Leah escrita por Jane Viesseli


Capítulo 39
Eu te Amo!




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― Carlisle faça alguma coisa, por favor!!! – pede Leah já em desespero. – Lucian fale comigo!

― A ferida está infeccionada e seu corpo parece não conseguir curá-la, está fraco demais, tenho que levá-lo à internação imediatamente!

Carlisle levanta o corpo do cherokee do chão e o coloca nos lombos de Jacob, levando-o às presas para sua própria casa, onde poderia instalá-lo aos equipamentos médicos lá guardados, restando para Edward a missão de acompanhar Leah floresta a dentro, somente para se certificar de que ficaria bem...

Apesar do retorno de seu amado, Leah ainda podia sentir o imenso vazio em seu peito, como se a chance de perdê-lo ainda existisse. Será que a vida seria tão cruel com ela a esse ponto? De separá-los, logo agora que finalmente retornou para casa? Ela não podia aceitar tal ideia, achava tudo isso muito injusto, não contendo a tristeza e as lágrimas no caminho para casa.

Edward queria dizer algo, queria lhe dar segurança e garantir que tudo terminaria bem, mas o vampiro não tinha essa certeza e não podia garantir algo tão importante. Estar dentro da cabeça da quileute, vendo seu sofrimento tão de perto, o fazia ficar ainda pior.

Seguindo o caminho contrário estava Carlisle, chegando à casa Cullen aos berros, clamando por ajuda. Esme e Jasper rapidamente vêm ao seu encontro, assustando-se com o estado em que o lobo se encontrava e compreendendo no mesmo instante o porquê Carlisle queria ajudá-lo: uma vida era uma vida, não importando de que espécie fosse.

E assim aquela tarde se passou. O que era para ser um dia de festa, transformou-se em aflição e preocupação. Lucian estava mal e, após a limpeza e a sutura de seu ferimento, foi encaminhado ao soro e ligado a um monitor cardíaco. Os Cullens não podiam deixar de sentir pena do cherokee, desejando do fundo do coração que se recuperasse logo.

A noite cai e Lucian é encaminhado à segunda bolsa de soro, enquanto Alice ajeitava seus cabelos com uma tesoura.

― Fique bem logo – sussurra ela com pesar. – Leah e o seu filho precisam de você... Confesso não simpatizar muito com filhos da Lua, afinal, a natureza nos colocou em lados opostos da balança... Mas ela esperava ansiosa pela sua volta, queria que você escolhesse o nome da criança. Não pode abandoná-la agora, não pode deixá-la depois de tanta luta! – Termina, com uma pontada de frustração em sua voz.

A vampira se atenta à chegada de Edward, que dedicara todo o seu tempo a explicar ao bando o que havia acontecido em Volterra. Ele chama a todos para uma reunião, a fim de contar-lhes os mesmos acontecimentos, fazendo a história perdurar durante toda a noite e o seu corpo estremecer novamente, ao se lembrar das terríveis imagens que Lucian lhe mostrara. E quando terminou seu longo relato, ele podia ver o choque nos olhos de todos.

― Isso é horrível! – comenta Bella. – Não desejaria tal coisa nem mesmo para ele, que é um inimigo natural. Viver como uma cobaia é maldade demais para mim...

― Será que ele sobreviverá? – pergunta Nessie.

― Sim – acalma Carlisle –, seu estado era crítico, mas conseguimos colocá-lo no soro a tempo, agora é esperar que seu corpo se restabeleça e volte ao ritmo acelerado de sempre, para que se cure sozinho.

― E Leah, como está? – pergunta Alice ao irmão.

― Ficou muito chocada com toda a história e, apesar de não ter dado tantos detalhes como dei a vocês, ela parecia poder sentir a dor que ele sentia somente de ouvir falar. Por fim, pedi que ligassem, caso precisassem...

O Sol desponta no horizonte anunciando o amanhecer. Carlisle examina o estado do lobo pela décima vez, desde que o internara. Já era possível ver a melhora em seu corpo, pois suas olheiras desapareceram e suas feridas se restabeleciam pouco a pouco, mas parecia não ser o suficiente para ele acordar. O vampiro retira o celular do bolso da calça e disca os números rapidamente, sendo atendido no terceiro toque.

― Alô! – atende Sue do outro lado.

Carlisle explica o quadro clínico de Lucian à mulher, que suspirava aliviada por ele estar fora de perigo, não percebendo que a conversa estava sendo ouvida por mais alguém além dela, mais exatamente, por Leah, que despertara com o toque do telefone.

― Como assim ele não acorda? – pergunta Sue – O soro não estava funcionando? Por que ele não acorda? Não me diga que entrou em coma? – palpita num sussurro.

Aquilo era demais! Leah sente seus olhos umedecerem novamente e seu corpo tremer. Ele não poderia entrar em coma, não poderia se afastar dela mais uma vez... Uma forte pontada lhe acerta o baixo frente, fazendo-a gemer alto e aparar a barriga instintivamente, enquanto algo lhe escorria pelas pernas. Ela olha para baixo e arregala os olhos, enfim era chegada a hora de seu filho vir ao mundo.

― Mãe – chama ela, fazendo a mulher deixar o telefone por alguns minutos para atendê-la.

― Precisa de algo? – Para de repente, correndo de volta ao telefone. – Carlisle venha rápido a bolsa se rompeu! – grita afoita.

Era tensão demais para uma única manhã! Sue corria de um lado a outro, preparando toalhas e água, enquanto Seth corria ainda mais aflito por não saber o que fazer. Carlisle chega à casa rapidamente, na companhia de Esme e Jacob, deixando os demais membros da família Cullen para trás, cuidando do cherokee inconsciente.

Leah estava em sua cama, pois as dores das contrações vinham com força e com curtos intervalos de tempo. Não havia tempo de levá-la para o hospital, o bebê estava com pressa e o parto teria de ser feito ali mesmo.

Com as portas devidamente fechadas e os familiares a esperar na sala, Carlisle e Esme se preparam rapidamente para o grande momento. A esta altura, todo o bando já se fazia presente na casa, chamados por Seth, que já não conseguia conter sua ansiedade. Somente Hana não podia estar lá, apesar de desejar tanto, pois não conseguiria ficar muito tempo próxima aos vampiros.

― Muito bem, Leah, vamos trabalhar juntos agora. Vai ser um pouco difícil, pois você tem um garotão e tanto, mas peço que seja forte!

Esme se coloca ao lado da quileute, segura sua mão com força, incentivando-a e estimulando-a, mas Leah tinha ciência de que não seria assim tão fácil... E assim o trabalho de parto se inicia!

Enquanto isso na casa dos Cullens, Alice trocava o soro de Lucian mais uma vez, enquanto conversava com Jasper e Bella. O trio cogitava com empolgação sobre a aparência do bebê e com quem ele se pareceria mais, de quem puxaria o temperamento e em qual das duas espécies de lobisomem ele se transformaria.

― Independente do tipo de lobo, eu e Edward o presentearemos com um berço. Leah ajudou a me proteger, mesmo não gostando muito de mim e esta é minha chance de agradecer...

― Eu também quero presenteá-lo – murmura Alice, magoada por não ter tido a ideia primeiro.

― Podemos providenciar algo para ele – incentiva Jasper, fazendo a vampira sorrir.

― Só estou preocupada com uma coisa – continua Bella. – Carlisle mencionou que o bebê estava realmente grande e que o parto poderia ser difícil. – Pausa. – Ele pretendia fazer uma cesárea, mas ela rejeitou...

― E o que te preocupa realmente? – pergunta Alice.

― Será que ela sobreviverá?

Alice e Jasper se entreolham surpresos, pois, infelizmente, aquela possibilidade existia quando o parto normal era tido como difícil e arriscado... O aparelho cardíaco ligado ao cherokee começa a apitar de maneira frenética, oscilando com rapidez e assustando os vampiros, que já imaginavam se tratar de uma parada cardíaca. Por que estava reagindo assim, tão de repente? O que estaria acontecendo?

Edward adentra a sala rapidamente para averiguar o equipamento, no exato momento em que Lucian abre os olhos subitamente, fazendo-o recuar com o susto. Sua íris estava negra como uma noite sem Lua, sua respiração acelerada e, no aparelho, era possível ver o quão rápido seu coração estava a bater.

― Sobre o que estavam conversando? – pergunta aflito.

― Sobre a possibilidade de Leah não sobreviver ao parto – explica Alice, também recuando.

― Nossa conversa deve ter mexido com os instintos dele, saiam todos de perto, ele vai se transformar aqui mesmo – alerta Jasper.

O corpo de Lucian cresce rapidamente, os pelos surgem por todo o corpo, encobrindo toda a pele humana e seu focinho se alonga com igual rapidez. Os vampiros estavam chocados, nunca haviam visto a transformação de um lobisomem de verdade e estavam achando a experiência incrível e aterrorizante, ao mesmo tempo.

O lobisomem rola para fora da maca, ficando de costas para os membros da família Cullen, que assistem de camarote a cicatrização instantânea de suas feridas. Soltando apenas um rosnado, o cherokee retira os fios atrelados ao seu corpo e se joga contra a parede de vidro, estilhaçado-a por completo e embrenhando-se na floresta.

― Nós tínhamos uma porta – comenta Jasper, observando o estrago.

Lucian corre apressado em direção à casa dos Clearwater. A fera o havia despertado, o chamando da escuridão da inconsciência. Ele não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas podia sentir através dela, que Leah precisava dele.

Um tempo de corrida e a floresta desaparece de diante dos seus olhos, dando-lhe a visão da casa dos Clearwater, que beirava às árvores. Sem interromper sua corrida, o lobisomem salta dentre as árvores, parando bem em frente a casa, onde arca o corpo para trás e uiva alto, anunciando sua chegada.

O grito de Leah ecoa logo após o seu uivo e um choro estridente atravessa todos os cômodos da casa, arrancando sorrisos e brados do bando quileute, e fazendo Seth sair da casa apressado, sorrindo para a fera imponente à sua frente:

― Ele nasceu, seu filho nasceu!

O lobisomem se deixa levar pela emoção do garoto, retornando a forma humana e correndo para o interior da casa, sequer se lembrando de cumprimentar os que estavam na sala, pois tudo o que ele queria era a sua Leah...

Ao entrar no quarto, Esme caminha em sua direção com o embrulho em seus braços.

Lucian segura a criança de forma desajeitada, atentando-se a todos os conselhos que a vampira lhe dava naquele momento. Ele era incrível e perfeito, não tinha como não se emocionar com seu jeitinho inocente e sua boquinha banguela; era grande e saudável, tinha olhos intensos e os cabelinhos formando leves ondulações. O mais novo alfa dos filhos da Lua estava ali, em seus braços, meio quileute e meio cherokee, meio metamorfo e meio lobisomem, uma criança rara, belíssima, valiosa e o mais importante de tudo... O seu filho!

O cherokee se aproxima do rosto da criança, tocando seus narizes. Como queria poder sentir seu cheiro e guardá-lo na memória, para que pudesse encontrá-lo onde quer que estivesse.

― Lucian – chama Leah com voz fraca.

Ele se aproxima rapidamente, ajoelhando-se ao lado da cama e depositando o bebê nos braços da quileute visivelmente cansada. Lucian acaricia os cabelos femininos, beija sua testa lentamente e sorri, trazendo à Leah o conforto que seu peito tanto precisava. Aquele era seu sorriso da felicidade, era dele que seu coração sentia falta, pois se aquele sorriso estivesse presente, significava que Lucian estava vivo e bem...

― Parabéns, mamãe!

― Parabéns, papai – sussurra ela. – Qual será o nome de seu filho?

― Não preciso pensar muito para responder essa pergunta, ele se chamará Harry... Harry Clearwater, em homenagem ao homem que criou o maior e melhor presente que já recebi em toda minha vida... Você! ♥

Uma lágrima escorre pelo canto dos olhos da Leah, sendo enxugada pelo cherokee. Ele a amava muito, isso transparecia em suas palavras e se materializava em seus gestos. Leah não podia deixar de pensar em como era afortunada em tê-lo como imprinting.

― E o seu sobrenome? Não colocará seu sobrenome nele?

― Minha tribo se foi... A partir de hoje serei um Clearwater, porque vocês dois são a minha família agora. Meu passado morreu no dia em que coloquei os pés em La Push pela primeira vez!

O bebê começa a gemer, fazendo uma careta engraçada e arrancado uma leve risada do cherokee. Leah vira-se de lado, dando de mamar para o seu filhote pela primeira. A sensação de ser mãe era realmente maravilhosa, e saber que ninguém mais poderia alimentá-lo a não ser ela, era ainda melhor.

― Será que serei um bom pai? – pergunta preocupado.

― Será um excelente pai!

― E se ele não gostar de mim?

― Ele vai gostar... Quem neste mundo se atreveria a não gostar de você?

― Vampiros – responde irônico, fazendo-a rir.

― Vou sentir falta do seu cabelo comprido – comenta, depois de uma longa pausa.

― Ele estará grande quando menos esperar. – Bate no peito com os punhos fechados. – Corpo acelerado de lobo, lembra?

A pedido de Carlisle, Lucian se retira por alguns instantes. Os vampiros precisavam arrumar o local para receber as visitas, que já parabenizavam o lobo no outro cômodo e se recusavam a ir embora sem antes de ver o recém-nascido.

Os Cullens logo se retiram da residência dos Clearwater, prometendo visitá-los o quanto antes, pois sabiam que enquanto eles estivessem presentes, uma pessoa da família não poderia se aproximar, e aquele não era o momento de incentivarem uma discórdia...

Hana entra na casa assim que os vampiros a deixam, participando com alegria e empolgação dos rodízios de visitações ao seu sobrinho.

― Queridos! Eu voltei – cantarola Evi na porta da sala, fazendo Lucian se aproximar irritado e fechar a porta em sua cara. – Lucian, seu ingrato, como ousa bater a porta na cara da madrinha de seu filho? – Entra na casa.

― Eu disse que seu jeito impulsivo o deixava irritado – lembra Hana.

― Madrinha? Quem te chamou para ser madrinha do meu filho?

― Ninguém, ela se convidou – dedura Seth.

― Estou te desconvidando – rebate Lucian.

― Não pode me desconvidar, Leah já aceitou! – Cruza os braços vitoriosa.

― Ah, Leah – resmunga, revirando os olhos.

― Que legal, a garotinha maluca voltou – solta Sam sem querer, ao retornar da cozinha.

― Eu tenho idade para ser sua bisavó, garoto mal educado – esbraveja Evi.

― Lá vem ela de novo com aquele papo de: não sou nova, mas também não sou velha. Maluca!

― Maluca é quem me chama, cale a boca e não reclama. – Mostra a língua.

― Infantil.

― Rabugento.

― Bipolar.

― Feio!

― Se eu desconhecesse o imprinting de vocês, poderia até dizer que formam um belo casal – diz Lucian, pensando alto.

― Nem sobre tortura! – gritam os dois ao mesmo tempo.

Hana empurra a tia para conhecer o pequeno Harry, antes que mais uma briga começasse. Evi examina a criança com carinho e atenção, tocando suas mãozinhas, que logo se fecham ao redor de seu dedo. Harry não fazia ideia de quem eram todas aquelas pessoas, mas instintivamente puxa os lábios num sorriso, no exato momento em que Lucian entrava no quarto.

― Que lindo, ele se parece comigo – Fala Evi.

― Ele é o meu filho, como pode se parecer com você? Pare de dizer tudo o que lhe vem à cabeça.

― Que lindinho, o papai está com ciúmes porque o pequeno Harry é o novo preferido da Tia Evi. – caçoa, aperta as bochechas de Lucian. – Não se preocupe sobrinho, você continua tendo um bumbum bonito. – Dá um tapa nas nádegas do cherokee.

― Tia Evi – grita num salto, irritando-se e arrancando risadas dos presentes.

Nos dias que se seguiram, amigos e familiares se locomoveram para conhecer o pequeno Harry, parabenizando a família e os presenteando com as mais variadas coisas. Os pescadores, que acreditavam na versão de que o cherokee havia feito uma viagem de emergência à sua terra natal, os presentearam com uma casa, ao qual compraram e reformaram todos juntos em gratidão às porções dobradas de frutos do mar que Lucian os ajudava a ter.

Edward e Bella os presentearam com um berço; Alice e Jasper com a cama do casal e todas as roupinhas do bebê; o bando quileute se encarregou de equipar o quarto de Harry; e Tia Evi os presenteou com sua ilustre presença, como ela mesma gostava de dizer. Os demais Cullens ajudaram a mobiliar a casa, enquanto Carlisle e Esme providenciaram um bonito quadro, que carregava a fotografia da nova família.

― Carlisle – chama o cherokee antes do vampiro partir –, obrigado por tudo o que fez por ela. Por ter acompanhado o crescimento do meu filho e por me socorrer, mesmo sendo o seu inimigo...

― Não foi nada, Lucian! – confessa.

― Para mim foi tudo. – Estende a mão num acordo de paz. – Estarei devendo muito a sua família, muito mais do que posso pagar... Aliados?

Carlisle sorri e aperta a mão do cherokee com grande satisfação, alegrando-se com tão importante notícia, que significava a paz e a segurança para ambas as famílias. Ele tinha que admitir: o lobisomem era assustador, mas não um monstro como imaginou a princípio...

Mais alguns dias se passaram, Evi já havia retornado para sua casa, devido à saudade que sentia de seu imprinting, prometendo retornar várias e várias vezes agora que Lucian e Hana haviam se fixado em La Push. A nova família já estava instalada na nova casa, que era realmente grande e confortável, e Leah se recuperara com rapidez, levando bem menos de quarenta dias para se restabelecer do parto e aderir a sua fisionomia antiga.

Como previsto pela quileute, sua transformação em lobo voltara a acontecer normalmente depois do nascimento de Harry, o que a deixou feliz, pois já não se incomodava mais em ser uma loba. Os genes lupinos haviam lhe fechado a porta da normalidade, mas lhe abriram outra, e Leah sentia-se feliz por ter entrado por ela.

― Vamos, Seth, você está demorando demais – briga Sue.

― Falar é fácil, tente carregar todas as cestas de piquenique e a bolsa de Harry ao mesmo tempo.

― Não retruque comigo menino, olhe o respeito!

Cherokees e quileutes entram na bonita campina, onde fariam seu primeiro encontro em família. Atrás e atrasado, vinha Seth, a carregar toda a bagagem como um burro de carga, enquanto Sue estava com Harry e acompanhada de Hana. E bem à frente estavam Lucian e Leah, que seguiam de mãos dadas, obtendo um pouco de privacidade.

― Como está se sentindo hoje, papai? – pergunta ela.

― Muito feliz, mas ainda acho que falta alguma coisa para ficar perfeito.

― E o que seria? – questiona curiosa.

O cherokee ignora sua interrogação, parando de caminhar e posicionando-se frente a frente a quileute.

― Eu te amo! – declara ele de forma intensa.

― Eu te amo mais – responde no mesmo tom.

― Casa comigo? – lança de repente, retirando o anel dourado do bolso e o entregando à Leah, que já sentia seu corpo se arrepiar com aquele pedido.

Aquele era um compromisso para a vida a toda, uma forma de pertencerem um ao outro diante da sociedade. Ela seria unicamente dele e ele seria o seu homem. E a quileute sentia o coração tão acelerado, que parecia querer sair de dentro de seu tórax.

― Sim...

Lucian segura a mão esquerda da loba, deslizando a nova aliança em seu dedo. Ele morde o lábio inferior tentando conter um sorriso e beija a boca de sua noiva de maneira apaixonada, agarrando sua cintura em seguida e a pegando no colo. Leah envolve as pernas na cintura do cherokee enquanto ele a girava e a brisa acertava-lhe o rosto e os cabelos de maneira agradável.

O choro de Harry logo se faz presente nos ouvidos aguçados da loba, que retorna rapidamente para perto dos outros, a fim de impedir o irmão – em forma de lobo – de encostar o focinho gelado na criança, somente para irritá-lo...

Dor, sofrimento, raiva, esterilidade e amargura, tudo isso tornou-se passado, sendo radicalmente mudado através de um voto decisivo, através de um “sim”, a muito tempo atrás, decisão essa que ficaria marcada em sua história para sempre, pois por causa dela, Leah agora podia se considerar verdadeiramente feliz!

~ Fim ~


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Notas finais do capítulo

Considerações finais ♥
Um capitulo extra grande para fecharmos com chave de ouro!!
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E aqui eu encerro minha primeira fanfic ♥
Espero de coração que tenham gostado de lê-la, assim como eu amei escrevê-la e que tenha conseguido suprir a expectativas de vocês em relação ao enredo... Fica aqui um agradecimento especial a todos que acompanharam a história e a todos que deixaram seus recadinhos. Mando um Obrigado mais que especial as(os) leitoras(es) que indicaram a história, as que expressaram suas opiniões nos comentários e as que deixaram recadinhos realmente gigantes, rs, garanto que li e adorei todos eles ♥
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Beijos mil e até a próxima fanfic! ♥