Império Romano; escrita por Lisa Heartfilia Dragneel


Capítulo 3
Lola: Minha amiga é feita de ar;




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/225613/chapter/3

Lola se espreguiçou devagar no colo de Byan. O sol havia a acordado, atravessando uma fresta que havia no esgoto. Lola levantou devagar, não querendo acordar o amigo. Era um dia muito especial. Ao lado deles, uma garota dormia também. Devia ter a idade de Lola. As duas eram diferentes, mas não a ponto de se estranharem. A garota vestia belos Jeans azuis, embora um pouco sujo de terra, uma camisa branca e leve, que a suavizava com sua pele clara, parecida com um anjo, o que combinava exatamente com seu nome, Angeline. Era um pouco frio em campos do Jordão, o que fez Lola pensar duas vezes antes de se levantar. Mesmo assim arrumou sua roupa e lavou o rosto com um dos cantis ainda vazios que se encontravam com eles.


O cheiro do esgoto era forte demais, mas Lola, Byan e Angel estavam acostumado a isso. Desde que fugiram de um internado a cinco anos, começaram a se abrigar em locais um tanto quanto.. diferentes.


As mãos macias de Lola desceram até um papel recém encharcado da água suja e escura e escreveu um pequeno bilhete, dizendo que voltaria em breve.


Por mais que muitas vezes seus amigos se esquecessem, Lola Skyfiut nunca esqueceu do aniversário de seu melhor amigo – e amor quase correspondido – Byan Stef. Os dois eram um caos. Desde que foram rotulados como estranho, começaram a andar juntos. Aos poucos, perceberam que viam as mesmas coisas. Monstros, mulheres que viravam morcegos, vampiros de pernas metalizadas. Aos 11 anos de Lola, 13 de Byan fugiram do internato depois de explodirem um laboratório de análises clinicas; Lola nunca conheceu sua mãe, ela foi abandonada em um cesto de piquenique em frente a porta do internato com um monte de dinheiro. Dinheiro suficiente para pagar o local por seu abrigo. A única coisa que tinha, era um anel tripo de asas de ouro 18 quilates que nunca tirou do dedo.


Seus pensamentos de como havia chego ao estado de hoje foram distraídos por seu reflexo em uma loja de espelhos. Os cabelos castanhos claros estavam bagunçados, preso em um coque ao longo da cabeça. Sua pele estava suja, suas roupas na mesma tonalidade. Mesmo com todo o horror, ainda parecia bonita, tudo por causa de seus incríveis olhos azuis. Como o céu ao meio dia.


– Faço jus ao meu nome – disse bufando.


Desde que fugiu, seu nome ficou colocado nas paredes de todos os cantos, por isso sempre estava suja de fuligem, apagando sua verdadeira identidade. Por esse problema também começou a roubar pequenas coisas para sobrevivência. Algumas comidas, roupas, dinheiros fáceis e algumas facas de peixeira que conseguira. O único artigo caro que roubou foi um livro de mitologia da biblioteca municipal. Desde que sempre eram atacados por monstros, ela quis pesquisar mais. Descobriu sobre os ciclopes que varias vezes tentara a fazer de sushi, empousai e outras coisas cujo nome eram difíceis de gravar.


Assim que viu uma loja tirou o dinheiro do bolso, comprando um colar de arroz vermelho, e gravou a escritura “menino fogo”. Era um presente para Byan. Ele sempre dava um jeito de dar algo especial para ela, e o melhor de todos foi ano passado quando a surpreendera com um beijo. Ela queria devolve-lo a surpresa, principalmente por não ter esboçado reação nenhuma da ultima vez. Ele nunca mais tentou nada, com medo de que ela o ignorasse. Mas Lola sabia que era mentira, e que o amava, mesmo que não dissesse nada disso.


A garota passou em frente a uma padaria, roubando alguns pãe fáceis de pegar. Jurou pela mãe morta que devolveria o dinheiro de que tinha pego de todos. O que já devia ter ultrapassado uma boa grana. Assim que desceu a rua sentiu alguma coisa estranha acontecer. De dentro do bueiro onde seu amigo-amante e a pequena garota estavam chamas cortavam em todo o local. Ela não pensou, desceu correndo, e pulou dentro de lá. A cena de dentro era mais constrangedora da de fora. Angel se encurralou na parede, tremendo de medo enquanto Byan atava com suas facas um Hiperbóreo. Ela conhecia aquele monstro, principalmente porque se lembrava de Byan dizer que não queria enfrenta-lo, já que conseguia produzir fogo. Angeline não tinha nada de especial, mas sempre estava com eles, ajudando com detalhes que nunca ouviram na batalha, mas que sempre ajudava.


–Lola! – Angeline gritou, já puxando a garota – você não pode morrer.

– Nunca deixaria Byan! – choramingou avançando ao lado do garoto.

– use seu anel – retrucou a menina.


Lola não entendeu bem mas mesmo assim o fez. Jogou o anel para o alto e ele se transformou em uma espada de ouro. Como nunca percebera aquilo? O hiperbóreo parou olhando para ela.


– diamante celestial? Então você é quem a mestra quer.


Lola não deixou que terminasse. Colocou sua espada para frente e tentou atacar o bicho azul e enorme que a incomodava. Seu ataque foi bem sucedido pelo fato de que foi uma surpresa sua rapidez, mas não teve um efeito tão grande. O monstro a empurrou, fazendo cair no chão. Byan gritou se localizando na sua frente. Não deu tempo de Lola se quer respirar.


– Sai da frente, meio-sangue chato.


As mãos gigantes atiraram seu amigo a metros de distancia, o fazendo bater em uma parede totalmente pontiaguda. U silêncio se formou, tão mortal que fazia o coração de Lola ecoar como se tivesse pelo menos uma tonelada. Byan não se levantou. Não falou. Não gemeu. Simplesmente ficou lá, paralisado enquanto a cena chocava os olhos de Lola. Ela não chorou. Ficou em estado de choque, o que eu quero dizer, literalmente.

Seus olhos se tornaram brandos e então, uma grande explosão ao seu redor. Como se todos os fios elétricos tivessem se juntado ao corpo de Lola. Assim que a explosão acabou Angel viu a garota intacta e alguns pequenos vestígios de pó se desfazendo no ar. Lola não se virou ou esboçou reação pelo que fez. A espada caiu no chão e a garota elétrica caminhou feito zumbi até Byan. O corpo dele estava imóvel, parecia bem, se não fosse pelo formato em “V” Lola não precisa nem toca-lo para ver que estava morto. Era demais para ela. As lágrimas começaram a cair e Angel de aproximou dela.


– venha, temos que ir. – seu tom era pesaroso.

– a culpa é sua - Lola gritou, agora apontara a espada para a garganta de angeline – você o deixou morrer.

– Lola, se acalme. Vamos, Quíron vai te ajudar.

– Que morra Quíron! Eu vou te matar vagabunda! – e então jogou sua espada no pescoço dela, mas atravessou. Angeline era feita de.. ar?

– você não me da escolha – Angel deu ombros e então atravessou o corpo de Lola.


A garota perdeu o oxigênio, até seu corpo ficar sem oxigenação e desmaiou. Sua mente ficou nebulosa, mil sonhos sem condições. Até que seu corpo pareceu voltar. Aos poucos seus olhos se abriram para admirar um local incomum, achou no começo que fosse um hospital, mas parecia mais uma pequena ala medicinal de enfermaria natural. Estava tomando algo, dado por colher de um homem, tinha gosto de frapuccino... Ele parecia normal, a não ser pela suas pernas. Ele era um cavalo em suas partes de baixos.


– Olá Lola, sou Quíron! – sorriu – bem vindo ao acampamento meio sangue.


Lola desmaiou.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será que Lola vai aguentar saber sua história e quem é seu pai? Se recuperará do ocorrido com Bryan? Nos próximos capítulos, o encontro das três grandes;



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Império Romano;" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.