Romeu e Julieta escrita por Yuna Aikawa


Capítulo 5
Ato I


Notas iniciais do capítulo

Cena III



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O cenário agora mudara, era um quarto, na casa de Capuleto. Entram TenTen e Temari. Na cochia, Sasuke massageia os ombros de Hinata, que está muito nervosa. "Calma, tudo vai dar certo", sorriu o garoto. Mais uma vez, parecia ter surtido o efeito em Hinata que aguardava sua deixa.

     TenTen — Ama, onde está Julieta? Vai chamá-la
     Temari — Por minha virgindade quando eu tinha doze anos: já a chamei! Minha ovelhinha, vem cá, meu coração! Deus me perdoe, mas onde está a menina? Oh, Julieta!
    
 Hinata entra, devagar, lembrando do doce sorriso que recebera a pouco tempo, respira fundo e olha para as colegas.

     Hinata — Que é que houve? Quem me chama?
     Temari — Vossa mãe.
     Hinata — Senhora, aqui estou eu. O que deseja?
     TenTen — Ama, deixa-nos sozinhas por algum tempo. Tenho de falar com Julieta em particular. Não, ama: volta! Lembrei-me agora que é preciso que ouças nossa conversa, pois há muito tempo conheces minha filha.
     Temari — "Should I stay or should I go?"... Desculpe, é certo, posso dizer que idade tem, hora por hora.
     TenTen — Tem quatorze anos incompletos.
     Temari — Jogo quatorze de meus dentes... Muito embora, para minha aflição, só tenha quatro. Para um de agosto quanto falta ainda?
     TenTen — Uma quinzena e pouco.
     Temari — Pouco ou muito, não importa. O que é certo é que no dia um de agosto completa quatorze anos. Ela e Susana têm a mesma idade. Bem; Susana está com Deus. Mas, como disse: na noite de primeiro ela completa quatorze anos. É certo: quatorze anos. Repetindo: qua-tor-ze. Lembro-me bem. Há onze anos atrás foi quando meu falecido marido a achou, depois daquele terremot.. Tremor de terra, levantou a menina. "Sim", disse ele, "caís agora de frente? Pois de costas cairás, quando tiveres mais espírito. Não é, Julu?". Juro que ainda mesmo que mil anos eu viva, jamais hei de me esquecer do episódio. Perguntou-lhe: "Não é, Julu?" E aquela pirralhinha parando de chorar, respondeu: "Sim"... Ela tinha apenas três ano.
     TenTen — Sobre isso, basta. Fica quieta, peço-te.
     Temari — Pois não, senhora; mas não me é possível deixar de rir, ao recordar como ela interrompeu o choro e disse "Sim". No entretanto, crescera-lhe na testa, jurar posso. um calombo grande como testículo de gado. Que pancada! E ela chorava amargamente. "É certo", disse-lhe meu marido; "cais de frente, não é assim? Mas vais cair de costas, quando fores maior. Não é, Julu?" E ela, já sem chorar, respondeu: "Sim".
     Hinata — Então pára também, ama; é o que peço. Sinto-me envergonhada de relembrar desse acontecimento.
     Temari — Bem, já acabei. Que Deus te tenha em graça. Foste a criança mais linda que eu criei. Se algum dia eu puder ver-te casada, é tudo o que desejo.
     TenTen — Pois foi para falar em casamento que te chamei. Filha Julieta, diga: em que disposição estás para isso?
     Hinata — É uma honra com a qual jamais sonhei.
     Temari — Honra! Se não tivesses tido apenas uma ama*, afirmaria que, com o leite, tinhas mamado juízo.
     TenTen — Pois estamos na época de pensar em casamento. Mais jovens do que você, aqui em Verona, senhoras de respeito, já são mães. Se não me engano, tornei-me sua mãe com a mesma idade em que você tem hoje. Não foi a infância mais legal do mundo. Para ser breve: o valoroso Páris requesta vosso amor.
     Temari — Que homem, menina! Um homem desses... Não... Em todo o mundo... Só feito sob encomenda. Se eu tivesse a vossa idade, eu ia... Fácil.
     TenTen — Que dizeis? És capaz de amar o jovem? Não seja pedófila! Hoje à noite vê-lo-ei em nossa festa. Folheai o livro de seu jovem rosto, que nele encontrareis doces encantos escritos pela pena da beleza. Examinai-lhe os traços delicados e vede como se acham bem casados. E se no livro achardes algo obscuro, encontrareis nos olhos o esconjuro. Esse manual de amor só necessita de uma capa adequada e bem bonita. Vive no mar o peixe; é muito certo que deva o amor ficar algo encoberto. As letras de ouro da lombada a glória terão em parte da formosa história. Ficareis, pois, com ele associada sem que vos diminuais, com isso, em nada.
     Temari — Depois sois eu que falo mais que a língua!
     TenTen — Enfim, que me dizeis do amor de Páris?
     Hinata — Vou ver se prendo nele os meus olhares.
.
 Numa pequena pausa, Konan entra em cena, sendo empurrada por Tsunade. "Não durma no ponto!", a coordenadora já estava no seu limite, mas sabia que a peça seria bem mais longa que aquelas duas pequenas cenas.

     Konan — Senhora, os hóspedes já chegaram; a comida está na mesa; estais sendo procurada; reclamam a presença da senhorita; na copa amaldiçoam a ama. Tudo está de pernas para o ar. Tenho de voltar para servir. Por obséquio, vinde logo, vinde logo.
     TenTen — Já te sigo. Julieta, o conde espera.
     Temari — Belas noites te almejo; sou sincera.

     Saem. "'Belas noites te almejo, sou sincera'? Quem foi o chulo que escreveu isso?", Temari entrara na cochia reclamando, próxima para a próxima cena, recebendo uma tossidela de Tsunade. "Shakespeare escreveu com essas palavras... A maioria do roteiro está no original!", reclamou a coordenadora. Sai não conteve os risos, refazendo a maquiagem de Hinata, "William... Will, tinha senso de humor", riu, "Aqui, donzela, deixe-me passar mais base sobre seu testículo de gado.. Opa...", Sasuke soltou um olhar mortal para Sai, que lhe retribuiu com um sorriso. Aquele era apenas o começo, ainda faltavam algumas partes do primeiro ato, isso e os outros quatro atos restantes. Aquelas duas horas de teatro demorariam para passar.

*Ama: aqueles mulheres que cuidam de filhos nobres, dando-lhes leite, banho e todos os "serviços" de uma mãe. :3


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