Acordei naquela manhã me sentindo super bem. O dia que eu pegaria o Expresso de Hogwarts e voltaria para o melhor lugar do mundo.

Levantei rapidamente, me arrumei e desci para tomar café. Meu malão já estava do lado da porta, e eu tinha certeza que tudo ia dar certo.

– Está bom? - Minha mãe perguntou.

– Não poderia estar melhor - Murmurei.

E eu estava certa. Não existe comida melhor que a da minha mãe. Principalmente os ovos e bacon. Nesse ponto, ela supera a comida de Hogwarts.

Chegamos na King Cross, e a família ruiva que eu tanto gostava já estava lá, junto com o menino de cabelos negros rebeldes. Antes de atravessar a plataforma 9 3/4, dei um beijo na bochecha de minha mãe e de meu pai. E fui.

A plataforma tem aquele cheiro confortante, que apenas aquele lugar tem. Eu, Rony, Harry, Gina, Fred e George escolhemos uma cabine, e entramos. Logo depois, entrou Luna e Neville.

– O que vocês esperam desse ano? - Harry perguntou.

Tive que rir.

– Vou estudar pra caramba - eu disse.

– Novidade - Todos disseram.

Rimos muito, e muito. E então os gêmeos me ofereceram uma coisa que parecia um bombom. Era um gato de chocolate? Depois que a Gemialidades Weasley abriu, aprendi que não se deve aceitar nada dos gêmeos.

– Não, obrigada - disse dando um sorrisinho.

Todos riram, e os gêmeos pareceram um tanto desapontados. Fred um pouquinho mais. E devo admitir que fiquei muito curiosa para saber o que tinha ali. Tive que perguntar. Fred me pareceu um pouco vermelho. E Rony estava tremendo de raiva. Fiquei mais curiosa ainda.

– Nada de mais, Hermione - Fred tentou me enganar. - Tem certeza que não quer?

Não pude responder. Nesse momento, Malfoy entrou na cabine, junto com seus dois capangas babacas. Pela primeira vez fiquei feliz em vê-lo. Se ele não houvesse entrado, era capaz do Rony pular no pescoço do Fred, seja lá porque.

– Awn, to emocionado - Malfoy grasnou. - A lunática, os traidores de sangue, o famoso "Harry Potter", a lerdeza em pessoa e por último, e menos importante, sim, a sangue ruim.

– Malfoy, saia daqui - George o ameaçou.

–Sim, e para de meter o seu nariz branquelo onde não é chamado - Fred completou.

Ele nos olhou com desprezo e marchou para fora. Talvez fosse pertubar outras pessoas. E ele é um babaca.

Pude sentir o trem diminuir a velocidade, e fui colocar o uniforme, afinal, já estavamos chegando.