A Prometida escrita por Liih Hellsing


Capítulo 1
I. O começo e o fim




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Em Nancy, uma cidadezinha no Ducado de Lorena, localizada na França, em meados do século XVII, uma jovem morena de olhos verdes e cabelos lisos e compridos passava por maus bocados em sua casa.

          - A culpa é sua que só meu deu filhas mulheres! Filhas mulheres desgraçam uma família! – O pai da jovem gritava na sala de sua casa.

          - Minha culpa? A culpa é do senhor. A família Granger não tem bom nome há anos! – A mulher gritava tomada pela raiva. – Não venha me culpar! Diga-me mesmo por que nós nos mudamos pra cá?

          - Não mude de assunto, você sabe que isso nada tem a ver! – O homem tornou a falar já vermelho.

          - Nada? E sua irmãzinha que é mãe solteira? Diga-me! Que exemplo pode dar a Hannah? – A mulher tornou a falar, sendo interrompida por um choro de bebê, que vinha do andar de cima de sua casa senhorial. – Tala, me traga Hermione, por favor.

          E nisso a empregada subiu as escadas em direção ao segundo andar.

          - Agora me diga Hannah, isso é exemplo pra dar a sua irmã? – O pai perguntou agora mais calmo e parecendo magoado.

          - Papai... Cedrico disse que vai casar. – A menina choramingou.

          - É... Daqui a quanto tempo? Quando todo o vilarejo souber que você emprenhou? – A mãe perguntou desdenhosa.

          - Em uma semana. - Sentenciou o pai. - Em uma semana vocês devem casar.

          - Onde vamos morar? – Perguntou a filha.

          - Em uma resma de terra que eu tenho em Bres. Vocês podem montar um sítio, viver do que plantarem. Fora isso, não me intrometo. Lavo minhas mãos. – O pai concluiu.

          A empregada desceu com uma menina de aproximadamente um ano que estava vermelha de tanto chorar. Deu-a patroa que pôs a filha no peito e secava as suas lágrimas que molhavam o rosto da pequena e sussurrava: “Com você, será diferente”.

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          Passada uma semana o casamento de Hannah foi realizado, foi um casamento simples no terreno dos Granger, as pessoas do vilarejo não foram convidadas, pois o casal não queria muito mais estardalhaço sobre a filha desonrada.

          Mas Elizabeth não dava descanso ao seu cérebro. Tinha que salvar a honra de sua filha mais nova tinha que lhe arrumar um marido.

          Em uma tarde de verão, Elizabeth estava sentada na varanda de sua casa, com sua filha caçula no colo, afagava seus sedosos cabelos e chorava um choro sofrido e amargurado.

          - Tala, venha aqui, por favor! – A moça chamou sua governanta, que veio rapidamente ao seu encontro.

          - Sim, senhora Granger?

          - Quantos anos têm sua menina? – A mulher perguntou.

          - Um ano senhora.

          - Você se importa em fazer dela dama de companhia de Hermione?

          - Claro que não senhora.

          - Ela será criada como igual de Hermione, e se você não se incomoda as duas podem se mudar para a casa grande. Eu sei que desde que Caspian morreu você tem passado um aperto.

          - A senhora! A senhora é tão digna. Muito obrigada. Minha menina vai ficar e  ter uma vida tão feliz!

          - Tala, eu preciso de um favor seu. Quero que entre em contato com minha prima Lilían, Lilían Evans, ela mora no condado de Dover. Ela tem uma irmã, minha prima Petúnia, que é casada, só não sei se Lili casou... Mas mesmo assim, escreva a ela perguntando se tem alguma família por lá que tenha um filho homem de um ano. Preciso arranjar um casamento para Hermione. – Conclui Elizabeth dando as últimas instruções para a empregada. – Vou fazer uma vistoria no quarto de Hermione, minha menina será vestida como uma menina cristã. Nada de vestidos decotados, nem espartilhos. Somente os Blushes e porque nós não temos outras opções.

          A Empregada acatou a ordem e escreveu uma curta carta e deu ao mensageiro da família para entregar.

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          - Sra. Potter? – Um mensageiro disse a porta da fazenda dos Potter.

          - Não... Mas aqui é a casa dela. – Disse uma serviçal. – O que quer moleque?

          - Uma carta pra ela. A mãe dela mandou entregar aqui. – Um menino disse.

          - Quem é o senhor? É um vilão novo?

          - Não. Sou mensageiro dos Granger. Pode entregar logo a ela? Daqui para França são 10 dias, sabia? Eu tenho que tomar uma charrete daqui até a costa, pegar um barco e depois outra charrete até Nancy.

          A moça tomou o envelope da mão do menino e o dispensou, foi em direção a casa grande, onde Lilían Evans Potter conversava com Molly Prewett Weasley na sala. Os meninos Harry Potter e Ronald Weasley brincavam com os cavalinhos de madeira e Molly Weasley ninava a pequena Ginevra que tinha seis meses.

          Ambas as senhoras moravam no vilarejo de Ottery St. Catchpole, e como se casaram na mesma época acabaram se tornando amigas, pois eram novas no local. Lilían era casada com James há doze anos, e tinham dois filhos: Rebecca de nove anos e Harry de um ano e meio.

          Molly era casada com Arthur tinham sete filhos: Guilherme Arthur de 11 anos, Carlinhos de nove, Percy Inácio de sete, os gêmeos Fred e Jorge de quatro, Ronald Billius de um ano e seis meses e Ginevra Molly de seis meses.

          Muitos ali na região achavam que as duas eram irmãs, pois as duas eram ruivas, diferente de Molly, os filhos de Lilían não eram ruivos, já Molly tinha os filhos ruivos como ela e o marido.

          - Sra. Potter, chegou uma carta para a senhora. – A serviçal disse a patroa. – Obrigada Agatha.

Lilían abriu a carta da prima onde se lia:     

          “Sra. Potter, eu sou a governanta da Sra. Granger, sua prima e ela pediu para que eu lhe escrevesse. Ela queria saber se ai no condado de Dover tem alguma família com um filho homem de aproximadamente um ano. Ela precisa arranjar um casamento para a menina Hermione. A menina Hannah deu um mau passo, e a irmã não irá arrumar marido. Sua prima está totalmente abalada com tudo isso. Tala.”

          - Molly, algum de seus filhos está com casamento arranjado? – Lilían Perguntou.

          - Bem... O Gui vai casar com a filha mais velha dos Delacour, Carlinhos com Rebecca, Percy vai casar com Audrey Cooper, Fred com Angelina Johnson e Jorge com Alicia Spinet, E Ginna com Harry... Só o Rony que não tem nenhuma noiva.

          - Você se importa se arranjarmos o casamento dele com minha priminha? – Lilían perguntou aflita.

          - Claro que não. È até melhor, assim sei que é moça direita Lilían. É sua parenta então está bem.

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          - Poul! Hermione tem um noivo! - Elizabeth entrou na sala de trabalho do marido com um envelope na mão. - É filho de uma amiga da Lílian!

          - Eliza... Ela não tem nem dois anos, mês passado você já arrumou uma dama de companhia e agora isso.

          - Poul... Você acha que depois do que aconteceu com Hannah alguém casaria com Hermione?

          - Eu acho...

          - Você acha muitas coisas Poul...

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          Hermione não cresceu como toda garota de sua idade, embora fosse uma das poucas a possuir uma dama de companhia ela era enclausurada pela mãe. Durante toda a vida estudava em casa, uma freira ia lá todos os dias para lhe dar aulas, mas como sua mãe fizera questão, era uma freira inglesa. Hermione sabia ler latim, alemão, russo, francês, inglês e italiano. Sabia somar, dividir, subtrair e multiplicar. Sabia cantar e tocar piano. Sabia lavar, passar e cozinhar. Costurava, bordava e limpava perfeitamente bem. Éponine, sua dama de companhia era sua melhor amiga. Èponine assim como ela, não podia sair de casa. As duas se vestiam como beatas: Blusas brancas fechadas, saias até os pés e botinas. Não usavam espartilhos nem jóias e mantinham seus cabelos presos no alto em um coque, e só saiam de casa para ir à missa, sempre acompanhadas de Tala ou Elizabeth.

          - Mamãe, porque eu não posso me vestir como as outras meninas? – Perguntou Hermione a mãe.

          - É verdade Dona Eliza, se não eu nunca vou arrumar marido! – Éponine concordou com a amiga. Ambas tinham 14 anos e tinham ido à feira com a senhora que estava com seus cabelos pretos, agora grisalhos.

         - Por que... Vocês podem dar um mau passo como Hannah fez, e Éponine sua mãe arrumou casamento pra você com um Húngaro: Draco Malfoy.

          - Sério? – Éponine abraçou Elizabeth que sorriu.

          - Vamos meninas, vamos pra casa. Vocês têm aula de dança.

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          - Hermioneeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! – Éponine entrou gritando no quarto. – Vamos à modista!

          - Fazer o que lá? – Hermione que lia um romance nem se deu ao trabalho de olhar para a amiga.

          - O que se faz em uma modista? – A loura disse revirando os olhos. – Anda Mione, vamos fazer vestidos da moda! Em uma semana meu noivo vem me conhecer.

          - É verdade... O Weasley vem mês que vem. – Hermione disse sem um pingo de empolgação.

          E assim as duas saíram do quarto e foram em direção à modista. As duas mandaram fazer mais de 40 vestidos para cada uma. Compraram sandálias, sapatos, burshês e espartilhos. Compraram jóias e echarpes e xales.

           As duas jovens estavam plenamente felizes. Mas Hermione mal sabia que toda a sua felicidade seria conturbada dentro de uma semana.

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          Um jovem loiro, magro e de olhos cinza, acompanhado de outro grande e atarracado chamaram ao portão da fazenda dos Granger. Tala abriu o portão e não pôde deixar de sorrir.

          - Boa tarde, rapazes.

          - Boa tarde. Vim ao encontro de minha noiva Éponine Myrel. – O loiro disse. – E esse é meu braço direito, Viktor Krum, e muito prazer, sou Draco Malfoy.

          Os dois entraram na casa, acompanhados de Tala que dizia coisas como “Ela sempre foi uma menina muito inteligente.” Ou “Ela estudou tudo que a filha dos patrões estudou”.

          - Éponine, este é o seu noivo. – Éponine que estava sentada ao lado de Hermione durante todo o tempo. Levantou-se e fez uma reverência ao rapaz que sorriu.

          - Draco Lucius Malfoy. Ao seu dispor minha nobre dama. – O loiro disse sorrindo. – Este é o meu escudeiro Viktor Krum.

          Viktor olhava Hermione de cima a baixo com os olhos cheios de malícia, o que não passou despercebido por Hermione que logo fechou a cara.

          - Essa é Hermione Granger, minha senhora. – Disse Éponine. – Sou a dama de companhia dela.

          - Você é muito bela Srta. Granger. Senhorita não é? – Perguntou Viktor sorrindo.

          - Obrigada. – Disse Hermione ríspida. – E sim ainda sou senhorita, me caso dentro de um mês.

          - A sim. É prometida há quanto tempo? – Draco perguntou.

          - Há 15 anos. – Disse Éponine. – É uma família que mora na Grã Bretanha.

          - Nossa... Você vai pra ilha? – Krum perguntou.

          - Sim. Como acha que eu iria me casar? A família dele nunca saiu da Grã Bretanha, e eu acho que não será agora que eles pretendem fazer isso. Eu que irei ao encontro deles.

          - É ter muita vontade casar. Porque vocês moças são assim, tão desesperadas por casamento.

          - Nossos somos criadas pra isso. – Éponine pareceu indignada. – Nossos somos criadas para casar e dar filhos ao nosso marido.

          - E se vocês querem mulheres para se deitar, é só irem a um cabaret. – Hermione conclui, com as bochechas vermelhas pelo rumo da conversa.

          - O que acham de irmos tomar um sorvete? – Draco disse pondo fim a discussão que se iniciava na sala.

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          - Viktor às vezes eu fico horrorizado com a sua imbecilidade. – Draco disse ao amigo.

- A menina está prometida a casamento, ela é bobinha, vai ser fácil ludibriá-la, ela já vai casar mesmo. Quem sabe você não dê como presente ao casal um filho? Eu fiquei sabendo que a filha mais velha deles se casou grávida.

          - Como soube disso Draco? – Perguntou Viktor

          - Me perguntaram se eu era o noivo da Granger. Eu disse que não e perguntei o porquê da pergunta, então me contaram a história.

          - Então acha que é fácil?

          - Se eles erraram com uma filha, podem muito bem errar com a segunda.

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          - RONALD BILLIUS WEASLEY! SE EU SONHAR QUE VOCÊ VOLTOU A SE ENCONTRAR COM A FILHA DOS BROWN EU TE DESERDO! – Molly Weasley falava com o filho em altos brados. – Você sabe que é prometido em casamento não sabe? Você tem um nome a honrar!

          - Eu não pedi pra ninguém me prometer a nada! Vocês que inventaram essa história!
          - Ronald, você vai se casar, querendo ou não. – Arthur Weasley se pronunciou pela primeira vez naquela conversa. – Mesmo que você não queira casar, pense na sua irmã, que depende de você pra casar. Você mais velho, deve casar primeiro.

          - E além do mais, seu casamento está todo organizado. Vou escrever pedindo para que ela venha logo. – Molly disse andando de um lado para o outro na sala. – Não posso deixar que um molecote desonre o nosso nome.

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          - Olá Hermione... Posso chamá-la assim? – Viktor perguntou enquanto os quatro passeavam no parque.

          - Pode... Afinal, é o meu nome. – Hermione disse ríspida.

          - Você sempre é arisca assim? – Ele é insistiu.

          - Não, somente quando falo com animais. – Ela respondeu grosseira.

          - Queria entender por que me tratas assim. – Ele disse fingindo mágoa, o que não surgiu efeito em Hermione.

          - Não gosto de você, por isso pretendo manter distância.

          Ele a beijou.

          Ela o empurrou.

           E deu-lhe um tapa.

          - Você é maluca? – Viktor perguntou possesso pelo ódio. – Nenhuma mulher nunca batera em seu rosto.

          - Não, eu somente disse que queria ser respeitada, e o senhor não fez isso. Pessoas como você me enojam. – Então Hermione cuspiu nele e foi a passos fortes na direção de um coche.

          - Srta. Granger que fibra! Que fibra! Indo para casa? – Um velhinho bondoso falou com Hermione.

          - Ah Sr. Nicolau! O senhor sabe que eu nunca fiz nada que envergonhasse minha família, me caso mês que vem, e vem esse brutamonte querendo me desonrar!

          - Pelo que eu vi, esses dois vem da Hungria não é?

          - Sim, eles vêm de lá. – Hermione disse. – Por quê?

          - Eles são muito atarracados para serem franceses e muito brancos para serem italianos e não tem sotaque inglês.

          - Mas podiam ser de Constantinopla!

          - Sem sotaque? Acho que não minha jovem.

          - Obrigada Sr. Nicolau. Quanto está o Coche?

          - Minha jovem, como eu vi a situação que você se encontrava vou fazer essa de graça. Mas procure o seu pai e conte o que aconteceu. Esse menino merece passar a noite na estebaria da prisão.

          Hermione desceu do coche e a primeira pessoa que encontrou foi com Tala.

          - O que houve Hermione? Por que está tão vermelha? Cadê Éponine?

          - Nina está bem e está junto do noivo e de algumas moças da vila. Eu me desentendi com o escudeiro dele.

          - Como assim Hermione?

          - Ele me beijou! – Hermione explodiu novamente.

          - E o que você fez?

          - Dei um tapa nele e cuspi em seu rosto. Toda praça viu, tenho que falar com mamãe.

          - Sua mãe está em polvorosa. Chegou uma carta da família de seu noivo.

          E assim as duas caminharam em direção à casa grande, chegando lá, Hermione viu que sua mãe estava na sala mexendo em uns lençóis.

          - Mamãe? – Hermione hesitou.

          - Venha cá filha, venha cá. Estou mexendo em seu enxoval. Temos que ver como você vai levar tudo isso pra Grã Bretanha.

          - Mas o casamento não é daqui a um mês? – Hermione perguntou.

          - Daqui a um mês é inverno, e eu não vou deixar você ir pra ilha com tempestades em alto mar. Você vai hoje!

          - Hoje? – Hermione sentiu seu estomago revirar.

          - Cadê sua dama de companhia? Precisamos aprontar suas malas em no máximo duas horas.

          - Hm... Mamãe... – Aí que o estômago de Hermione despencou. – O escudeiro do Sr. Malfoy me beijou.

          - O QUE? – Elizabeth estava vermelha de raiva. – COMO ELE OUSOU FAZER ISSO? E O QUE VOCÊ VEZ A RESPEITO DISSO?

          - Eu dei-lhe um bofetão e cuspi em seu rosto. Peguei um coche e voltei pra casa. Nem olhei para trás para não ficar mais possuída pelo ódio.

          - Ah sim. Então vá se aprontar.

          Então Hermione subiu as escadas em direção ao seu quarto e começou a dobrar seus vestidos e por nas malas, guardou suas jóias, lenços, tudo que era seu e pôs nas malas assim em 1 hora, ela já tinha arrumado suas coisas, quando ela ia se arrumar sua mãe chamou-a e entrou no quarto.

          - Hermione, eu te trouxe sua camisola da primeira noite.

          - Primeira noite? – Perguntou a menina curiosa.

          - É... Filha quando você casa você deve obediência ao seu marido, e quando você é... Bem casa, vocês fazer... Coisas e por isso na primeira noite, temos uma camisola especial.

          - Eu sou obrigada a fazer essas coisas? E se eu não quiser?

          - Sim, você é obrigada, se você não quiser e seu marido quiser você deve sucumbir a sua vontade. E você não deve ter nada com ele quando estiver incomodada*.

          - Entendi mamãe. Já estou pronta.

          - A charrete está te esperando. Dê-me muito netos.

          - Mamãe... Você amava Hannah?

          A pergunta parecia ter pegado Elizabeth de surpresa. Via-se dor e mágoa no rosto da senhora Granger.

          - Ainda a amo. O porquê dá pergunta? – A morena mais velha acariciou o rosto da outra.

          - Nunca vejo ninguém falar dela. Nem mesmo a senhora. Vai sentir minha falta? – Hermione pareceu triste.

          - Todos os dias...

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          Hermione viajou durante duas semanas. Fizeram somente cinco paradas para dormir e no dia seguinte já cedo seguiam viagem, e quando Hermione finalmente pegou a charrete em Dover para Ottery St. Catchpole perguntou ao rapaz que ia fazendo escolta de seu cavalo:

          - Dino! Sou eu Hermione, olhe pra cá. – Hermione disse da janela de sua cabine.

          - Fale Hermione. – O rapaz respondeu rindo da amiga de infância.

          - Você sabe como é o meu noivo?

          - A família dele parece mustela. Todos são laranja. – O menino riu da sua piada e da confusão da amiga. – São todos ruivos.

          - Ah! Obrigada Dino. – A menina respondeu nervosa.

          - Fique calma, todos irão gostar de você.

          - Eu sou morena. – Exasperou-se.

          - Claro. Você descende dos celtas e a família de seus pais é inglesa. Ou seja, seus cabelos são cor de terra, o que é normal nessa região. Chegamos a Ottery St. Catchpole. Mais um pouco e estaremos na casa de sua prima Lilían.

          E depois disso Dino se apressou com o cavalo em que montava e foi mais a frente, com isso acabou por chamar a atenção para a carruagem de Hermione, fazendo que assim todos notassem que estava finalmente chegando à noiva de um dos Weasley.

          Hermione desceu as portas da propriedade dos Potter. Os escravos da família levavam as coisas de Hermione para a casa grande, e quando Hermione se aproximava da casa grande, a governanta Leda, veio ao seu encontro:

          - Srta. Granger? Todos lhe esperam na sala.

          Então Hermione foi andando ao encalço de Leda.

          - Sra. Potter, aqui está sua prima Srta. Granger. – Leda disse quando todos entraram na sala.

          - Olá Hermione! Aguardávamos tão ansiosamente sua chegada! Quando sua mãe foi embora de Dover, ela estava grávida de sua irmã. Como estão todos? Seu pai, sua mãe e sua irmã?

          - Bem... Papai e mamãe vão bem, Hannah está casada, não me lembro muito bem dela, eu tinha um ano quando ela casou, o bebê dela tem um ano a menos que eu.

          - Você lembra sua mãe quando tinha a sua idade... – Lílian disse.

          - Ah! Obrigada. – Hermione disse com as bochechas coradas. – Seus olhos são lindos. - Disse por fim. – A senhora tem filhos?

          - Tenho, e não me chame de senhora. – Lílian disse sorrindo. – Minha filha mais velha tem 26 anos e tem três filhos, mora na Romênia junto com o seu futuro cunhado. E tem o Harry, que logo após o seu casamento, irá se casar com sua cunhada.

          - A eu fiquei sabendo. Nós iremos morar na mesma fazenda depois do casamento não é? – Hermione perguntou curiosa.

          - Sim, você irá adorar ela. – Lílian disse e logo foi surpreendida por um rapaz magro, de cabelos bagunçados e vívidos olhos verdes que lhe beijou o rosto. – Olá meu filho, veio da casa de Gina?

          - Sim, estamos tendo problemas com aquela pessoa. Essa é a minha priminha? – Harry perguntou sorrindo.

          - Acho que sim. – riu a morena quando fez uma breve reverência. – Sou Hermione Granger.

          - Harry James Potter. – O moreno sorriu de volta e inclinou levemente a cabeça. – Não há problemas se eu lhe der um abraço! Afinal, eu nunca tive uma criança da família com a minha idade.

E os dois se abraçaram.

          - Eu tive somente minha dama de companhia, nem a escola das freiras eu pude freqüentar, eu tomava lições em casa. – Hermione disse.

          - Ah minha prima, hoje à noite no seu jantar de apresentação você terá tempo de sobra para contar toda a sua história. – Harry disse e logo se levantando. – Quer ir à vila comigo?

          - Tem problema se eu for Lílian? – Hermione perguntou.

          - Claro que não, afinal, agora você mora aqui.

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          - Então Hermione, como foi sua vida até aqui? – Harry perguntou enquanto os dois tomavam Sundays na sorveteria local.

          - Bem... Desde o meu primeiro ano de vida, eu só tive a companhia dos filhos dos empregados e da minha dama de companhia, eu nunca fui à escola acredita? – Harry arregalou os olhos em descrença. – Mas estudei latim, alemão, russo, francês, inglês e italiano. Sei somar, dividir, subtrair e multiplicar. Sei cantar e tocar piano, como toda boa moça francesa deve saber.

          - Mas você não tem sotaque francês. – Harry disse curioso.

          - Eu sei. Nunca convivi com nenhum francês, a nossa governanta também é inglesa, então vivi cercada por ingleses, até mesmo a freira que me dava lições era inglesa. E até bem pouco tempo atrás eu me vestia como as noviças. – Hermione riu. – E eu só saía de casa para ir à missa e quando eu ia à feira com Tala, que é a nossa governanta, ou com mamãe. Eu leio bastante para preencher meu tempo, mas mamãe selecionava os que eu podia ler então os únicos livros que eu lia com freqüência eram os que o padre me indicava.

          - Eram religiosos? – Harry perguntou.

          - Não. – Ela riu. – Eram políticos e históricos.

          - Potter! – Uma jovem loira disse animadamente. – Tudo bom Harry?

          - Tudo sim Lilá, e com você? – Harry disse formalmente. – Essa é minha prima Hermione Granger.

          - Estou bem, estou esperando o Rony. Posso me sentar com vocês? – Ela disse sorridente. – Prazer Hermione, meu nome é Lavender Brown.

          - Lilá, o Rony é noivo você sabia? – Harry Perguntou.

          - Eu sei Harry... Mas pra tudo há um jeito... – Lilá falou brandamente.

          - E se te pegam de namoro? Você já pensou que se ele não desistir do casamento, você é quem pode ficar sem marido? – Hermione disse pela primeira vez.

          - Mas eu VOU me casar com Rony. – Lilá disse veemente.

          - Quem vai se casar comigo Lilá? – Um rapaz ruivo, alto, de olhos azuis e sardas pelo rosto entrou sorrindo. Usava um terno cinza que exaltava sua beleza, e Hermione não conseguia tirar os olhos dele. Enquanto ele, nem havia notado sua presença ali.

          - Olá Rony, - Lilá disse sorrindo. – Eu apenas disse o óbvio, que nós vamos nos casar.

          - Desculpe Lilá, minha noiva chega hoje, terei de honrar o compromisso, é o nome da minha família. Não prometo amá-la, mas serei fiel a minha noiva. – Rony disse sério, o que provocou o constrangimento da loura.

          - Er... Hm... Rony posso dar uma palavrinha com você? – Harry perguntou ao amigo.

          - Sim Harry. – E os dois se levantaram e foram a um canto mais afastado.

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          - Rony, você reparou na moça que estava sentada conosco? Não olhe! – sussurrou o moreno desesperado.

          - O que tem ela? Não vá me dizer que... VOCÊ NÃO ESTÁ PENSANDO EM TRAIR GINA! – Rony vociferou.

          - NÃO! E fale baixo. É minha prima... – Rony ficou pálido. – Sua noiva.


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Notas finais do capítulo

N/A: Oi gente linda! Tudo bom com vocês? Posso contar com os meus fiéis leitores? Espero que vocês gostem dessa história, ela está tilintando na minha mente! Ela será uma história linda *--* Principalmente agora que eu virei uma menina romântica *O*
Blood Kisses Liih.
Beta: Gente, sinceramente, esse primeiro capítulo está demais... Mal posso esperar para saber como vai ser os próximos capítulos! Estou muito animada. Queria agradecer a Liih que me deu a honra de betar essa história.... Adorei demais. Sabe que ficou bem dá época mesmo o que você fez, nunca gostei muito de Lilá e nem de Victor. E sim, quero Rony e Hermione juntos! Está de parabéns com essa fic linda que está escrevendo. Beijos.



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