Começando Uma Família escrita por buydordie, Mary


Capítulo 24
Capítulo 24 - Monstro


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse ficou bom.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/227631/chapter/24

P. O. V. Nessie

– Tia pode me dar uns sapatos de salto, novos? – falei no carro.

– Claro. Promete que me deixa ir em todas as lojas que eu gostar?

– Prometo. – falei

Alice estacionou o carro e descemos. Jacob não se separou de mim nem um minuto. Nós fomos em umas sete lojas, em cada andar do shopping, papai segurava umas cinquenta sacolas.

– Acho que podem parar agora né?! – papai disse.

– Tudo bem. Jake e eu vamos comer, vocês vão junto?- falei.

– Só mais uma Ed, por favor. – Alice disse.

– Ok. Apenas uma Alice. – meu pai cedeu.

– Obrigada. Encontramos vocês na praça de alimentação. – Alice disse.

Jacob e eu seguimos para a praça de alimentação. Paramos no Burguer King, ele pediu uns quatro hamburguers e dois refrigerantes. Peguei um refrigerante e nos sentamos.

– Não vai comer? – Jacob perguntou.

– Estou sem fome. – respondi.

– Sede? – ele sussurrou.

– Não. – menti. – Só estou preocupada com Dan e Anne.

– Vou ligar para seu pai. Iremos para o hotel. – ele disse.

– Não. Nós vamos daqui a pouco. – falei. – Vou ao banheiro.

Me levantei e segui em direção ao banheiro. O cheiro dos humanos estava me incomodando então fui para o estacionamento “pegar um ar”. Sentei em um banco e fiquei observando as pessoas.

– Oi gata! – um cara disse parando na minha frente, desviei o olhar.

– O que faz aqui boneca? – outro disse.

– Não tinha nada para fazer. – respondi.

Virei para olhá-los, eles tinham a pele rosada, eu podia sentir o fluxo que suas jugulares emanavam.

– Quer uma diversão? – o moreno perguntou.

– Aham. – respondi.

Levantei e os segui até uma parte em reformas que estava vazia.

– Como vai ser? – o loiro perguntou.

– Um de cada vez. – falei rindo.

– O que tem graça? – o moreno perguntou.

– Nunca fiz isso antes. – falei.

– Vem, eu te ensino. – o moreno disse me puxando para uma parte mais escura.

Ele provavelmente não enxergava muito ali, mas eu podia ver seu rosto me encarando no escuro.

– Eu começo. – ele disse.

– Não. Eu mando aqui. – falei com a voz melosa.

Coloquei a mão em seu pescoço e o puxei mais para perto. Ele tentou me beijar e com um movimento rápido perfurei sua jugular, sua pulsação acelerou e foi diminuindo à medida que seu sangue se esvaia de seu corpo. Logo acabou e eu precisava de mais. Peguei aquele corpo e joguei no meio da obra, quebrei seu pescoço e alguns e seus ossos, talvez convencesse alguém de que ele caiu das estruturas e algum bicho o mordeu. Fui para a claridade onde o outro homem esperava.

– Vamos? – falei.

– Cadê o Harry? – perguntou.

– Foi dar uma volta pela obra. – menti.

– Hmm. E então? Não cansou?

– Eu nunca me cansaria disso. – falei.

Quando entrei na escuridão com ele “voei” em seu pescoço, atacando sua jugular quente. Segundos depois não havia mais nada. Fiz a mesma coisa, joguei no meio da obra o corpo. Minha garganta estava seca e queimava mais do que um ataque da Jane. Talvez eu achasse mais alguns idiotas...

P. O. V. Bella

– Estão sentindo? – Alice disse parando.

– O que Alice? – perguntei.

– Esse cheiro, é sangue fresco. Fresco. – Alice sussurrou. Minha garganta ardeu e fiz uma careta.

– Achei vocês! – alguém gritou.

– Jacob onde está Renesmee? – Edward perguntou.

– Ela saiu para ir ao banheiro a uns quinze minutos achei que ela tinha encontrado vocês. – ele disse preocupado.

– Jacob você a deixou? – Alice disse.

Saímos para o estacionamento para Edward tentar localiza-la. Realmente havia um cheiro de sangue fresco.

– Encontrei. – Edward disse rapidamente.

– Aonde? – falei o seguindo.

– No estacionamento em obras. – ele disse.

Logo chegamos, nós os achamos de joelhos chorando. O cheiro de sangue fresco vinha dali.

– Você está machucada?- falei enquanto me agachava ao lado dela.

– Amor. O que está fazendo aqui? – Jacob disse.

Ela não falou nada, apenas mordeu os lábios com força. Entrei na escuridão e vi três corpos.

– Por tudo o que é mais sagrado! – Alice disse aparecendo atrás de mm.

– Renesmee você... ? – Jacob disse.

– Não. Ela não os matou. Apenas os achou. – Edward disse.

P. O. V. Nessie

Pensei na verdade, mas meu pai me acobertou. Eu não conseguia nem falar.

– Vamos levá-la daqui. Alguém da guarda de Aro deve estar por perto. – Alice disse.

– Você está cheirando a sangue fresco. – mamãe disse, franzindo o nariz.

– Ela chegou perto dos corpos. – papai mentiu novamente.

Depois que matei mais um homem me dei conta do que eu havia feito. O extinto foi mais forte eu meu controle, por isso me mantive imóvel tentando recuperar o controle.

– Benzinho... Venha vamos tirar você daqui. Quer alguma coisa? – Jake disse.

– Não. – falei com a voz fraca.

Papai me puxou do chão e passou um braço por minha cintura, seguimos o caminho de volta em silencio até o hotel, quando cheguei meu avô já esperava por nós.

– O que houve com ela? – ele perguntou ao meu pai.

– Depois conversamos. – meu pai disse me empurrando para o quarto. Ele me deitou na cama e puxou a coberta para cima de mim, ele deitou ao meu lado e me abraçou.

– Porque? – ele sussurrou baixinho.

“Não posso me controlar. Enquanto eu não havia provado era fácil, mas depois que provei meu corpo clama por ele...” – pensei.

– Eu me controlei, você também consegue. – ele disse.

“Não consigo, me tornei o que eles queriam. Um monstro. Talvez seja com eles o meu lugar.”

– Não. – ele disse começando a cantarolar pra que eu dormisse.


P. O. V. Edward

O que eu iria fazer? Nessie não conhece o controle. Ela ainda é uma criança, assim que ela dormiu fui para a sala.

– Podemos conversar? – falei a todos.

– Sim. – Rose disse.

– O que houve com ela? – Carlisle repetiu a pergunta.

“Sabemos dos três corpos.” – ele pensou.

– Ela não pode viajar amanhã. – falei.

– Por quê? – Bella perguntou.

– Ela está com sede. – Jasper disse.

– Podia ter nos dito. – Jacob reclamou.

“Ela os matou não foi?” – Alice e Carlisle pensaram.

– Os três corpos, ela os matou. – falei baixinho.


P. O. V. Bella

Como assim? Meu bebê era uma assassina agora?!

– Ela sempre teve controle. – falei.

– Bella controle não é tudo. – Carlisle disse.

– Enquanto não havia provado ela não se importava, era fácil se conter, praticamente não sentia. Mas depois que Aro deu sangue a ela tudo mudou, é como se alguma coisa fosse despertada dentro dela, seu extinto de caça é muito diferente do nosso. – Edward disse baixo sentando-se no chão.

– Sophie pode persuadi-la não é?! – Jacob disse arrasado.

– Posso sim, com ela dormindo é mais fácil. – Sophie disse.

– Eu acho que isso não vai adiantar, pelo menos não agora, vamos conversar com ela primeiro. – Carlisle disse.

– Vou para meu quarto, com licença. E se precisarem podem usar o dom de Sophie. – Jacob disse numa voz morta. Fui atrás dele.

– Jake. – chamei na porta.

– Não Bella. Não posso me acalmar. – ele disse.

– Preciso conversar com você. Posso entrar? – falei.

– Entre. – ele disse, abri a porta e entrei. – Diga. – ele disse, sentamos no chão.

– Não fique bravo com ela. O extinto de caça não é algo que se possa controlar. Tente entender. – falei.

– Não Bella. Acha que me importo com isso. Eu quero entender só não consigo, não sem ouvi-la. Essa não é a minha Renesmee. – ele disse furioso.

– Jacob é sério. Você acha que eu não me sinto assim? – falei.

– Não sei, não quero saber. Você é você, tem sua visão sanguessuga. E eu, eu não consigo acreditar nisso. – ele respondeu.

– A questão não é mais acreditar. Como acha que me senti quando você me contou do lobo? E que você se transformava em um. A primeira coisa que eu pensei foi “Esse não é o meu Jake.” No entanto acreditar não era suficiente, isso não era algo convincente. Eu apenas aceitei. É o que teremos que fazer.

P. O. V. Carlisle

As “crianças” já haviam voltado, Alice nos contou que Renesmee supostamente tinha encontrado três corpos. Depois que ela dormiu Edward nos esclareceu tudo, ela havia matado eles, ela estava se tornando o que Aro queria, infelizmente a única coisa que sempre pedi a elas e aos meus filhos que não fizessem. Eu estava magoado, claramente magoado, não sei se com ela ou comigo, apesar de não morarmos juntos, a nossa convivência era grande. Eu deixei que a pegassem, que ela se tornasse o que Aro sempre quis.

– Vai ficar tudo bem... – Esme sussurrou.

– Eu nunca pensei que ela fosse capaz de fazer isso. – falei.

– Nada disso é culpa sua. Sempre foi Aro, isso tudo é culpa dos Volturi. Eles queriam isso desde o inicio. Agora pare de se culpar e tente falar com ela. – Esme disse autoritária.

– Você disse certo: “tentar”. Não sei se vou conseguir, não agora. – suspirei.

– Claro que vai! Uma vez perdoamos Edward por fazer isso, mas agora é a vez de perdoarmos ela. – falou.

– Mas Esme...

– Sem mais nem menos, meu amor, ela é da nossa família. Todos nós erramos. Eu quero que você fale com ela. Até você falar com ela, deixar tudo claro e a desculpar, não chega perto de mim! – ela disse indo sentar longe de mim, e cruzando os braços e as pernas.

– Ok. Assim que ela acordar eu vou falar com ela. – falei.

P. O. V. Nessie

Acordei no fim da tarde, estava tudo silencioso, apenas o barulho da TV na sala. Pensei que todos poderiam ter saído, mas eles não me deixariam sozinha. Eu tinha que contar para minha família sobre o que houve mais cedo, sim esse era o certo. Mas primeiro para mamãe e Jacob, em seguida vovô e por ultimo o resto da família. Eles ficariam decepcionados comigo, eu não sou digna dos sobrenomes que carrego. Levantei e fui para o banho. Quando sai Jacob e mamãe estavam sentados na cama.

– Precisamos conversar. – pedi.

– Estamos aqui para ouvi-la. – Jacob disse.

– Bom eu vou mostrar na verdade, desculpe mamãe. – falei.

Peguei a mão dos dois e mostrei-lhes tudo. Nenhum dos dois demonstrou reação alguma, como se já soubessem.

– Não. Só é difícil acreditar. – Jacob disse.

– Por favor, não tente acreditar seria inútil. – falei.

– Nessie porque você saiu? – mamãe disse.

– Não sei. Dá para deixar as perguntas para depois? – falei.

– Tudo bem. – ela disse por fim.

Me levantei e fui para a porta, abri uma breve olhada para a sala. Todos fingiam não me ver.

– Vovô é... eu queria falar com o senhor. Posso? – falei, ele assentiu para vovó e veio até mim.

P. O. V. Carlisle

– Porque você fez isso? Por quê? Quero o motivo real para tudo isso! – falei entre dentes, entrando no quarto onde ela estava.

– E... Eu não sei. Aconteceu. Não sei explicar, não sei como fiz, o que fiz.

– Você mata pessoas, como vampiros sanguinários fazem, e me diz que não sabe explicar?! Por favor, não tente me fazer de idiota! – gritei irônico.

– Eu não preciso tentar você já está sendo um. – sussurrou ela – Eu já disse, eu nem se o que fiz. Eu nunca havia sentido sede, não desse modo. Minha mente ficou embaçada era como se alguém me controlasse. Como se pudesse controlar meu corpo... – ela disse escondendo o rosto e se encolhendo na cama.

– Ah! Claro “Como se pudesse controlar meu corpo.” Ninguém estava controlando seu corpo, isso foi apenas consequência da sua atitude precipitada. Ir até os Volturi, isso no podia ter um fim diferente, você...

– Se eu não fosse, eles iriam até Forks! Acha que fui passear né?! Vim tomar um chazinho das cinco com Aro e Jane! Nós não somos capazes de pará-los! – gritou me interrompendo.

– Claro! E você acha que ia conseguir vencê-los?! Se não somos capazes de pará-los, porque você achou que conseguiria?! Você nem é totalmente vampira! – gritei.

– Eu não achei que podia pará-los, mas se fossem a Forks poderiam pegar Dan, Anne ou vovó. Você ia fazer o que?! Tentar dialogar com Aro? Dizer que ele não tem nada alem de ganância?! Acredite matá-lo nem você nem ninguém conseguiria! – disse baixo e ríspida.

– Claro que sei disso, eu os conheço melhor que qualquer um de vocês. Por isso que eu tenho certeza que o fato de você ter ido lá não mudou a ideia de Aro, não estamos livres de uma visita em Forks, mas agora estamos mais vulneráveis, graças a quem?! Desculpe, mas estou livre disso, pelo menos dessa acusação. Se alguém está destruindo a família é você! – gritei.

– Graças a mim estaremos preparados quando eles vierem. Desculpe doutor Cullen, mas só você está vendo as coisas desse jeito. Porque você tem medo! Medo de nos perder, de perder vovó principalmente. E é esse medo que está nos faz ir em direção a morte. - ela disse.

– O meu medo nos trouxe a Volterra? Foi ele quem matou aqueles três homens? – falei lhe dando as costas.

– Olha o meu é que não foi. Posso não ter agido certo ao fugir de Seattle e vir até os Volturi...

– Viu?! Se admite que isso foi errado,não tem o que argumentar. – falei interrompendo-a.

– Minha ação foi errada sim, e em nenhum momento deixei de dizer isso. Mas o medo não estava presente em mim, pelo menos não na hora de vir até aqui. – ela disse.

– Você sempre teve medo, desde que tentamos impedir você de vir até Volterra, um ato de coragem não muda nada. – falei.

– Não precisei de coragem, e sim de convicção. Sabe o porquê Aro não me matou? Minha morte não significaria nada a não ser uma briga desnecessária, ele mataria um por um, isso seria uma grande perda. Mas me mantendo viva ele teria você, exatamente você, aos pés dele. Seu medo é visível, e continua nos levando a morte. Porque não pode me ouvir, uma vez que seja?! – ela contestou. – Porque vovô?

– Porque nos trouxe até aqui se queria nos proteger?

– Não trouxe vocês aqui, você os trouxe, era para mamãe e papai virem. – ela disse.

– Desculpe só queríamos buscar a suicida da família. – falei irônico.

– O senhor me desculpe, mas eu sendo suicida ainda estou mais consciente dos fatos do que você. – ela disse.

– Não é o que parece. Com licença. – falei saindo do quarto.

Ao voltar para a sala, todos ficaram me encarando.

– Porque disse tudo isso a ela? – Rosalie sussurrou.

– Vou ser repreendido por vocês também? Por dizer a verdade? – fale rígido.

– Ela tem razão. Você não está vendo os fatos. Está tornando sua rivalidade com Aro lhe subir a cabeça, e misturando os acontecimentos. – Alice disse.

– Acham que estou com medo?! Bom é claro que estou! Minha neta é uma assassina, pervertida, casada com um saco de pulgas. E minha família, se é que ainda posso chamá-los assim, pode morrer a qualquer momento se Aro resolver vir atrás de nós. – falei irônico e num tom de voz baixo.

– Carlisle, por favor, pare com isso. Você sabe que foi um acidente, acha mesmo que Nessie iria matar aquelas pessoas?! Ela aprendeu com você que controle é tudo. Porque acha que ela saiu do shopping para o estacionamento, para matar pessoas? Nessie tentou se esquivar do cheiro, mas já era tarde demais. Querido encare a realidade e pare de pensar que Aro virá atrás de nós. Por mim. – Esme disse. – Por favor, tente.

P. O. V. Nessie

Meu avô estava decepcionado comigo, eu sou um monstro! Não mereço tudo que tenho.

– Nessie meu bem... – mamãe disse entrando no quarto seguido por Jacob.

– Me deixem, por favor, quero ficar sozinha. – pedi chorando.

– Pare de se crucificar, ele precisa de um tempo. – Jacob disse me abraçando.

– Me solte. Saiam daqui, por favor, quero ficar sozinha. Preciso mesmo. – falei tentando sair dos braços de Jacob.

– “Precisa mesmo” do que? Vai se matar? Cortar os pulsos e beber seu próprio sangue? Pular da janela e acabar com a cidade? – Jacob disse.

– Jacob... Não... Não que nojo. – sussurrei. – Viu?! Até você está bravo comigo. Não mereço vocês, é isso?! – falei.

– Nessie pare! – mamãe disse.

– Não foi isso que eu quis dizer!... – Jacob disse.

– Saia! – interrompi Jacob. Ele me deu um beijo na bochecha e saiu.

P. O. V. Edward

– Isso não muda nada! Ela ainda é a nossa Nessie! Pare de acusá-la e veja os fatos! – Rosalie disse a Carlisle.

– Aquilo está afetando ela. Precisam fazer alguma coisa! – Jacob sussurrou saindo do quarto.

“Ah! Eles não param de falar de mim!”- Nessie pensou.

“Depois eu é que a superprotejo!”- Carlisle pensou.

– Não me importa! Ela é uma aberração! Mais uma para... – Carlisle disse.

– Cale a boca! Pare de me condenar. – Nessie o interrompeu saindo do quarto.

– Não estou te condenando. Estou apenas dizendo a verdade. – Carlisle disse.

– Você não disse isso ao meu pai quando ele matou humanos. Você o aceitou de braços abertos! Não é vovô?! – Nessie disse.

– Edward é meu filho, e eu o amo. Ele voltou decidido. – Carlisle disse.

– Estão vendo?! Eu não mereço essa família! E você Carlisle Cullen não é o homem que todo mundo pensa que é. Você é um monstro! – Nessie sussurrou caindo de joelhos no chão, Rosalie e Alice pararam ao lado dela.

– Já chega Carlisle. – Alice disse.

– O único monstro aqui é você! Se acha que não é digna dessa família pode ir. – Carlisle disse apontando para a porta.

– Você enlouqueceu? – sussurrei. Nessie se levantou.

– Isso é para alguém que te mereça mais do que eu, obrigada por tudo. – ela disse entregando a aliança a Jacob.

– Nessie... – eu, Alice, Rosalie, Bella, Jacob, Esme e Emmett disseram.

– Procure alguém que mereça! – ela disse jogando seu brasão em Carlisle, ele bateu em seu braço espatifando-se em pedaços. Nessie saiu porta a fora.

P. O. V. Nessie

Para onde eu iria? Aos Volturi, creio que Jane me queria. Não me importaria se ela me mordesse, sugasse todo o meu sangue e me queimasse depois, doeria menos do que ser expulsa da própria família.

Minha vida estava por acabar. Sim eu iria até os Volturi. Caminhei até a rua mais próxima e sentei em um banco. Como eu iria a Volterra?

– Não peguei nada... – murmurei para mim mesma.

Talvez a janela. Voltei para frente do hotel, olhei para a janela do primeiro andar, estava aberta, um pequeno pulo, era tudo o que eu precisava.

– Psiu! – alguém disse. Me virei, Jacob saía do hotel.

– Adeus. –murmurei me virando, voltei para a rua em que eu estava. Quando cheguei mamãe e papai estavam ali.

– Nessie! Ah meu Deus! Achei que iríamos te perder! – mame disse me abraçando.

– Menos Bella! Não faz nem dez minutos que a garota saiu. – papai disse beijando minha cabeça.

– Ela podia ter se matado. – Jacob disse.

– Por favor, me deixem. –pedi. – Não posso ficar com vocês.

– Claro que pode. Quem disse isso? – papai sussurrou.

– Vovô.

– Ei! Benzinho! – Jacob disse, vire para ele seus braços estavam abertos, caminhei até ele e o abracei.

– Eu senti falta desse abraço. – falei.

Duas mulheres e um homem saíram de uma rua que dava para que estávamos, as mulheres passaram correndo ao me verem, mas o homem me olhou nos olhos e começou a caminhar lentamente até mim. Meus músculos se retesaram, seu sangue me chamava. Braços fortes me envolveram e mãos cobriram minha boca. Por reflexo mordi.

– Nessie! – mamãe disse me sacudindo. Balancei a cabeça.

– Ai meu Deus! Jake! Desculpe-me! Deixe-me ver! Desculpe! Desculpe! – falei, quando vi Jacob flexionando os dedos da mão.

– Shh! Shh! Eu estou bem. Olhe já sumiu! Calma. – ele disse me abraçando.

– Eu disse que vocês não me merecem! – falei chorando.

– Renesmee Cullen! Chega! – papai disse me empurrando e direção ao hotel.

– Eu não vou. – falei.

– Vai sim e acabou, todos estão esperando. – mamãe disse.

Subimos para o quarto quando todos me viram correram para me abraçar.

– Graças a Deus você está bem! – vovó disse.

Me recusei a sair de seus braços, eles me acomodaram aconchegantemente. Eu queria ir para meu quarto, não queria sair dos braços de vovó.

– Vovô eu preciso falar com você. – falei.

– Já não disse o suficiente?! – ele disse.

– Por favor, vai levar alguns segundos. – falei.

– Tudo bem. – ele disse ao encontrar o olhar suplicante de vovó.

Fui até ele e lhe mostrei tudo o que houve no shopping. Quando terminou baixei o rosto e voltei para meu quarto, mamãe, papai e Jacob me seguiram.

– Ele nunca vai me perdoar. – falei.

– Lhe dê um tempo. –papai falou.

– Acho que deveria comer Jacob. – falei quando sua barriga roncou.

– Tudo bem, está com fome? – ele disse.

– Sim. – falei.

– Vamos comer então. – ele disse, balancei a cabeça negativamente.

– Ela não está com essa fome cachorro! – tia Rose disse.

– A conversa é só para quem tem QI maior que quinze! – Jacob disse.

– Chega vocês dois! – mamãe disse.

(no outro dia)

– Nessie acorda! – Alice sussurrou

– Hã? O que é? Que horas são? – falei

– Cinco horas. Levante iremos viajar.

– Agora?

– Sim. Vamos mantê-la dormindo durante a viagem. – Alice disse.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então o que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Começando Uma Família" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.