Eternally escrita por Luna Weasley, Luuh Weasley


Capítulo 7
Em seus braços


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!
PS: Acho que irão gostar desse capítulo!



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POV Fred

A castanha estava sentada a minha frente. Os olhos vidrados em um livro enquanto eu e meu clone falávamos sobre a loja. No fundo eu não estava bem interessado nisso, afinal, Bill estava tomando conta dela e eu confiava muito nele. Ele é meu irmão.

De repente Rony chegou todo alegre e sentou-se ao lado de Hermione. O ruivo estava com uma cara de bobo e olhava o ar como que enfeitiçado.

– O que aconteceu Rony? – A castanha disse curiosa.

– Ela me beijou. – Ele disse com a voz calma e serena. George quase cuspiu a água que estava tomando.

– Quem? – Também disse curioso. Hermione fez uma cara de “sabe-tudo” e soltou um sorriso para mim. Um belo sorriso como sempre.

– A Lilá é claro. – Ela disse entre risadas. – Como foi?

– Bom. – Ele disse enquanto olhava para o lustre. Nunca tinha visto ele assim.

– Bom?? Você recebe um beijo e diz somente que foi bom? – Quando virei-me deparei com uma loira com cabelos cacheados olhando irritada para meu irmão.

– Não Lilá. Eu posso explicar... – Ele saiu feito um cachorrinho atrás dela deixando-nos sozinhos novamente.

Olhamos um para a cara do outro e rimos.

– Esses dois ainda vão dar muito o que falar. – A castanha comentou enquanto eu e meu clone riamos sem parar. – Como andam as coisas com a Angelina, Fred?

Pude sentir meu rosto ficar frio e provavelmente pálido. Desde que havia abandonado Hogwarts não nos falávamos mais. Aliás, já fazia um bom tempo que isso não acontecia. Nem sei se poderíamos considerar que ainda namorávamos. Para ser sincero não ligava mais para isso.

– Não nos falamos faz um tempo...

– Hum... – Ela voltou a atenção para o livro. Pegou um pergaminho e começou a escrever.

POV Hermione

Assim que terminei o dever de Runas Antigas subi para o dormitório. Lilá estava toda contente conversando com Ginny enquanto eu entrava. Disseram um “Oi” rápido e voltaram a conversar. Me sentei na cama e fiquei observando o Sol se pondo no horizonte.

Ele foi chegando devagar a aos poucos roubou minha mente e meu coração.

Do nada chegou e se transformou em tudo. Nem mesmo eu tinha percebido até aquele momento.

Era um fato. Eu estava gostando do irmão do meu melhor (ou quase) amigo. E o pior: tinha certeza de que ele não me amava, mas sim Angelina.

Aquilo me remoía por dentro, era uma sensação que não queria sentir nunca mais na vida. Era como se um monstro me matasse aos poucos: o meu próprio coração.

Ele já tinha seu próprio amor, porque gostaria de uma nerd que não faz nada a não ser estudar? Éramos totalmente diferentes, e isso não mudaria de jeito nenhum.

Aqueles olhos castanhos não saíam de minha cabeça. O monstro urrava em meu peito e a cena que ocorreu mais cedo (eu em seus braços) me fazia chorar.

Acho que Lilá e Ginny ouviram meus soluços. Vieram em minha direção e sentaram-se ao meu lado na cama. Não disseram nada, apenas ficaram acariciando meus cabelos.

Lilá cortou o silêncio:

– O que foi Mione? – A voz que ouvira mais cedo havia sumido. Uma voz calma e carinhosa surgiu na loira.

– Nada! Sou uma idiota, só isso. – Solucei. – Vivo acreditando no impossível.

Não disseram mais nada. Apenas se entreolharam e ficaram ao meu lado até que adormeci entre prantos.

Acordei no dia seguinte com um filete de sol que entrava por entre as cortinas vermelhas tocando minhas pálpebras. Deviam ser mais ou menos uma 6 e meia. Levantei-me, lavei rosto que estava meio inchado pela choradeira da noite anterior e me troquei.

Quando desci vi uma ruiva e uma loira aos berros com outro ruivo. Eram Ginny, Lilá e Fred.

– Você é um imbecil mesmo! – A ruiva gritava para o irmão. A varinha estava em sua mão.

– O que foi que eu fiz? – Ele dizia confuso enquanto olhava a cara irritada das duas.

– Não se faça de besta. O que você fez para ela chorar ontem a noite inteira? – A loira disse enquanto ficava mais vermelha. Ele não respondeu. Apenas uma expressão de alegria surgiu em seu rosto mas aos poucos foi se apagando.

– Mione estava chorando?

– Claro! E a culpa é sua! O que foi que você aprontou dessa vez? – O rosto da ruiva estava quase tão vermelho quanto seu cabelo.

– Deixa eu ver se entendi: Mione estava chorando por minha causa ontem à noite?

–Sim! – As duas responderam em couro.

– Obrigado meninas! Vocês salvaram meu dia! – Ele deu um beijo na testa de cada uma e saiu feliz da vida pelo buraco do retrato.

Eu não podia acreditar. Ele estava feliz por eu estar triste? Não fazia sentido, ou fazia? Estava decidida. Á partir daquele momento ele não fazia mais parte de minha vida e nunca mais faria. Se quer saber, acho que seria melhor para nós dois assim.

POV Fred

Agora eu tinha certeza. Não era o único. Ela devia sentir o mesmo que eu. Quando falei de Angelina na noite anterior ela deve ter se magoado. Desci correndo para o Salão Principal afinal ela sempre era uma das primeiras que chegava para o café, mas me deparei com seu lugar habitual na mesa vazio. Olhei para todos os lados mas nem sinal da castanha.

Provavelmente devia estar na biblioteca e ficaria mais zangada se eu a interrompesse. Decidi me sentar.

Logo depois George entrou no salão.

Não nos falamos muito, e para ser sincero também não estava muito preocupado com isso.

POV Hermione

Assim que a 1ª aula acabou eu teria um tempo livre, que por azar seria no horário do dos gêmeos. Não fui para o Salão Comunal, até porque não queria me encontrar com eles. Decidi adiantar o dever de Poções e fui para os jardins.

Estava sentada debaixo de uma árvore escrevendo no pergaminho quando Luna chegou por trás e sentou-se ao meu lado.

– Olá! – Ela disse timidamente.

– Oi. – Fiz uma pausa. – Também está com o tempo livre?

Ela assentiu.

– Ginny me contou que estava chorando ontem. – Ela disse do nada.

– É. As notícias correm não é mesmo? – Rimos.

– Porque estava chorando? – Aquele olhar de curiosidade incessante surgiu em seu rosto.

– Por um idiota.

– Se ele é um idiota porque estava chorando por causa dele? – Essa era uma boa pergunta.

Parei para pensar alguns segundos.

– Acho que é porque também sou uma. – Falei com um ar tristonho.

– Quem era esse idiota?

– Ginny não te falou? – Ela fez que não com a cabeça. – Um certo ruivo.

– Hum... – Ela pensou um pouco. – Entendi. Já havia percebido.

– Percebido o que?

– Como ele te olha e como você retribui o olhar. – Ela disse tão descontraidamente como se fosse a coisa mais natural do mundo. Talvez para ela fosse, mas não para mim. – Vocês estão namorando? – Seus grandes olhos azuis me encaravam.

– Não, claro que não. – Pude sentir minhas bochechas corarem.

– Entendi... – Ela fez uma pausa. – Pensei que sim. – Ri mas pude perceber que ela não havia entendido o porque.

Fez-se silêncio por alguns segundos novamente.

– Se os dois se gostam, porque não estão juntos? – Olhei para ela meio espantada. Desde que a conhecia ela achava tudo tão simples mesmo sendo tão complicado. Não respondi. – Hum... entendi.

– O que?

– Orgulho. – Ela disse com displicência novamente. – Se eu fosse você, e soubesse que realmente vale a pena já teria ido atrás dele.

Dizendo isso ela saiu saltitando em direção ao castelo.

POV Fred

Já havia procurado a castanha em todos os lugares possíveis mas não a encontrei.

Estava andando por um corredor em direção ao Salão Comunal quando olhei para o jardim e vi uma menina com cabelos armados sentada na grama escrevendo. Meu coração se encheu de esperanças. Corri o mais rápido que pude até a grande árvore.

– Fred? – Ela disse assustada enquanto se levantava e largava a pena e o pergaminho no chão.

Apenas corri a seu encontro e abracei-a com toda a força que tinha.

– O que você está fazendo aqui? O que você quer... – Calei-a com um beijo.

Seus lábios macios tocavam os meus. Ela tentou se soltar, mas eu era mais forte do que ela. Seus olhos castanhos encaravam-me até que finalmente se fecharam entregando-se aos meus braços.

Um milhão de borboletas voavam de lá para cá em meu estômago. Sentia uma felicidade inexplicável, e se pudesse, ficaria li o dia inteiro. Nunca havia me sentido assim, nem mesmo com Angelina.

– Eu te amo garota! Pare de fugir de mim! – Disse vendo suas bochechas vermelhas. Dei-lhe um outro beijo, só que mais intenso.

– Eu também te amo Fred. Você ouviu? Eu te amo! – Ela disse enquanto colocava as duas mãos em meu rosto. Nossos olhos ficaram frente a frente novamente.

Nos largamos e ficamos um olhando para a cara do outro. Os dois estavam vermelhos como um pimentão e emanavam felicidade visível para qualquer um que passasse por ali naquele momento.

– Me... me desculpe por Ginny e Lilá. – Ela disse ainda meio extasiada pela sensação do beijo.

– Não foi culpa sua. E se não fosse por elas nem estaríamos aqui, agora. – Ela riu. – Me desculpe por ontem à noite também.

Abracei-a novamente só que mais forte.



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Notas finais do capítulo

O que acharam? O que pode ser melhorado? Como sempre sugestões e críticas são bem vindas! =)
E então? Demorou uns capítulos mas enfim aconteceu? O que acharam (Eu particularmente achei que ficou meio estranho o último POV)?
Beijos e até o próximo capítulo!! ^.^