HIATOS-A Assassina Em Mim escrita por Elisabeth


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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Miami. Cafeteria Mom’s, 10h46min. -

- Tudo bem, Amanda, vamos mudar de assunto.

- Você que começou.

- Pois estou terminando.

Cerrei meus olhos, mas não deu importância.

- Os senhores desejam alguma coisa? – pergunta o garçom.

- Um cappuccino, por favor. E, para moça...

- Um café com leite e mel. – pedi.

- Algo para comer?

- Não, obrigada.

- Também não quero nada, obrigado.

- 5 minutos. – informou o garçom, logo pôs a nota em mesa.

...

- O que pretendes fazer agora que cumpriu seus dias?

- Ainda não sei direito, estou meio aérea pelo fato de estar livre. Meu primeiro passo será encontrar um lugar para morar, mas de resto não tenho a mínima ideia. Vou descansar minha cabeça, ficar sozinha comigo mesma...

- Entendo... Espero vê-la novamente, que não se esconda do mundo mais uma vez.

Sorri.

- Você não mudou nada, não é mesmo? – soou mais como uma afirmativa.

Pousou sua mão na minha.

- Não, não mudei.

Retirei minha mão.

- Mas eu sim. – fez uma expressão de tristeza – Tenho de ir, até um dia.

-Mas... – suspirou pesado – Adeus, Amanda.

- Adeus, Dennis.

...

Amanda, eu sei que está com raiva de mim e que não quer me ver e que provavelmente deseja minha morte, mas ficar sem saber uma noticia sobre você está me deixando louco. Quero te ver, me explicar ou talvez tentar-te convencer de que a morte de Dylan não foi minha culpa, ou que pelo menos eu não provoquei de proposito. Ele te amava, acho que foi o primeiro amor dele e o mais profundo meu... Quero te ver, te tocar mesmo que seja enquanto me tira a vida. Se for para te ver uma ultima vez e morrer, que seja por meio de suas mãos minha estrada ao inferno. Amo-te, Amanda e sofro todos os dias por esse sentimento não ser correspondido e por estar se tornando algo fatal a minha existência. Venha ao meu encontro, venha acabar comigo de vez, só assim a verei, só assim morrerei feliz.

Den.

Essa foi a carta que Den deixou na recepção do reformatório para ser entregue a mim assim que eu saísse. Eu não ia ler, mas uma força maior fez com que eu fizesse.

- Que tocante – falei irônica. – Pena que farei de tudo para que você morra sem sentir nem mesmo o meu perfume, otário. Tirou minha única chance de ser feliz e deixar de ser isso, ou pelo menos tentar. Sinto que quem matou Dylan foi eu, parece que as mãos sujas são as minhas. Não aguento mais isso.

Amassei a carta e joguei no lixo.

Den

- Há dias que Amanda está livre. Será que ela leu minha carta, e se leu, será que me perdoou? Vocês se amavam e eu estraguei tudo – sentei ao lado de sua lapide. Meu irmão, meu amigo... Sinto tanto a sua falta, da sua risada... Do seu abraço. Espero que, independente de onde estiver, esteja feliz e em paz. Perdão, irmão.

Autora

Den se afastava do tumulo do irmão de cabeça baixa, chorando. O corpo de Dylan estava enterrado em lugar distante e de paisagem rica como ele gostava. Num alto de um morro. Era tudo verde, o sol banhava todo o espaço e a noite a lua fazia o mesmo. Den, já longe do tumulo do irmão, tropeçou em uma pedra, mas não caiu. Sentou-se embaixo de uma arvore e ali adormeceu...

Ao acordar, zonzo, via tudo destorcido e de cabeça para baixo, como se estivesse pendurado.

De fato, ele estava pendurado.

- Mas o que...?

- O que está acontecendo?

- Amanda?! – perguntou atônico, Den. – Graças a Deus, pensei que nunca mais a veria. Onde está? Quero lhe ver, apareça! Amanda, eu sinto tanto sua falta, te amo...

De repente Den sentiu uma dor inexplicável, como se estivesse sendo rasgado. Começou a berrar, logo cuspia sangue pela boca.

-Antes que acabe comigo – cuspiu sangue mais uma vez-, por favor, deixe-me vê-la. Não seja tão cruel, deixe-me vê-la! – suplicou chorando, mas Amanda não atendeu a sua suplica. Continuou a abri-lo com sua serra.

Den estava pendurado, suas pernas estavam amarradas uma em cada galho, deixando suas pernas abertas por onde Amanda o serrava. O motivo pelo qual Amanda o deixou pendurado é bem simples, uma técnica usada antigamente: com o sangue descendo todo para o cérebro, a vitima não desmaia enquanto sofre as dores extremas, como é normal no corpo humano. Ao invés disso, a pessoa só entra em óbito quando a serra atravessa o abdômen onde Amanda parou para observar Den, esperando que ele terminasse sua agonia que poderia durar por horas.

Den berrava, chorava e implorava por vê-la.

- Amanda, por favor, me deixe ter uma morte digna. Deixe-me vê-la! AMANDA! AMANDA! A. man... – Den partiu sem ter seu pedido atendido.

Ela se aproximou, olhou em seus olhos e os fechou. – Descanse em paz.


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Notas finais do capítulo

Por favor, gente, deixem reviews! Estou pensando seriamente em desistir da fic, não é drama é o que eu realmente estou sentindo.
Boa semana para vocês, beijos.



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