Escuridão - A chave escrita por Queen K
Fomos para uma cidadezinha pequena e esquisita nas extremidades da França, ou melhor no fim do mundo.
Aqui é horrível, tem o céu cinzento todos os dias, um cheiro horrível, as ruas são porcas, sujas e nojentas.
As pessoas são completamente esquisitas e fechadas, olham para mim e minha mãe com cara feia e depois viram o rosto, mas também não precisamos desses nojentos.
Faz alguns dias que estou aqui e nem sai de casa muitas vezes, minha mãe não me deixa nem cruzar a porta, como se tivesse algo lá fora. Falando nela ela está diferente, meio paranoica, tem medo de tudo e diz 500 vezes por dia que me ama, porem não sabe demonstrar isso a mim.
Morrer, esse é meu maior desejo, a vida não faz sentido pra mim e nunca vai fazer. Estou pensando em antecipar um pouco as coisas. Tranco-me no banheiro com uma lamina, comecei fazendo um leve corte no meu pulso, confesso, fico sem coragem de me matar, mas aquela alma maldita apareceu novamente, e começa a falar em uma língua esquisita, depois me deu ordens, e como se eu tivesse possuída as obedeço.
_ Com essa lamina, escreva no seu anti braço a letra M. _ Eu fiz.
_ Agora a letra O.
_ R.
_ Muito bem, T, E.
Uma batida na porta e a alma desaparece, eu volto a si, olho para o espelho e vejo escrito com o meu sangue “ Sua hora está chegando, não tenha pressa”, olho o meu braço e dou um grito desesperado.
_ Alicia abra essa porta
_ Quem é?
_ Sua mãe.
_ Minha mãe não tem voz de homem.
_ Abra se não irei arrombar.
_ Não irei abrir.
Um estrondo e então a porta cai.
_ Você? _ Fico muito assustada ao velo.
_ Você está bem?
_ Como entrou aqui? Mãe socorro.
_ Ei quieta. _ coloca o dedo em frente a minha boca, num gesto para que, eu fique quieta. _ Fica calma, respira, não irei te fazer mal. Por que gritou?
Olho o espelho, e o sangue desapareceu. _ H-A... é, eu ouvi um barulho e me assustei, só isso.
_ Seu braço._ Estupidamente agarra com força meu braço e o levanta.
_ Você está me machucando.
_ Você se machucou.
_ Me solta. _ puxo o meu braço e o solto. Minha mãe aparece na porta.
_ Matheus o que está fazendo aqui?
_ Olá senhorita Marcia, está com a aparência mais jovem hoje._ Diz num tom sarcástico.
_ Poupe-me do seu sarcasmo. O que veio fazer aqui?
_ Parece que você não protege sua filha tão bem como diz.
_ Dá pra ser um pouco mais especifico?
_ Salvando a vida da loirinha de novo. _ Depois num tom mais preocupado diz. _ As almas estavam aqui, eu senti.
_ O que aconteceu? Você está bem, querida?
_ Como sabe disso? Você também as vê? Quem é você? Como se conhecem?
_ Quantas perguntas. _ Novamente irônico.
_ Filha você está bem?
_ Sim mãe.
_ O que as almas queriam?
_ Nada mãe, apenas me assustar.
_ Mentira.
_ Cala a boca garoto.
_ Garota mal educada.
_ Filha não mente pra mim.
_ Olha o braço dela.
_ Oh meu deus, filha quem fez isso?
_ Eu mãe.
_ Ela não está segura aqui.
_ Eu sei, por isso irei leva-la pare Ostorford amanhã.
_ Você acha que ela estará segura naquela escola de merda?
_ Você sabe que lá é mais seguro do que aqui.
_ Deixe-me protegê-la?
_ Ei eu estou aqui, e não preciso de babá, mãe.
_ Saia Matheus, vá embora daqui.
_ Nem estive aqui. _ Diz enquanto sai.
_ Filha você está bem? Temos que conversar.
_ Agora não mãe sai, por favor me deixa sozinha.
_ Mas filha...
_ Mãe, por favor...
_ Está bom amanhã a gente conversa.
Fico pasma, assustada e confusa. Olho para o meu braço e começo a chorar, uma dor profunda invade meu peito. Pego do criado-mudo meu calmante, desesperada tomo vários comprimidos, deito na cama e tudo vai escurecendo.
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Oi estão gostando? me digam o que estão achando? Confesso que esse foi o cap. que mais gostei até agora.