The Secret escrita por Ronnie


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, espero que gostem, ok? Os outros cap. serão mais longos e explicativos. Prometo! Beijinhos! =)



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–Caso número duzentos e quarenta e sete... - disse o homem de terno e gravata sentado à minha frente. Ele parecia ser um cara legal, ter uma casa e uma família para sustentar, não que isso seja errado, pensando bem, é até lindo de se ver. Por que hoje em dia, não vemos muito disso. Ele tinha olhos verdes e cansados, nariz pontudo e grande, cabelos negros com mechas grisalhas. Um cara normal, fazendo seu trabalho.

–Podemos começar logo com isso?! - eu nunca gostei de interrogatórios, ainda mais vindo de pessoas desconhecidas.

–Calminha, senhorita... - ele olhou em uma prancheta e levantou seu olhar até mim.

–Black! - falei rispidamente. Vamos ser sinceros! Ninguém gostaria de estar no meu lugar!

Ele me olhou mal encarado e voltou a sua prancheta. Deu mais algumas analisadas perceptíveis, pois seus olhos percorriam a folha apressadamente.

–Então, senhorita Black... Como está? - falou ele com um sorriso sinico estampado em seu rosto e com os braços cruzados sobre o peito. Fiz o mesmo.

–Vamos logo ao ponto. - disse fazendo o mesmo. - Eu não matei meus pais senhor! Eu os amava e pronto! - eu estava a ponto de levantar e sair dali correndo. Só de estar ali, já me apavorava, mas agora, olhando nos olhos daquele homem, parecia que ele iria tirar até a última gota da minha vida.

–Queria muito acreditar na senhorita, mas não consigo. - ele não era mais um bom rapaz! Agora era o cara que eu iria bater se não ficasse quieto e me deixasse sair daquela sala escura, onde só havia uma luz centralizada, eu, o homem e uma mesa de ferro nos separando.

–Por que não?! Sou apenas uma adolescente que estava na hora errada e no momento errado! - podia parecer que eu não tinha sensibilidade por não me preocupar com a morte de meus pais, mas já havia duas semanas que isso havia acontecido e eu ainda chorava todas as noites no travesseiro pensando em meu pai vindo em meu quarto me dar boa noite.

–Por que é bipolar Melany! - ele levantou a voz. Não parecia nada feliz com aquela conversa, mas eu também não estava.

–Não fale alto comigo! Não sou nada sua! - gritei colocando as palmas das mãos na mesa.

O homem respirou fundo e se acalmou.

–Só quero saber o que sabe. - disse ele com os olhos fechados, provavelmente estava contando de um a dez.

–Tudo que eu sei, já contei! - falei respirando fundo. Aquele homem me dava nos nervos!

Ele continuou com a mesma cara de limão azedo, então, parti a falar novamente:

–Eu estava dormindo, ouvi um barulho estranho no quarto de meus pais, fui até lá e eles estavam deitados na cama, aparentemente dormindo, então cheguei mais perto e os dois estavam mortos. É isso! - eu falava com rispidez, mas só de recordar, meus olhos se enchiam de água, mas eu não as deixava escapar.

–Hm... - ele resmungou. - Lembra-se de mais alguma coisa? - disse ele escrevendo em sua prancheta. O soar da caneta me irritava.

–Se eu me lembrasse... - pensei um pouco. - Diria! - talvez não, mas... Isso é problema meu e não dele.

–Tente cooperar Melany! - resmungou ele, com os olhos pregados na prancheta.

–O que tanto escreve aí, hein? - perguntei aflita, tentando ver o que era.

–Dados sobre você. - disse ele, ainda com os olhos na prancheta.

–Fale-me um. - me encostei na cadeira de ferro e cruzei os braços. Fitando-o.

–"Garota bipolar"... - ele fez uma pausa e me olhou com um leve sorriso no canto da boca. - "E que não deve por seu nariz onde não é chamada!" - falou ele por fim.

Meu sangue subiu até a cabeça ao ouvir aquilo.

–Como é que é?! - gritei, me levantando.

O homem apertou um botão que havia em baixo da mesa e disse:

–Chame a segurança. - eu não era criminosa! Não precisavam chamar ninguém!

Então, fiquei com mais raiva ainda dele!

Dois homens grandes e fortes entraram na sala e me olharam com um ar maquiavélico. Um era alto, forte, branco e com cabelos castanhos e o outro era um tanto magricela, mas ainda sim forte, moreno, de olhos verdes e cabelos negros.

–O que foi?! Agora vão me prender?! - disse olhando-o, me apoiando na mesa firme e cinzenta.

–Sente-se Melany e ninguém sairá mal daqui. - disse o homem, ainda escrevendo.

Respirei fundo e fui até ele. Meus passos foram rápidos, precisos e diretos.

–Daria para parar de escrever?! - tirei a caneta de sua mão e olhei o papel.

Estava escrito: "Completamente louca". Foi à gota d'água!

Olhei-o com raiva e agarrei seu pescoço por trás.

–Eu não sou louca! - gritei enquanto as lágrimas caíam em cascata pelo meu rosto. - Não sou!

Imediatamente os dois homens grandes vieram para cima de mim, mas nada me faria soltar do pescoço do homem. Até que senti alguma coisa me espetando no braço esquerdo e devagar, meus olhos foram fechando e minha visão ficando embaçada, eu não via mais nada.



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