Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Demorei eu sei, mas tive alguns probleminhas para resolver e juntando isso com minha falta de criatividade repentina não havia como ficar pior...
Espero que gostem do capítulo...



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Qualquer mãe em momentos como esses iria, com certeza, se emocionar e o caso não havia sido diferente com Alice, Jasper a segurava firme, pois vira como ela realmente estava nervosa e emocionada. Suas pernas tremiam levemente ao timbre de voz de Katherine lhe chamando de mãe novamente.

                De imediato a primeira lembrança que lhe veio à cabeça foi à primeira vez que ela lhe chamou de mãe e ela se sentia tão emocionada quanto nesse dia, ou talvez até um pouco mais. Alice se aproximou da cama de Katherine devagar, devagar demais para qualquer pessoa impaciente. Jasper permaneceu no mesmo lugar, estava feliz por tudo aquilo, mas deixaria um espaço para o relacionamento de mãe e filha primeiramente.

                - Você veio me buscar. – Katherine esfregou os olhos tentando afastar o sono que ainda sentia. Alice sorriu ao notar o singelo sorriso estampado no rosto de sua pequena princesa.

                - Não podia esperar nem mais um minuto. – Ela disse ajudando a menina se levantar, Katherine por sua vez esticou os braços chamando a mãe para um abraço bem apertado e Alice atendeu ao seu pedido. Kath aconchegou seu rosto na curva do pescoço de sua mãe sentindo seu cheiro jamais esquecido.

                - Você demorou. – A menina tinha seu tom de voz manhoso e um pouco envergonhado, não sabia se deveria ter dito aquilo, mas disse o que sentia, queria que sua mãe houvesse lhe buscado antes, há muito tempo.

                - Mas nunca desisti de você princesinha. – Alice afastou a menina do abraço olhando nos fundos de seus olhos. Em seguida lhe olhou de corpo inteiro, procurando para ver se ela não tinha nada de mais mesmo. – Você está bem? Sente alguma coisa?

                - Calma Alice, ela está bem. – Jasper se aproximou poucos paços e vagamente pode se escutar uma singela e doce risada de criança. – Não é mesmo minha pequena flor de cerejeira?

                Jasper tocou a ponta do pequeno nariz de Katherine fazendo a menina sorrir.

                - Eu senti sua falta papai. – Ela pegou na mão do pai, olhando para ele, notou o seu corte de cabelo diferente, com o cabelo mais curto que não dava para perceber que ele tinha ondulações.

                - Eu também meu anjinho. – Jasper beijou a palma da mão de Katherine e sorriu, sorriu como há tanto tempo não sorria, como há tanto tempo não se permitia ser feliz.

                E por mais que aquela distancia tenha sido tenha sido longa, assim só fez com que o amor entre eles crescessem, serviu para que eles amadurecessem, vissem com outros olhos o que estavam fazendo de certo e errado em suas vidas. Jasper havia mudado, Alice também, estavam cientes daquilo, viam que a vida não era nada fácil, principalmente Jasper notara aquilo, pois sempre teve tudo em sua vida e nunca sentiu tanta falta de algo em sua vida.

                O silêncio naquele quarto de hospital iria prevalecer se Jasper ou Alice não puxassem assuntos com Katherine, a menina estava extremamente acanhada e não sabia o que dizer. Não iria demorar muito até delegada Suzana entrar em cena, queria saber de tudo que aconteceu e resolver seu principal objetivo, prender Maria Rodriguez.

***

Na cabeça da delegada passava cenas de seus filmes preferidos de mafiosos e seus modos de conduta, como torturavam as pessoas em busca da verdade ou por elas serem simplesmente traidoras. As táticas de afogamento, tortura com armas cortantes, enforcamentos, tudo aquilo às vezes parecia útil para ela, pelo menos para pessoas que tinham coragem de prejudicar crianças, para Suzana era assim que algumas pessoas deveriam ser tratadas.

                Ela lógico era uma ótima delegada, sempre prestativa, procurava resolver os casos o mais rápido o possível com sua total dedicação. Envolvia-se e familiarizava muito com alguns casos. Ela respeitava a lei, mas em sua mente tinha uma seguinte frase a qual ela era muito reconhecida em sua área de trabalho.

                “Se bandidos não podem cumprir as leis, acho que policiais também deveriam ter este direito.”

                Uma vez esta frase usada no tribunal ela causou polêmica e delegada Suzana ficou conhecida muito bem. E certamente assim como ganhava ‘fãs’ ganhava também inimigos, cada bandido que ela ajudava a prender.

                Neste momento ela queria apenas afastar certos pensamentos de sua mente e se dirigir intacta para o hospital para poder ver se com Katherine conseguiria alguma coisa.

***

                No quarto do hospital, estava tudo tranqüilo, Alice estava feliz por ver sua filha ali ao seu lado, desta vez somente ela estava ali, Jasper acabara de sair para atender a um chamado hospitalar. Katherine parou de olhar por um tempo a chuva que caia no lado de fora e voltou seu olhar diretamente para Alice que estava segurando sua mão.

                Alice estranhou ver Katherine lhe olhando sem parar e não dizer nada, sorriu para a menina que correspondeu meio envergonhada.

                - Aconteceu algo?

                - Nada mamãe. – Katherine parou por um tempo e reparou na cama do hospital e o lençol aconchegante que ela se cobria, ali estava bem aconchegante em vista no que tinha vivido esses dois anos. – Posso perguntar uma coisa?

                - Claro.

                - Porque as pessoas são tão má mamãe? – Alice pela primeira vez se viu meio confusa, bem para esta pergunta teria mil explicações todas psicológicas, mas nenhuma que caberia dizer para uma criança de seis anos.

                - Cada pessoa é diferente Kath, algumas gostam de ser más, mas temos pessoas muito boas também.

                - Então não é todo mundo que vai fazer isso comigo?

                - Não meu anjo, papai e mamãe são maus?

                - Não, mas vocês são meus pais. – Alice sorriu, era normal em uma criança fazer isso ela se lembrava muito bem dessa sua parte da infância, vangloriava os pais por qualquer motivo e assim como Kath também achava que todas as pessoas eram más e somente seus pais eram bons.

Flashback on

                - Mamãe?!

                - Sim minha princesa?! – Caroline costurava algo sentada em sua cadeira, provavelmente mais um vestido para a pequena Mary, a menina de olhos brilhantes e sonhadora chegava à entrada da sala com seu pijama, mas ainda era apenas duas da tarde e Alice acabara de acordar de um profundo sono tranqüilizador. Havia se assustado não vendo sua mãe ao seu lado da cama. – Já se sente melhor? – Caroline parou de mexer no pano colocando-o de lado e chamando a menina para se aproximar. Alice virou-se de costas para a mãe para que ela lhe pegasse no colo e foi isso que ela fez.

                - Ai depende.

                - Depende?! Do que pequena Mary?

                - Se amanhã terei que ir para a escola. – Alice voltou o olhar piedoso para a mãe e Caroline sorriu para a filha, estava preocupada com o que teria que fazer com Alice dali em diante.

                - Meu anjo você não poderia parar de ir para a escola.

                - Mas lá todos são maus comigo mamãe. – A menina choramingou um pouco esfregando os olhos para impedir que as lágrimas caíssem novamente.

                - Todos não e a Bella? Você não pode abandoná-la. – A menina parou um pouco com um semblante pensativo. – Você tem alguém que goste de você lá Alice, você parou para pensar em como Bella irá ficar triste caso você vá embora?

                - Ela vai ficar muito triste. – A pequena menina suspirou pesadamente. – Mas e os outros mamãe? Eles vão voltar a fazer aquilo comigo.

                - Ah minha pequena, você está aprendendo rápido demais como são as pessoas fora desses contos de fadas. – Caroline abraçou a filha beijando o topo de sua cabeça.

                - Mamãe?! Será que Bella irá entender se eu faltar amanhã?

                - Ela sim meu amor, já não sei seu pai. – As duas se entreolharam. – Você sabe que quem sairá perdendo é você não é? Pense em seus estudos minha pequena Mary, futuramente será apenas ele que irá garantir o seu bem estar.

                As duas pararam por um momento e ficaram em silêncio. Alice encostou sua cabeça no ombro de sua mãe que afastava a franja da menina do rosto.

                Alice havia chegado mais cedo do colégio, depois que um de seus colegas de classe a ridicularizou na frente de toda a turma a chamando de magrela e pobretona. Muita das vezes Alice ia para a escola com o intuito de comer, pois na sua casa às vezes tinha apenas arroz ou ate nem isso.

                Alice saiu correndo para fora da sala enquanto todos ali riam de si, menos uma menina de cabelos cor de chocolate que tanto lhe adorava. Alice chorava sentada em um canto no parquinho e por lá havia chegado à mesma menina que sempre conversava com ela. Alice disse que não se sentia bem e sua professora foi obrigada a chamar a mãe de Alice que estava de folga do serviço por estar doente.

                Quando Caroline chegou viu sua filha sentada em uma cadeira em frente à sala da diretora, chorando. Aquilo lhe partiu o coração e foi correndo abraçar a filha que chorou ainda mais em seu colo. Depois, quando foi conversar com a diretora, disse seriamente sobre as coisas que já havia acontecido com sua filha naquela escola, queria que providências fossem tomadas.

Flashback off

                - Bem... Sempre haverá aquelas pessoas ruins no mundo meu anjo, mas não quer dizer que todos sejam ruins, haverá pessoas boas também.

                - Como você e o papai?

                - Sim, tem o restante da família.

                - Mamãe... Você sabe da tia Vic?

                - Tia Vic?

                - É foi ela quem cuidou de mim. Você não sabe como ela está?

                - Não meu anjo, mas depois podemos procurar saber...

                - Alice? – Um nome foi pronunciado juntamente com algumas batidas de leve na porta, a porta já estava entreaberta e dali Alice já pôde ver.

                - Oi Suzana, pode entrar. – Alice levantou-se da poltrona e foi cumprimentá-la. – Obrigada.

                - Não precisa me agradecer... Afinal não fui eu quem encontrou sua filha. – Suzana olhou para Katherine que continuara quieta da mesma forma. – Bem este é Riley Biers, um dos nossos investigadores.

                - Prazer. – Os dois disseram juntamente em um aperto de mão.

                - Bem Alice, fico feliz que tenha sua filha em seus braços novamente, mas vou ter que interromper seu momento com ela para fazer algumas perguntas a ela.

                - Claro já estava esperando isso. – Alice foi interrompida pelo seu telefone que tocava no volume mínimo em cima da mesinha. – Só um minuto. – Disse enquanto olhava o nome de quem lhe ligava. – Oi Alexia.

                - “Está podendo falar?”

                - Sim.

                - “Então sua viagem já foi agendada para essa sexta, mas seu vôo já está marcado para quinta a noite exatamente 19:00 horas.” – Ao ouvir um suspiro no outro lado da linha Alexia não se conteve em se perguntar. – “Aconteceu algo?”

                - Não nada, as passagens já foram compradas?

                - “Sim, já estão aqui.”

                - Está bem amanhã passo aí para pegá-los.

                Em seguida voltou o olhar para ambos presentes naquele recinto, sorriu para Katherine que parecia um pouco assustada por aquela movimentação.

                - Katherine não precisa ficar com medo de nós, eu sou a delegada Suzana e, vou te fazer algumas simples perguntas está bem? – A menina concordou rapidamente.

                - Você é mesmo delegada?

                - Sim.

                - E você tem daqueles distin...alguma coisa? – Ela enrolou a língua fazendo em seguida uma careta quando não deu conta de pronunciar a palavra que ela queria. Suzana não se conteve em sorrir e Alice também fez o mesmo.

                - Kath não vamos atrapalhar o trabalho da Suzana não é?!

                - Não tem problemas Alice... Eu tenho um distintivo sim, você quer ver? – A menina acenou positivamente. Suzana entregou para ela enquanto Kath olhava maravilhada para o objeto enquanto Riley entregava alguns papeis para Suzana. – Então Kath você se lembra do dia em que você desapareceu?

                - Não muito.

                - Conte-me o que se lembra.

                - Bem eu lembro de um parque e um homem todo de preto. – Riley anotava tudo perfeitamente como ela dizia, não deixava nada escapar.

                - E depois para onde te levaram?

                - Me levaram para longe.

                - Para outra cidade certo? – A menina confirmou ainda olhando para o objeto.

                - E quem cuidou de você a partir daí?

                - Tia Vic e o malvado do James.

                - Porque malvado ele te maltratava?

                - Ele me batia, ele já até cortou minha mão. – Ela disse estendendo a mão com uma cicatriz para que Suzana visse, mas até mesmo Alice se assustara, ela não sabia o que havia acontecido com sua filha e ficara aflita com aquilo. – Ele dizia que queria se livrar de mim.

                Aquela ultima noticia atingiu Alice com um baque intensamente forte, ela prendeu o seu desespero dentro de si para que não demonstrasse em frente de sua filha sua aflição, mas Suzana voltara o olhar para Alice e percebera o quanto ela havia ficado preocupada.

                - Você sabe me dizer como esse James é?

                - Bem... É loiro, cabelos compridos, alto e forte.

                - Qual a cor dos olhos?

                - Verdes.

                - Temos um suspeito com essas características Riley?

                - Apenas um. – Riley tirou a foto de um homem da pasta.

                - É este Katherine? – Suzana perguntou e Katherine olhou atentamente, mas não era James.

                - Não.

                - Pegamos o ajudante de Maria, Calisto, ele não nos disse muito sobre alguns suspeitos a não ser muito em particular... Maximiliano Miller. – Suzana pegou outra foto e mostrou para Kath. – Este você conhece não é Kath?

                - Sim, é o Max.

                - O que ele fez?

                - Ele me levou para James, mas ontem foi me buscar.

                - Porque ajudar a raptar uma criança e depois ajudá-la a fugir? – Riley perguntou para ele mesmo, deixando Suzana também pensativa.

                - É um bom questionamento.

                - Vocês sabem da tia Vic?

                - Victoria? Ainda não temos notícias dela, mas fique tranqüila ela deve estar bem não é mesmo? – Suzana sorriu com o intuito de conseguir acalmar Katherine mais uma vez e conseguiu. A garotinha olhou em seus olhos e sentiu confiança no modo que Suzana lhe dirigia as palavras. Sorriu meio acanhada e abaixou o olhar para o lençol da cama e quando voltou a olhar para o alto avistou sua mãe mais uma vez ao seu lado tirando as mexas de seu cabelo da frente de seu pequeno e delicado rosto infantil.

                - O que Victoria fez por você?

                - Me protegeu, ela cuidou de mim e também não gostava do James. – A menina ainda mantinha seu tom de voz infantil e dengoso, apenas queria ficar com seus pais por muito tempo e nada mais. – Ela avisou ao Max que foi nos buscar, tia Vic se machucou por culpa do James eu corri e Max pegou tia Vic no colo, depois fomos para algum lugar, eu estava dormindo e depois me trouxeram para cá.

                - Está bem... Riley pegue as fotografias dos principais suspeitos, se não for nenhum deles teremos que fazer Calisto nos dizer.

                - Tudo bem, homens altos, de cabelos compridos e loiro, olhos verdes claros.... Ele tinha barba Katherine?

                - Não.

                - Então só nos resta um suspeito e se dermos sorte pode ser ele. – Riley entregou a única foto que batia com o que Katherine havia descrito de James, mas precisaria de muita sorte para serem a mesma pessoa.

                - É ele Katherine?

                - É sim. – Ela apenas olhou rapidamente, vê-lo novamente mesmo sendo através de um pedaço de papel lhe trazia péssimas lembranças

                - Temos que encontrá-lo o mais rápido o possível, ele ainda está foragido, avise aos outros centros policiais de Seattle e das cidadezinhas ao redor. – Suzana passou as coordenadas para Riley que já estava com o telefone na mão pronto para já começar com as tarefas. – Vamos deixar uma guarda aqui no hospital, não sabemos onde este homem possa estar e... – Suzana caminhou um pouco mais distante de Katherine e Alice lhe seguiu. – Pelo o que tudo indica ele não irá sossegar enquanto não terminar o trabalho. Parece que a Victoria já deve estar no quarto vou interrogá-la e logo trarei notícias.

                - Tudo bem, muito obrigada.

                -Deixe para me agradecer no fim do meu trabalho Alice, quando tudo estiver terminado bem.

                Suzana retirou-se do quarto indo de encontro com Riley logo a frente pelo corredor um dos policiais que escoltaria a porta do quarto de Katherine lhes comunicava algo e em seguida foi para seu devido e aguardado lugar. Assim como Katherine deveria ter segurança Victoria também teria alguém guardando a porta de seu quarto no hospital e Max já devia estar sendo encaminhado para a delegacia e logo em seguida também seria interrogado.

                Victoria já estava muito bem, a cirurgia havia ocorrido a mil maravilhas, a bala foi retirada e guardada como prova. Victoria aguardava ansiosa, não sabia o que o futuro poderia guardar para si, mas ela tinha a quase total certeza de que acabaria atrás das grades, mas a lei não poderia ser injusta poderia, não havia ajudado no seqüestro e em momento algum apoiou esta idéia, mas quem estaria de prova que ela não concordava com isso?!

                A apreensão aumentou e as mãos de Victoria de encontraram num estalo de dedos para tentar afastar o nervosismo, assim que ouviu duas batidas na porta e ela ser aberta.

                - Victoria?

                - Sim?!

                - Sou delegada Suzana, estou cuidando do caso de Katherine Hale desde o princípio. Ela me respondeu algumas de minhas perguntas e tenho que fazer o mesmo procedimento com você tudo bem?

                - Claro. E como ela está? Ela está bem?

                - Ah sim, não há problema algum com ela. – Victoria sorriu vitoriosa por ter conseguido fazer tudo certo pelo menos desta vez. - E você está bem?

                - Bem, por enquanto não estou sentindo exatamente nada. – Ela sorriu.

                - Katherine gosta mesmo de você, havia me perguntado como você estava, mas eu não tinha noticias suas então...

                - Ela é um verdadeiro anjo. – Victoria relembrava de algumas coisas de Katherine, seus gestos e traços mais marcantes da pequena garotinha.

                - Bem você sabe que o que Katherine disser é o que irá prevalecer, mas quero ouvir de sua boca o que aconteceu de verdade, de um modo mais complexo.

                - Claro, bem... Quando James decidiu que ficaria com ela eu descobri somente no dia anterior da chegada dela, ele queria apenas o dinheiro e Maria havia lhe dito que ele poderia fazer com ela o que bem quisesse.

                - E qual foi sua reação?

                - No começo não havia gostado não me importava com a garota até algum tempo depois, quando ela ficou meio resfriada cuidei dela e tenho que dizer que não consigo maltratar uma criança e nem ignorá-la por tanto tempo, uma hora ou outra meu coração iria amolecer.     

                - Katherine disse que James havia feito algo a você no passado... Se importa em falar sobre isso?

                - Não, afinal quanto mais crimes ele tiver melhor para mim, assim ficarei bem longe dele... Quando nos casamos eu acabei engravidando e James odeia crianças, mesmo sendo a dele. Passou a beber mais e me ameaçava, me fez a oferta de aborto, mas jamais faria isto então ele mesmo tratou de fazer o trabalho.

                - Aqui diz que você havia sido agredida por um marginal na rua.

                - James inventou esta história e caso eu não a contasse do mesmo modo que ele, disse que me mataria.

                - Em seguida que começou a cuidar de Katherine, qual foi a reação de James?

                - Ele começou a ameaçá-la, fez um corte em sua mão em uma das tentativas, mas consegui detê-lo.

                - Como?

                - Ameaçando-o com uma faca, ou eu criava coragem ou ele a matava.

                - Você teve muita coragem.

                - Tinha uma vida para proteger, ele já havia assassinado uma criança dentro de mim, na época eu era ingênua acreditava que ele ainda pudesse mudar, mas não deixaria que ele fizesse a mesma coisa diante dos meus olhos.

                - Como conseguiu protegê-la até então?

                - Durante a noite dormíamos juntas no meu quarto, porta trancada com chave quando acordávamos e ele chegava à casa bêbado ela se escondia debaixo da pia da cozinha, lá tinha uma um buraco que saia para a parte de baixo da casa.

                - No momento da fuga o que aconteceu exatamente?

                - Já estávamos de saída quando abri a porta e vi James no outro lado da rua com uma arma na mão. Corremos para o fundo e demos a volta para conseguir mos chegar até o carro, James deve ter notado e veio atrás de nós e atirou em mim.

                - Bem ele terá muitos anos de cadeia já que cometeu tantos crimes, é mais provável que nunca mais saia dela.

                Um sorriso apareceu aos poucos no rosto de Victoria, só de imaginar que agora finalmente poderia viver novamente lhe faria bem.

                - Delegada eu posso lhe pedir um favor?

                - Claro, mas desde que você me chame apenas de Suzana.

                - Ah claro, bem já faz muito tempo que não vejo meus pais e muito menos sei onde eles se encontram, da ultima vez eles viviam aqui em Seattle, quero lhe pedir encarecidamente que os encontre para mim, quero recomeçar minha vida...

                - Verei o que posso fazer.

                - Obrigada dele... Suzana.

                Bastou uma troca de sorrisos para Suzana saber que Victoria era também mais uma vítima, mas havia seus superiores e somente eles lhe diriam se ela seria realmente julgada com cúmplice ou não...


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Notas finais do capítulo

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Bjinhos, tenham um ótimo carnaval e, para quem não gosta muito, é eu sei o que você sente... k
Até a próxima semana...



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