Império Romano; escrita por Lisa Heartfilia Dragneel


Capítulo 4
Luna: Mamãe pula cerca com um Deus.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente Luna irá descobrir quem ela é, mas parece não ter gostado nada disso. Enquanto mais sabe, mais dúvidas ficam em sua mente. Quem será seu pai? O porque do anel? Rachem e Wilma ficarão bem?



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A garota não gostara nada. Afastou-se da mãe bruscamente, deixando até sua pequena irmã com medo. Ela sabia. Alguma coisa nela ainda balbuciava, como se o próprio inferno estivesse dentro de seu corpo. Sua mãe somente pegou Raquel no colo que ainda olhava assustada e passou pelo buraco de onde deveria ser a porta. Yeni tinha seus olhos baixos,triste e mais pálida ainda, daqui um tempo Lunna temia que a garota ficasse transparente. Depois que um ciclope atacou sua casa, até amigas fantasmas seria algo normal.


Wilma não parecia abalada, colocou café em uma xícara, e mais duas de café com leite, olhando para a filha. A garota no entanto nem tocou nos utensílios a sua frente, olhando com os olhos fixos na mãe. De canto, Yeni brincava com Raquel.


– Sabe, Lunna, é uma longa história.

– Eu tenho tempo, Wilma – A filha mais velha cortou as falas da mãe, a olhando firmemente.

– Dois anos antes de você nascer, seu pai foi viajar juntamente com a empresa. Novamente eu fiquei aqui, cuidando da casa, e de uma sobrinha nossa que estaria fazendo dezoito anos na época. Não achei que fosse demorar tanto – Wilma, por mais que tentasse, não conseguia olhar nos olhos da filha. – comecei a me sentir solitária, e a sair á noite, sabe? Meu horário predileto. Perto de uma cabana havia um homem. Era forte, bonito, expressões tristes e firmes. Mas me chamou a atenção. Eu tropecei enquanto olhava – a mulher deu uma risadinha, a lembrança lhe fazia sorrir, algo que Lunna não via a muito tempo – e ele veio me ajudar. Eu quebrei o pé, sempre fui atrapalhada. Então começamos a nos conhecer, ele vinha aqui. No começo era só uma amizade, mas não tinha como não gostar dele. Depois de um tempo, começamos a manter um namoro escondido. Ninguém sabia. Até que engravidei de você.

– Yuri não é meu pai – Lunna disse entre os dentes.

– Não, mas seu pai chegou uma semana depois que descobri. Este homem, que é seu pai começou a vir em casa, se fazendo de empresário, sempre cuidando de mim. Seu pai, Yuri nunca desconfiou. Mas, quando você nasceu... Ele teve que ir. Foi a pior das coisas. Eu iria largar Yuri para ficar com ele. Então recebi o conselho – ela engoliu seco – te levar a um acampamento. Infelizmente, seu pai também não gostava de lá e Yuri não iria aceitar a idéia de que a criança morreu, era impossível. Eu decidi ficar com você e deixar seu pai ir.

– Quem é meu pai.

– Seu Pai Lunna? É um Deus. Um grande Deus Grego. – olhou – e você é uma semideusa.


Lunna começou a rir, mas o som foi parado quando alguma coisa bateu na porta. Eram gritos femininos, agoniosos. A mãe de Lunna jogou a chave do carro para ele.


– Yeni, sabe para onde ir. Diga o caminho do acampamento meio sangue – então abraçou a filha – não perca este anel. É presente de seu pai. Vai precisar dele no futuro. Eu te amo Lunna. Volte nas férias.


A garota não sabia o que fazer; Na verdade mal sabia quem era realmente seu pai; Mas a idéia da mãe era tão forte , e seu olhar tão severo que obedeceu. As duas meninas correram em direção ao carro, instantaneamente engatando a chave e tomando a direção. Agora, a casa de Lunna podia ser vista de longe, e a impressão dela, era que essa era a ultima vez que a veria em um longo tempo.


– Se você sabe para onde vamos, porque não dirige? - Lunna estava brava com Yeni, e esta começou a chorar.

– Porque não sei dirigir. Só me locomovo por dentro de árvores;

– arvo.. – Lunna viu que as lágrimas dela eram verdes. – isso é clorofila?!

– Sou uma Dríade – ela olhou.

– Uma mulher que vive em uma árvore, né? – sua expressão de duvida sumiu quando lembrou – porque nunca me contou nada?!

– Quando mais você soubesse, mais monstros viriam atrás de você. Vire a Direita. Um meio-sangue fica mais poderoso quando sabe quem ele é, e vocês exalam um cheiro – Lunna automaticamente fungou em seu braço tentando descobrir se estava fedendo – E ficam vulneráveis. Não é sempre que alguém mata um ciclope, sabe? Entre ali, vamos ao aeroporto, não, Zeus não gostaria de te ver aos ares, vamos de taxi mesmo.

– Para onde estamos indo?

– Minas Gerais. A fazenda Café’s Olimpics.

– O que que a gente vai fazer em uma fazenda?!

– Lá é o acampamento.


As duas ficaram em silêncio a viajem inteira. Lunna mexia em seu anel, as vezes ativando-o e quase cortando a cabeça de Yeni, que contestou com alguns palavrões em grego, que incrivelmente, Lunna entendeu. Assim que chegaram em um ponto de táxi que viajava de São Paulo a qualquer estado, Yeni tirou do bolso um bocado de dinheiro, que não acabava mais, Lunna se assustou.


– Você roubou meus pais.. quero dizer, minha mãe e Yuri?

– Sua mãe me deu esse dinheiro, ela sabia da viajem.

– Ah.


O taxista não ligou se era roubado, criado, ou plantado em árvore. Para ele, dinheiro era dinheiro e começou sua viagem. Yeni não quis falar nada, e sempre que Lunna tentava discutir, a garota somente fazia um não com a cabeça.


– Como conseguiu tanto dinheiro? – o taxista perguntou, parece que começara a desconfiar.

– É de meus pais. Estamos indo para a casa deles, os donos da Fazenda Olimpyc’s.

– Vo..você.. é a Thianna Olimpyc?

– sou eu mesmo.


O taxista ficou quieto.


– Mas vo.. – Lunna olhou, quase espantada.

– Depois te explico ok?


Novamente um silêncio árduo se formou no carro. Lunna acabou dormindo no colo da sua Dríade (o que ainda parecia realmente estranho para ela) e só acordou quando Yeni estava totalmente alegre a balançando e despedindo do taxista. Ele a chamou de senhora. Lunna estava um pouco atordoada e por esse motivo, não perguntou nada. As duas começaram a caminhar. Provavelmente, era dezembro.


Uma das coisas mais estranhas foi lembrar que ela já viajara por aquela região. E passava sempre de carro por aquele local. Jurava em ter visto uma grande fazenda de café. “Mãe, que cheiro bom!” sempre comentava quando criança. Mas não, no lugar da fazenda estava um grande acampamento. É, com chalés e tudo. As construções. Centrais eram em forma de ômega. (Ώ) , e no centro alguma coisa, que deveria ser uma fogueira. Mesmo vendo de longe, podia ver um grande vulcão e algumas pessoas escalando, além de monstros andando por uma floresta e uma.. praia? O que uma praia estaria fazendo no meio de Minas Gerais? Lunna não quis saber, nunca fora boa em geografia, mas tinha certeza de que Minas não era banhada por água. A parte mais estranha não foi a praia e sim o chão esbranquiçado, neve.


– não neva no Brasil. Eu estou sonhando – ela sussurrou mas a Dríade riu.

– Aqui neva, normalmente Bóreas manda alguns ventos frios quando os campistas pedem. As plantações de café ficam intactas, mas todos os chalés não.

– Então, existe plantação? – mas não precisou responder, a sua frente, a maior plantação de todas – Ah.

– Como acha que sustentamos aqui? –sorriu.

– E ninguém não vê?

– Chamamos o efeito visual de névoa, tenho certeza que já passou várias vezes pelo acampamento e nunca viu nada desse tipo. Nem vulcões, só plantações de café.


Lunna sabia que ela estava certa, se lembrava de plantações, e mais plantações, e não uma floresta, com um acampamento até um tanto macabro querendo sair de um livro fictício.


As duas garotas entraram finalmente do acampamento, quase matando Luna de pavor. Um grande pinheiro parecia plantado perto a entrada – na verdade, a terra ao seu redor era um pouco mais escura, por isso, Luna imaginou que houvessem plantado ali – e um dragão enorme dormindo. Além de um pelo de ovelha dourado, o mais aterrorizante foi perceber que aquilo era o velocino de ouro verdadeiro.


– Esse é o Pinheiro de Thalia, ele se mudou conosco quando o acampamento veio ao Brasil. Antes, uma filha de Zeus havia morrido e virado uma árvore, sei que o velocino a voltou a vida e ela virou uma caçadora de Ártemis. Mas ele não mora aqui. – a Dríade ficou triste, Yeni parecia conhece-la – Os meio-sangues de outro lugar acabam nem vindo para cá. Alguns deles até morreram de velhice. Venha, temos que encontrar Quíron. E sua prima.



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Notas finais do capítulo

Lola: Finalmente em Lunna, estava demorando para perceber quem era ein? '-'
Lunna: o que está reclamando Lola, você deixou seu amigo morrer. è_é'
Lola: ._.
Ninha: :O acho que você pegou pesado.
Lola: eu vou te matar Lunna *sai correndo atrás*
Lunna: estava brincando chorona. O que foi? Nem sabe quem é seu pai pra ver se consegue me matar!
Ninha: nenhuma de nós sabemos...
Senhor D: O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!
Lola: Nada senhor!
Senhor D: Ok, Bola. Mas quietas, não vê que temos leitores aqui não?
Ninha: *vergonha* desculpa aí pessoa que está lendo ><' Quer saber o que vai acontecer no próximo capitulo?
Lunna: boa vida pra tí. -.-'
Lola: tchau! *-*
Senhor D: você devia fazer alguma coisa de mais interessante do que ler essa bosta.



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