POV. Katherine

   Nada podia estragar esse final de semana certo? ERRADO! O dia seguinte amanheceu com uma chuva terrível.

-Thomas. –falei balançando ele que abriu os olhos devagar.

-Oi amor. –ele falou sorrindo.

-Tá tendo uma tempestade lá fora. –falei e ele gemeu.

-Que bom, assim podemos ficar juntos o dia todo. –ele falou se espreguiçando.

-Sarah ligou para mim e falou que temos que ir embora hoje. Voltar para a escola. –falei e ele fez uma careta.

-Ir pra escola no domingo? –ele perguntou enquanto se vestia.

-Não tem como irmos para casa, algumas ruas foram interditadas. –falei e ele fez uma careta.

-Droga! Onde estão os outros? –ele perguntou.

-No chalé do Matt, todos foram para lá porque é o mais próximo da estrada, só falta à gente. –falei e ele assentiu.

-Faz as suas malas que a gente vai pra lá. –ele falou e fui pegar minhas roupas, mas ele me abraçou por trás e mordeu minha orelha. –Ontem foi ótimo. –ele falou e sorri beijando-o.

-Para mim também. –falei e voltei a prestar atenção na minha mala. Enquanto eu arrumava minhas coisas, Thomas ligou para Sarah avisando para deixar a porta aberta para quando eu e ele chegássemos.

-Vamos? –perguntou e assenti. Peguei minha mala e pus em cima da minha cabeça, Thomas abriu a porta e saímos correndo que nem
loucos pela chuva até o chalé do Matt.

A chuva estava tão forte que não dava para enxergar nem meio metro à frente, mas por sorte conseguimos chegar encharcados ao chalé.

-Caraca que chuva! –falou Thomas balançando o cabelo, espirrando água em mim e em Alisson.

-Querem comer alguma coisa? –perguntou Antônio que segurava um pedaço de pão.

-Sim, estou morrendo de fome! –falei pegando pão e passando manteiga. –Não vai comer Thomas? –perguntei e ele negou.

-Comi muito ontem a noite. –ele falou e senti minhas bochechas queimarem. Acho que ele não está falando da comida do lual. Só acho.

Vi que Santana olhava para mim e assenti em sua direção e ela sorriu toda feliz.

-Como vamos embora, as ruas que dão para os bairros que moramos estão todas interditadas! –falou Rebeca enquanto via um jornal na TV, que parecia que ia parar de funcionar a qualquer minuto.

-Mas a rua principal que dá para a escola ainda está em funcionamento. –falou Thomas.

-Não podemos sair nessa chuva, nenhum de nós tem carteira ainda e olha que já temos mais de 16! –falou Sarah e ergui a cabeça e olhei para Matt que me encarava.

-Matt pode dirigir, ele tem carteira. –falei e todos olharam para ele que simplesmente deu de ombros.

-Não temos carro. –ele falou.

-É mesmo, meu pai falou que is buscar a gente com a vã hoje a tarde. –falou Sarah e todos ficaram quietos.

-Como vamos embora então? –perguntou John.

-Vamos esperar, quem sabe a chuva não para. –falou Antônio.

-E o que vamos ficar fazendo? –perguntei.

-Que tal jogarmos verdade ou desafio? –perguntou John e todos suspiraram.

-É a única coisa que tem pra fazer mesmo. –falei e todos se sentaram em circulo e usamos uma garrafa para rodar, o fundo da
garrafa seria para quem teria que responder ou fazer o desafio e a parte de cima era para quem perguntaria.

John começou e rodou a garrafa, fazendo que o fundo parasse na direção de Alisson.

-Verdade. –ela falou e John riu.

-É verdade que você é lésbica? –ele perguntou e balancei a cabeça suspirando.

-É. –ela falou e John arqueou as sobrancelhas surpreso.

Alisson rodou a garrafa e o fundo caiu para mim e quem perguntaria era Antônio.

-É verdade que você já bateu no Thomas? –ele perguntou e todos do quarto riram.

-Sim! –falei. –Foi na época em que eu o odiava. –falei dando um selinho em Thomas.

Rodei a garrafa e o fundo caiu para Thomas e a tampa ficou na direção de Matt.

-Verdade. –falou Thomas cruzando os braços e Matt sorriu.

-É verdade que na sexta-feira à noite você bateu em um garoto no seu quarto? –perguntou Matt e franzi a testa olhando para Thomas que parecia bem nervoso.

-É verdade. –ele falou e o encarei.

-Thomas! –falei e ele abaixou a cabeça.

-Desculpa! Prometo que não faço mais isso! –ele falou e suspirei.

-Não quero me decepcionar com você, já tem muita decepção na minha vida. –falei olhando para Matt que desviou o olhar do meu.

Thomas rodou a garrafa e o fundo caiu novamente para mim, e a tampa para John.

-Verdade. –falei e ele assentiu.

-É verdade que você é virgem? –ele perguntou e engoli em seco.

-Não, eu não sou virgem. –falei e todos me olharam assustados.

-Não? –perguntou Matt. –Quando foi que você... –ele parecia bastante nervoso e nem conseguiu terminar a frase.

-Ontem, comigo. –falou Thomas e abaixei a cabeça. Eu não queria olhar para ninguém, muito menos para Matt.