Edward PDV

O sábado havia amanhecido ensolarado, coisa rara em Forks, minha mãe cantava pela casa quando eu cheguei com as compras. Hoje ela iria fazer um belo almoço em família, havia convidado ate Stella. Antony provavelmente ainda estava dormindo, deve ter ido a festa de Quil na noite anterior, vários garotos deram entrada no pronto socorro ontem por causa de brigas na reserva, espero que ele não esteja envolvido.

—aquele vagabundo ainda está dormindo mãe? –ela me encara furiosa. –o que?

—você sabe que não gosto quando você o chama assim. –ela resmunga. –e sim ele ainda esta dormindo acorde ele, por favor.

—ok. –falo subindo as escadas. Meus pais voltaram a morar juntos depois do nascimento de Antony, depois de grande ele havia ficado com meu quarto já que eu morava sozinho. Às vezes ele ia passar o fim de semana comigo quando eu estava de folga, ele era um bom rapaz.

—Antony seu preguiçoso vem ajudar a mãe. –falo puxando seus pés, o que nunca funciona. –não acredito, vou te jogar um balde de água Antony Cullen!

—me erra cabeção. -ele resmunga com a voz rouca.

—ora seu... –eu falo me jogando em cima dele e fazendo cocegas. –quem é o melhor irmão do mundo?

—para Ed... É você tá legal? –ele responde rindo. –sai de cima.

—ok, agora se apronta e desce pra ajudar a mamãe. –falo saindo do quarto.

Uma hora depois fui buscar Stella que vinha carregando uma enorme travessa, provavelmente fez alguma sobremesa, minha mãe agradeceu e depois de um tempo todos estávamos almoçando em meio a conversas sobre o dia a dia.

—Tony como vai à escola?-pergunta meu pai.

—bem. –ele responde desconfiado. –por quê?

—levando em consideração o histórico do seu irmão no ensino médio acho bom sempre verificar você. –responde nossa mãe sorrindo. –Edward querido quando você vai pedir Stella em casamento? –ela pergunta me fazendo cuspir o suco e Stella engasgar com a comida.

—mãe! –eu reclamo tentando ajudar minha namorada.

—o que? Você esta ficando velho, e eu quero ter a dadiva de ser avó pelo menos uma vez.

—então pede pro Antony um neto! –resmungo emburrado, ela sabia que não era hora do papo “casamento”. Stella me encara e vi que falei merda. –não é que eu não queira, só que agora não daria certo eu estou trabalhando demais vocês sabem disso, Stella esta se desdobrando no trabalho e no curso de turismo também.

—querida pare de importunar nosso filho, e além do mais temos Antony. –diz meu pai rindo da cara de indignação de minha mãe.

—ele é só um bebe. –ela resmunga me fazendo revirar os olhos.

—aham, e se não existisse preservativo você já teria uns 5 netos. –eu retruco deixando ele vermelho, não sei se de raiva ou vergonha.

—Edward! –ele fala me fitando.

—o que? Não pode contar pros velhos as suas aventuras por Seattle? –ele nunca havia ido a Seattle aprontar, ele me confidencia muitas coisas, desde seu primeiro beijo ate sua primeira vez, e eu lhe paguei a primeira cerveja. Mas isso não vem ao caso e essa confusão tiraria a atenção de mim.

—você foi fazer o que em Seattle? –pergunta nossa mãe e ele me olha mais furioso ainda.

—eu não fui, é mentira do Ed.

—Edward pare com isso vocês parecem dois adolescentes. –reclama meu pai. –e sua mãe fica louca com isso.

—mãe é mentira ta legal?

—vocês vão acabar me matando. –ela resmunga com a mão no peito e Stella ri. O almoço segue em paz e logo eu e Stella temos que ir embora.

—querida está cedo ainda, fique mais um pouco.

—bem que eu queria Esme, mas tenho prova na segunda e preciso muito de nota.

—tudo bem, Edward leve ela em casa.

—certo sargento. –falo batendo continência e rindo.

O caminho ate a casa de Stella é silencioso demais e sei que ela está pensando na historia de casamento que minha mãe falou mais cedo. Eu não quero tocar no assunto, mas vejo que preciso esclarecer as coisas.

—olha Stella, sobre o que minha mãe falou mais cedo...

—não se preocupe Ed, não estou ansiosa pra casar. –ela diz tentando rir, mas não consegue. –certo talvez eu esteja.

—desculpe, mas acho que ainda não é a hora certa você ainda está lutando com seu curso e eu ando correndo tanto pra por as coisas no lugar...

—eu sei, entendo seu lado Edward, mas o tempo está passando.

—logo tudo se acerta e damos um jeito nisso.

—dar um jeito nisso? Esta achando que nosso relacionamento é algum problema pra “dar um jeito”? –ela diz irritada. Fiz merda.

—não foi isso que...

—não foi o que pareceu.

—Stella não vamos brigar, por favor. –peço passando uma das mãos no cabelo. Ela resmunga algumas coisas e vira a cara pra janela, quando chegamos a casa dela e só desce do carro batendo a porta com força e entrando.

—valeu dona Esme. –falo voltando pra casa e ela está na sala me esperando.

—e ai? Como foi com Stella?

—graças a seu comentário sobre casamento ela está furiosa comigo. Muito obrigada. –falo subindo as escadas e invadindo o quarto de Tony.

Bella PDV

—por favor, pai não vai não.

—Vai ficar tudo bem, você vai ver vou chegar a tempo e com seu presente. Vai querer o que?

—um carro seria uma boa. –ela diz tentando chantagear ele, que ri.

—nem pensar, escolhe outra coisa.

—quero uma viagem de férias pra mim e pro Tomo, vamos ir pra algum lugar bem longe...

—querem se livrar da gente? –pergunto entrando no quarto.

—que feio dona Isabella ouvindo a conversa dos outros. –ele diz me encarando.

—aham, como se você não fizesse isso. –respondo revirando os olhos e sentando ao lado de Emery. –querem ir pra onde querida?

—anda não sei bem, mas quero respirar novos ares conhecer outras culturas e passar um tempo longe de todo mundo. –ela diz sorrindo. –nada contra vocês nem meus tios, só acho que preciso disso antes da faculdade. E pra não ir sozinha, ate por que você não ia deixar, eu quero que o Tomo vá junto.

—ok, você tem bons argumentos. –eu falo rindo.

—parece ate sua mãe. –ele resmunga. –ok eu dou a viagem, mas vai ter que me dizer pra onde antes da viagem de volta pra eu reservar as passagens, hotel e o que mais precisar.

—você a mima demais.

—não mimo não. –ele diz levantando. –meu voo sai em uma hora, vamos?

Já no aeroporto Emery se despede de Jacob com um abraço demorado e um pouco de lagrimas, ele ri e bagunça o cabelo dela. Meu coração fica apertado por algum motivo, mas logo espanto a sensação pra longe e volto a rotina.