Acampamento Pós-guerra escrita por Histórias do Seu Sátiro


Capítulo 4
Capítulo 4- O Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Desculpe que demorei pra postar >u< enjoy it



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Quando alcançamos o topo da colina, estávamos ao lado de um pinheiro com um manto de pele de carneiro dourada, o Velocino de Ouro.

Lá de cima era possível ver o acampamento inteiro, cinzas, campos de morango amassados e queimados, a Casa Grande estava rachada no meio, como se um gigante houvesse amassado com a mão, o que poderia muito bem ter acontecido.

Havia alguns chalés, um para cada deus olimpiano, até para os deuses menores, a maioria estava queimado, com ácido, ou ranho de gigante em cima, mas com um pouco de trabalho conseguiríamos arrumar. Aaron já havia começado a trabalhar no seu chalé, estava ansiosa para ver o meu.

Também havia alguns espíritos da floresta, ninfas e sátiros replantando a floresta.

Aaron se pôs à frente do grupo.

-Agora quero que façam uma fila de meninos e uma de meninas, em ordem de faixa etária, as garotas vêm comigo e os garotos com o Sr. D.

Fizemos a fila, eu, como era uma das mais novas, com doze anos, fiquei mais para frente, somente com a Gwen, de Héstia na minha frente.

- Luana, você vem comigo- Disse Dionísio

-Mas, pai...

-Vem comigo logo.

-Eu sou menina.

-Tanto faz, ninguém pode provar que esses pirralhos atrás de mim são meninos.

Houvera algumas risadas do grupo das garotas e urros de indignação do dos garotos.

-Tá... Tchau Aaron, nos vemos a noite.

-Como assim nos vemos a noite?

-É o cante junto da fogueira pai- Disse Luana batendo a mão na testa.

Acenamos para ela e ela acenou de volta.

Díonisio puxou a filha pela mão e se afastou com o grupo.

-Tudo bem garotas, vou dar um mapa para cada uma, ai está escrito como chegar a lugares como...

-O meu coração, gatinhas- Interrompeu uma voz no fundo.

Quase o grupo inteiro gargalhou.

-O chalé de cada uma, e se precisarem de algo é só ir para...

-O meu chalé, vem, fica comigo, mas só se for bonita-Interrompeu a mesma voz.

Agora o grupo todo riu.

-MayDay!- Gritou Aaron do arbusto de onde estava vindo a voz- Venha já aqui.

-Oi Topete- Disse aquele unicórnio azul, da cor dos olhos de Aaron, com um chifre da cor de um raio, e o topete, exatamente igual ao do Aaron, tirando o fato que tinha um chifre no meio.

-Garotas, esse é o MayDay, meu unicórnio tarado e cara de pau, que meu pai me deu como “presente”, e que, por acaso, pode falar.

-Olá gatinhas-Disse MayDay com um sorriso tarado.

Rimos de novo.

-MayDay, se continuar assim não faço mais topete em você- Advertiu Aaron.

-Não! Mas eu não posso fazer topete em mim- Ele se sentou nas patas traseiras e ficou encarando e mexendo as dianteiras- Eu... Não tenho dedos. Por favor?

-Tudo bem, para começar vamos para o local de refeições, o ringe, o anfiteatro, e outros lugares públicos, me sigam garotas- Disse Aaron ignorando MayDay.

Primeiro fomos para a Casa Grande, alguns sátiros e um ciclope estavam tentando arrumar a rachadura que dividia em dois.

-Aaron, Aaron, achou algum irmão para mim?- Disse aquele ciclope que veio saltitando em nossa direção.

-Hã, me desculpe Tyson, mas parece que Poseidon não teve mais nenhum filho que já possa vir para cá.

-Ah, tá, obrigado ainda assim- Tyson parecia desapontado.

-Gente, esse é o Tyson, ele sobreviveu à guerra de Gaia, não se preocuparam com ele porque é filho de Poseidon mas sem raízes humanas.

-Oi- Disse Tyson acenando- Ah, acho que eu vou ir acabar de arrumar o meu chalé tá Topete?

-Tudo bem Tyson, se der depois pode ajudar algumas semideusas? Sabe, você é bom com essas coisas.

-Tá, tchau.

Tyson foi embora correndo na direção dos chalés.

-E agora Topete?-Disse Summer

Algumas de nós riram.

-É só um apelido- Explicou ele. Então começou a apontar para as direções e explicar o que havia lá- Para a direita fica o anfiteatro, ao lado dos campos de morango, se andar um pouco para frente vai achar a fogueira e o refeitório, por falar nisso, hoje e todas as noites teremos o “Cante junto” da fogueira, não queremos que ninguém falte. Para a esquerda ficam os estábulos, no mapa que eu dei para vocês fala de lugares mais específicos. Agora todas vocês vão ir para a casa provisória das garotas, tomar um banho e trocar de roupa, mais tarde vou ir buscar vocês.

Aaron saiu ao encontro do resto dos garotos.

-Tá aqui no mapa onde temos que ir!- Disse Colour, e todas se reuniram ao redor dela.

Quando vimos aonde era todas saíram correndo para ir tomar banho primeiro.

-E aí, quer uma carona?- Ofereceu MayDay para mim.

-Eu soube da sua fama MayDay!

-Fama? Que fama? Só sou educado, pode não parecer já que o Topete, aquele garoto nada educado por sinal, é meu “Pai”, mas sou um lorde minha querida. Assim você ofende meu ego.

-Tá então, vamos- Subi nas costas dele e ele disparou como um raio.

-Legal, né?-Disse ele quando chegamos, em alguns minutos

-Acho que vou conseguir pegar o chuveiro. Obrigada MayDay, tchau.

Ele se sentou nas patas traseiras e acenou com a pata dianteira esquerda enquanto eu entrava na casa provisória.

Ninguém havia chego ainda, escolhi a melhor cama, uma no meio da sala, como se fosse a da líder do chalé e coloquei minha mala da escola lá, peguei a troca de roupas do acampamento que estavam na minha cama, uma toalha e fui tomar banho.

O chalé era um tanto improvisado, feito de madeira, sem muito capricho, o telhado era um pedaço gigante de plástico, só para as funções básicas de um telhado, as camas eram beliches, daquelas de acampamento, duas beliches, duas camas penduradas com correntes no teto e a minha, no meio da sala.

 Quando saí do banho todas já estavam me esperando, encarando a porta, algumas brigavam por quem pegaria que cama, logo ao sair do banheiro todas saíram em disparada e Luana, que já havia chegado do grupo dos garotos, entrou no banho.

Eu já estava com as roupas, não uso secador ou algo assim, então, saí do chalé e fiquei na varanda esperando as garotas.

Fiquei lá fora voando com os tênis do meu pai, consegui aprender umas boas manobras, quase caí uma ou duas vezes, mas me saí bem.

Quando estava tentando uma manobra nova veio aquela névoa, uma fina camada, e lá apareceu meu pai com uma garota, um pouco mais baixa que eu no fundo, estava tentando aprender a voar com os tênis alados, tinha cabelo preto, a pele morena, mas não chegava a ser negra, e olhos castanhos, também estava cheia de machucados.

-Oi filha, queria pedir para avisar para o Aaron e o Dionísio que eu estou voltando já, achei a garota, sendo atacada por algumas górgonas, mas está tudo bem, só se ralou um pouco.

-Legal pai, pode deixar, que eu aviso sim, mais alguma coisa?

-Me espere aí, chego em algumas horas, ela tinha sido esquecida no Brasil, e quero ensinar uns semideuses a jogar aerobol. Quando chegar te explico, tchau.

-Tchau pai.

A névoa se dissipou, me virei e as garotas estavam me encarando voar enquanto falava com meu pai por um pedaço de fumaça.

Fomos até o refeitório, onde nos encontramos com os garotos,  MayDay veio falar com a gente, e dessa vez deu carona para a Luana, já que eu estava voando, apostamos corrida até o refeitório e deixamos as outras garotas para trás.


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Notas finais do capítulo

Cara, eu amo o MayDay



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