Escuridão - A chave escrita por Queen K


Capítulo 17
A verdade sobre mim


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu u.u
Capitulo novo pra vcs, ai ai esse capi vai responder muitas das perguntas de Alicia de de vcs também.
Espero que gostem!
Boa leitura...



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(Alicia POV)


Minha visão estava embasada, eu estava com tontura e mal conseguia me levantar. Eu estava deitada no chão, em um solo confortável e verde, gramas vivas e macias. Com a queda bati meu corpo muito bruscamente no chão e estava o sentindo todo dolorido. Tudo em minha volta já havia parado de girar, menos minha cabeça, ela continuava girando e girando, me deixando tonta.

Tento me sentar com cuidado. Aos poucos minha visão volta ao normal e minha cabeça lentamente para de girar. A primeira coisa que vi foram flores, varias flores, da altura do meu joelho coloriam o lugar, não haviam árvores próximas, apenas flores e grama. O céu estava de um azul profundo e penetrante, não havia uma nuvem na imensidão azul e o sol brilhava forte.

Estava calor e poucas brisas de vento refrescavam o lugar levemente, mas não eram capazes de aliviar o forte calor que ali estava.

Eu já estava me sentindo bem então me levantei. Varias borboletas das mais lindas que já vi voavam por cima das flores e beija-flores coloridos iam de flor em flor bebericando seu néctar.

Não havia ninguém naquele lugar, era apenas eu e o forte calor que agora me deixara com sede.

Caminhei calmamente pelas flores até que avistei algumas árvores altas com o topo coberto por varias camadas de folhas verdes e saudáveis, como uma floresta, uma ao lado da outra fechando a visão do que havia lá dentro.

Curiosa fui até lá, no topo das árvores e no céu, haviam vários passarinhos das mais variadas e belas espécies, com um colorido natural de causar inveja. Eles cantavam uma doce harmonia de sons que alegravam o lugar.

Nessa floresta havia um caminho, como um corredor bem largo ao meio de tudo, onde separava as arvores e uma brecha da forte luz do sol clareava mais do que qualquer canto da floresta. Parecia levar em algum lugar, como eu estava perdida mesmo apenas segui o caminho.

O calor era insuportável, minha testa e meu pescoço suavam por estarem escondidos atrás do meu cabelo (Bendito dia que escolhi para deixa-los soltos). Minha calça jeans Skinny me apertava e me fazia sentir que minhas pernas estavam queimando.

(Hanna POV)

_ Preciso aperfeiçoar minhas aterrissagens.

Me levantei e bati a mão nas minhas roupas para limpá-las, eu já havia esquecido de como isso dava tontura, minha cabeça girava e eu quase cai perdendo o equilíbrio, mas aos poucos fui voltando ao normal.

_ Onde será que Alicia se meteu? – Perguntei para mim mesma.

Eu não estava muito longe do templo, bom... era o que eu pensava, pois havia caído em um tipo de jardim no meio do nada, havia um banquinho velho de madeira, varias flores e algumas árvores pequenas.

Ajeitei meu cabelo que estava todo bagunçado e fui á procura de Alicia.

(Alicia POV)

Eu já estava cansada de tanto andar, mas avistei aquele lugar que pra mim já era familiar, o solo verde, o pequeno riacho e a pequena cachoeira com o seu murmúrio doce. Esse lugar ficava ao meio da floreta bem no coração do lugar.

As árvores agora não estavam lado a lado de uma forma reta, mas sim formando um circulo em volta do lugar. Bem no centro ao lado do riacho uma estatua branca de uma mulher reluzia, era tão branca que nem parecia gesso, seus traços e suas curvas estavam bem definidas.

_ O que faz aqui? Pobre alma perdida. – Disse uma voz atrás de mim.

Assustada me virei rapidamente. Atrás de mim havia a figura de uma mulher com um sorriso simpático, ela vestia um leve vestido inteiramente branco, sua pele era um tom claro muito bonito, tinha olhos verdes esmeralda e seu cabelo escuro liso descia até a altura dos seios, ela era muito parecida com a mulher retratada na estatua.

_ Quem é você? – Perguntei.

_ Alicia. Até que enfim, você não sabe o quanto andei para chegar até aqui. – Disse Hanna aparecendo atrás de nós. _ Oh mãe natureza, perdoe-me. – Se curvou ao ver a presença da mulher.

_ Como você á invocou Alicia? – Perguntou se virando para me olhar.

_ Eu, é...

_ Ninguém me invocou, Hanna querida. Vocês estão na minha casa e eu sinto quando uma alma precisa de ajuda. – Respondeu a mulher se levantando.

_ Você pode me ajudar? – Perguntei para a mulher.

_ Sim querida. – Respondeu ela com um sorriso amigável.

Nesse instante a alma mais clara apareceu ao meu lado sorrindo, me assustei e comecei a me perguntar o que ela faria ali. A observei atentamente.

_ Você o vê querida? Essa pobre alma ao seu lado? – Perguntou a mulher com a voz amigável.

_ Sim. – Respondi.

_ Você sabe quem ele é? – Indagou.

_ Não. – Respondi fitando a alma.

_ É o seu pai. – Respondeu a mulher.

_ Há... m-meu pai. – Disse quase sem voz, eu estava pasma e incrédula. Isso foi como se uma forte pancada me atingisse me deixando sem ar. _ Meu pai está morto? – Perguntei olhado para a alma.

Agora todo se encaixava, o por quê de aquela alma sempre estar me vigiando e o por quê de ela estar me ajudando, ela era o meu PAI.

_ Ele não foi literalmente morto. – A mulher fez uma pausa. _ Ele está assim por que foi amaldiçoado. Você foi a primeira e única filha de uma mortal com um dos guardiões, isso era contra as regras. Seu pai não podia se envolver com uma humana, mas o fez e desse amor proibido nasceu você, uma pobre alma presa a uma terrível maldição apenas por nascer.

Eu não pude controlar as lágrimas, elas já escorriam por todo o meu rosto e eu apenas observava a alma a minha frente que me olhava com um sorriso culpado.

_ Seu pai tinha que mata-la, ele iria fazer isso pelo bem dos mundos. Porque se a sua maldição, se o seu propósito viesse a se cumprir, todos os mundos pagariam por isso. Porem quando chegou perto de ti não conseguiu, ele não pode mata-la, era sua filha. Então ele pagou por isso, foi amaldiçoado. – Continuou a mulher.

_ Você Alicia é uma chave, um amuleto. Quando você foi gerada as almas que o seu pai levava para o inferno ficaram presas a terra, vagando sem rumo por ai.

_ Por isso que elas dizem que irei liberta-las? – A interrompi.

_ Não. Você não as libertará da terra. Você é a chave do inferno, se você for morta no momento em que nasceu abrirá os portões do inferno deixando assim que as criaturas que o habitam possam viver livres pelos mundos, inclusive as almas. Essas criaturas iram destruir tudo o que existe, para criarem o seu próprio mundo da forma que quiserem. O seu pai virou uma alma, presa a terra assim como todas as outras para sofrer o que elas sofreriam pela fraqueza dele. A única maneira de ele voltar a viver é você morrendo e abrindo o portão. Poucos seres sabem disso, por isso tentam te matar antes de seu aniversario. Se você morrer antes do seu aniversario de dezessete anos, que é quando a lua e o sol ficam nas mesmas posições para que a profecia do portão seja aberto se cumpra, você a chave não vai existir, então não tem como você abri-lo.

_ Se ela é a chave do inferno como ela pode vir parar aqui? E como ela consegue ver criaturas que sós as bruxas podem ver? – Perguntou Hanna dando um passo a frente.

_ Eu também posso ser uma bruxa? – Perguntei.

_ Não. Alicia a sua alma já esteve no corpo de uma bruxa em uma outra vida, essa bruxa uniu a sua alma com a natureza, para se proteger. Então em todas as vidas dessa alma que você possui, a natureza estará entrelaçada. Você pode ver e compreender tudo da natureza, mas não possui magia em si. Por isso pode estar aqui. – Explicou a mulher.

_ E você quem é? – Perguntei com os olhos cheios de lágrimas. _ Como pode saber de tudo isso? – Minha voz saia fraca e cortada pelos soluços do meu choro.

_ Eu, querida sou a Mãe Natureza. Sei de tudo. Tem mais alguma pergunta para me fazer, que não posso ver nessa sua mente tão confusa e atormentada? – Disse a mulher arrumando seus cabelos pretos tão calmamente como se estivesse falando de algo tão normal a ela. Ela ainda continuava com o sorriso amigável.

_ Não é melhor a gente voltar? Ela está muito abalada. – Disse Hanna.

A forma como a mulher agia não me irritava por me tratar e tratar tudo sobre mim calmamente e normal, mas me trazia calma. Seus olhos esmeralda me mostravam força e maturidade para tentar lidar com tudo aquilo.

Eu não sabia como eu estava aceitando tudo aquilo. Nos meus modos normais eu já teria estourado, gritado e negado tudo. Eu não iria conseguir ouvir uma palavra a mais, ia ser de mais pra mim, eu estava exausta por tudo aquilo, mas me sentia forte para continuar. Firmei meus pés no chão e enxuguei as lágrimas dos meus olhos.

_ Meu aniversario é daqui dois dias. Como irei abrir o portal? – Indaguei.

_ Você não, a sua morte abrira. Você sabe a hora exata em que nasceu? – Perguntou a mulher.

_ Sim. – A respondi.

_ Então nesse momento, com nenhum segundo a mais ou a menos, ele iria te matar. Agora você está cansada, precisa voltar e descansar muito para estar forte no momento final, talvez ainda aja esperança.

Após ouvir essas palavras meus olhos se fecharam e meu corpo começou a cair, não senti o baque brutal e dolorido de meu corpo tocando o chão, mas sim como se eu estivesse caído em algo macio e fofo, aconchegante como um colchão ou algo do tipo. Eu ouvia a doce voz da mulher cantando algo que não conseguia compreender, eu não a via, não via nada apenas uma luz clara e profundo, e então adormeci.



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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Reviews!!!!!!!!



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