Grupo 8: Aiko Fullbuster, Marry Dangerous, Yui Takahashi Ammy Knightwalker.

 - Eles já foram?

 A noite já caía, e os Gorians que habitavam a floresta pareciam parar de vigiá-la para poderem descansar. Ou seja, era o momento perfeito para as quatro garotas saíram de seus esconderijos.

 Após lutarem contra infinitos Gorians e ganharem ferimentos em várias partes do corpo – além do cansaço, fome e sede – elas optaram por ficarem escondidas. Não tinham mais forças para se mover... E ajudaria muito se soubessem para onde ir.

 - Não acredito que o mestre fez isso com a gente – resmungou Ammy, descendo do alto de uma árvore.

 - Não acredito que ele fez isso comigo – reclamou Aiko, enquanto saía de um buraco encontrado no espaço entre algumas rochas. – Sou a única de uma guilda diferente aqui!

 - Aiko-chan... – Yui já descia da árvore ao lado da de Ammy. – Podia falar que estava se sentindo excluída. Tentaríamos deixá-la mais confortável. Certo, meninas?

 - Deixo isso para você – disse Marry, ainda sentada em seu buraco cavado atrás de uma grande árvore.

 Aiko suspirou, nervosa.

 - Agradeço, Yui.

 Yui sorriu, arrancando um sorriso da maga da Eletro Magic.

 Então foi ouvido um barulho estrondoso.

 Todas ficaram em alerta, olhando para todos os lados à procura da origem daquele barulho. Estavam fracas e com os corpos implorando por comida, água e uma cama macia. Se tivessem de lutar contra mais um Gorian...

 - Relaxem – disse Ammy. – Foi só meu estômago.

 Furiosa por ter ficado tensa à toa, Aiko caminhou até Ammy com passos pesados.

 - MAS QUE DROGA DE ESTÔMAGO É ESSE?!?! – Gritou. - UM VULCAN É MAIS SILENCIOSO QUE ISSO!! QUER QUE OS GORIANS VENHAM ATÉ AQUI E NOS MATEM?!?!

 - EU NÃO POSSO CONTROLAR! É AUTOMÁTICO, IDIOTA! – Gritou de volta a Dragon Slayer. – E se eles vierem de novo é só acabarmos com eles. Não é isso o que estamos fazendo desde o começo?

 - Estamos fracas demais pra isso. Não podemos ficar fazendo barulho.

 - Tarde demais – disse Marry.

 As duas pareceram finalmente perceber que haviam gritado e começaram a olhar ao redor. Vários Gorians as cercavam, prontos para atacá-las de uma só vez. Estavam fritas.

 Então, algo derrubou um deles: um rugido potente de veneno, que as garotas da Fairy Tail sabiam exatamente de quem vinha.

 Marry logo olhou para Ammy, que também não parecia saber como ele as encontrara, depois de ter sumido por tanto tempo. A guilda inteira pensava que ele havia sido pego pelo Conselho...

 Todos. Com exceção de Ammy.

 A Dragon Slayer do Ar sabia que ele não se entregaria assim. Ou melhor, esperava que não. Ainda queria uma lutar contra ele, como combinaram 3 anos antes. Portanto, tudo o que pôde fazer ao ver seu golpe foi sorrir. Caramba, ela pensou, está bem atrasado, cobrinha.

 - Mas quem... – Estranhou Aiko.

 - Dante – respondeu logo Ammy, com um sorriso tímido no rosto. – Dante Busujima.

 - O Dragon Slayer do Veneno – acrescentou Yui.

 - Hã... Ele deve ser mesmo impressionante – disse Aiko.

 - Mais ou menos – disse Marry. – Mas o importante é que ele está aqui, e que nós não vamos morrer.

 Dante logo pulou na direção delas, parando a frente de Aiko. A Fullbuster gritou de susto.

 - Vocês vão ficar conversando ou vão me ajudar?

 Ammy lhe deu um soquinho no braço.

 - Vamos fazer isso rápido.

 - É bom te ver também. – Então Dante envolveu os braços com veneno. – Pronta?

 Ela assentiu. Envolveu os braços com ar e ambos pularam juntos na direção de dois Gorians. Giraram e lançaram o ar e o veneno ao mesmo tempo. Os elementos se juntaram, criando um grande tornado arrasador. Então, gritaram juntos:

 - Dokuryuu no Tornado!!

 Os alvos foram derrotados, enquanto o restante fugia.

 - Está novinha em folha – disse Dante. – Pensei que estivesse enferrujada...

 No momento em que se virou para Ammy, recebeu um soco no rosto.

 - Ei!

 - Por onde você andou?! – Indagou ela. – Fiquei... Ficamos preocupados! E se tivesse sido preso? Sabe que não pode ficar andando por aí sozinho.

 - Tinha uma coisa para resolver. Mas voltei para te ajudar.

 Ammy ficou sem saber o que dizer por um momento, então virou o rosto.

 - Obrigada – sussurrou.

 - É sempre um prazer. – Dante finalmente notou Aiko. – Quem é essa?

 - Aiko Fullbuster – apresentou-se. – Da Eletro Magic. Você e a Ammy...

 - Não! – Respondeu a garota de imediato. – Não temos nada.

 Entretanto, as expressões de Yui e Marry diziam o contrário.

 - Podem descansar. Eu fico de vigia.

 As garotas dormiram como pedra. Estavam tão cansadas que o que mais queriam mesmo era dormir sem ter que se preocupar com um ataque no meio da noite.

 Dante sentado, encostado a uma árvore. O cansaço começava a lhe atingir depois de algumas horas vigiando, mas ele não podia simplesmente dormir e deixá-las à própria sorte. Então, no meio da madrugada, Ammy acordou e sentou-se na mesma árvore, de costas para Dante.

 - Devia estar dormindo – ele disse.

 - Você também. A propósito... Desculpe pelo soco.

 Dante virou-se, surpreso.

 - Não precisa se desculpar. – Desconfortável com o silêncio da amiga, completou: - Não foi tão forte assim.

 - Eu te mato com um soco – brincou Ammy. – Quer apostar?

 - Ainda temos uma luta, lembra? Se você vencer, eu morro. Se eu vencer... Você me dá um beijo.

 Ammy corou dos pés a cabeça.

 - Só brincando – riu o rapaz.

 - Cadê o senhor anti-social que eu conheço?

 - Admita que é melhor assim.

 O silêncio se fez novamente.

 - Então... Que tipo de missão é essa?

 - Não explicaram direito. Nem nos deram um destino.

 - Quer dizer que o Mestre apenas deixou vocês numa floresta cheia de Gorians? – Surpreendeu-se Dante.

 - Exato.

 - Deixe de ser teimosa e vá dormir – pediu o rapaz.

 Ammy hesitou, mas o sono venceu.

 - Me acorde se precisar de ajuda.

 Dante sorriu, enquanto Ammy fechava lentamente os olhos para dormir. Ele esperou um pouco e foi até ela, apenas para deitá-la na grama.

 Naquela noite, Aiko teve um pesadelo. Sonhou que era novamente uma criança feliz, que morava com o avô. Estava indo para casa, correndo animadamente. Mas quando chegou lá... Seu avô, Gray Fullbuster, estava morto. O corpo estava caído no chão e envolto por uma poça de sangue. A casa inteira estava suja do mesmo líquido. Aiko aproximou-se e virou o corpo. A marca da Fairy Tail em seu peito estava desaparecendo aos poucos. De repente, sua boca começou a se mover, mas a voz que saiu dela não era sua.

 - Fairy Tail... Vingue-me... Assassino... Da Fairy Tail...

 - Ojii-chan...

 - Vingue-me...

 Na realidade, os membros do grupo tentavam acordá-la, notando que Aiko suava e tremia enquanto dormia. A sacudiam e gritavam por seu nome. Então ela finalmente acordou. Direcionou os olhos negros agora opacos para os três e sussurrou, com uma voz cruel:

 - Fairy Tail... Vingança...

 Ninguém entendeu nada.

 - É só um pesadelo, Aiko – Yui tentou acalmá-la.

 - Vingar... Ojii-chan...

 Então, o chão inteiro foi congelado, e quatro paredes de gelo prenderam os cinco. Aiko sacou uma adaga da cintura e apontou para os outros quatro.