“Não vai ser fácil, nunca é. Qualquer coisa que valha a pena tem um esforço a ser pago, tudo que é bom é difícil, tudo o que queremos, nunca é de graça. Afinal, o que vem fácil, vai fácil. E sinceramente, eu quero algo, algo que, independente de quanto tempo passe, permaneça.”
Carol Alves

– Ichigo! – Yoruichi avançou sobre o ruivo o abraçando forte. – Que saudades!

– Mas o que estão fazendo aqui? – de cara fechada ele perguntou.

– Oras?! Não podemos mais visitar um amigo? – indagou Urahara.

– Vocês poderiam sumir da mesma forma que “ela” fez! – disse irritado frisando o ela.

– Não diga isso querido! – disse Yoruichi tristemente. – Sei o quanto que erramos em ficar longe de vocês depois da morte de seus pais. E eu me culpo por isso!

– Nós só estávamos com certa vergonha pelo que nossa filha fez a você! Por isso pedimos desculpas! – finalizou Urahara.

– Ichigo? – disse Rukia que havia acabado de chegar à sala. – Quem são? – ela olhou para os visitantes.

– Rukia? Eles não são ninguém importante! – disse arrogantemente.

– Cruel Kurosaki-san! – choramingou Urahara.

– Jinta-kun! – gritou Yuzu da escadaria da casa. – Que saudade! – ela correu ate o menino o abraçando fortemente.

– Ururu! – Karin também abraçou a amiga.

– Droga! – praguejou baixinho o ruivo.

– O que houve Ichi? – perguntou Rukia olhando atentamente as feições do ruivo.

– Nada demais meu amor, eles são apenas amigos antigos da família.

– Amigos? Isso é muito bom Ichi! – ela se afastou dele e foi ate o casal. – Prazer me chamo Rukia, desculpem o stress do Ichigo ele está um pouco cansado. – ela riu um pouco sem graça.

– Você tem um belo nome Rukia. – disse sorrindo Yoruichi. – Já que meu querido afilhado está estressado porque não fazemos um piquenique? Parece que as crianças querem por conversa em dia.

– Quem é criança aqui?! – falou com raiva Jinta.

– Jinta-kun! Não fale assim! – acalmou Yuzu.

– C-claro. – corado ele falou.

– É uma excelente ideia! – exclamou Rukia. – Nee Ichigo?

– Hã? – “Isso não é bom!” pensou Ichigo. – É melhor você descansar Kia.

– Eu já descansei! As meninas querem ir também. Mas se você não quiser ir nós iremos ne meninas? – ela olhou para as irmãs Kurosaki.

– É claro que iremos com o Ichi-nii ou sem ele! - Falou alegre Karin.

– Está decidido então! Nós iremos! – disse uma sorridente Yuzu. – Vou preparar uns lanches rápidos! – ela correu para a cozinha.

– Acho que vou ajudar a Yuzu! – disse Rukia indo atrás da loirinha.

– Eu vou arrumar algumas toalhas para por na grama! Ururu me ajuda. Jinta você também! – falou Karin arrastando os dois amigos de infância para dentro da casa.

– Que inferno! O que estão fazendo aqui? – perguntou nervoso Ichigo para o casal a sua frente.

– Nós já falamos oras! – disse Urahara escondendo a face por detrás de um leque amarelo.

– Queremos nos redimir Ichigo! Ao menos faça um esforço pelas suas irmãs. Elas ficaram felizes em nos ver. – falou seriamente Yoruichi. – Uma trégua por hoje, ok?

– Isso é pelas minhas irmãs. Vou trocar de roupa. – disse o ruivo ainda emburrado subindo as escadas para o seu quarto.

– Ele parece feliz querido! – disse gentilmente a mulher.

– É verdade! Espero que continue assim. – falou o homem sorrindo para sua tão amada esposa.

Depois de tudo pronto todos eles foram em direção ao um parque que ficava próximo da casa dos Kurosaki. Era um lugar bem amplo e bonito. Yoruichi e Yuzu logo estenderam a toalha no chão de baixo de uma grande arvore de cerejeira e Ichigo e Urahara traziam algumas cadeiras do tipo que se leva a praia. Rukia ajudava colocando as guloseimas sobre a toalha. Depois de alguns minutos todos estavam conversando até mesmo Ichigo já estava sorrindo o que deixou o casal Urahara muito feliz. Assim foi a tarde deles regada de muita alegria risos e piadinhas sobre o humor do Kurosaki mais velho. Rukia estava feliz por está ali com aquelas pessoas, se sentia completa. Mas apesar de toda aquela paz alguma coisa incomodava a Kuchiki, ela só não sabia o que. Mas por hora iria aproveitar essa alegria que sentia quando estava junto ao ruivo. Por hora isso bastava.

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Num apartamento no centro da cidade encontravam-se um casal. O homem olhava atentamente a movimentação da avenida, naquele momento toda aquela agitação lhe parecia tão interessante que ele nem ouvia o que a mulher lhe dizia.

– Byakuya você está me ouvindo? – disse a mulher com as mãos na cintura e expressão nervosa.

– Ah! Claro que sim Rangiku!

– Seu mentiroso!

– Mas! – ele iria se defender, mas a verdade era que ele realmente não tinha ouvido nada do que ela lhe disse.

– Mas nada! Eu lhe perguntei se eu estava gorda e você simplesmente me disse que sim! E isso não tinha nada a haver com que eu estava dizendo! – ela se aproximou dele e mais calma perguntou – O que há com você? Parece tão distante de mim? – ela o abraçou pela cintura. – Por um acaso você não estava pensando em outra mulher não é? – perguntou desconfiada.

– Meus pensamentos pertencem a você meu amor! – ele respondeu sincero e a abraçou. – Eu apenas estou preocupado com Rukia.

– Mas ela está com o Ichigo. Não há com que se preocupar! – ela se afastou para olhá-lo.

– Ran eu sinto que algo de ruim vai acontecer, foi assim mesmo quando Hisana nos abandonou. Algo vai acontecer a eles. E acho que quem vai aprontar é o Shiba!

– Querido, isso só é uma impressão sua. Você tem que deixar de ser um irmão super protetor. – ela mais uma vez se aproximou dele, mas dessa vez enlaçou os braços envolta do pescoço dele e o beijou carinhosamente, fazendo assim o moreno esquecer todas as suas preocupações. Mas uma coisa é certa, talvez ele tivesse razão em se preocupar.

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Uma semana já haviam se passado e Rukia e Ichigo andavam mais felizes que nunca, ela havia descoberto que estava esperando uma menininha. E isso a deixou muito mais feliz. Era tarde da noite quando eles chegaram à casa do ruivo.

– Ué cadê as meninas? – perguntou ela.

– Ah é! Elas foram dormir na casa do Urahara. Amanhã eles vão ao parque aquático. Sabe o que isso quer dizer? – disse o ruivo com um sorriso malicioso.

– Hum... não sei. – ela riu e correu para o quarto.

– Não adianta fugir Kuchiki! – disse ele rindo correndo atrás dela. Ele a alcançou rapidamente e a carregou ate a cama. – Eu nunca imaginei que eu encontraria uma mulher como você baixinha – disse ele depositando ela na cama e ficando por cima.

– É mesmo? – ela enlaçou os braços no pescoço. – Ichigo você está mesmo disposto a assumir minha filha? Quero dizer, o Kaien com certeza vai querer que minha filha tivesse o nome dele. Isso seria o certo a se fazer não é mesmo?

– Meu amor, eu não posso fazer nada quanto a isso. Você decide. Eu vou estar com você sempre! – ele beijou a testa dela. – Se você decidir que esse bebe vai ter o nome do pai eu não vou reclamar, apesar de que eu ficaria muito feliz se esse bebezinho tivesse meu sobrenome. Mas não tem problema, não é mesmo? Nós teremos outros! – ele falou sorrindo.

– Hum... – ela o olhava com imenso carinho. – Acho que podemos começar a treinar não é mesmo? – ela disse o surpreendendo.

– É claro que sim! – ele a beijou, era apenas uma caricia singela, mas que aos poucos foi se intensificando e virando um beijo cheio de desejo. Ele a pôs em cima dele e acariciou as costas dela.

– Ichi eu quero ser sua... – ele disse se sentando sobre ele.

– Você já é minha e eu sou seu! – ele também se sentou e mais uma vez a beijou e logo em seguida retirou a blusa rosa bebe que ela usava, ele contemplou o belo par de seios e depois começou a beija-los tirando assim suspiros da morena que começou a rebolar no colo dele fazendo assim o ruivo ficar mais excitado e ela poder sentir o volume de baixo de si. Ele retirou o sutiã dela e começou a chupar e dar pequenas mordidinhas no local deixando a morena mais e mais excitada. Eles se amaram pela primeira naquela noite, e caíram exaustos na cama e adormeceram um nos braços do outro.

Na manha seguinte Ichigo acordou com o incomodo barulho da campanhia da casa, parecia que alguém estava desesperado tocando naquele maldito botão. Ele se levantou devagar para não assustar Rukia, que apesar do barulho ainda dormia tranquilamente. Ichigo deu um casto beijo na testa da morena e depois vestiu uma calça de moletom e desceu para ver quem lhe importunava naquela manhã.

– Já estou indo! – disse ele chegando perto à porta. – Morreu alguém para que me perturbasse a essa hora?! – disse ao abrir a porta e ter a visão de uma linda mulher com longas madeixas avermelhadas, pele branca, olhos castanhos claros, ela vestia um vestido florido simples, mas que estava muito bem nela, e um sapato anabella. Ela sorriu ao ver o ruivo. – R-Riruka?

– Meu amor! Que saudade! – ela se jogou nos braços de Ichigo o abraçando fortemente. Ele paralisou no mesmo momento ao ouvir a voz de Rukia.

– Meu amor? O que isso significa Ichigo? – indagou Rukia confusa.

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Muitas das vezes o passado volta a nos atormentar, bagunçando o que com muito custo demorou a se estabilizar. Será que um recente amor é capaz de ignorar o passado?

TO BE CONTINUED...