-Rose acorda.

-Bom dia. – Disse.

-Não tiveste sonhos? Parabéns

-Não. Obrigada.  – Disse ia-me levantar, mas lembrei-me da camisa. Tirei-a e coloquei-a debaixo da almofada.

-Acorda Ginny.

-Já vou.

Saí da cama e fui tomar banho, vesti-me e saí para a Sala Comum á espera dos outros. Sentei-me no sofá. Lembrei-me dos momentos passados nesta noite e toquei nos meus lábios, não ia sentir mais o seu toque, o calor do seu corpo, o seu cabelo, mas sabia que ele me amava.

-Então que se passa? Parabéns. – Perguntou Ron.

-Nada estou feliz.

Os outros desceram e Harry e Ginny deram-me os parabéns. Fomos para o Salão Principal, sentamo-nos no lugar do costume e comemos. Vi o Draco a entrar e ele sorriu para mim, alguma coisa aconteceu a mim, eu ia desmaiar nunca senti algo assim. Eu ia chorar, vê-lo ali e não podê-lo beijar e toca-lo como a Hermione fazia com o Ron e vice-versa, como Harry fazia com a Ginny e vice-versa, mas este sentimento passou logo quando a Pansy abraçou-o por trás, levantei-me.

-Rosalie, estás bem?

-Rose, larga a faca. – Disse Ginny.

-Rosalie. – Chamou Hermione.

Draco empurrou a Pansy para longe dele e sorriu pela minha reação, foi para a mesa e sentou-se. Com o olhar tranquilizou-me. Sentei-me e tranquilizei todos. Uma nuvem entrou pelo Salão e as corujas começaram a parar á frente da pessoa. Quatro corujas transportavam uma caixa na minha direção. Pousaram e eu dei-lhes a minha papa de aveia a elas depois de comerem foram embora, em cima da caixa tinha três envelopes de diferentes pessoas.

-Vais abrir agora?

-Não eu abro á tarde quando não estiver a fazer nada. Agora temos transfiguração.

Fui levar ao dormitório aquilo e fui para a sala. Tivemos que transformar as nossas cadeiras em andorinhas e depois transforma-las novamente em cadeiras. Consegui á primeira tal como a Hermione e sentamo-nos a conversar e ver os alunos de HufflePuff a fazer. A seguir tivemos Herbologia com os Ravenclaw.

-Hermione vê aquilo. – Disse.

-O quê?

-A Luna.

Ela olhou.

-Sim ela também estava a chorar no pequeno-almoço.

-E o Neville também está triste.

Ele fazia o exercício mais lento do que o habitual apesar de perfeito.
Saímos da estufa e sentamo-nos no jardim á espera da nossa última aula. Quando tocou a campainha fomos para a aula de feitiços.

-Meninos, vamos fazer uma coisa muito simples, porque tenho que fazer uma coisa num dos corredores e quero manter a sala direita. Por isso monitores de Gryffindor, isto é Hermione e Ronald e monitores de Slytherin, isto é Pansy e Draco. – Disse Pansy levantou aproximando-se de Draco eu apertei a varinha. – É o seguinte – continuou – em vez de levitar as almofadas e coloca-las nas caixas, vão levitá-las e atirar aos parceiros o outro tenta defender e atira de novo. Agora façam pares e monitores venham aqui quero vos dizer a razão por que vou faltar.

Eles foram ter com o professor, enquanto alguns foram formando pares. O Seamus veio ter comigo.

-Vais ficar com o Malfoy?

-Não. Podemos ficar juntos.

Fui buscar a almofada á caixa e voltei para o centro da sala onde as mesas já tinham sido empilhadas junto á parede e o professor estava a sair. O Draco ocupava o lugar do Seamus com um sorriso disfarçado e o Seamus estava com a Pansy, mas não estava muito triste.

-O que lhe fizeste?

-Suborno, não foi difícil. Eu sei tudo.

-Espera aí, tu sabes quem é a rapariga que anda, não sabes?

Ele fez uma cara de espanto.

-Quem é?

Estávamos num canto por isso ninguém nos via a falar muito menos a falar mesmo e a sorrir e a suar como eu estava. Estou apaixonada.

-Não posso dizer.

-És o Malfoy, mau e frio não guardas segredos.

-Essa doeu. Mas não digo.

-Wingardium Leviosa. – Disse apontando á almofada.

-Que estás a fazer?

Apontei a almofada a ele, mas ele controlo-a e atirou-a a mim. Parei, comecei a brincar com ela para o confundir, fez cara de mau e eu fuzilei-o com os olhos. Atirei com a almofada e alguém gritou, ele olhou para o lado e almofada acertou-lhe. Eu comecei a rir-me, o cabelo estava todo despenteado e estava com uma cara de surpresa. Atirou-me de novo a almofada, mas parei-a e atirei de novo, acertei de novo. Outro grito quando ele atirou a almofada para longe e apontou-me a varinha. Vi alguém a correr quando eu apontei a varinha a ele. Estávamos muito concentrados e todos olhavam pois parecia que estávamos a fazer um duelo a sério. Outra pessoa correu na minha direção.

-Rosalie para lembrar-te das varinhas. Não importa o que ele te fez.

Tentei não rir.

-Está bem, eu controlo-me. – Baixei a varinha, mas Draco ainda tinha a dele apontada.

-Aqui professor, ela estava a atacar o Draco.

Era a Pansy que tinha chamado o professor.

-Menino Malfoy e Menina Moon de castigo, os dois na sexta na sala do Filch ao fim da tarde. Agora podem sair todos.

-Tu és doida, tens muita sorte em não ser expulsa. – Disse Hermione e fomos para o Salão Principal almoçar. Ninguém tinha a noção do quanto me apetecia rir, quer dizer o Draco devia saber. Comemos em silêncio e a seguir fomos para a Sala Comum e eu fui buscar a minha caixa. Abri e estava cheia de livros e folhas de resumo que a minha mãe e também o meu pai tinham feito. Peguei no envelope da minha mãe.

Querida Rose,

Eu e o teu pai ficamos muito sentidos por não nos dizeres que foste para Hogwarts, se não fosse a Molly não sabíamos, mas ficamos orgulhosos e queremos que tenhas sucesso e te formes aí. Espero que tudo esteja a correr bem. Enviei-te os livros eu e o teu pai já o lemos a todos e resumimos tudo, agora passa a limpo, envia-nos e eu dou á tua patroa. Parabéns e tens aí uma prenda. Enviarei notícias cedo.

Adorámos-te,

Pais.

Respondi a dizer que tinha muitas saudades, pedi desculpa, agradeci e disse que os adorava. Abri a caixa pequena e tinha lá uma pulseira. Guardei a carta e li a outra que a letra era estranha.

Querida Rosalie,

Consegui a loja em Hogsmead e a minha mãe é dona do Três Vassouras oficialmente. Estou muito mais feliz agora. Terminei o namoro com a Angelina, sei que gostavas dela, mas ela era muito controladora e também foi para fora do país trabalhar, quer dizer jogar. Bom percebi que não gostava tanto dela. Quando vocês vêm aqui? Quero te mostrar uma coisa. Parabéns, darei a tua prenda quando vieres aqui. Tenho muitas saudades vossas.

Adoro-te. Beijinhos e abraços para todos,

George.

P.S. Lê para os outros, não tive tempo para escrever para eles.

Li a carta para eles e respondi.

Abri a última carta, aquela caligrafia perfeita conhecia.

Minha Rose,

Já estou com saudades e só cheguei agora ás masmorras. Tenho que te lembrar que disse e cito “Tu não podes ser vista comigo”, por isso sei de alguns sítios onde podemo-nos encontrar, se quiseres claro. Há noite. Responde-me ainda hoje se possível. Amo-te.

Sempre teu, Draco.

Coloquei a carta no meio dos livros para ninguém ver.

-De quem era a outra carta? – Perguntou Ginny.

-Era a minha mãe enviou a dizer que uma amiga minha mandou-me um email. – Menti.

-E ficaste assim com uma cara de estúpida? – Perguntou Harry.

-Sim eu não gosto dela e é esquisito.

Ficamos a conversar e Harry, Ron e Ginny planearam os testes de Quidditch.

-Vais ver não vais? – Perguntou o Ron a Hermione que estava a fazer os trabalhos de Herbologia comigo.

-Claro.

-E tu Rose?

-Não ia perder isso.

Ficamos a tarde inteira ali, escrevi a carta ao Draco e entreguei a uma coruja na torre, depois de dizer a eles que ia enviar as respostas aos outros. A seguir dirigi-me para o Salão. Quando acabamos o jantar, a diretora pediu para falar.

-Meninos, temos uma novidade para vocês que é para ir a Hogsmead sei que depois da batalha querem ir lá, por isso este fim-de-semana vai haver uma visita. Todos poderão ir se tiverem autorização vão. No dia entregam as autorizações ao Filch, iremos enviar aos vossos pais ou tutores e eles enviam para vós. Resto de Boa Noite. – O Salão todo animou-se, mas reparei que o Draco, não se ria. O que se passava?

-Rose, podes me ajudar hoje? – Pediu o Seamus.

-Claro.

Fomos para o Salão e fui ajudar o Seamus.

-Rosalie, podes me ajudar numa coisa? – Sussurrou. Abanei a cabeça. – Se alguém pedir para irmos para a cama, diz que estamos atrasados, quero me encontrar com uma pessoa.

-Claro.

Ficamos ali e só estava a Hermione, o Ron, o Harry e a Ginny.

-Vamos para a cama. – Disse Ginny.

Todos concordaram.

-Eu fico aqui mais um pouco com o Seamus.

-Está bem.

Eles desejaram as boas noites. Acabamos de fazer as coisas e ele estava a sair.

-Já podes ir. Obrigada.

-Não estou á espera de uma coisa.

Uma coruja apareceu na janela, abri e ela entrou e deu-me uma carta.

Minha Rose,

Estou no 5º andar, no ala oeste.

Do teu Draco.

-Espera Seamus posso ir contigo?

-Claro, mas…

-Sim eu vou por outro sítio. Vou para o quinto andar.

-Eu também para oeste.

-Eu não, vou á casa de banho dos monitores.

Saímos da sala.

-O Draco subornou-te com isso?

-Como tu sabes que foi o Draco?

Rosalie Disse para mim.

-Vais te encontrar com ele?

-Sim, não digas a ninguém.

Ele acenou a cabeça. Andamos com cuidado para não sermos vistos.

-E tu? – Perguntei , mas ela apareceu á minha frente.

-Qual é a surpresa? Oh, olá Rose. Que fazes aqui?

-Ela vai também para o quinto andar.

-Olá Cho, não te preocupes não digo nada.

-Obrigada.

O Draco veio ter comigo e fingiu que eu não estava ali. Levou-os a uma porta e eles entraram. Depois veio ter comigo. Colocou o braço á volta dos meus ombros e caminhou.

-Saudades? – Perguntou.

-Muitas.

-Vou te mostrar uma coisa. Sei que vais gostar, porque uma parte de ti está lá.

Olhei para ele.