Talvez Harry poderia ser um dos meninos que zombava de mim, e nós brincávamos juntos pois nossos pais eram amigos, seria impossível ele ser meu amigo!

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A semana passou voando, quer dizer na verdade não passou voando pois o tédio tomou conta de mim, mas como não teve novidades, nem pessoas, possamos dizer que passou voando.
Tirei o gesso quinze dias depois de colocá-lo. E então teria apenas mais uma semana de férias e em Holmes Chapel, era de morrer né ?! Perder as férias quase inteiras só por causa de um “simples” tombo. Então queria aproveitar esses últimos dias ao máximo.

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Acordei era oito da manha e meu pé estava “zero”. Levantei da cama jogando o cobertor pro lado, fixando meus pés no chão e ficando em pé calmamente. Inclinei minha cabeça diagonalmente tendo uma visão periférica, real de uma espécie de animal perfeito.
Balancei a cabeça negativamente tendo um sorriso vergonhoso. Fui para o banheiro me despi e liguei o chuveiro, e enquanto a água esquentava, me enrolei na toalha e fui até meu guarda-roupa para pegar uma. Como estava frio demais peguei as roupas mais quentes, pois Mary falara que iríamos em um restaurante nas montanhas, e como com certeza o café já não estaria mais na mesa, então já vou me aprontar para o almoço.
Voltei pro banho, mas dessa vez sem iPod e sem dança. O banho foi demorado mas não o suficiente para atrasar à todos. Sai do banho enrolada na toalha e me deparo com Carter na minha janela, se comunicando com Harry do outro lado.

_Ei! – quando eu gritei Carter me olhou enrolada na toalha, e automaticamente Harry me olhou do outro lado da janela. – Sai daqui garoto! –falei enquanto entrava novamente no banheiro e ouço Carter dar risada “Filho da Puta” pensei comigo, mas então bati na minha boca pois em querer xinguei Mary e ela não tinha culpa nenhuma do lesado filho que tinha.
Espiei pela fresta da porta e vi que Carter já havia saído, e também sai do banheiro correndo e fechei a cortina, arrumei meu cabelo, e me troquei em paz.
Antes de ir para sala, pelo meu próprio celular falei com meus amigos avisando que estava tudo bem, e que eu já havia tirado o gesso.
Ouço baterem na porta e gritarem “Estamos indo pipoca” –Ok! Era o Carsado, o que é Carter mais lesado. E “pipoca” era o apelido que ele me dera quando éramos menores. Guardei o celular no bolso, peguei minha bolsa e fui em direção a sala.

_Vamos ? – Senhor Peter meu pai falou à todos. –Caramba Rose, nós estamos indo em um restaurante nas montanhas, não nas geleiras do norte da Antártida.

Sorri com o comentário desagradável do meu pai. –Pai, se o senhor não se lembra, eu vim da Califórnia baby! Sol sempre! Acho que vai demorar um pouco para eu me acostumar. –sorri novamente indo em direção a porta e abrindo-a, e automaticamente entrou um vento nada agradável, eu gemi e sai correndo entrando no carro.

De dentro do carro vi que Mary atravessou a rua e apertou a campainha da casa de Anne “Aff! Eles vão ir ?” Anne saiu da casa e deu um grito, no qual eu não sei o que se pronunciava, pois do carro não escutava nada. Então Harry aparece na porta em seguida do marido de Anne. Depois de muitos papos entre eles, Harry e Mary vieram em direção ao carro e Carter apareceu cumprimentando Harry com um “Hi5” , um aperto de mão, e logo em seguido uma batida de ombros. Carter abriu a porta e o vento entrou junto com ele, e Harry. Ele viria com a gente pois os pais dele estavam com uma camionete pequena na onde caberia apenas duas pessoas. Gemma não iria ir, então Harry veio com a gente.

_Hazza feche logo a porta porra! - Hazza ? hahahaha eu ri, e então ele entrou e fechou a porta.

_Hey Rosalie. Como vai ? –Olhei de canto e virei os olhos dando um jóia. E então Carter começou a rir e olhar para Harry.

_O que é esse papo de “Como vai ?” – Harry abriu os braços esticando as mãos, como se fosse um “fazer o quê ?”

Meus pais entraram no carro e partimos para o restaurante, na estrada só víamos neblina e no carro só víamos dois lesados, ou como eu pensei em chamá-los Hazcados, era Hazza mais Carter mais lesados, automaticamente ri com isso. E sinceramente fiquei com vontade de falar o belo apelido, mas sabia que os dois iram zoar comigo até o fim de minha vida.
As neblinas multiplicaram e a estrada eu nem enxergava mais. E o Hazcados pararam de brincar pois o senhor Peter mandou eles calarem a boca por que a estrada era perigosa e ele precisava prestar atenção. Enfim chegamos, o lugar era lindo mais muito frio. Fiquei apreciando aquela paisagem na qual dava uma paz e uma alegria absurda.

_Vamos cantar ? –Olhei para o lado e vi Harry se aproximar ficando do meu lado. Olhei pra ele e sorri com um ponto de interrogação no meio da cara. –Estamos iguais. –Olhei para mim e depois para ele e vi que estávamos com o mesmo moletom, só que de cores diferentes. Dei uma risada sem graça e fixei novamente meus olhos em direção ao horizonte. –Como é lindo esse lugar né! –Confirmei com a cabeça e sorri para mim mesma. Uffa, sorte que ele não citou nada do que acontecera de manha, dele ter me visto de toalha. Acho que deve ser normal ele ver uma garota semi nua já que Mary me alertara que ele era mulherengo.

_Nossa! Você achou seu par perfeito né Hazza, os dois ficam ai que nem dois bestas apreciando esse lugar que pra mim é normal. –Carter apareceu do meu outro lado e eu dei um tapa nele.

_Cala a boca infeliz, olha como é perfeito esse lugar. – Harry deu risada e Carter deu um grito por causa do meu tapa, Mary deu grito e mandou nós entrarmos no restaurante pra fazer o pedido. Carter saiu andando e Harry pulos nas costas dele. E minha mente logo imaginou Hazcados, ri alto e ele com certeza eles achavam que era por causa da cena.