No dia seguinte acordei, fiz a minha higiene matinal, tomei banho e fui tomar o pequeno-almoço.

- Bom dia mãe – disse sentando-me à mesa e colocando leite e cereais numa tigela.

- Bom dia filha então como é que dormiste – perguntou enquanto comia uma torrada com geleia

- Dormi bem, sonhei com o Jac… - calei-me envergonhada e olhando para a tigela quase vazia

- Sonhaste com quem? – perguntou divertida sabendo perfeitamente quem era a pessoa que tinha invadido os meus sonhos

- Com ninguém esquece – acabei de comer e enquanto lavava a loiça lembrei-me do conteúdo da carta do meu pai

- Mãe diz-me uma coisa, porque é que tu e o pai me esconderam durante tanto tempo que eu tinha nascido aqui em La Push – disse vendo-a empalidecer

- Como é que tu… -perguntou

- O pai contou-me tudo na carta e falou-me de uns tais de “frios” e guerreiros com o “gene”, mas eu não percebi nada – disse secando as mãos no pano

- Achamos melhor não te contar porque eras muito pequena e além disso nós nunca pensamos em ter que regressar a La Push

- Tudo bem – disse dando-lhe um beijo na bochecha e subindo para o meu quarto não querendo alongar aquela conversa, parecia tudo tão confuso mas quem sabe se mais tarde visse o Jacob talvez lhe perguntasse o significado de tudo o que o meu pai me escrevera e se ele não soubesse nada tentaria pesquisar pelas minhas próprias mãos.

Para ocupar um pouco a cabeça comecei a arrumar o meu quarto, pus as roupas nos armários, pendurei algumas fotos na parede, enfim coloquei as coisas à minha maneira e por volta das onze horas aproveitei o facto da minha mãe ter ido ver Sue para ir a Port Angeles comprar mantimentos.

Sai de casa, entrei dentro do carro mas não consegui liga-lo até que de repente vejo o anjo que invadiu os meus sonhos chegar.

- Bom dia Susana, estás com problemas com o carro – pergunta abrindo a porta e olhando para mim como se quisesse gravar algo na sua memória

- Sim, não pega e logo agora que preciso de ir a Port Angeles comprar alguma comida – disse chateada com o carro mas contente pelo facto de poder ver Jacob

- Eu vou agora para lá porque preciso ir buscar umas ferramentas para a oficina, era para terem vindo entrega-la mas tiveram um problema e por isso vou lá eu, se quiseres podes vir comigo e eu depois dou uma olhada no teu carro – disse sorrindo, era o sorriso mais bonito que alguma vez eu tinha visto.

- Eu não quero incomodar – disse nervosa olhando para ele

- Tu nunca incomodas, muito pelo contrário – disse olhando dentro dos meus olhos o que me fez corar até à raiz dos cabelos

- Então sendo assim eu aceito a oferta Jacob – disse vendo-o abrir a porta do carro dele para eu entrar num gesto cavalheiro.

- Podes chamar-me Jake se preferires – disse assim que começamos a andar em direcção a Port Angeles.

- Ok e tu podes chamar-se Su – disse corada sentindo o cheiro amadeirado que emanava do seu corpo envadir o carro e fazendo-me suspirar.

A viagem até Port Angeles foi tranquila, falamos um pouco de tudo e deu para nos conhecermos um pouco mais. Eu sei que tinha conhecido o Jake ontem mas não pude deixar de me encantar por ele com o seu jeito de menino/homem.

Fomos até à loja de ferramentas e acabamos por decidir almoçar por ali perto, quando acabamos de comer fomos ao cinema e por fim fomos às compras, escusado será dizer que adorei passar a tarde com ele.

Quando chegamos a La Push o Jacob ajudou-me a levar as compras para dentro de casa e a minha mãe aproveitou para o convidar para jantar mas ele recusou pois disse que tinha algo importante para fazer mas que viria jantar outro dia com muito gosto e por isso acompanhei-o até à porta.

- Obrigado por tudo, adorei a tarde – disse enquanto caminhávamos até ao seu carro

- Eu também, adorei passar a tarde contigo – disse segurando-me a mão o que me fez olha-lo com intensidade e quase sem que nos apercebêssemos os nossos lábios tocaram-se com algum receio.

Jacob puxou-me para mais perto e senti a sua língua pedir permissão para aumentar o contacto das nossas bocas o qual acedi prontamente, entregando-me aquele maravilhoso beijo até que o ar nos faltou.

 Ele começou a distribuir beijos pelo meu pescoço enquanto eu arfava de prazer ao sentir a sua boca em contacto com a minha pele e as suas mão na minha cintura que não me permitiam afastar dele apesar disso não me ter passado sequer pela cabeça.

Voltamos a beijar-nos até que ouvimos alguém pigarrear bem ao nosso lado o que fez com que nos afastasse-mos corados.

 Eram Bill, o Paul e um menino/homem que eu não conhecia, também ele tinha apenas umas bermudas e um corpo musculado, eu tinha reparado que tal como o Paul e o Jake também ele tinha uma tatuagem no braço mas não liguei muito a isso pois estava bastante envergonhada pela situação.

- Vejo que se estão a entender bem – diz Bill rindo das nossas caras

- Por aquilo que vimos acho que se estão a entender as mil maravilhas – disse o estranho – já agora eu sou o Quil

- Olá eu sou a Susana – disse "escondendo-me" no peito musculado de Jake

- Vamos embora esta na hora – diz Jacob dirigindo-se a Paul e Quil

- Sim vamos – diz Paul dando-me um abraço, conhecia-o à pouco tempo mas já o considerava como um irmão

- Su não te preocupes eu amanha à tarde passo aqui e dou uma vista de olhos ao carro – disse entregando as chaves do seu carro ao pai para que este o levasse para casa, deu-me um abraço ao de leve e foram embora.