A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic


Capítulo 19
O Espelho e a Sombra


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a Matt e Gabriel Rodrigues pela recomendação!



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Casa dos Charming. Snow e David estavam sentados da mesa de modo que suas costas ficavam de frente para a porta. Emma e Henry estavam na frente deles. Aria estava sentada na cabeceira, suas costas dando para a cama de Snow. A família encarava a menina, cada um com uma expressão diferente. Henry estava confuso; Snow estava preocupada; David estava com raiva e Emma não sabia direito o que sentir.

– A verdade, agora! – Emma exclamou.

– Eu conto, mas vocês, todos vocês, tem que prometer silêncio. Quando eu terminar de contar, aí sim, vocês falam. Entenderam? – Aria perguntou seriamente.

David e Snow seguraram as mãos e ambos concordaram com a cabeça. Emma também concordou e todos olharam para Henry.

– Tá legal! – ele resmungou se enfiando mais ainda na cadeira.

Ponto de Vista - Annabelle/Aria

Minha história é bastante... Diferente dos demais contos de fadas. Foi um dos poucos que não foram... “atualizados” e por isso, pode ser bastante diferente. Minha história se chama O Espelho e A Sombra e começa assim: No reino Swan, um lugar gelado e ártico, viviam o rei Bealfire e a rainha Moraine...

– Quais são os significados desses nomes? – Henry perguntou interrompendo a tia.

– Baelfire quer dizer fogueira. Vem da cultura celta-pagã. É o fogo que acendiam em homenagem a primavera. Já Moraine é o nome inglês para Morena, que geograficamente falando, são as pedras que ficam acumuladas ao lado das geleiras. – Aria respondeu. – Posso continuar?

O menino concordou com a cabeça.

Eles tiveram quatro filhos, o mais velho Frederek, as gêmeas idênticas Elizabeth e Annabelle e adotaram Sebastian, quatro anos mais novo que Frederek. Eles escolheram esses nomes por causa dos significados e antes que você pergunte novamente Henry, os nomes querem dizer:

Frederek – governante pacifista. Já que ela substituiria o pai.

Sebastian – venerável.

Elizabeth – um voto para os deuses.

Annabelle – Alegria.

A rainha morreu ao dar à luz as gêmeas. Elas foram criadas pela irmã caçula da mãe, Regina. Com o tempo, Frederek e Regina desenvolveram um romance, sem que ele suspeitasse que ela fosse uma feiticeira. O rei, depois da morte da esposa, entrou em estado de choque e não raciocinava direito; com isso, obrigou Elizabeth e Sebastian a se casarem. Federek, com medo de perder o trono, pediu a tia em casamento, mas o pai não aceitou porque tinham o mesmo sangue. Então, o forçou a casar com a princesa de um reino próximo. Eles se casaram contra a vontade, já que cada um amava uma pessoa diferente.

Mas Regina para se vingar do cunhado, matou Elizabeth e fez parecer que foi Annabelle que matou a irmã, dando assim, o maior desgosto que um pai poderia receber de um filho. Mesmo jurando inocência, ficou difícil provar que ela não havia feito, já que todos sabiam do romance entre Annabelle e Sebastian. Um dia, a noiva de Frederek desapareceu e todos a julgaram morta, mas era tarde, ele já havia se apaixonado. Só que ela nunca o amou.

Anos depois, Annabelle volta do exílio que foi obrigada pelo pai por causa de seu funeral. O irmão pediu que ela voltasse e ficasse no reino. Ao aceitar, a princesa começou a notar coisas estranhas, ela via constantemente uma sombra que não era sua a acompanhando e toda vez que olhava no espelho, via o reflexo da cunhada. Não tardou para que achasse estar maluca.

O capitão do navio real, verdadeiro amor da princesa sumida, voltou ao reino Swan exigindo respostas sobre a amada. Annabelle contou sobre o fato de ver o reflexo dela e confidenciou achando que ela realmente morrera, já que via uma sombra a seguinto. O cavaleiro não acreditou e pediu para que Annabelle perguntasse a sombra se a princesa estava de fato morta. Ela só o fez quando Sebastian retornou e ficou sabendo que o capitão estava no reito e terminou encorajou a irmã a falar com a somba. A sombra, que era de Elizabeth, garantiu que a princesa não estava morta, estava presa ao corpo de um cisne no lago proibido, o feitiço só seria quebrado com o beijo do amor verdadeiro.

Frederek beijou o cisne e ela não voltou ao normal, Regina ao notar que estavam prestes a ser desmascarada pelo sumiço da princesa, tentou intervir, mas o capitão lhe cortou a cabeça fora e beijou o cisne, transformando-a em humana. Frederek com ódio de si por não ser o amado da princesa, se jogou no lago e se deixou morrer, pois não havia mais razão para viver.

– Só isso? – Emma levantou uma sobrancelha.

– Ei, você queria que eu fizesse o que? Encenasse minha história? Já não bastou eu ter que contar?! Ah, fala sério! – Aria reclamou.

– E o que aconteceu a princesa e o capitão? – Henry perguntou.

– Casam e viveram felizes para sempre. – disse Aria.

– E Annabelle e Sebastian? – perguntou David.

– O mesmo. – Aria respondeu.

– Pensei que todos na sua história morressem. – disse Snow.

– Alô, eu contei cinco mortes em nove personagens! – exclamou Aria.

– Aria, você me disse dias atrás que sua história estava conectada com a minha, não me vi na história. – disse Emma.

– Você é a princesa! Princesa Cisne! Tem até um filme! Não é muito fiel, mas enfim. – Aria exclamou.

– Ok, como você pode ter tanta certa? – Emma indagou.

– É meio difícil explicar! – Aria respondeu.

– Como você sabe de tudo isso? – David perguntou.

– É meio difícil de explicar ao quadrado! – Aria falou.

– ARIA! – Emma gritou. – Estou cansada das suas charadas. A verdade, vamos!

– TÁ! Eu hein! Vocês já viram O Estranho Mundo de Jack? – ela perguntou.

– Sim! – os demais responderam.

– Pronto, sabe aquelas “portas” que o Jack encontra que dão na Terra do Halloween, Terra do Natal e etc... – Aria perguntou.

– Sabemos qual é, o que isso tem haver com as perguntas? – disse Henry.

– Bem, se não acreditam, perguntem pro Jefferson. Há um... lugar, que é mais ou menos como as portas do filme. Nela, existem vinte portas, cada uma delas é a porta, literalmente, para um mundo. Cada um real, com suas próprias regras e cada um único com particularidades surpreendentes. Bem, só há um "portal" para as Portas e esse portal é o Lago dos Cisnes. Ele é mortal por isso, tem um Kraken nele para impedir que as pessoas naveguem pelos mundos. Só os cisnes conseguem ficar na água sem serem devorados pelo monstro. – disse Aria.

– Kraken? Como em Piratas do Caribe? – Emma perguntou quase rindo.

– Acredite ou não ok?! É a verdade! Enfim, existe uma "pessoa" que meio que toma conta dos mundos, ela é a única que pode ficar o tempo que quiser em cada um deles. Chame de deus ou do que quiser, o fato é que o Coelho Branco é mais velho que sei lá o que. – Aria disse cruzando os braços.

– O Coelho Branco da Alice? O Coelho Branco da Alice é o ser supremo que controla os mundos? – Emma riu. – Você andou usando drogas?

– Vai pro inferno! O Coelho sabe de tudo, por isso que o Mad Hatter também sabe, eles são amigos. Mas o Mad Hatter não é o único amigo do Coelho. Ele não tem muitos amigos, digamos apenas que só três. Mad Hatter, a Lagarta Azul e eu. E é das nossas conversas que eu “aprendi tudo”. – ela disse com um sorriso.

– Você definitivamente está usando drogas! – Emma exclamou.

– Porque você? – Henry perguntou.

– Porque eu sou especial, assim como você Henry. E sua mãe também. – ela revelou.

– Especiais como? – Snow perguntou.

– Henry, você viu minha irmã morta antes mesmo dela morrer, mas há viu morta numa floresta, não foi? – ele concordou com a cabeça. – Viu também o Lago dos Cines congelado, certo? – ele novamente concordou. – Henry, você é capaz de ver o que acontece no outro lado do espelho. Você pode vê o mundo paralelo.

– Mundo paralelo? Como assim? – ele perguntou.

– Quando Regina lançou a maldição, ela acidentalmente criou uma realidade paralela. Um espelho surgiu em cima da sala onde ficam as entradas para os mundos. Nesse espelho, vê-se as portas, mas com uma diferença. A porta do nosso mundo está viva, o que significa que a maldição é tão forte que foi capaz de criar um vigésimo primeiro mundo, igual ao nosso, só que com a diferença de que naquela realidade paralela, a maldição não funcionou. As decisões lá tomadas são diferentes das decisões tomadas aqui.

– Como Fringe? – o menino perguntou.

– Exatamente. Como Fringe. As demais portas do espelho são só reflexos. Mas a de Wonderland é real. Wonderland é a terra com mais magia, o que permitiu que a verdadeira Wonderland e a falsa, virassem uma só. Se querem atravessar para o outro lado do espelho, passe por Wonderland.

– Espera... isso quer dizer que nosso mundo morreu? – David exclamou.

– Infelizmente sim. Quando Regina lançou a maldição ela matou o nosso mundo. Por isso que surgiu esse universo paralelo, com a morte de um dos mundos, uma realidade alternativa para o que causou sua morte deve ser criada. É meio difícil de entender mesmo.

– Então nunca vamos voltar para casa? – Snow disse com uma lágrima no rosto.

– Não é bem assim. Há formas salvar o nosso mundo, mas isso resultaria no fim da realidade paralela, voltar para casa significaria matar a nós mesmos em outro universo.

Todos ficaram sem saber o que falar. Não por causa do choque de informações novas e bombásticas, mas pela notícia dolorosa que acabaram de receber. Ficaram assim por uns minutos, até que Henry resolveu quebrar o silêncio:

– Espere, AS. Aria Spencer, você que escreveu o meu livro! – ele exclamou levantando para pegar o objeto e abrindo na contra capa. – Aqui, na dedicatória... Essa letra é sua, certo?

– AS é de Annabelle Swan, mas sim, eu escrevi o livro e a dedicatória. O Coelho veio até mim quando eu tinha doze, ele me obrigou a escrever o livro, dizendo que ele pertenceria a criança mais poderosa da cidade e que nasceria em breve.

Henry leu a dedicatória em voz alta:

“Caro leitor, não prenda-se as histórias do passado ou nas revelações do futuro, foque-se nas histórias que você está escrevendo agora. Pois não adianta saber do passado e do futuro, se você não escreve o seu presente.” AS.

– O que isso quer dizer? – Snow perguntou.

– Eu sei do passado de todos aqui e sei do meu futuro e do futuro de todos da minha história, mas se eu não viver o presente como eu quero, de que adiantar saber dos dois?! – Aria deu de ombros.

– Profundo! – disse Henry.

– E agora? – David perguntou. – Vamos ficar aqui presos para sempre?

– Não, para sempre é um clichê muito chato. Felizes para sempre é só na nossa terra, aqui é só clichê. – disse Aria. – Anda Emma, pergunta logo o que você está se segurando para perguntar.

De fato, Emma estava com cara de quem não ia ao banheiro há dias.

– O que diabos isso tudo tem haver com o meu amor verdadeiro? – ela disse tentando parecer o menos... “raivosa” possível.

– Você só precisa encontrá-lo e beijá-lo com amor. Simples! – disse Aria.

– Aria, eu acho que você não entendeu... O motivo dessa conversa inteira é para que você me diga quem é esse cara! Quem é o meu amor verdadeiro?

– Não ficou óbvio? – ela perguntou.

– Não! – todos disseram juntos.

– Ai... vocês não tem um pingo de lógica, sabiam?!

– ARIA! – disse Emma.

– Não vou falar. Blue Fairy me fez prometer ficar de bico fechado.

– Não ajudou não, sabia?! – Emma exclamou levantando e indo beber um copo d’água.

Emma resolveu fazer algo que surpreendeu todos, puxou Snow para uma conversa de mãe e filha em seu quarto, enquanto David teve que voltar ao trabalho. Enquanto Aria e Henry estavam conversando na mesa.

– Porque somos especiais? – ele perguntou.

– Emma é especial porque ela é filha da Snow e do David, o amor deles é um dos mais puros que eu já vi, resultando em uma filha poderosa por causa do amor. Eu e meus irmãos somos netos do Rumpelstiltskin, é genético. Você é bisneto do Dark One, por isso você é especial. Mais especial do que imagina.

– Espera aí! Meu bisavô é o Rumpelstiltskin? Rumpelstiltskin vulgo Mr. Gold? – ele disse espantado.

– É, a globeleza de Storybrooke é meu avô e seu bisavô! Por quê?

– Aria! Eu tive uma ideia!

– Envolve lhamas? Porque eu odeio lhamas!

– Não, não envolve lhamas.

– Então eu estou dentro! O que é?

– Precisamos falar com o Mr. Gold.

– Para?

– Ele criou a maldição, certo? Então ele sabia que ela ia matar o nosso mundo. O que quer dizer que ele deve conhecer um modo de salvá-lo!

– Henry... ainda bem que você não puxou o seu pai; Sorte sua por ter nascido inteligente!

– Ok... Ah... Isso é um sim, certo?

– Positivo, vamos falar com o vovô!

E assim, Aria e Henry foram até a loja de penhores do Gold.


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Notas finais do capítulo

OBS: A história "O Espelho e A Sombra" é invenção minha! Não é um conto de fadas!