Edição 74 Jogos Vorazes Por Clove escrita por Lucia Ludwiig


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

nem demorou tanto assim :)



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Quando terminamos de comer, colocamos nossos óculos próprios para a noite, mas dessa vez, o óculos de Peeta fica com Ginger. Ela pareceu bem satisfeita por isso. Andamos por um tempo e avistamos uma luz ao longe. Bem longe, mesmo.

- Devemos ir? – pergunta Marcos

- O que você acha? É claro que sim! – falo

- Eu tô cansada gente... Vamos montar acampamento. – ela boceja depois de falar.

- E você Conquistador?- pergunta Cato

- Meus pés me matam, e tá muito ruim correr por aí sem óculos.

- Quê que tem gente? Aguentem mais um pouco. –falo

- Eu tô ficando cansado. É melhor montarmos acampamento. – diz Marcos

Eu olho pra Cato. Nós falamos a mesma língua, então não queremos montar acampamento.

- É melhor Clove. Amanhã a gente vai lá, deixa eles descansarem.

- Tá bom Cato.

Não estou com um pingo de sono, então fico de guarda. Sozinha. A fogueira ao longe se apaga, tomara que não seja a garota quente. Se for, vou ficar muito chateada de ter perdido a chance de fazer sair sangue daquele pescoço dela. Estou um pouco cansada de não fazer nada. Quando será que vai ter alguma diversão aqui? Se eu fosse o pessoal da Capital, eu estaria muito revoltada. Ninguém morre e nem dá sinal de vida. Já cansei de brincar de esconde-esconde. Reparo no silêncio e no escuro a minha volta, com certeza estaria com medo se estivesse por aí sozinha. Mas eu tenho o Cato. Por mais que ele tenha dado mais atenção à Ginger esses últimos dias, sinto que estou cada vez mais próxima dele. Isso é totalmente estranho. Eu não consigo ver Cato mais que um amigo pra mim, mesmo que eu tenha sentimentos confusos em relação a ele. Cato é um sonho pra qualquer garota. O problema está aí: eu não sou qualquer garota, a Ginger é. Mas por que será que eu gosto tanto dele? Talvez, não seja pela beleza... Talvez seja pelas mãos. Capazes de torcer qualquer pescoço mesmo que seja inocente. Capazes de segurar uma espada. Capazes de tocar no coração de até mesmo, a pessoa mais fria. Nesse caso, eu.

Amanhece bem rápido, e eu não dormir essa noite. O engraçado é que eu nem tô com sono. Talvez, seja pelo fato de tá um tédio aqui. Resolvo sair pra ver se consigo matar alguma coisa, nem que seja um simples pássaro. Pego mais três facas na mochila, e saio com o total de cinco facas. Nossa, sou apaixonada por essas belezinhas. Ando um pouco e avisto um esquilo. Miro, mas erro. Eu não sirvo muito pra caçar. O Marcos até que é razoável nisso, mas eu e Cato não. Pelo menos, sou o inverso quando se trata de pessoas. Desisto de caçar depois que consigo acertar na barriga de um -eu acho- castor. Quando volto ao acampamento, todos já estão acordados. Eles me dão bom dia, e eu mostro o castor que consegui matar com muito esforço. A Ginger sorri e eu a encaro severamente. Sorte minha, que o loirinho conseguiu mais dois animais. Ele só tá nos servindo pra pegar comida. Achar a garota quente que é bom, nada!

- E aí Clo, que é que você tá pensando?

- Sabe, Cato... Eu só acho que a garota quente tá demorando demais pra aparecer.

Encaro o Conquistador e percebo que a marca do tapa que eu dei nele está finalmente desaparecendo.

- Ela tá perto, eu sei.

- Sabe é? Então me diz... Como é mesmo? Peeta?... Aquela fogueira que a gente viu ontem era dela?

Todos olham para ele, se dando conta de que poderia ser realmente ela.

- Não... A Katniss não seria tão idiota de fazer uma fogueira estando sozinha sabendo que um bando de sanguinários está atrás dela.

- É bom que isso seja verdade, porque eu vou mata-la.

- Não, Marvel, eu é que vou matar a menina do 12.

- Cala essa boca sua estúpida! Eu disse desde o início que a garota quente é minha!

- Pra não ter confusão, eu mato ela. – diz Cato.

Ficamos nessa discursão que depois vira uma brincadeira. Saímos para caçar, e acho que esse dia promete.

- E aí, que tal o vento, Cato? –pergunto

- Hm... Apontando para leste.

- Leste? Que bom!

- O que significa “leste”? –pergunta o Conquistador

Me esqueço que ele não é um de nós.

- Significa sangue. – explica Ginger

- É uma linguagem usada por “nós”. – diz Marcos.

- Leste... é bom.

- É excelente! –digo.

- Será que vai ser a minha garota quente?

- Não, Cato... minha. – diz Marcos.

Voltamos àquela velha palhaçada de antes... Achamos um rio, que bom. Enchemos nossas garrafas com água e descansamos depois de uma manhã cansativa.

- Tô com fome.

- Quem se importa Ginger?

- Vamos almoçar então. – diz Cato.

O almoço é feito por Marcos. Um delicioso esquilo. Parece que aqui só tem esquilos, porque isso é quase sempre a nossa refeição. Comemos bem, e deitamos na beira do rio para digerir o almoço. Como se nós realmente precisássemos disso.

- Ai, bateu um sono. – diz Marcos

- É, hoje tem mais vento.

- Nossa Ginger, seus comentários são tão inteligentes!

- Vamos ficar um pouco por aqui, e descansar.

- Descansar de quê, Cato? Não acredito... Até você? Vamos gente, animem-se! Leste, esqueceram? Vamos!

Empurro todos esses molengas. Finalmente consigo botar todo mundo pra andar de novo. Caminhamos pelo percurso do rio.

- Ei, ela tá ali! – aponta Marcos para um pedaço de trança no rio.

- Ela é minha! – todos gritamos.

- Vem cá, xuxu – digo

- Você vai morrer agora, garota quente! –diz Cato.

Corremos em direção dela, dizendo quem é que vai mata-la. Ela sobe em uma árvore com bastante agilidade, e Cato está bem atrás dela. De repente, ele cai. Ginger lança uma flecha, e ela a segura, só para provocar. Adorei isso! Com certeza a mataria se arremessa-se uma de minhas facas, mas não correrei o risco de perde-la.

- Vamos deixa-la aí. Uma hora terá que descer. –diz Peeta

Concordamos e arrumamos acampamento em baixo da árvore que ela se encontra. Escurece bem rápido. Que raiva! Eu quero mata-la agora mesmo! Brinco com uma de minhas facas e acerto um mísero camaleão. O sono vem, e durmo.


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Notas finais do capítulo

Tá quase na hora da Glimmer!!



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