Império Romano; escrita por Lisa Heartfilia Dragneel


Capítulo 7
Luna: Eu tenho um sobrinho


Notas iniciais do capítulo

Novas pessoas, novas descobertas. A vida de Luna está prestes a ficar mais esquisita do que o normal.



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Ryan foi ao lado de Luna. Na verdade, era o único que não esboçava nada. Nenhuma reação louca de olhar a garota com medo, como todos os outros campistas estavam fazendo. Quando todos se afastaram, ele sorriu para ela, ordenando que caminhasse ao seu lado. O caminho era silencioso, o que fez Luna Reparar no caminho do acampamento.

- Para quê tantos chalés? – perguntou, apontando para os dois do centro.

- Cada um dos deuses tem filhos, e estes, ficam neste chalés. Aqueles dois ali são de Zeus e Hera.

- Mas Hera.. ela não tem filhos mortais, não era isso que dizia na mitologia – Ryan riu.

- Muitas palavras foram contorcidas com o tempo, mas sim, Hera não tem filhos mortais.

- E qual a futilidade de ter um chalé aqui? – Assim que falou sentiu um aperto no coração. Ryan a segurou.

- Eu não diria nada contra os deuses.. Eles não gostam muito disso.

- Oh, me desculpa Hera – Luna olhou para o céus, fazendo uma cara sarcástica.

- Você é realmente filha de Hades, em carne e pessoa – ele ri.

Os dois ficaram em silêncio. Aos poucos, os chalés iam mudando. Ao lado do chalé de Zeus (onde ela viu Gabriel entrando com Lola) Havia o de Poseidon. Aquele seria com certeza o chalé do Deus pescador. Aos poucos, ia percebendo sem ver quais eram cada chalé. O todo “frufru” provavelmente era o de Afrodite. Um cheio de arvores, Deméter, e essa caminhada continuou até que eles parassem em frente ao chalé 18. Era o chalé mais confortável que Luna já vira. Parecia uma casa rústica, mas ao mesmo tempo quente e confortável. Era como se a morte fizesse parte da primavera. Luna ficou olhando por um tempo sem entender, então a combinação fez questão de lembra-la. Morte, Hades; Primavera, Perséfone. Este era  o chalé de Macária.

- Este é o seu chalé? – olhou arqueando uma sobrancelha.

- Sim, minha mãe é Macária.

- Isso faz de Hades seu avô.

- Er, nunca pensei dessa forma – ele sorriu para a garota – mas diria que sim.

- E isso faz de você, meu sobrinho.

- É estranho pensar que eu tenha uma tia tão bonita. – ele fez  a garota corar – Pelo Menos, não é mais nova que eu, certo?

- Ah, é. Ryan, isso é estranho.

-Quê? – ele fez uma careta.

- Isso, os deuses, irmãos, sobrinhos. Dríades.

- Tudo bem, você tem muito o que saber.

Eles caminharam até o chalé final do ômega. Um chalé bem diferente dos outros, mas o que mais chamou a atenção. Assim como os chalés de Zeus e Poseidon, havia uma tocha de fogo, algo que dizia a Luna que nunca se apagaria. Mas o que mais chamou atenção dela era o mármore escuro e duas estátuas de caveira na porta, pareciam guardas e por um momento, achou que eles haviam se mexido. Também haviam desenhos finos estampados por todo o mármore, como se cada detalhe antigo vivesse ali, ou talvez, a história do mundo. Silenciosamente, a menina  tocou o mármore, sentindo as ondulações do desenho. Afastou-se com um choque quando passou suas mãos por cima de uma imagem de três pessoas, olhos para o céu, desesperadas. Pareciam morrer, consumidas por medo. Aquilo sim não era nada bom;

- Bem vindos a casa do terror, o chalé de meu vovô Hades – ele riu.

- Isso deve ser mais confortável do que parece, né? – Ela olhou, ainda com medo de entrar, coisa que nunca sentia.

- Seu pai deve ter se baseado em vários filmes de terror, eu nunca entraria ai. – ele olhou, fixando seus olhos nos dois guardas estátuas de caveira.

- Talvez, ele que influencie esses filmes – ela sorriu se aproximando do menino – Já está tarde, você deveria dormir.

- Só durmo na primavera.

- Sou sua tia ein! – riu – posso mandar você ir dormir enquanto for responsabilidade minha

- Você não é tão má quanto parece.

- Não se acomode com isso, sobrinho.

- Ok Tia, te vejo amanhã.

Ele deu um beijo no rosto da garota, a fazendo olhar de leve. Ninguém, nenhum garoto faria isso, a não ser seu pai. Mal sua mãe a beijava. A reação a fez afastar o olhando. O menino parecia entender, sorriu para ela fazendo uma careta de nojo, Luna não conseguiu esconder uma risada. O garoto a olhou e Luna pode reparar em seu rosto. O garoto era muito, mas muito bonito. Seus cabelos eram negros e lisos, caindo sobre seu rosto de forma bagunçada. Mas o que mais destacavam eram seus olhos, ainda mais reluzentes com sua pele branca. As suas pupilas não eram negras, mas também não eram roxas. Era uma mistura das duas cores, como se sambassem em seus olhos. A menina ficou encarando e o menino riu.

- Algum problema?

- Er.. – ela corou e pediu aos deuses que ele achasse que era por causa de seu cabelo – Quantos sobrinhos eu tenho?

- Acho que só a mim. – sorriu, mas um barulho estranho o fez parar – São as Harpias, não quero virar comida delas por estar fora do chalé.

- É melhor eu entrar, não?

- Diria que sim.

O garoto saiu, deixando Luna sozinha. Suas mãos tocaram na porta a abrindo devagar. O chalé era um pouco confortável sim. Tirando a parte que ela imaginava que das janelas, em baixo da cama ou em qualquer parte teria um monstro louco para come-la, o calor a deixava bem quieta. No centro do chalé uma estátua que fez a nuca de Luna eriçar. Um homem bonito, mas com um olhar frio, sorriso sarcástico e uma roupa.. uma roupa que não merecia comentários. Ele era idêntico a descrição de sua mãe, o que fazia entender porque ela se apaixonara. Um homem misterioso, algo que nos chamaria para a melhor aventura de todas.  A garota parou de olhar e encontrou nada. Pelo jeito, ninguém sabia que ela viria para cá, e seu chalé, bom, tinha tudo, menos, cama.

- Valeu pai! – ela se emburrou e saiu do chalé – Será que Ryan tem um para ele.

A menina se moveu até o chalé de Macária, mas fui surpreendida por uma coisa que ela mesma não conseguiria acreditar que existe. “Aquilo pode voar?” Algumas Hapias apareceram. Pareciam bruxas pequenas e gorduchas, com garras e asas pequenas, mas com uma cara faminta, como se pudesse deixar somente ossos de todo o corpo de Luna, ou talvez menos que isso, não sobrasse nada.

Luna pensou em ativar sua espada caveira, mas Alguma coisa a puxou para dentro. Seus olhos estavam arregalados e então suavizaram quando viu Ryan fechando a porta.

- Você é maluco, certo? – ela olhou – quer que eu te acerte com a espada?

- Provavelmente deve ser só contra monstro.. – o garoto olhou ficando quieto – Ela é feita de ouro vermelho e ferro estígio. Você realmente sabe o quanto isso é poderoso?

- Não. Quanto?

- Muito. – ele riu – o que veio fazer aqui?

- Tem um colchão, algo para eu levar até meu chalé. Lá não tem.. tipo, nada;

O garoto saiu do local principal para pegar um colchão. A garota sentou e pegou uma pasta de desenho. O garoto desenhava muito bem. Havia um esboço de rosto na cama, ele começara a desenhar agora...  Aos poucos, a paixão pelo desenho do garoto veio a um temor. Um desenho de sua mãe. Aonde ele a conhecia. Assim que o garoto voltou ela quase agarrou em seu pescoço.

- Aonde a conhece?

- Em meus sonhos – ele aprecia assustado, quase derrubara o colchão – quem é?

- Minha mãe.

- Isso não é nada bom.

- o que?

- vá dormir agora, tia – ele sorriu – amanhã, terá um longo dia.

A garota não quis discutir, pegou o colchão e saiu correndo, a verdade era que não queria ser massacrada por Harpias. Assim que entrou em seu chalé, um estrado de cama, cobertores e roupas estavam lá.

- De onde isso surgiu?

Em cima de tudo, um bilhete.

Desculpe a demora, filha. E Ryan não é o genro que gostaria de ter, mas...

Até terça

Hoje é segunda, de madrugada. O que meu pai quis dizer com até terça – A garota tentou se focar com o final, não queria saber sobre o começo do bilhete. Ryan.


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Notas finais do capítulo

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