Escolhas escrita por marycena


Capítulo 3
Capítulo 3 - A carta


Notas iniciais do capítulo

Antes demais quero agradecer as reviews que me enviaram...adorei
Peço desculpa por não ter postado antes mas não tive oportunidade.
Eu sei que este capitulo está um pouco chato mas faz falta na história, mas o proximo esta muito melhor...No proximo vai acontecer o primeiro beijo Susana/Jacob.
Espero que gostem.



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Depois de comermos fomos todos para a varanda da casa onde passamos o dia (é claro que fomos para dentro almoçar mas depois voltamos) e ao entardecer o Bill disse que nos ia mostrar onde íamos viver por isso acompanhamo-lo e deparamo-nos com uma casa de madeira lindíssima toda rodeada por uma cerca também ela de madeira.

–Esta é…é… - diz minha mãe emocionada com o que…eu não sei mas devia ser algo muito importante pois começou a chorar.


– O que é que se passa para ela estar a chorar desta maneira – perguntei a Bill preocupada com a reacção da minha mãe


– Esta casa era dos teus avôs, quando eles morreram ficou para o teu pai e agora é vossa – disse abraçando-me pois também eu começara a chorar emocionada – quando o teu pai me ligou a contar que estava a morrer pediu-me para a reconstruir para o caso de vocês um dia precisarem


– Ele fez isso, mas como, eu…eu não soube de nada – diz a minha mãe olhando para a casa – ele antes de morrer disse-me que caso lhe acontecesse alguma coisa nós deveríamos procurar pelo seu grande amigo Bill mas não me disse mais nada, morreu segundos depois


Ao ouvir as palavras da minha mãe relembrei os bons momentos passados em família e mesmo sem saber porque a imagem de Jacob veio-me à cabeça, a sua voz melodiosa, mas principalmente os seus lindos olhos castanhos com um toque de verde, naquele momento apenas queria estar envolvida pelos seus braços num abraço reconfortante e protector.


Entramos dentro de casa e reparei que as nossas coisas já estavam todas arrumadas, apenas precisaríamos de as colocar à nossa maneira.


– Obrigado por tudo Bill, nem sei como hei-de agradecer toda a generosidade que tens demonstrado para connosco – disse a minha mãe abraçando Bill em agradecimento – Mas nós neste momento não temos dinheiro para pagar a remodelação, investimos todo o dinheiro que tínhamos para tentar salvar a loja de pesca do meu marido mas infelizmente ficamos sem o dinheiro e sem a loja.


Suspirei ao ouvir o que a minha mãe dizia pois tudo isso era verdade, nunca nos faltou nada, sempre vivemos bem é claro que com muito esforço e muito trabalho mas com a morte do meu pai tudo acabou.

A minha mãe entrou em depressão depois do falecimento do marido e por causa disso teve que abandonar o trabalho e só à pouco tempo é que começou a conseguir reerguer-se e aos poucos voltar a viver, mas o dinheiro que eu ganhava no restaurante não chegava e foi por isso que tivemos que tomar a decisão de recomeçar noutro local.


– Em relação à remodelação não precisam de se preocupar, o Carlos tratou de tudo – disse Bill enquanto vagávamos pelos cómodos da casa que estava muito bem decorada


– Tratou de tudo, como assim – perguntei sem perceber onde queria chegar


– Ele nunca vos disse mas ele soube que estava doente duas semanas antes de vocês saberem e por isso mesmo veio a La Push dois dias depois de ter falado comigo ao telefone e não só ajudou no inicio da reconstrução como também me pediu para vos entregar estas cartas, uma para cada uma de vocês – disse quando chegamos à sala – Eu agora vou embora, provavelmente quererão descansar um pouco e ler as cartas em paz.


– Mais uma vez muito obrigado Bill – diz a minha mãe indo em direcção aquele que seria o seu quarto enquanto eu o acompanhava até à porta.


– Obrigado – disse vendo-o ir em direcção à sua casa que ficava a cerca de cinco minutos.


Decidi então ir para o meu quarto, sentei-me na cama e ganhei coragem para ler a carta de meu pai.

“Querida filha

Se estas a ler esta carta é porque já não estou entre vós, e estão ao pé do meu grande amigo que vos entregou estas cartas.

Quero que saibas que sempre te amei e mesmo não estando presente em corpo estarei presente em espírito.

O dia em que nasceste foi um dos mais felizes da minha vida, quando peguei em ti ao colo pela primeira vez e te vi ali tão pequenina, tão frágil sabia que era meu dever proteger-te para sempre e prometi faze-lo mas infelizmente não pude cumprir a minha promessa.

Há uma coisa que tenho que te revelar é algo que pedi a tua mãe para não te contar, mas é finalmente chegada a hora de saberes a verdade…

Minha filha, meu amor, tu não nasceste em Portugal como sempre pensaste, mas sim aqui em La Push mas quando tinhas cerca de um mês de vida nós fomos atacados por um “frio” enquanto íamos a caminha de Forks e o teu avô salvou-nos mas infelizmente foi morto alguns dias depois pelo companheiro do “frio” e por isso achamos melhor ir embora pois nessa altura não existia mais nenhum guerreiro com o “gene lupino” e não queria correr o risco de vos perder às duas.

O teu avô tinha o “gene” e como eu não era igual a ele achei melhor ir embora pois provavelmente tu também não terias o “gene”

Deves estar a perguntar o que quero dizer com “os Frios” ou com o “gene lupino”, mas basta pensares um pouco nas lendas Quileutes das quais te falei quando eras mais pequena e obterás as tuas respostas, lamento não poder dizer mais que isto mas poucos podem saber do que eu estou a falar.

Deves também estar a pensar que se quando nascestes não era seguro estar em La Push porque é que agora é… a resposta é simples minha filha…Lá Push tem neste momento alguns bravos guerreiros que protegem a tribo dos “frios” por isso estão seguras.

Desculpa não estar presente daqui para a frente, o que eu mais queria era poder ver o dia em que te iras casar, queria conhecer os meus netos e quem sabe os bisnetos mas infelizmente não é possível.

Para que consigam viver durante algum tempo eu abri uma conta em vosso nome com algum dinheiro que eu tinha guardado ao longo dos anos para o dia em que conseguisse fazer aquela viagem à volta do mundo que a tua mãe tanto queria.

Cuida-te minha filha, cuida da tua mãe e sejam felizes porque esteja eu onde estiver, olharei por vocês.

Com muito amor

O teu pai que te amo muito”

Chorava á medida que lia a carta deixada pelo meu pai de quem já tinha imensas saudades e mais uma vez pensei em Jacob e foi com essa imagem na cabeça que adormeci


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