A oficina ficava a quinze minutos da casa de Sam e Emily se fosse a pé e foi o que decidi fazer porque assim podia pensar mais livremente e além disse eu sabia que ainda teria um longo caminho a percorrer até estar totalmente recuperada da depressão e por isso achava melhor não conduzir tão cedo.

Quando cheguei à oficina encontrei Embry a trabalhar num Renault Clio ao mesmo tempo que cantarolava uma música que estava a passar na rádio.

- Olá – disse vendo-o entretido

- Olá Su como estas – pergunta limpando as mãos num pano sujo de óleo

- Estou melhor obrigado – disse – O Jake esta por ai?

- Não, ele e o Quil tiveram que ir à Seatlle para uma reunião mas como não podíamos fechar a oficina eu decidi ficar.

- Ah ok, tudo bem, diz-me uma coisa, ele hoje á noite vai estar a fazer ronda – perguntei

- Não, hoje é a vez do Paul e do Seth

- Sendo assim faz-me um favor, quando ele chegar diz-lhe para se encontrar comigo as dez da noite na praia perto do tronco que ele tanto gosta – disse olhando-o

- Claro, não te preocupes eu dou-lhe o recado – disse pegando numa chave-inglesa.

- Então até logo Embry e obrigado – disse começando a andar

- De nada, já sabes se precisares de alguma coisa podes contar comigo – disse a sorrir

- Eu sei, vocês tem sido todos fantásticos comigo – disse emocionada, tinha encontrado uma família ali em La Push, pois via os membros da matilha como irmãos que eu nunca tive.

Quando a noite chegou dirigi-me para a praia e mais uma vez tal como á alguns meses estendi uma toalha no chão e coloquei a comida em cima, e esperei pela chegada do meu amor.

- Boa noite amor – diz Jake visivelmente feliz

- Amor que saudades – disse a chorar – perdoa-me por tudo, por ter perdido o bebé e principalmente por te ter afastado de mim, fui egoísta pois só pensei na minha dor e esqueci-me que tu também estavas a sofrer.

- Não tens que pedir desculpa, tu não tens culpa do que aconteceu e eu compreendo que me tivesses afastado – disse beijando o topo da minha cabeça – Não foi fácil para mim ver-te afundar dia após dia e por mais que eu tentasse não te conseguia animar mas agora estou muito feliz por ver que estas melhor e que estas disposta a enfrentar isto comigo.

-Amo-te – disse emocionada com as suas palavras e prometi a mim mesma que ia lutar com todas as minhas forças para ser feliz ao lado do homem que amo.

- E eu a ti – disse abraçando-me.

Nos seus braços sentia-me segura e queria poder ficar assim para sempre mas a certa altura ele pegou-me ao colo, carregou-me para dentro de água onde permanecemos alguns minutos. Devido à sua temperatura elevada eu não tinha frio e nessas alturas adorava o facto dele ser um lobo, o meu lobo.

Voltamos para perto da toalha onde fizemos amor durante parte da madrugada sendo a comida completamente esquecida e finalmente sentia-me completa novamente pois sabia que era ali o meu lugar, nos seus braços quentes e protectores. Decidimos abandonar a praia por volta das três da manha mas como não nos queríamos separar decidimos passar a noite em casa do Jake e de Bill ( N/A: O Paul e a Rebecca tinham comprado uma casa alguns meses antes e iam casar dentro de dois meses por isso o Jake morava apenas com o Bill), não me preocupei em avisar a minha mãe pois ela sabia que me tinha ido encontrar com o Jacob.

Assim que chegamos decidimos tomar um banho juntinhos e depois deitamo-nos na sua cama bem aconchegados um no outro.

Acordei por volta das nove da manha, vesti-me, fiz a cama e fui até à cozinha onde me encontrei com o Bill.

- Bom dia querida já vi que estas melhor – diz bebericando um pouco de café enquanto acabava de ler o jornal – fico muito contente por isso

- Obrigado Bill, sim eu estou um pouco melhor, percebi que tinha que me reerguer – disse sentando-me à mesa e servindo-me de um copo de leite e de uma torrada – O Jake saiu?

- Sim, ele saiu perto das oito e pediu-me para te dizer que tinha ronda com o Paul – disse colocando o jornal em cima da mesa – ele pede desculpas mas esqueceu-se de te dizer.

- Não faz mal – disse olhando para o meu sogro – Eu fui uma parva por ter afastado o Jake durante todos estes meses, eu não o mereço

- Não digas uma coisa dessas, vocês amam-se e isso é bem visível, depois do que aconteceu é normal teres essa reacção, e o meu filho percebeu que não tiveste culpa – diz abraçando-me carinhosamente.

Ser abraçada por Bill era uma sensação muito boa e familiar, era nestes momentos que eu mais sentia falta dos abraços e concelhos do meu pai que já tinha falecido à mais de um ano.

Bill tinha combinado ir pescar com Charlie e eu disse-lhe para ele não se preocupar com o almoço que eu antes de ir embora fazia qualquer coisa para eles comerem o que Bill agradeceu a sorrir.