A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic


Capítulo 20
Acordos com Rumpelstiltskin




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Enchanted Forest, 28 anos após o nascimento da princesa Emma.

O castelo do reino Swan já estava pronto para o baile. Todos se surpreenderam com a chegada repentina da corte real do reino de Snow Falls. Era evidente no rosto de Snow White e James a dor pela perda da filha. Pinocchio estava desconfiado pela mensagem de Sebastian e até o Caçador estava lá. Rumpelstiltskin também aparecera. Naquela manhã, Sebastian “raptou” Henry e o escondeu no castelo, torcendo para que Regina não notasse o sumiço do menino. Todos já estavam arrumados e o sol começava a se por. Annabelle e Elizabeth estavam no quatro da mais velha.

– Beatrice é linda, Lisa. Tem os nossos olhos verdes! – Annie comentou.

– Você acha mesmo? – Lisa perguntou como se nem estivesse prestando atenção na conversa.

– Acho sim. Porque, acha que os olhos dela lembram os de Sebastian? Tenho certeza que os olhos de Bea são verdes como os nossos e não azuis como o do pai.

– Já que você diz.

– Lisa, que voz é essa? – Annabelle perguntou estranhando a frieza na voz da irmã.

– Ela não é minha filha. – ela confidenciou sem tirar a atenção do espelho.

– UOU! COMO? – Annabelle engasgou.

– Eu nunca fiquei grávida. Sebastian te ama demais, ele nunca foi pra cama comigo. Mas ele acompanhava muito Derek nas bebedeiras após sua ida para o reino de Ariel. Foi fácil enganá-lo.

– Elizabeth... – disse chocada.

– Eu tinha que segurá-lo, Annie. Então comprei essa bebezinha.

– Mas... Por quê?

– Ele ia me deixar para ir atrás de você, maninha. Eu não podia deixar isso acontecer! – Lisa disse levantando e encarando a irmã com ódio.

– Atrás de mim? Por que motivo?

– Não se faça de idiota, Annabelle! Deixe de ser burra, todos sabem que vocês dois se amam. Sempre se amaram!

– Lisa...

– Cale-se! Eu não sou uma fraca e idiota como você, Annie! Quando eu quero alguma coisa, eu faço com que ela vire realidade! Não sou uma perdedora romântica e sonhadora como você, irmã!

– Você está me ofendendo, Elizabeth!

– Faça-me o favor e suma novamente, Annabelle! Ninguém sentiu sua falta mesmo!

As gêmeas estavam com seus narizes quase se tocando. Annabelle permaneceu no lugar, não ia ceder, sempre que brigava com a irmã, ela que cedia, mas não daquela vez. Elizabeth terminou saindo e com alguns minutos, Annabelle a viu correndo até a floresta que rodeava o castelo. Enquanto Lisa corria pela floresta tentando espantar a dor em seu peito, ela ouviu um barulho de flecha e logo, a dor psicológica foi tomada pela física, ela caiu imóvel no chão. Já morta, o sangue escorria de seu corpo como uma chuva leve e calorosa de verão.

Em Storybrooke, Henry puxou Aria até a loja do Mr. Gold. Ao entrarem, se depararam com ele atrás do balcão, Henry se surpreendeu com a linda e perfeita pele de lagarto dele.

– Senhorita Spencer, senhor Mills, a que devo a honra? – ele falou como se ainda fosse só o Gold.

– Queremos fazer um acordo! – Henry disse firme.

Aria deu um beliscão em seu braço.

– Nos dê licença um minuto! – ela sorriu falsamente. – Henry!

Ela puxou o menino para a porta e se ajoelhou para ficar cara a cara com o garoto.

– Tá maluco, um acordo com o Rumpelstiltskin é a melhor forma de se arrepender de ter nascido! – ela exclamou o mais baixo que pode.

– Eu tenho um plano Aria, vai funcionar! – disse com autoconfiança.

– Henry... acreditar em si é algo maravilhoso e eu tenho orgulho disso e você é meu sobrinho favorito, mas eu estou falando sério, o Rumple não é flor que se cheire.

– Eu sou seu único sobrinho.

– Detalhe! Henry, isso não é uma boa ideia.

– É sim e eu vou provar! – ele disse ele fazendo bico e voltando ao balcão, estava cansado das pessoas não acreditarem nele.

– E então, senhor Mills, ou devo dizer, senhor Spencer, que acordo o senhor quer fazer? – dRumple disse ainda com a voz do Gold.

– É senhor Swan e eu tenho informações que lhe interessam. – o menino sorriu.

– Informações, que tipo de informações?

Enquanto eles conversavam, Aria atendeu ao telefonema desesperado de Emma.

“Alô? Aria?”

– Emma, seu filho está bem.

“Então ele está com você! Onde diabos vocês se meteram!”

– Ele quis tomar sorvete.

“Aria, por telefone eu já sei que você está mentindo, onde está o Henry?”

– Você é a xerife, você é quem tem que saber de tudo que acontece na cidade.

“ARIA!”

– Emma, relaxa, ok? A Regina não vai ferir o Henry, ela o ama.

“Não estou preocupada com a Regina ferindo o Henry, estou preocupada com o Gold!”

– Se ele quisesse feri-lo, então eu estaria ligando do hospital.

“VOCÊS ESTÃO NA LOJA DO GOLD???????? ARIA, EU VOU TE MATAR”

Antes que Aria falasse alguma coisa, ela conseguiu ouvir Snow do outro lado da linha tentando acalmar a filha.

“EU NÃO VOU ME ACALMAR!”

– Emma, ele é quem me puxou para cá, ok? Se quer culpados então coloque o mini Dumbo de castigo.

“Mini Dumbo?”

– O Henry, inteligência! Sua mãe é o Dumbo por causa das orelhas, como o Henry puxou as orelhas dela então ele é o mini Dumbo! Emma? Emma? Alô?

Ela desligou o Iphone e voltou sua atenção para os meninos.

– Então, essa informação que você tem é crucial para mim e a informação que eu tenho é crucial para você? – Gold disse após Henry ter tentado barganhar com ele.

– Eu não sei o que crucial quer dizer, mas é, é por aí! – respondeu.

– Então... o que você quer saber sobre a maldição?

– Sei que ela matou o nosso mundo. Então... quero saber como... Aria, qual é a palavra mesmo? – ele perguntou virando para a tia.

– Ressuscitar. – ela respondeu cruzando os braços.

– Isso, quero saber como ressuscitar o nosso mundo! – exclamou.

– Senhor Swan, o senhor está muito exigente! Bem, eu poderia dizer o que sei sobre essa possível ressurreição, mas aí dependeria muito da informação que o senhor tem para me dar.

– Viu o que eu disse Henry. – Aria exclamou. – Acordos com ele não são boas coisas!

– Assim você me ofender senhorita Spencer! – Gold sorriu sarcasticamente.

– Aria, precisamos dessa informação! – Henry exclamou.

Ao fundo, ouviu-se a sirene da polícia.

– Deixe esse acordo comigo e vá tentar impedir que sua mãe me mate de raiva! – Aria disse apontando a cabeça para a porta.

– Mas... – Henry reclamou.

– Ei, eu sei que você quer provar que é capaz, acredite em mim, eu sei como você se sente. Mas infelizmente para negociar com essa besta aí é necessário alguém tão esperto quanto ele. – ela disse piscando para o menino.

Henry sai da loja deixando avô e neta juntos pela primeira vez.

– É melhor que essa informação valha a pena.

– Ah vale e como vale! – ela disse meio que parecendo com Rumpelstiltskin.

– Pois bem, senhorita Spencer...

– Princesa Annabelle.

– Vossa alteza, o quão alta é a informação que vale a pena “matar” a realidade paralela?!

– É sobre Baelfire, seu filho. – ela disse com o rosto sem expressão.

Vou deixar para que vocês imaginem a cara do Rumple, porque para mim, ele poderia fazer uma infinidade de caras e bocas de surpresa que fica impossível colocar uma aqui.

– Como você sabe sobre...

– Seu filho? Eu sei de muitas coisas, Rumpelstiltskin, mais do que qualquer um em qualquer mundo possa imaginar. – ela disse imitando uma das caras impossíveis de descrever do avô. – E então, será que a informação vale?

– Onde ele está?! – exclamou meio paranoico.

– Nam na ni na não! Você começa!

– Damas primeiro!

– Não caio nessa. Vamos, desembucha!

Ele fechou os olhos e fez uma cara de dor, raiva e ao mesmo tempo paz.

– Sangue, vindo de um amor verdadeiro!

– Precisamos sacrificar alguém?

– Sim. Numa nova maldição.

– Tudo nessa droga dessa maldição tem que ser a Emma.

– Não, a senhorita Swan não tem muita coisa haver com essa criança. Será, na verdade, a filha de Emma. Só o sangue dela junto com a mesma maldição que nos trouxe a esse mundo é que poderá ressuscitar a Enchanted Forest.

– Isso irá matar a menina?

– Provavelmente sim. Mas primeiro, Emma precisa encontrar seu amor verdadeiro e nós dois aqui sabemos quem é, certo senhorita Spencer? – Aria deu um sorriso falso quando ele disse isso. – E quando a menina nascer, voltaremos para casa! Agora me diga, onde está seu pai? – disse ele pegando-a pelo colarinho.

– Com uma condição, vovô.

– Pois não, netinha.

– Se quer continuar com o jogo de gato e rato com a Regina, tudo bem, vá em frente! Mas não envolva ninguém da família Charming! Isso inclui o Henry!

– Família Charming?

– É! Snow White, David e Emma. E o amor da Emma. Você não pode tocar no filho dela também. Henry é território neutro.

Ele soltou a neta e Belle chegou ao local.

– Olá, você é? – ela perguntou.

– Aria Spencer, sua neta adotiva! – Aria disse cumprimentando Belle que ficou em estado de choque.

– Neta... adotiva? Eu achei que seu filho tinha morrido!

– Bem vinda ao clube. – Rumple disse passando a mão no rosto.

– Hospital de Storybrooke, quarto 203. Ele está quase morrendo, se eu fosse o senhor iria rápido! – Aria disse sem emoção na voz.

– Porque demoraram quase quarenta anos para vir me ver? Se você sabia de mim, Annabelle, porque demorou para vir? – ele disse com raiva.

– Sinto muito vovô. Papai ainda te odeia. E eu também nunca fui muito fã das histórias que ele contava sobre o senhor. Se o amasse, não o teria deixado.

Rumple a empurrou contra uma estante, quebrando e fazendo a testa dela sangrar.

– SE EU O AMASSE? SE EU O AMASSE? QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FALAR DE AMOR, GAROTA? – ela gritou.

– Rumpelstiltskin! – Belle gritou tentando segurá-lo.

Emma entrou na loja com a arma apontada para ele. Rumple soltou a neta.

– Aria, você está bem? – ela perguntou.

– Odeio reuniões de família! – disse tirando um caco de vidro da roupa.

– Senhorita Swan. – ele moveu a mão e Emma soltou a arma no chão, o metal estava queimando. – Armas não funcionam contra a magia!

– É, mas magia... – Aria girou o punho direito e as roupas de Rumple pegaram fogo. – funcionam contra magia!

Belle gritava para que ela parasse e Rumple se contorcia de dor, tentou vários feitiços para que o fogo apagasse, mas nada adiantou.

– Vovô, acho que o senhor esqueceu: quanto mais longa a magia estiver no sangue da família, mas forte cada geração vai ser! – ela disse refazendo o mesmo movimento e o fogo sumiu.

– Você não é minha neta! Não é tão poderosa para ser minha neta! – ele exclamou bufando.

– Jura? Eu controlo os quatro elementos. Olivia podia ler pensamentos e Derek... um dia eu descubro para que diabos aquele imprestável serve, mas sim, somos seus netos. Tchauzinho!

Ela e Emma saíram da loja. Snow, Hook, David e Henry esperavam do lado de fora. Henry estava novamente nos ombros do avô e perguntou:

– E aí Aria?!

– Henry, você vai ganhar uma irmãzinha! – ela exclamou.

– Derek vai ser pai de novo? – Snow perguntou.

– Nope! – ela falou e piscou pra Emma.

Todos olharam surpresos e assustados para Emma.

– EI! Eu NÃO estou grávida! – ela disse ao notar os olhares.

– Ainda. – Aria sussurrou.

– Como assim, ainda? – David perguntou com raiva.

– Bem, se quiserem voltar para voltarmos para casa, à teimosa aqui tem que engravidar de seu true love e devemos usar o sangue da filha deles na mesma maldição que trouxe vocês para cá. Só assim voltaremos para a Enchanted Forest. Mas, provavelmente, o bebê irá morrer. – Aria disse, a expressão que ela fez deixou bem claro que não precisava de teste de DNA para ter certeza que Gold era seu avô.

– Ou seja, vocês vão estar mortinhos quando isso tiver a possibilidade de acontecer! – Emma zombou.

– E nunca sacrificaríamos ninguém para voltarmos a Enchanted Forest. – Hook acrescentou.

– Muito menos minha irmã! – disse Henry.

– Só estou dizendo o que Gold me contou. Calma aí! – Aria falou, fazendo cara de inocente.

– Quer saber... Aria vai para casa. Eu preciso de um tempo dessa loucura toda. Família, vamos! – Emma disse sem notar a que havia dito "família".


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