Escolhas escrita por Rosa Scarcela


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Percebi, pelos comentários, que vocês querem saber coisas da Bella, o que ela estava fazendo, onde ela estava etc. Quero fazer um esclarecimento. O Ponto de Vista é do Edward e ele não sabe o que passa com a Bella... Ele não sabe onde ela está, o que ela comeu, o que aconteceu nos últimos anos... Ele não sabe absolutamente nada... Saberemos apenas o que a Bella contar, ok?
Obs.: Agora faltam apenas 05 capítulos para o final, e mais um ou dois extras...



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Eric apenas me olhava. Percebi meus pais posicionarem-se cada um de um lado meu. – Consegue ver, filho? - Esme questionou.

Apenas assenti. Eu não tinha dúvidas. Eric era meu filho. Meu filho e de Bella, a única mulher que eu amei. Assustei-me quando, de repente, a porta do quarto foi aberta.

– Amor? – Bella perguntou desesperada. Olhava para todos os lados. Sai da frente da maca e ela viu o filho, correndo ao seu encontro.

- Bebê, perdoa a mamãe – Bella tentava abraçar Eric desajeitadamente, de forma que não o machucasse. – Eu amo você, filho. Me perdoa.

Perdi a razão quando Charlie Swan entrou no quarto. Quando percebi, já o agarrava pelo colarinho do casaco e o forçava contra a porta.

- Seu bêbado! Olha o que você fez! – acusei. Sentia meu pai me puxando para trás  mas era como se ele não fizesse nenhuma força. Eu estava entorpecido. O medo no rosto do pai de Bella alimentava minha ira. – Velho maldito!

Do nada, senti uma corrente elétrica a partir do meu braço. E me virei, soltando Charlie e me afastando. Sai do transe e ouvi gritos, choro de criança, resmungos, mas aquela voz que eu sempre amei, que ansiei ouvir nos últimos anos, aquela voz carinhosa esta toda errada.

- Você está maluco, Cullen! Quem você acha que é para agredir o meu pai? – Bella gritou me enfrentando.

- Ele quase matou o Eric! – gritei de volta.

Bella arregalou os olhos. Não sei o que se passava em sua mente, mas ela cessou os gritos.

- Foi um acidente. Crianças sofrem acidentes.

- E onde ele – apontei para o estático Charles no canto do quarto – estava que não evitou? É a mesma coisa!

Bella veio para cima de mim com o dedo em riste, batendo no meu peito. – Se meu filho está vivo é por causa do Charlie. Se há alguém que eu poderia confiar o meu filho, esse alguém é o meu pai. Foi ele que me convenceu a não abortar quando me vi grávida e sozinha. Foi ele que se humilhou diante da minha mãe e do namorado dela para que eu pudesse morar com eles.

- Você não está negando que o Eric é meu filho! – contra-ataquei.

- O Eric é apenas meu filho. Ele não tem pai.

- Mamãezinha! – acho que foi só nesta hora que Bella lembrou de nossa plateia e do filho chorando. Ela correu e tentou desligar os aparelhos de monitoramento, sendo contida por Carlisle.

- Me solta, doutor Cullen. Vocês não podem me obrigar a nada. Eu não quero meu filho perto de vocês. – Bella ainda tentava tirar Eric da maca.

Aquela não era a minha Bella, cheia de raiva, angústia, amargura. Mas eu também não era o mesmo Edward. E eu ia lutar. – Você sabe que eu posso fazer um exame de DNA, não sabe, Isabella?

- Atreva-se a tirar uma gota de sangue do meu filho sem a minha autorização e você vai saber do que eu sou capaz, senhor Cullen.

- Edward, vamos dar espaço a senhorita Swan – Esme sugeriu já me empurrando sutilmente para fora do quarto. – Ela está preocupada com o filho e aqui não estamos ajudando em nada.

Em nenhum momento o olhar de Bella se desviou do meu. Ela me encarava em tom de desafio. Eu também encarei de volta. Sai praticamente arrastado pelos meus pais.

No corredor, as broncas começaram. – Você está maluco, Edward? Estamos em um hospital! – sussurrou alto.

- Não seja hipócrita, Carlisle! Eu não vi sua ética naquele quarto. Só agora você reclama, mas ficou bem quieto vendo o circo pegar fogo.

- Eu tinha esperança de que Bella confirmasse as nossas suspeitas – confessou cabisbaixo.

-

Me restavam poucas horas em Forks. Os feriados estavam chegando ao fim e eu não voltei a me encontrar com Bella. Estava com medo de ela sumir novamente levando, agora, meu filho. Eu estava disposto a qualquer coisa para impedi-la, até o momento que tive uma séria conversa com Alice.

Tão logo sai da pediatria do Hospital de Forks, voltei para a casa dos meus pais. Eu precisava da minha filha perto de mim. Precisava me acalmar. Eu sequer conseguia recordar se em algum momento de minha vida já tinha tido um comportamento semelhante.

Alice e Lilly estavam na sala, ambas sentadas no tapete claro e peludo, desenhando e colorindo papeis. – Titia, cadê o papai? – Lilly perguntou, sem desviar seu olhar do trabalho que fazia.

Me juntei à elas puxando minha filha para o meu colo. – Estou aqui, princesinha. Desculpe a demora. – Beijei o topo de sua cabeça.

Alice, assim que me viu, percebeu que havia algo errado. Eu sentia falta de conversar com um adulto. Eu realmente sentia falta da minha irmã.

- Estou te ouvindo – Alice me incentivou.

E eu contei tudo o que houve no Hospital, desde conhecer o Eric, que tinha grande possibilidade de ser meu filho, passando pela briga, até meus atuais pensamentos de não permitir que Bella tirasse meu filho de perto de mim.

- O quanto isso pode ser saudável para as crianças ou para vocês dois?


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