Escuto um som na porta e vou abrir. Lá está Cato, com uma regata branca e um short jeans. Puxa, esse menino vai demorar a morrer. Bem, eu espero.

– Oi Clove, só queria saber se você ainda tá zangada comigo?

– Não tô não...

– Ufa, alívio! De qualquer forma, desculpa...

– Pois é, né.

– É...

– Cato, posso te fazer uma pergunta?

– Manda.

– Você vai me matar se sobrar só nós dois?

– Por que você está preocupada com isso? Que besteira! Isso seria covardia... Eu nunca faria isso Clove. Eu poderia até querer, mas não faria. Você é mais que uma aliada Clove, você é uma amiga. Não pensa mais nisso, tá, baixinha?

– Tá bom. E não se preocupe que eu também não te mataria. Quer dizer, eu não sei...

– Tá certo né? A gente vê na hora...

– Cato, desculpa, é que eu tô com sono...

– Vai dormir então, que amanhã agente tem treino.

– Tá, boa noite.

– Boa noite! Ah, você tá bonitinha com esse pijama.

– Não vem com elogios que eu ainda tô bolada!

– Tá, desculpa.

Ele ri e vai embora. Eu me deito na cama e acabo dormindo. Acordo bem cedo para o meu espanto, tomo banho e me arrumo para o café e para o treino. Amanhã já é a sessão individual, com os Idealizadores, e estou um pouco nervosa. Eu encontro Calina na mesa, e ela me serve chocolate quente, torradas e uns biscoitos. Termino de comer antes que Cato e Oliver chegue, e subo ao meu quarto. Escovo meus dentes e encontro em cima da cama, um papel com um desenho de uma flor no alto de uma colina e com uma frase escrita “Vai ser difícil conseguir apanhá-la”. Não sei se tinha duplo sentido, mais achei legal Cato ter me dado aquilo. Com certeza foi ele! Eu guardo em uma gaveta e desço. Dessa vez, Cato já tá lá, e terminou de tomar o seu café, e ele passa do meu lado e...

– Gostou?

– Sagaz.

– Essa é uma palavra engraçada.

– O quê? Sagaz?

– É.

– Hm... volta logo.

Ele sobe, e não demora muito, já volta, e vamos para o centro de treinamento.

Chegamos, e todos os tributos já estão aqui, com exceção dos “tributos-maravilha”, aqueles, do 12. E eles chegam, e para o espanto de todos, de mãos dadas. Vem cá, quem eles pensam que são? Será que eles se esqueceram de que não tem como eles ganharem? Tipo, eu contra a garota, na certa eu ganho. Ah, deixa eles aproveitarem os últimos dias de vida deles...