Layla nunca se sentiu tão nervosa ao segurar um papel na mão. A menina não tinha pensado muito sobre seu time. Não queria um grupo muito forte, mas também não desejava parceiros fracos. E nem ao menos um do mesmo nível.

                Tudo bem... Ela não sabia o que queria.

                Todos ao seu redor desdobravam o papel, ansiosos com o time. Percebeu que havia muitas pessoas decepcionadas.

                - Time dois?! Como assim? Cadê o zero? – reclamou Cornelia.

                - Eu tirei o Zero! – comemorou Johan. – Isso!

                Layla não havia tirado seu papel ainda, mas sabia que não queria ser do time dois.

                - Ei! – anunciou May. – Time dois também? Olhe Cornelia, vamos ser colegas de time!

                -... Será que posso sair da guilda agora? – ela perguntou.

                - Não. – respondeu Laxus. – Quem mais tirou zero?

                - Eu. – falou Rain parecendo decepcionado. Layla havia achado aquele garoto estranho e um pouco bonitinho. E podia sentir que ele a olhava de cinco em cinco minutos.

                - Eu não tirei zero! – comemorou Karov. – Vou ficar na guilda!

                Todos olharam para ele confusos.

                - Qual o numero que você tirou?

                - Três! – ele gritou feliz. – Espera! Isso é bom?

                - Depende. – disse Laxus. – Quem tirou o três?

                Uma pessoa levantou a mão. O mestre parecia que ia desmaiar. Fora Grace quem estava no time três.

                Depois ela abaixou a mão e voltou à cadeira. Layla também não queria ficar no time três.

- Estou no time um. – disse Simon e May suspirou de felicidade. A loira não sabia direito porque os dois se odiavam, mas parecia que se detestavam ainda mais depois que descobriram-se irmãos.

                - Também estou! – disse Matt. – Bate aqui!

                Os dois bateram as mãos, depois cuspiram nela e apertaram de novo. Coisas de garotos, provavelmente.

                Layla olhou o papel. Só sobrou uma vaga em cada time. Ela tomou coragem e abriu. Quando viu o numero ali, quase caiu para trás.

                “3”

                - Qual o numero? – perguntou o mestre para Layla.

                 - Hã... – falou Layla sem prestar atenção. – 3...

                - ISSO!  - comemorou Cornelia.

                - Estou no dois! – disse Laxus Freed Júnior.

                - NÃO!

                May sorriu para Laxus Freed Júnior. Pelo menos ela estava feliz com o time.

                Para o time um, foi a Rose. Que parecia meio chateada por estar no time do irmão. Mas Layla não conseguia tirar os olhos de seu papel.

                Time três... Isso era bom ou não?

                Bem, Karov era fraco. A mais fraca do grupo ela não seria. O que queria dizer que teria que dar o seu melhor. E Grace parecia bem mais forte que ela. O que fazia Layla se entristecer por não ser a mais poderosa.

                O garoto Rain continuava olhando para ela. A loira olhou para ele para perguntar o que significava aquilo, mas ele fingiu que não sabia do que ela estava falando.

                Bem, realmente não importava muito.

                - Bem, então pronto. Times definidos?

                - Espera! – disse May. – Você disse que nossos pais estão dormindo! Este é o motivo de tudo isso?

                Todos olharam para o mestre. Ele observava cada um deles, até chegar a Karov.

                - Acho que realmente deveria falar para vocês. O.K. Então. Vamos dizer que 15 anos atrás, um dragão atacou nossa guilda. O dragão negro Acnologia.

                Silêncio.

                - Eles não morreram, na verdade. Foram salvos pelo feitiço de Mavis, nossa primeira mestra. Porém, o feitiço teve alguns... Hã... Erros. Todos os atingidos pelo poder dormiram e dormem até hoje. A mestra Mavis avisou que eles só iriam acordar quando vocês, seus filhos sobreviventes, se tornarem uma guilda assim como Fairy Tail era. É por isso que preciso de todos vocês aqui. Ainda podemos salva-los, sinto isso.

- Espera. – disse Cornelia. – Por que você não esta dormindo?

                - Vamos dizer que tive um pequeno atraso naquele dia.  Mas como podia imaginar que um dragão iria atacar todo mundo?

                - Asuka também é uma sobrevivente? – perguntou Johan.

                - Sim. Ela e Wendy também são.  Nós passamos esses 15 anos tentando, com o dinheiro que tínhamos reconstruir a melhor guilda possível. Mas o dinheiro estava curto e isso foi o mais máximo que conseguimos. O que podemos esperar é que os outros acordem para as coisas voltarem ao normal. Mas para isso, vocês precisam se aceitar como uma equipe.

                Rain levantou a mão.

                - Se quer minha opinião. – disse ele. – Acho que isso nunca vai acontecer.

                Todos assentiram. Até Layla tinha que admitir que talvez ele tivesse razão. Mas o garoto Karov olhou bravo para Rain.

                - Você não sabe o que esta dizendo! Se nem ao menos tentar, como você poderia dizer se vai conseguir ou não? Eu acho que podemos fazer isso. Se não, pelo menos tentaremos. Como uma guilda.

                Layla ficou impressionada com um garoto e lhe veio um terrível pensamento: e se ela fosse a mais fraca do time?!

                Laxus sorriu orgulhoso do filho.

                - Ótimo. Agora ultima noticia: Gatos não são permitidos em missões.

                - O QUÊ?! – gritou Grace.

                - Você ouviu. – disse ele. – Seu gato ficará na guilda. De todo o modo, nós nem sabemos por que ele tem a marca. Não seria bom o deixarmos ir com você. Ele ficará aqui.

                Grace parecia que iria mata-lo.

                Mas o gato dela se pronunciou:

                - Ei, está tudo bem! Eu fico na guilda, sem nenhum problema. Não estou reclamando.

                Layla teve medo agora. Ela teria que aguentar aquela estranha sem o gato dela para acalma-la. A loira precisaria de muita paciência.

                - Agora esta reunião acabou. Podem pegar uma missão no quadro de avisos na sala de entrada. Adeus para vocês.

                Todos os outros grupos se reuniram decidindo nomes. Até Okky foi com eles, provavelmente atrás de alguma coisa. Ficaram lá apenas Karov, Grace e Layla.

                O garotinho se levantou e sorriu.

                - Ótimo! Vamos pegar uma missão?

Grace revirou os olhos e se levantou saindo do lugar.

                - Para mim tanto faz.

                - Esperem. – disse Layla e se levantou, andando até o centro da sala. – Qual o nome do nosso time?

                Karov sorriu para ela e foi até a frente dela.

                - Isso! Nome... Que tal... Eu não sei... Mas adoro dragões.

                - Dragões? – perguntou Grace.

                - Isso! Eles são tão legais! Sabiam que minha mãe foi criada por um dragão?

                - Quem é sua mãe?

                - Vocês a conhecem. O nome dela é Wendy.

                - Ah.  – disse Layla. – Mas gostei da ideia dos dragões.

                - Hum... É talvez seja uma boa. – disse Grace, concordando com eles.

                - E se for levar em conta nossa guilda. Que tal “The Dragon Tail”?!

                - É uma ótima ideia! – disse Layla gostando do nome.

                - A ideia é ridícula. – disse a garota estranha.

                - Problema seu.  – disse Karov. – Vencemos pela maioria. Agora vamos! Precisamos de uma missão!