Datherine Forever escrita por Martina Santarosa


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Bem, mais um capitulo! Esse ficou curto, mas prometo compensar nos próximos!
Ah, eu esqueci de agradecer no capítulo anterior a minha amiga Mariana Elisa, que me deu a ideia das flores e tudo mais! Valeu best!
e também antes de começar queria fazer uma propaganda da minha nova fic, que eu estou escrevendo com uma amiga minha. Eu tenho certeza que ela é diferente de tudo que vocês já leram em relação ao Damon e tudo mais, mas deem uma chance que tenho certeza que vocês vão gostar!
https://fanfiction.com.br/historia/256300/..._E_O_Vento_O_Levou/
Obrigada desde já a todos que leem a minha fic e aqueles que vão ler "... E O Vento O Levou" (espero que alguem leia!)
XOXO



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Os cravos já haviam morrido. Engraçados usarem flores tão frágeis para representar o amor. Penso nas rosas e nas tulipas, que também representam o amor. Todas frágeis.

Olho meu reflexo no espelho. Sem graça. Meu cabelo ainda molhado cai pelas minhas costas, e não penso em seca-lo. Sei que vai ficar ondulado, mal definido e possivelmente armado, mas isso não me incomoda. Normalmente não usaria esse vestido claro e solto, um tanto infantil, mas hoje mal noto que ele não me cai bem. Sem adereços, sem maquiagem, sem expressão. Apenas o colar de lápis lazulis trás alguma cor ao meu semblante opaco.

Saio da frente do espelho, pouco interessada em minha aparência. Passo pela bela orquídea em meu criado mudo, sem fita-la. Fiquei feliz por Klaus já ter ido embora quando acordei, mas se ele estivesse aqui não teria feito grande diferença.

Me sinto um pouco melhor agora, o banho ajudou a diminuir as dores em meu corpo. Abro meu frigobar e sinto que deveria me alimentar, mas não tenho vontade de sangue. Penso em chocolate. Já faz algum tempo que não como comida de verdade. Talvez passe na cozinha mais tarde, isto é, se tiver uma cozinha e eu conseguir acha-la. Pego uma mochila e coloco todas as bolsas de sangue que tenho, o que claramente não é o suficiente para preenche-la, mas as três bolsas de sangue que levo comigo devem ser o suficiente.

Saio pelo corredor descalça, de mochila nas costas e a passos lentos. Não sei bem por que vou continuar com isso, só penso que é o certo. Depois de tudo que já fiz a ele esse é o mínimo que o lhe devo. Talvez ele possa até passar a me odiar menos. Sorrio com a ideia, sabendo que isso já seria muito bom.

Alcanço a porta da cela rápido de mais. Respiro fundo e entro, deixando a porta bater atrás de mim. Percebo que hoje estou descuidada, mas sei que não haverá represálias, não após o estranho incidente de ontem.

Damon me olha um pouco surpreso. Ele realmente achou que eu não voltaria. Deixo a bolsa ao seu lado e me sento no canto oposto da pequena cela, sem dizer nada. Ele apenas bebe o sangue muito rápido, com voracidade e necessidade. Sei que não precisava esperar aqui, mas ver ele me faz bem. Mesmo sabendo que ele pouco se importa comigo, não posso evitar de ficar feliz ao ver que ele está bem. Me encolho, abraçando meus joelhos e escondendo o pequeno sorriso que insiste em dançar volte e meia por meus lábios.

Ele termina e ali permanecemos, em silencio, sem nos fitar, eu encolhida em meu canto e ele lentamente se curando. Olho para ele por mais um instante e me levanto, sabendo que não adianta em nada prolongar esse silêncio constrangedor. Pego minha bolsa, mas quando me viro para ir embora Damon me detém, segurando meu pulso de leve. Sinto uma corrente elétrica subir por meu braço e correr até meu coração, que continuar a martelar em meu peito mesmo após ele me soltar, alguns instantes depois. Me volto para ele e o vejo suspirar.

– Por que está fazendo isso?

Sento ao seu lado, contente ao ouvir sua voz e ver que o tom ríspido com o qual tinha me tratado ontem havia desaparecido.

– Não sei – dou de ombro com naturalidade. – Acho que fiquei com vontade – ele me olha com ironia e sorrio. – Olha, nós dois estamos presos aqui, apenas não estou em uma cela.

Ele obviamente não acredita em mim, sei que não vai acreditar, não na verdade pelo menos. Mas a implicância dele não facilita em nada o meu plano, ou bem, o meu futuro plano. Por isso penso na melhor maneira de fazer ele acreditar que não estou sendo falsa e o encaro totalmente seria.

– Não sei o que está acontecendo, não sei onde estamos ou por que, mas preciso sair daqui, e se não conseguir sozinha preciso de algum apoio. Então, por que não fazemos assim: eu continuo te trazendo sangue e você fica me devendo?

Ele hesita, claramente pensando em tudo que eu disse. Noto como fui fria, calculista e não tentei me aproximar dele. O muro está se refazendo. Ótimo. Ele não me responde, apenas revira os olhos, assentindo.

– Bem melhor assim – sorrio. – Eles te torturaram? – Tento manter a minha voz estável, mas a última palavra sai em um tom agudo. Sentimentos idiotas!

– Já faz uns três dias que não vem ninguém – ele da de ombro, mas vejo um brilho sombrio em seu olhar, e mais uma vez tenho vontade de abraça-lo.

– Perguntaram alguma coisa?

– Não.

Suspiro, irritada por não entender o que está acontecendo e me sentindo mal por vê-lo nessa situação. Me levanto, sabendo que não é seguro ficar tanto tempo perto de Damon no estado quebradiço em que se encontram os meus sentimentos.

Caminho até a porta sem hesitar, certa de que minha paixonite me deixa patética e sei que tenho que acabar com isso. Não sou mais aquela menina boba e fraca.

– Katherine – meu corpo congela, minha mão na maçaneta, pronta para fechar a porta atrás de mim. A voz dele é suave, ecoando em meus ouvidos, fazendo minha alma dançar.

Me viro com a expressão neutra e pálida, mas continuo apoiada a porta, prevenindo a minha possível queda , pois meus joelhos estão fracos.

                Ele me lança um sorriso fraco e sincero.

                – Obrigado.


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