HIATOS-A Assassina Em Mim escrita por Elisabeth


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Olá! Quanto tempo...
Por motivos de desmotivação e problemas pessoais, desapareci. Aconteceu uma serie de coisas comigo nesses últimos meses. Me desmotivei. Entrei numa depressão horrivel. Já não tinha mais tezão, criatividade e, novamente, motivação para voltar a escrever. Mas hoje, hoje tive uma conversa em grupo sobre as minhas metas, o que quero para mim e o que quero é ser escritora. Não posso deixar de escrever, é minha paixão, então estou de volta e com muitas ideias. Enfim, espero que gostem, é pequeno porem ficarão com uma pulga atras da orelha... Perdão pelo meu desaparecimento. Enjoy ;)



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— Nossa, e o que você fez depois de mata-lo?

— Acho que por hoje chega. Já está muito tarde e você tem de dormir, acorda cedo amanhã.

Choramingou.

— Boa noite, Fran.

— Boa noite.

A cobri, dei-lhe um beijo estalado na testa, logo desliguei o abajur. Estava quase fechando a porta quando ela me chamou:

— Amanda...

— Sim, Fran?

Hesitou um pouco.

— Sente vontade de voltar a – fez uma breve pausa – Você sabe... Tem?

Seu olhos de repente ficaram estalados e ansiosos, vi neles uma curiosidade que não gostei nem um pouco. Era a mesma que eu senti na primeira vez que cogitei a possibilidade de matar alguém...

Lembro com nitidez desse dia. Estava brincando na garagem de minha casa com as ferramentas de meu pai (sempre fui fascinada por ferramentas, minha preferida era a chave Philips). Tudo corria bem, eu estava tranquila brincando de consertar coisas quando passaram uns meninos zombando de mim, chamando-me de “machinho” e outros insultos. De início não dei importância, meninos são tão imaturos e bobos principalmente aos 12 anos de idade. Mas minha paciência chegou ao limite. Nunca havia sentido tal sentimento obscuro. De repente minha audição sustou, não ouvia nada. Minha visão embaralhou-se, estava zonza. Não encontro palavras para descrever a situação emocional que me encontrava; minha mente estava um caos.

Após esse episódio hediondo que pareceu durar horas, mas foram apenas uns segundos, me vi em cima de um dos garotos tentando com todas as minhas forças perfura-lo com a chave de fenda. Só não o fiz pois os outros garotos seguravam-me.

Quando conseguiram fazer com que eu me afastasse puseram-se a correr em direção à floresta que tinha no bairro.

Covardes.

A minha fúria era tanta, meu desejo de sangue era tão grande que não aguentei, não pude me controlar. Alguma forma me impeliu sem eu me dar conta a fazer o que fiz. Fui até os fundos do meu pátio, junto da minha chave de fenda, a procura do meu cachorro que acabara de ganhar de meu pai. Era um Akita filhote. Ele era muito agitada, foi um pouco difícil fazer com que parasse de pular sobre mim e puxar meus cabelos com os dentes. Por fim, consegui segura-lo com uma força descomunal que o fez choramingar.

Primeiro o acariciei, sem vontade, mas era necessário para que ele não tivesse nenhuma reação alarmante e para que parasse de chorar. Quando finalmente adormeceu, apanhei minha arma e desferi, pelo que pude contar, oito apunhaladas em seu peito peludo e macio.

Fiquei por um tempo admirando – não, não usei a palavra errada. Eu estava realmente admirando a cena, o que eu tinha feito –, olhei minhas mãos banhadas em sangue. Tão vermelho e vívido. Era como se eu tivesse em mãos o sentido da vida. Da minha vida.

Com muito cuidado e discrição coloquei o cão em um saco preto e o arrastei mata adentro. Seu corpo putrefato envolta de borboletas, pois as mesmas se alimentam de carne apodrecida. Parecia uma pintura, como A Morte de Marat (1793).

 

[...]

— Amanda?! – gritou Fran tirando-me de meu devaneio.

— Todos os dias, Fran... Todo dia.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Espero que sim! Por favor, deixem seu comentário. Criticas são e sempre serão bem-vindas. Até a próxima, logo em breve!
#BeijosComSaazon ;*



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