKaulitz


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Amoras, obrigada pelos comentários! *-*
Tenho um recadinho do coração pra vocês: esse capítulo é o penúltimo. Siiim, o próximo será o último e eu estou muuuito triste por causa disso.
Vocês me fizeram rir e ficar bem alegrinha com os comentários em todos os capítulos e é uma pena enorme que a fic tenha que acabar. Por mim, ela duraria pra sempre, mas aí nem vocês aguentariam ler ela KKKKK
Vou agradecer desde já a companhia de vocês durante esses capítulos. Eu espero que tenham gostado da fic até aqui e gostem do final que eu preparei pra vocês.
Então, vamos ao capítulo!



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- LIGOU! AH MEU DEUS, ELE LIGOOOOOOU! – gritei ao ouvir o ronco do motor do meu carro.

- O que aconteceu? – meu pai perguntou assustado aparecendo na garagem.

- Meu carro ligou! – respondi com um sorriso no rosto.

- Claro que ligou. O mecânico veio arrumar ele faz uns dois dias.

Que maravilha. Meu carro funcionando, estacionado na garagem e eu estava indo para o colégio correndo.

- Eu tinha esquecido. – disse meio baixo, esperando que ele não ouvisse.

Em seguida, liguei para Gustav para contar que não iria precisar mais de sua carona. De fato, era bom para nós dois, já que um não dependia do outro para voltar da festa.

O lado bom de ser homem é que eu não tinha muito que me arrumar e nem o dilema “o que vou usar?”. Em menos de vinte minutos, eu já estava completamente pronta e saindo com meu carro até o local da festa.

Não foi difícil encontrar, era uma casa grande com vários carros na frente e pessoas tanto dentro quanto fora dela. Assim que entrei na casa avistei Tom, com um copo na mão e falando algo no ouvido de uma garota. Logo que me viu, largou a garota e veio até mim.

- Deixou a garota ir embora por mim? Eu sabia que no fundo você me amava de verdade. – eu disse segurando o riso.

- Cala a boca, Georg. Ela não está na minha lista das garotas da noite. – ele respondeu depois de socar meu ombro. Ele precisava parar com isso, mesmo que não doesse.

- E cadê o Bill? – o procurei com os olhos. Ele estava constantemente nos meus pensamentos e era horrível fazer de conta que não sentia nada por ele. Por que eu tinha de me apaixonar por ele quando eu estava como garoto? Vida injusta essa a minha.

- Deve estar por aí enchendo a cara com o Gustav. Falando nisso, vamos pegar um copo pra você. – Tom disse rindo.

Seguimos até onde parecia ser a sala da casa, e onde se encontrava todas as bebidas. Antes que eu pudesse pegar meu copo de vodka, Tom me cutucou apontando para o outro lado da sala. Ashley estava cercada por um garoto.

- Vai lá, Georg! Bota ordem na bagaça! – Tom falou me empurrando.

Eu teria de fazer algo. Bebi um gole de vodka e fui até lá. Pude perceber um certo alívio no rosto de Ashley ao me ver ali. Ainda não conseguia acreditar que ela tinha um coração. E mais, que batia por mim.

- Tá tudo bem por aqui, Ash? – falei, abrançando-a pela cintura e olhando para o cara em sua frente. Ele fez uma careta para mim e saiu sem falar mais nada. E mais atrás, vi Tom comemorar, me fazendo rir.

- Você veio me salvar. – ela disse rindo e me beijou.

- Claro, o único que pode te corromper aqui sou eu. – Deus, como era difícil parecer um homem. Eu não tinha ideia do que falar, chegando ao ponto de desejar estar a beijando para não precisar falar.

- Ge, eu não posso ficar muito tempo na festa. – ela falou passando os dedos pelo meu rosto e eu fiz o mesmo.

- Por que não, Ash?

- Tive uns problemas em casa. Só vim pra ficar com você mesmo - nossa, que amor -, mas tenho de estar em casa às 22 horas.

- Te deixo em casa às 22 horas então.

Ficamos um bom tempo ali, conversando e nos beijando. E, de tanto fingir que também estava apaixonada por ela, até que acabei ficando bom nisso. Às vezes, procurava o Bill com os olhos, claro, mas era difícil encontrá-lo no meio de tanta gente.

- Podemos ir para o seu carro? – ela perguntou ofegante, cortando um beijo. Estava deixando uma garota ofegante, ou seja, estava fazendo bem o meu papel.

Fiquei meio tensa com esse pedido. E se ela quisesse algo a mais dentro do meu carro? Como bom macho que eu era, não deveria impedir, mas por dentro eu era uma garota, não sabia parte prática nenhuma.

Fomos seguindo até a porta e, nesse caminho, vi Bill aos beijos com uma garota. Uma parte de mim queria chorar, outra parte desejava ir lá e acabar com esse beijo idiota. Definitivamente, era meu lado feminino gritando e mostrando todo o seu poder sobre mim, e antes que cometesse uma loucura, puxei Ashley para fora da casa.

Nós entramos no carro e voltamos a nos beijar. Parte da minha raiva eu passava para Ashley nos beijos, que ficaram muito mais intensos. Sabia que a culpa não era do Bill por eu estar sentindo isso, afinal, eu era só o Georg para ele e para todos. Mas não tinha como me controlar, e quem estava sentindo essa mudança era a loira dentro do meu carro, que parecia não se incomodar muito com isso.

- Melhor a gente parar por aqui. – ela se afastou de mim muito ofegante, e foi quando percebi que minha mão estava apertando sua coxa.

- Desculpa. – eu disse, envergonhada.

- Tudo bem. – ela sorriu. – Georg, você pode me levar pra casa?

- Claro. – dei um selinho nela.

Por sorte, eu lembrava onde ela morava, o que facilitou e muito a minha vida de motorista nada experiente. Quando parei na frente da sua casa, ela me beijou novamente, um beijo mais longo.

- Adorei a minha noite com você. Nos vemos amanhã. – ela sorriu e saiu do carro.

Pensei em voltar para a festa, afinal eram só 22 horas, tinha muito tempo ainda. Mas só conseguia pensar no Bill, que à uma hora dessas, devia estar em qualquer canto junto com aquela garota, e vê-los com certeza não seria uma boa ideia. Além de tudo, me sentia cansada. Para a minha surpresa, ser homem era tão cansativo quanto ser mulher.

Assim que cheguei em casa, fui para o meu quarto. Não tinha ânimo para nada. O amor era uma droga mesmo, pois nem no corpo de um cara as coisas melhoravam. Na verdade, pareciam até piorar.

Joguei-me de cara no travesseiro e começei a lembrar do tempo que passei com Bill nos últimos dois dias. Não conseguia me conformar.

Como não havia reparado naquele sorriso lindo antes? E naquele olhar tão profundo? Eu tinha sido uma negação como mulher mesmo; Não reparar em homens bonitos como o Bill? Merecia ficar como homem para sempre!

Se bem que ficar como homem não era nenhum castigo. Sorri, lembrando-me de como me sentia mais livre do que quando mulher. Além é claro, de vantagens, como por exemplo: sem cólicas, sem problemas de mulher pra resolver, sem mãe enchendo o saco por eu ser estranha... Algumas coisas eram muito mais fáceis para os homens. Escolher seria um problema.

Depois de fazer um balanceamento das vantagens e desvantagens, achei que estava pronta para fazer minha escolha. De qualquer forma, nem iria lembrar das últimas 48 horas para poder ficar arrependida da escolha feita.

- Eu já decidi quem eu quero ser. – falei para o meu reflexo no espelho, assim como mandava o bilhete de instrução. Por mais que tivesse ficado em dúvida, não poderia retardar mais a minha escolha. Era agora ou nunca.


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Notas finais do capítulo

Quero muito saber a opinião de vocês, comentem, por favor! *-*
Ah, não esqueçam de fazer suas apostas! Ela escolheu voltar a ser mulher ou continuar como homem?
E nos vemos no sábado, com o último capítulo. Beeijo grande ;*